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07/05/2020

Porto Alegre, 07 de maio de 2020                                              Ano 14 - N° 3.217

  Lácteos: preços caem em plena entressafra devido à menor demanda

Em relatório, a consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio aponta quais são as tendências para os preços do leite e derivados

O setor de lácteos tem sido um dos mais afetados com a crise da covid-19, com queda de preços em vários itens da cesta em decorrência do recuo acentuado de consumo, principalmente no food service. Segundo a consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio, isso afetou o segmento de queijos e outros refrigerados e gerou excesso de oferta de leite cru, deprimindo os preços dos derivados em plena entressafra.

A empresa destaca que esse recuo de preços no atacado já está impactando as cotações ao produtor. “A rentabilidade das fazendas leiteiras está piorando, sobretudo com a elevação do custo de alimentação. A desvalorização cambial e seu efeito sobre o custo, somada à piora no ambiente econômico deixam o momento ainda mais complicado para o setor”, diz.

O preço do leite ao produtor em abril (referente ao volume captado em março) registrou leve alta de 0,9% frente ao mês anterior, para R$ 1,4515 por litro na média dos estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

“Como o valor pago ao produtor é formado depois das negociações quinzenais do leite spot (comercialização de leite cru entre indústrias) e das vendas de derivados lácteos, as cotações no campo de abril refletem o cenário de março e, por isso, em abril, ainda não foram fortemente influenciadas pela crise da covid-19, que começou a ganhar força na segunda quinzena de março no Brasil”, informa.

O Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) registrou nova queda de fevereiro para março, de 4,3% na média do Brasil e acumula baixa de 11,5% neste ano. “O recuo na captação se deve ao clima menos favorável à atividade, com destaque para a estiagem no Sul do país”, informa.

Confira tendências no relatório completo da Cogo –  Inteligência em Agronegócio clicando aqui (Canal Rural)
                 

França: queda de 60% nas vendas de queijos
Á medida que as vendas de queijos caem 60% na França durante a crise dos coronavírus, a Organização Francesa de Laticínios (Centre National Interprofessionnel de l'Economie Laitière - CNIEL), está pedindo ao país que ajude a indústria de queijos.

A organização lançou uma campanha, #Fromagissons, para incentivar o consumo de queijos franceses tradicionais. A CNIEL disse que, nas primeiras semanas de confinamento, as vendas de produtos lácteos "regulares" aumentaram drasticamente, especialmente leite fluido, manteiga, creme e queijo.

No entanto, segundo a organização, isso levou a um aumento nas vendas de produtos básicos, enquanto outras categorias, como queijos tradicionais, tiveram uma redução no faturamento de até 60%. A CNIEL disse que os consumidores estão comprando itens básicos e não se permitindo os prazeres de alimentos mais indulgentes, muitos dos quais perecíveis.

Enquanto os laticínios que produzem alimentos básicos estão funcionando a toda velocidade para atender ao aumento na demanda, empresas menores foram afetadas pela redução nas vendas para restaurantes e pela queda nas exportações. Eles também estão sendo afetados pela perda nos serviços de alimentação e fechamento de mercados onde os queijeiros tradicionalmente vendiam seus produtos.

A CNIEL disse que está particularmente preocupada com os muitos queijos DOP (Denominação de Origem Protegida) e Indicação Geográfica Protegida (IGP) que o país produz e deseja manter a imagem da nação como um país de 1.000 queijos.

No mês passado, a Sodiaal, a principal cooperativa francesa de laticínios, pediu aos distribuidores que promovessem a diversidade do queijo francês em suas lojas. A Sodiaal disse que sem ajuda, alguns produtos, cujas vendas caíram de 25% para 80%, podem não sobreviver à crise. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Nas redes sociais, “Tá no Mapa” vai mostrar políticas e serviços para o agro e a sociedade
A cada vídeo, cidadão poderá conhecer ações desenvolvidas pelo Ministério. O primeiro episódio é sobre políticas focadas na agricultura familiar

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançou na segunda-feira, 27 de abril, em suas redes sociais a série de vídeos de utilidade pública “Tá no Mapa”.

A cada episódio, o cidadão poderá conhecer o trabalho desenvolvido pelo Ministério para apoiar e aprimorar as diversas áreas do setor agropecuário, como políticas de apoio ao agricultor familiar, aos produtores artesanais, à agricultura orgânica, abertura de mercados externos para os produtos agropecuários, além de garantir o funcionamento da cadeia produtiva e o abastecimento de alimentos no país durante a pandemia do Coronavírus.

>> Veja aqui o primeiro episódio

O primeiro episódio vai mostrar como os produtos da agricultura familiar estão cada vez mais presentes na mesa dos brasileiros. A agricultura familiar é a maior responsável por levar alimentos para quem está em casa, restaurantes comunitários, as escolas, os hospitais e casas de repouso.

Nesta segunda-feira, o governo federal destinou R$ 500 milhões para a compra de produtos da agricultura familiar, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos. No programa, os agricultores, cooperativas e associações vendem seus produtos para órgãos públicos, importante ajuda ao setor. Os alimentos são entregues a entidades e famílias em situação de vulnerabilidade social. (MAPA)
                   


Expointer é confirmada para setembro, mas calendário segue indefinido
A assessoria do Secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul, Covatti Filho, informou ao Canal Rural nesta terça-feira, 5, que a Expointer 2020 será realizada no mês de setembro. Segundo informações apuradas junto à pasta, o novo calendário será definido pelas secretarias de Agricultura e Saúde, em conjunto com as entidades co-promotoras, que neste ano celebra os 50 anos do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. A expectativa é de que o calendário oficial seja definido no prazo de 30 dias. (Canal Rural)
 
 

 

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