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25/05/2020

Porto Alegre, 25 de maio de 2020                                              Ano 14 - N° 3.225

 Tailândia abre mercado para lácteos do Brasil

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou que a Tailândia abriu seu mercado para lácteos do Brasil. A confirmação foi recebida ontem pelo governo brasileiro.

Durante uma videoconferência na manhã desta sexta-feira, a ministra afirmou que a abertura de mercados pode contribuir para melhorar a situação dos produtores de lácteos, um dos segmentos mais afetados pela pandemia e que, historicamente, enfrenta problemas de preços.

“Com os mercados que abrimos, como China, Tailândia, Egito, Arábia Saudita, esse setor vai poder se equilibrar. Espero que em breve não tenhamos esse sobe e desce do preço. O que precisamos é nos tecnificar”, afirmou.

A autorização para exportação de lácteos para a Tailândia representou o 60º mercado aberto desde o início de 2019, uma marca comemorada pela comandante da Pasta. A ministra ressaltou que a meta é diversificar destinos e produtos da pauta exportadora.
Tereza Cristina ainda destacou os números das exportações do agronegócio no primeiro quadrimestre de 2020, que aumentaram 5,9% em relação ao mesmo período do ano passado e ultrapassaram US$ 31 bilhões. Só em abril, foram mais de US$ 10 bilhões. “Superamos vários marcos, mostra que as coisas estão acontecendo, estão fluindo. Além de abastecer mercado interno ainda estamos cumprindo nossos contratos com parceiros internacionais”. (As informações são do Valor Econômico)
                  
Mercado | Fazer leite no meio da quarentena

Vende-se mais leite fluido, alguns queijos e doce de leite. Mas 30 pequenas empresas que forneciam pizzarias e restaurantes fecharam. Existem excedentes no mundo e os preços estão a baixar de 3.500 dólares por tonelada para 2.700. A produção estagnou desde 2008.

Poucos setores da economia se comportam de forma tão diferente nesta quarentena como o setor leiteiro. Alguns estão a pleno vapor, produzindo tão raramente quanto possível. É o caso de La Serenissima com grande procura de leite líquido em sachê. Outras desligam os seus motores, como as fábricas que forneciam mussarela a pizzarias e restaurantes. Ou dos doces de leite industriais e sorvetes que vendem 10%. Há cerca de 30 pequenas empresas que fecharam as suas portas. A propósito, o foco de ação do setor leiteiro é muito vasto. Há os que se dedicam a produtos de alto valor e iogurtes que são angustiados por menos dinheiro nas pessoas, enquanto as primeiras marcas não sabem como captar a atenção desse consumidor que mudou os seus hábitos.

Segundo Alejandro Maurino, CEO da edairynews, a quarentena aumentou o consumo de leite líquido, queijo fresco e doce de leite. E as empresas que vendem leite ao governo conseguiram colocar importantes volumes nos planos sociais. Maurino salienta que houve um aumento dos custos que não pôde ser transferido para os preços finais.

Mas antes do início de 2020, a Danone informou que a sua sede tinha contribuído com 110.000.000 euros para a filial local. Em 2019, os seus escritórios sofreram 30%. Na sede de Paris, no elegante Boulveard Haussmann, eles não olhariam para a Argentina com carinho, como fizeram quando Antoine Riboud e Daniel Carassò vieram para ser parceiros da La Serenissima.
No início do mandato de Mauricio Macri, o Presidente da Nestlé, Peter Brabeck, comprometeu-se a investir. E isso aconteceu. Foi assim que surgiram as linhas de leite infantil na Villa Nueva e de leite condensado na Firmat. Os resultados não chegaram. Por sua vez, Milkaut, BonGrain, Savencia experimentou, com a chegada do seu novo CEO Juan Carlos Dalto, uma viragem para produtos de alta gama e rentabilidade. Esse negócio foi comido pelo coronavírus.

Saputo, a empresa canadense liderada por Lino Saputo, desembarcou com a compra da Molfino e da La Paulina à Perez-Companc. Hoje, juntamente com La Serenisima, está no topo da recepção de leite na Argentina, ambos seguidos pela crescente Adecoagro. A novidade é que o Saputo, pela primeira vez, não estaria a receber apoio do Canadá. Quanto ao casal Arcor-Mastellone, o progresso da família Pagani é notável, aproximando-se dos 50%. No entanto, a última aquisição de ações da Arcor deixou os membros da Mastellone com um gosto amargo e um desejo de ir ao tribunal, e haveria mais amargura num mundo onde já existem estoques excedentários devido a uma queda na procura. Estes volumes estão a ser armazenados sob a forma de leite em pó. Há quem diga que teremos de nos preparar para uma queda acentuada dos preços, o que, desta vez, é grave. Os EUA jogaram fora 25 milhões de litros por dia devido ao encerramento de cadeias alimentares. O preço internacional era de 3 500 USD por tonelada de leite em pó em Março: desceu para 2 700 USD

Federico Boglione, da empresa La SIbila, está obcecado com o que é quase um debate existencial entre empresários. E gira em torno da questão de saber se os auxílios oficiais devem ser discriminatórios em função da dimensão da empresa. Para o proprietário da La Sibila, esta deve ser separada consoante se trate de empresas com capital nacional ou estrangeiro. “As pessoas de fora podem vir, fechar uma empresa e sair. Estamos comprometidos com o nosso consumidor e ainda estamos no país”, afirmou.

E o produtor de leite? Ele cobra 0,27 por litro. Do lado dos industriais, eles dizem que é um preço excessivo. Mas Guillermo Draletti, seu líder histórico, diz: “Continuamos trabalhando em um laticínio que estagnou desde 2008, com uma produção de 10,3 bilhões de litros por ano, sendo superada pelos vizinhos e até mesmo pela Colômbia”. Outro dado, o consumo por habitante é de 200 litros por ano. No dramático ano de 2002, o consumo atingiu 230. (Edairynews – tradução livre Sindilat/RS)

Colômbia – Em 3 meses foram importadas mais de 30.000 toneladas de lácteos

No primeiro trimestre foram adquiridas mais do que todo 2014 (que foram mais de 27.000 toneladas) ou quase todas as de 2015 (31.043 toneladas). 

Somente em janeiro foi estabelecido um novo recorde de compras do exterior de leite em pó e outros derivados – mais de 21.000 toneladas.

No total, durante os primeiros 91 dias de 2020, foram contabilizadas compras de 30.403 toneladas de lácteos procedentes do exterior pelo valor aproximado de US$ 86,2 milhões.

Entre janeiro e março foi adquirido o equivalente à metade de todas importações de 2019 que foram 61.643 toneladas, ao custo de US$ 156,8 milhões. (Em 15 dias foi consumida toda cota de importação com isenção tarifária dos EUA).  

O ano passado bateu o recorde de importação de lácteos, mas, 2020 se candidata a superar esse valor se as compras continuarem nesse mesmo ritmo.

Ao concluir janeiro, este ano já dava sinais de que as importações continuariam crescendo. Somente nos primeiros 31 dias, a indústria relatou as maiores compras em apenas um mês: 21.108 toneladas por US$ 59.096.000.

Fevereiro, ao contrário, chegaram 3.300 toneladas por US$ 9.928.000 e em março 5.997 toneladas pelo preço de US$ 17.155.000, números compatíveis com os registros mensais históricos.  

As compras exageradas em janeiro ocorreu diante do Tratado de Livre Comércio (TLC) com os Estados Unidos e a União Europeia, como mecanismo de proteção à produção de leite nacional. No início de cada ano, é determinada uma quantidade de insumos que podem ser importados sem tarifas alfandegárias, e uma vez esgotada a cota, são cobrados os impostos correspondentes às compras que ultrapassem o limite.

No caso do leite em pó, o TLC com os EUA estabeleceu 11.790 toneladas, enquanto que a UE o volume foi de 6.800 toneladas. (Importante lembrar que 2019 foi o ano com as maiores importações de lácteos da história).

Origem dos produtos: Por este motivo, 66% das importações no primeiro trimestre vieram dos Estados Unidos. Segundo registros da Alfândega, foram gastos US$ 57.089.000 para comprar 19.702 toneladas de lácteos, dos quais 13.980 toneladas foram leite em pó desnatado e 3.173 de leite em pó integral.

Depois vieram compras da Espanha, 2.716 toneladas/US$ 6.485.000 (8%); Bolívia, 1.734 toneladas/US$ 5.948.000 (7%); França, 1.030 toneladas/US$ 3.046.000 (4%); e México, 1.328 toneladas/US$ 3.339.000 (4%). Cabe destacar que as compras da Bolívia e México foram de leite em pó integral.

A commodity mais comprada foi leite em pó desnatado, 16.741 toneladas/US$ 44,6 milhões, seguido pelo leite em pó integral, 8.348 toneladas/US$ 28,6 milhões, aproximadamente. Isso se explica por que a primeira é mais barata que a segunda no mercado internacional. (Portalechero – Tradução livre: Terra Viva)
                

Solidariedade
Quase três toneladas de queijos, leite UHT, iorgutes, bebidas lácteas e sobremesas foram doadas pela Lactalis (donas das marcas Elegê, Parmalat e Batavo) ao Asilo Padre Cacique, à Fundação Pão dos Pobres e ao Instituto Pobres Servos da Divina Providência, em Porto Alegre. Em Teutônia, onde tem unidade, foram entregues 380 quilos de alimentos ao Clube de Mães Lar da Amizade (Zero Hora)
 

 

 

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