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10/02/2020

Porto Alegre, 10 de fevereiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.161

 Agricultura realiza encontros no Interior para apresentar evolução do status sanitário da aftosa

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) promove um novo ciclo de seminários para apresentar o trabalho desenvolvido pelo Rio Grande do Sul para a evolução dos status sanitário de livre de aftosa sem vacinação. Os trabalhos ocorrerão em Cachoeira do Sul, Passo Fundo e Santo Ângelo e se iniciam na sexta-feira.
 
“Os objetivos destes eventos são a discussão do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), o compartilhamento de responsabilidades e o fortalecimento de parcerias entre os agentes envolvidos e o debate das condições sustentáveis de garantias do status livre de aftosa sem vacinação”, diz o secretário da Agricultura, Covatti Filho.
 
Os encontros são organizados pelo Departamento de Defesa Agropecuária da Seapdr. Veja abaixo quando e onde participar.
 
SERVIÇO
 
Seminários “O RS sem vacinação contra a febre aftosa”
 
CACHOEIRA DO SUL
• Onde: CTG José Bonifácio Gomes
• Quando: 14 de fevereiro, sexta-feira, às 9h
• Endereço: Rua Conde de Porto Alegre, 301 - Vila Carvalho – Cachoeira do Sul
 
PASSO FUNDO
• Onde: Auditório da Embrapa
• Quando: 17 de fevereiro, segunda-feira, às 13h30min
• Endereço: Rodovia BR 285, Km 294 s/n, ao lado da Universidade de Passo Fundo (UPF) – Passo Fundo
 
SANTO ÂNGELO
• Onde: Sede do Sindicato Rural de Santo Ângelo
• Quando: 17 de fevereiro, segunda-feira, às 14h
• Endereço: Rua Sete de Setembro, 795 - Centro - Santo Ângelo
 
Status livre de aftosa
A Seapdr apresentou no final de janeiro as ações que deverão ser tomadas para que o Rio Grande do Sul possa evoluir o status sanitário para zona livre de aftosa sem vacinação. As medidas seguem 18 recomendações apontadas pelo Ministério da Agricultura no relatório da auditoria realizada em setembro do ano passado.
 
Entre as recomendações do Mapa, está a reorganização do quadro de pessoal para que os fiscais agropecuários sejam retirados de atividades administrativas e se dediquem integralmente à fiscalização e a atualização da frota de veículos da Secretaria. As outras recomendações incluem modernização e ajuste do Sistema de Defesa Agropecuária, padronização no cumprimento da legislação, incremento da fiscalização volante, elaboração de estratégia para funcionamento dos postos fiscais, incremento na fiscalização de eventos com aglomeração de animais, cumprimento de metas dos programas de sanidade animal, atividades de educação em saúde animal e maior participação do serviço veterinário oficial nas ações do SUS.
 
Até o momento, no Brasil apenas os estados de Santa Catarina e Paraná conquistaram o status sanitário de zona livre de aftosa sem vacinação. (Seapdr)

Coronavírus na China faz despencar cotações de commodities brasileiras
A cotação dos principais produtos exportados pelo Brasil despencou após o aparecimento do surto de coronavírus na China, o principal comprador das commodities nacionais. Desde a segunda quinzena de janeiro (quando o coronavírus começou a ter efeito nos mercados globais), o preço da soja em grão caiu 5,13%, o do petróleo recuou 15,5% e o minério de ferro teve retração de 14,3%. Em 2019, esses três produtos responderam por 78% das vendas externas brasileiras – que totalizaram US$ 177,3 bilhões.
Para analistas, mais do que qualquer escassez de insumos da indústria, o principal impacto de uma crise mais longa provocada pelo coronavírus para o Brasil deve ser exatamente na balança comercial. “Se a epidemia (na China) continuar, pode afetar ainda mais profundamente os preços de alguns produtos de exportação relevantes, como minério de ferro, petróleo e soja”, diz Welber Barral, sócio da BMJ Consultores Associados e ex-secretário de Comércio Exterior. “A questão é o tempo que vai durar a epidemia.” Especialistas afirmam que ainda é muito cedo para dizer de quanto será esse impacto. 
 
Consultores da área de mineração, por exemplo, ainda não veem a necessidade de mudança de estratégia por parte das empresas. Até porque, afirmam, não haveria muito o que fazer, uma vez que a China compra hoje 64% de todo o minério de ferro produzido no Brasil, segundo a BMJ.  
“Com as premissas de que o governo chinês manterá os estímulos à economia, que a questão do coronavírus se dissipe ainda no primeiro semestre e as usinas voltem, no segundo semestre, em ritmo mais forte, a demanda por minério de ferro será impulsionada e, assim, puxará os preços”, afirma Yuri Pereira, analista da XP. 
Novos mercados
De todo modo, a Petrobrás começou a se movimentar tão logo as engrenagens chinesas passaram a reduzir o ritmo. A China consome quase 65% do petróleo produzido pelo Brasil e também é o maior destino das exportações da estatal, que disse estar pronta para buscar novos mercados, caso haja queda na demanda chinesa. Para a estatal, o petróleo do pré-sal é muito bem aceito na Europa por seu baixo teor de enxofre. “A Petrobrás entende que os preços internacionais e fluxos se ajustarão naturalmente e a companhia está pronta para se adequar a um eventual novo cenário”, afirmou a estatal. 

É claro que conquistar clientes não será simples. “O Brasil tem duas possibilidades: tentar exportar petróleo para quem já compra ou ir para novos mercados”, diz Shin Lai, analista da empresa de análises de investimentos Upside Investor. “Só que essas estratégias também estão sendo analisadas por todos os outros países exportadores.” (As informações são do Estadão)

 
Maxum lança previsão global para produtos lácteos em fevereiro
A empresa australiana e neozelandesa Maxum Foods publicou sua atualização sobre lácteos para fevereiro. Dustin Boughton, procurador da Maxum Foods, disse que os fundamentos subjacentes às perspectivas do mercado global permanecem positivos.
Embora tenha havido um ligeiro aumento da produção de leite dos principais exportadores de commodities no final de 2019, a demanda agregada — nos mercados interno e de exportação — permaneceu bem à frente do crescimento na oferta de leite. 
“O apertado equilíbrio no mercado de laticínios diminuiu gradualmente até 2020, devido ao crescimento da oferta de leite, já que os produtores da UE e dos EUA responderam a melhores preços e margens”, disse Boughton. “Por outro lado, o preço mais alto dos produtos e a disponibilidade reduzida de leite em pó desnatado podem desacelerar o comércio. O coronavírus, que se espalha rapidamente, afetará o comércio de lácteos no curto prazo e não pode ser ignorado em nossa perspectiva”. 
O tempo seco na Nova Zelândia, os limites de crescimento devido a problemas climáticos e alimentares em partes da Europa e os desafios atuais na Austrália ajudarão a manter a expansão da produção de leite dos principais exportadores abaixo de 1% no primeiro trimestre de 2020, aumentando para 1,1% no segundo trimestre de 2020, acrescentou Boughton. 
Leite em pó desnatado: O comércio de leite em pó desnatado desacelerou 4,0% em novembro com relação ao ano anterior, apesar de um ressurgimento do mercado nos EUA, que cresceu 44%, aumentando as exportações do País em 27% nos três meses, até novembro. O crescimento dos EUA em novembro foi devido principalmente às vendas mais fortes no Sudeste Asiático, onde está ganhando participação por causa de uma vantagem de preço. 
Boughton disse que desde o início da liberação da intervenção, a UE respondeu por 95% do crescimento (246.000 t) do comércio global de leite em pó desnatado, até novembro de 2019. As exportações da UE em novembro foram de 60.003 t – uma queda de 11,6% em relação ao ano anterior e a mais baixa em 15 meses. Enquanto os EUA e o Canadá aumentavam o comércio, as exportações de todos os principais fornecedores caíram em novembro. 
Leite em pó integral: "Os valores spot estão se afastando, com os preços da Nova Zelândia abrandando em dezembro e se recuperando em janeiro e permanecem relativamente estáveis", acrescentou. O medo de interromper o comércio e a logística na China devido ao coronavírus enfraqueceu os preços spot no final do mês. 
Queijo: O relatório afirma que a expansão das importações de queijo pela Rússia ainda representa uma parcela significativa (43%) do crescimento geral do mercado nos 11 meses até novembro, enquanto o crescimento das importações dos EUA antes da imposição de tarifas no produto da UE aumentou 16% nesse período. Excluindo estes, o mercado cresceu apenas 2,3% em 2019. 
Manteiga: O comércio de manteiga está melhorando, de acordo com Boughton, com o volume total subindo 32% em novembro com relação ao ano anterior, mas o comércio da gordura anidra do leite piorou e caiu 18%. Os preços spot enfraqueceram-se em dezembro, com os valores da Nova Zelândia caindo abaixo de US$ 4.000/t, diminuindo a diferença entre os seus valores e os da UE. Desde então, os preços spot da Nova Zelândia se recuperaram com sinais de que a demanda ganhou força com esses preços mais baixos. 
Soro de leite: O declínio no comércio global de produtos de soro de leite nos 11 meses, até novembro, foi de 6,1%, resultado principalmente de embarques mais fracos para a China e Hong Kong, que importaram 26% a menos, devido ao abate de seu rebanho suíno para combater a peste suína e a imposição de tarifas punitivas contra produtos norte-americanos. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint.)
Cooperativa da região negocia exportação para China
As indústrias do Rio Grande do Sul negociam novos embarques de leite em pó para a China. Uma comitiva do país asiático esteve no Estado durante essa semana e demonstrou interesse na fórmula infantil do leite em pó. A CCGL (Cooperativa Central Gaúcha Ltda), com sede em Cruz Alta, é uma das indústrias que está desenvolvendo o produto específico buscado pela empresa chinesa Luwaly. Mas, no total, 24 indústrias gaúchas estão habilitadas estão credenciadas a exportar para a China. 
O próximo passo para formalizar o negócio são visitas as bases dos laticínios do interior, o que deve ocorrer ainda em fevereiro com acompanhamento de Alexandre Guerra, presidente do Sindilat – Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Rádio Progresso)

 

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