Porto Alegre, 22 de janeiro de 2020 Ano 14 - N° 3.148
Com reforma empacada, relator da tributária se reúne com equipe econômica
O relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), se reuniu hoje com a equipe econômica do governo Jair Bolsonaro (sem partido) para discutir pontos que vão embasar seu relatório. O trabalho acontece em paralelo à comissão mista de Senado e Câmara, cujo início de funcionamento estava previsto para dezembro, o que não aconteceu. Participaram do encontro o secretário da Receita Federal, José Tostes, as assessoras especiais de Paulo Guedes (Economia), Vanessa Canado e Daniella Marques, e técnicos da Câmara. Líder da maioria na Casa, Aguinaldo retomou as atividades antes do fim do recesso, em 3 de fevereiro. Ele se reuniu com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e técnicos da Câmara para estudar a proposta.
"Estamos trabalhando em conjunto. Estão sendo estudos técnicos a partir dos dados do governo para saber, de fato, qual o impacto para cada setor da economia com a reforma", disse o relator. O tema é sensível e desperta interesse de diferentes setores econômicos que podem ser afetados por mudanças na alíquota. Na semana passada, a assessora de Guedes, Vanessa Canado, disse ao UOL que o governo se organiza para vencer o lobby do setor de Serviços. As declarações provocaram reação de representantes do segmento. O governo espera aprovar a reforma ainda no primeiro semestre. No mês que vem, o Planalto deve enviar ao Congresso um projeto de lei para unificar os impostos PIS/Cofins. O tema é debatido nas PEC 45 (pela Câmara) e PEC 100 (pelo Senado), a ideia de Guedes é ter um texto de consenso via projeto de lei. "Todo mundo que me procura reclama que vai ter perda. Então, vamos levantar os dados corretos, com projeções. Isso vai ajudar a entender melhor o cenário e dialogar com parlamentares que, por não saber a fundo do tema, têm resistência", disse Aguinaldo. Segundo o deputado, o trabalho feito em conjunto com o governo é uma maneira de adiantar o tema. Na avaliação dele, quem vai dar o "tom" dos trabalhos é a comissão mista, que está atrasada e não foi instalada por Davi Alcolumbre (DEM-AP)."Buscamos uma reforma que garanta a justiça social e equilíbrio. Hoje, está completamente descartada qualquer criação de novo imposto", afirmou.
Relatoria
O deputado Aguinaldo Ribeiro é líder da maioria da Câmara e um dos principais nomes do centrão — grupo informal formado por DEM, PP, PL, Republicanos, PSD, Solidariedade e MDB. Ele assumiu a relatoria da PEC 45, no início do ano passado. Em paralelo à Câmara, o Senado debate uma reforma tributária, a PEC 110. O texto da reforma que tramita entre os deputados é de autoria de Baleia Rossi (MDB-SP), cujo estudo teve apoio da assessora de Guedes Vanessa Canado à época em que ela integrava o CCiF (Centro de Cidadania Fiscal), entidade independente ligada à indústria. (Uol)
O segundo levantamento sobre a estiagem no Rio Grande do Sul, divulgado ontem pela Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro), aponta quebra de 18,9% na safra de soja e de 30% na do milho. Na pesquisa anterior, feita pela Rede Técnica Cooperativa no dia 7 de janeiro, as perdas na cultura da soja eram estimadas em 13% e no milho em 33%.
A Fecoagro alerta que o quadro pode se agravar mais se não houver, daqui para frente, melhora nas condições climáticas. A análise considera a média ponderada em uma área de 3,2 milhões de hectares de soja e 337 mil hectares de milho. Foram consultadas 22 cooperativas. (Correio do Povo)
Nesta terça-feira (21/01), o leilão da plataforma GDT apresentou sua segunda valorização consecutiva, com um aumento de 1,7% em relação ao evento anterior, levando o preço médio a US$ 3.434/tonelada. Já o volume negociado, de 33,1 toneladas, foi praticamente estável quando comparado ao último evento.
Fonte: elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade.
Fonte: elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade.