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13/04/2020

Porto Alegre, 13 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.201

 Nova superintendente do Mapa no RS busca diálogo permanente com cadeias de produção 
Graduada em Engenharia Agronômica pela Universidade de Passo Fundo (UPF) e em Análise de Sistemas pela Universidade Integrada do Alto Uruguai, Helena Pan Rugeri, a nova superintendente federal do Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária do Rio Grande do Sul, assume tendo como missão a coordenação, a orientação e o acompanhamento  de todas as ações da pasta - numa interlocução permanente com a Secretaria Estadual da Agricultura e demais órgãos do setor produtivo.  
Desde 2002 atuando como Auditora Fiscal Federal Agropecuária do Mapa, Helena Rugeri  se mostra aberta ao diálogo com todos os agentes da cadeia produtiva do Estado, e reforça que o setor de proteína animal permanecerá em caráter de fiscalização periódica, com base em análise de risco que considera o tipo de produto, o volume de produção e o desempenho do estabelecimento fabricante. Nestes critérios se encaixam os produtos lácteos, embutidos, pescados, mel, ovos, entre outros. "Os estabelecimentos de abate são fiscalizados em regime de inspeção permanente, ou seja, com a presença constante da equipe de inspeção. Em todos os casos- periódico ou permanente -  as empresas desenvolvem e aplicam seus programas de autocontrole", afirma.Além das fiscalizações realizadas nos estabelecimentos, são executados diversos programas para avaliar e garantir a inocuidade e qualidade dos alimentos consumidos.  
Em relação à cadeia láctea,  Helena pontua que setor soube enfrentar com profissionalismo as mudanças exigidas pelas INs 76/77, em 2019. "Os desafios da implantação das INs não foram poucos e estão sendo ultrapassados com sucesso por produtores rurais, técnicos de campo e empresas. A melhoria na qualidade do leite é uma realidade que veio para ficar", afirma. Segundo a superintendente, permanece como desafio ao setor o alcance de um maior número de mercados para incrementar as exportações de lácteos do Brasil. "Esta conquista está ligada a outro desafio, que é a melhoria constante da qualidade do leite a campo", destaca. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)                  
Pequeno pode vender à indústria
O Ministério da Agricultura autorizou indústrias com Selo de Inspeção Federal (SIF) a comprar de laticínios com habilitações municipais e estaduais durante a pandemia do coronavírus, acolhendo proposta da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e entidades do setor. O objetivo é evitar desabastecimento de produtos lácteos e a inviabilização dos estabelecimentos de pequeno porte. A partir de agora, as empresas maiores poderão comprar das menores e destinar a matéria-prima para UHT, cuja demanda aumentou nos últimos dias, e para leite em pó. 
O presidente da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil/RS), Délcio Giacomini, entende que a medida foi muito importante. “Quando acontece uma crise econômica como esta, o impacto numa empresa menor é sempre maior”, justifica.  
Para o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), Alexandre Guerra, a ação serviu como “uma condição de negociação para evitar perdas”. O dirigente também entende que, como cada empresa terá de se adequar às normas vigentes, “é preciso a colaboração de todos para manter o abastecimento”. (Correio do povo)
 
 
Rabobank: análise do impacto do coronavírus no mercado lácteo dos EUA e do mundo
A equipe norte-americana do RaboResearch emitiu um relatório atualizado com foco em como os segmentos de processamento e distribuição da cadeia de suprimentos de alimentos estão respondendo ao deslocamento da demanda, devido à crise do coronavírus.
A atualização discute os desafios enfrentados pelos processadores de alimentos para converter a produção de itens antes destinados a serviços de alimentação em itens de varejo, com o objetivo de garantir o fornecimento em supermercados e compensar as perdas decorrentes da menor atividade dos food service.
Em relação ao setor lácteo, o relatório diz que este caminha em um território desconhecido e espera-se que sofra três ondas de movimento do mercado nos próximos 12 meses, antes de chegar a um "novo" normal.
A primeira onda é caracterizada por um aumento na demanda doméstica de laticínios, impulsionada pela compra de pânico durante o primeiro mês de mobilidade reduzida. Como tal, a demanda de varejo compensará uma parcela grande da demanda de food service.
A segunda onda, disse o RaboResearch, vê uma demanda de varejo mais discreta e maiores desafios logísticos e financeiros. Espera-se que os consumidores retornem às lojas conforme a necessidade de preencher lacunas em suas despensas e geladeiras, em vez de grandes ocasiões de compras.
O impacto prolongado da queda nas vendas em serviços de alimentação, o pico sazonal na produção de leite do hemisfério norte e uma desaceleração significativa no comércio global contribuirão para o aumento de estoques em relação ao ano anterior, pressionando os preços das commodities lácteas e, consequentemente, os preços do leite na fazenda.
Além disso, espera-se que a capacidade de processamento, a disponibilidade de armazenamento e os termos de crédito (liquidez) atinjam o máximo, se não houver assistência do governo.
A terceira onda — que é de longo prazo — inclui uma provável recessão global e perda generalizada de renda e poupança, entre outros fatores, que pode manter os preços dos produtos lácteos e os preços do leite ao produtor sob pressão até 2021. 
Os produtos lácteos fazem parte dos programas de alimentação assistidos pelo governo, observa o relatório, acrescentando que uma recessão profunda pode resultar em maior demanda de produtos lácteos, à medida que mais pessoas atendem aos requisitos de elegibilidade econômica dos programas. 
No nível da fazenda, o relatório afirma que os produtores de leite podem enfrentar potencial diminuição na distribuição de insumos e outros produtos veterinários devido a problemas na China, fabricador significativo destes itens. A qualidade e a quantidade de alimentos para os animais também podem ser afetadas, o que pode levar a um menor crescimento da produção de leite e maiores custos de produção. 
O Rabobank revisou suas previsões, a fim de refletir o impacto econômico, e alguns preços fecharam em até 30% inferiores aos previsto anteriormente ao Covid-19. 
Em termos de comércio, a análise do Rabobank prevê que o comércio de produtos lácteos essenciais como leite em pó desnatado, leite em pó integral e queijo pode cair 11%, 13% e 5% em 2020, respectivamente, em relação a 2019. 
Lideradas por uma forte contração na China, prevê-se que as importações de leite em pó desnatado e integral do País caiam 28% em 2020. O segundo maior declínio nas importações de laticínios é esperado na região MENA (Oriente Médio e Norte da África). 
Estima-se que as importações de leite em pó desnatado e integral do sudeste da Ásia recuem quase 8% no mesmo período, à medida que o crescimento econômico mais lento e as moedas mais fracas reduzem a acessibilidade. E na América Latina, prevê-se que as importações caiam 20% em um ano. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)                    
Um em cada cinco brasileiros pretende comprar alimentos e bebidas pela internet neste mês
Na semana passada, a venda online voltou a apresentar crescimento, impulsionada por diversas categorias de produto que possuem relevância em termos de faturamento no comércio eletrônico e também pelas categorias de giro rápido (FMCG). A constatação é da eBit/Nielsen , em sua atualização semanal sobre os impactos da Covid-19 no e-commerce brasileiro. O estudo mostra que consumidores continuam buscando as compras online em razão das limitações quanto à ida às lojas físicas. Isso fica claro quando 21% revelaram intenção de comprar alimentos e bebidas online em março e abril deste ano. No mesmo período de 2019, essa disposição aparecia em apenas 10% do público. A quantidade de novos consumidores, ou seja, aqueles que realizam a primeira compra online no autosserviço alimentar, também segue crescendo. Após avanço de 32% nos primeiros dias de abril, houve nova alta de 27%. O pico da atração de novos clientes para o e-commerce alimentar ocorreu por volta de 20/3, quando aumentou em 45% a quantidade de novos clientes.   (As informações são do SA Varejo)
 
 

 

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