Pular para o conteúdo

29/05/2020

Porto Alegre, 29 de maio de 2020                                              Ano 14 - N° 3.230

 Já sob efeito do coronavírus e isolamento, PIB cai 1,5% no 1º trimestre

PIB - O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 1,5% no primeiro trimestre de 2020 em relação ao trimestre anterior, já afetado pela pandemia do novo coronavírus e o distanciamento social, informou o IBGE nesta sexta-feira, 29. Em comparação com igual período de 2019, a economia brasileira teve variação negativa de 0,3%.

O fraco desempenho dos indicadores em março, quando a doença se agravou no país, foi suficiente para comprometer o resultado do primeiro trimestre como um todo. A expectativa, no entanto, é que a maior parte dos efeitos apareça no segundo trimestre, atualmente em curso.

A queda interrompe uma sequência de quatro trimestres seguidos de crescimento e marca o menor resultado desde o segundo trimestre de 2015 (-2,1%). Com isso, o PIB está em patamar semelhante ao que se encontrava no segundo trimestre de 2012.
 
“Aconteceu no Brasil o mesmo que ocorreu em outros países afetados pela pandemia, que foi o recuo nos serviços direcionados às famílias devido ao fechamento dos estabelecimentos. Bens duráveis, veículos, vestuário, salões de beleza, academia, alojamento, alimentação sofreram bastante com o isolamento social”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, em nota.

O consumo das famílias, que responde por 65% do PIB, teve a maior queda (-2%) desde a crise do apagão em 2001, enquanto o consumo do governo ficou praticamente estável.

Os investimentos cresceram 3,1%, puxados pela importação líquida de máquinas e equipamentos pelo setor de petróleo e gás. Já a balança comercial brasileira teve uma queda de 0,9% nas exportações com alta de 2,8% nas importações.

O resultado veio em linha com o esperado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), mas pior do que a projeção de instituições como o Bradesco (-1%) e Itaú BBA (-0,5%).

Setores

O destaque negativo entre os serviços, setor mais relevante na economia brasileira e mais afetado pelo isolamento, foi em transporte, armazenagem e correio (-2,4%) e informação e comunicação (-1,9%).

Mas também houve queda no comércio (-0,8%), administração, saúde e educação pública (-0,5%), intermediação financeira e seguros (-0,1%). A única alta veio das atividades imobiliárias (0,4%).

Já na indústria, a queda foi puxada pelo setor extrativo (-3,2%). Também tiveram taxas negativas a construção (-2,4%), as indústrias de transformação (-1,4%) e a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-0,1%).

A agropecuária cresceu 0,6% em relação ao trimestre anterior. Na comparação anual, o setor apresenta crescimento de 1,9%. A evolução, segundo o IBGE, pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos da lavoura com safra relevante no primeiro trimestre, como a soja, e pela produtividade, visível na estimativa de variação da quantidade produzida ante a área plantada. (EXAME)

              

Leite: pecuarista automatiza ordenha, reduz custos e quer dobrar produção

Mesmo com estiagem, preços baixos e pandemia de coronavírus, Ezequiel Nólio não cogita deixar a atividade e se vê como um especialista no negócio

A pandemia do novo coronavírus veio para tirar da atividade muitos produtores de leite do Rio Grande do Sul que já estavam amargando prejuízos. Além da crise atual, eles já sofriam com o preço pago pelo litro do produto e com a severa estiagem que atingiu o estado, reduzindo a disponibilidade de comida para o gado.

“A gente consegue fazer uma leitura de que produtores que estão abaixo dos 400 a 500 litros por dia têm uma dificuldade maior”, diz o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), Darlan Palharini.

Esse não é o caso do pecuarista Ezequiel Nólio, que produz cerca de 4.000 litros por dia. Há 40 anos na atividade, ele não cogita deixá-la. “Não me vejo fora da atividade, porque não sei fazer outra coisa. Sou especialista no que faço, tenho muito conhecimento da atividade e do meu negócio”, afirma.

Anos atrás, Nólio se deparou com um problema comum da atividade: a falta de mão de obra qualificada. A solução encontrada foi automatizar a propriedade, usando robôs na ordenha das vacas. “Automatizar também ameniza problema de sucessão familiar e êxodo rural. A visão que se tinha de que o produtor precisa acordar na madrugada é passado”, frisa.

Questionado se o investimento alto dá retorno, o produtor afirma que não só financeiramente como na qualidade de vida. “Antes, faltava horas no dia para terminar toda as tarefas. Hoje, trabalho com leite até meio-dia e tenho todas as tardes livres. O retorno se dá em cinco a seis anos, variando para mais ou para menos dependendo do preço do leite”, diz.

Nólio conta que os lucros ficaram enxutos nos últimos anos, porém, com as mudanças a fazenda não chega a operar no vermelho. “A gente automatizou a propriedade e eliminamos a mão de obra. Antes éramos eu e mais dois, agora somos eu e os robôs. Duas pessoas a menos impacta muito nos custos e no rendimento no fim do mês”, comenta.

Em meio à crise gerada pela Covid-19, o pecuarista vê oportunidade para se inventar. Investindo mais em tecnologia, ele espera aumentar a produção para até 6.000 litros por dia até o fim do ano ou até dobrá-la. “Estamos nos especializando, aumentando o pavilhão para acomodar as vacas secas, vacas pré-parto, maternidade e maternal 1 e 2, onde os bezerros serão alimentados pelas máquinas, sem precisar de seres humanos”, conta.

Todo o trabalho de Nólio tem um propósito muito claro, segundo ele: “Para que assim que o leite voltar a engrenar, estejamos um passo à frente dos demais”. (Canal Rural)

Campanha entre associados à Santa Clara doa mais de 45 mil litros de leite

Associados à Santa Clara provaram que a união de pequenos esforços pode ajudar a amenizar a realidade de muitas pessoas que estão passando por dificuldades neste período. Isso porque juntos, mais de 650 produtores doaram mais de 45 mil litros de leite, que vão beneficiar 20 instituições assistenciais de Porto Alegre, Gravataí, Getúlio Vargas, Tapera, Estação, Jacutinga, Paraí, Farroupilha e Bento Gonçalves. 

Com duração de duas semanas, a campanha foi protagonizada pelos associados, que doaram o que foi possível para contribuir. A Cooperativa se comprometeu com a industrialização, envase e entrega dos alimentos. Conforme ressalta o presidente do Conselho de Administração da Cooperativa Santa Clara, Rogerio Bruno Sauthier, mesmo diante das dificuldades encontradas no campo, o espírito solidário e cooperativista falou mais alto. “Apesar do nosso produtor estar sofrendo pela seca, ele ainda foi solidário e ajudou as pessoas mais necessitadas. Esse é o espirito do cooperativismo. Agradecemos imensamente a todos que doaram e contribuíram para esta nobre missão. É gratificante saber que vamos dar paz e alimento a tantos que precisam”, observa.

A entrega de todas as doações será feita até o final desta semana. Para o Banco de Alimentos do RS, com sede em Porto Alegre, que atende 312 entidades gaúchas, foram destinados 25,9 mil litros de leite. “Muito embora neste momento em que a pandemia do coronavírus esteja provocando tanto sofrimento, tanta tristeza e tanta dor, inclusive provocando a fome, nós temos que registrar e agradecer o carinho dos produtores da Cooperativa Santa Clara, que nos fizeram uma doação fantástica na ordem de 26 toneladas de leite para serem distribuídas às pessoas que mais necessitam”, agradeceu o presidente da rede de Banco de Alimentos do RS, Paulo Renê Bernhard.

Santa Clara se torna mantenedora do Banco de Alimentos do RS: Além de destinar parte da doação de leite dos associados ao Banco de Alimentos do RS, a Santa Clara também passa a ser mantenedora da instituição pelo período de um ano. Com isso, a Cooperativa auxiliará a entidade para que siga desempenhando suas ativida¬des e ajudando as pessoas em situação de vulnerabilidade. "Registramos nossa grande alegria e satisfação pela ade¬são da Cooperativa Santa Clara como uma das mantenedoras de nossos Bancos Sociais, garantin¬do assim a continuidade deste gesto de tamanha grandeza e generosidade", frisou Bernhard.

Confira a lista de entidades beneficiadas: 
Porto Alegre:
Banco de Alimentos do RS, Instituto do Câncer Infantil, Casa de Apoio Madre Ana, Asilo Padre Cacique, Associação Beneficente Santa Zita Lucca, Fundação Pão dos Pobres e Instituto Pobres Servos da Divina Providência/Centro de Educação Profissional São João Calabria
Gravataí: Igreja Evangélica Pentecostal Arco Íris e Sociedade Espírita Paz Luz (Sepal)  
Tapera: Fundação Fabrício Marasca, Lar do Idoso e CRAS
Paraí: Associação de Pais e Amigos dos Surdos de Paraí
Estação: CRAS e Hospital Santo Antônio 
Jacutinga: Lar dos Idosos 
Getúlio Vargas: Lar dos Idosos, Lar da Menina e Hospital São Roque
Bento Gonçalves: Lar do Ancião
Farroupilha: Casa Lar Padre Oscar Bertholdo

              

Bolsonaro e Tereza Cristina participam do desafio do leite
A ABRALEITE desafiou a ministra Tereza Cristina, o presidente da FPA dep. Alceu Moreira e a líder do governo dep. Aline Sleutjes. A ministra e a deputada, a pedido da ABRALEITE, desafiaram o presidente Jair Bolsonaro e todos gravaram vídeos tomando leite, que é um alimento extraordinário ao ser humano em todas as fases da vida. Veja os vídeos clicando aqui. O #desafiodoleite continua! Produtores, parceiros, políticos, todos estão aderindo a esta campanha de apoio ao consumo do leite e derivados lácteos. Bebam leite! Consumam lácteos! Gravem seus vídeos e marquem o @milkpoint no Instagram, que iremos compartilhar. (Milkpoint)
 

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *