Pular para o conteúdo

18/12/2019

Porto Alegre, 18 de dezembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.132

  Produção mundial 

A expectativa é de que a produção mundial de leite aumente 1% em 2020, de acordo com as mais recentes projeções das principais regiões produtoras. Isso significa aproximadamente 292,5 bilhões de litros, 2,9 bilhões a mais em relação à estimativa de produção de 2019. Essa projeção abrange a redução do crescimento na Austrália, conforme recentes expectativas do USDA, que é ainda mais baixa do que a projetada pelo governo australiano em setembro. Contínuos desafios com a seca, incêndios, custos elevados da água e alimentos dificultam a recuperação da Austrália.
  
A produção prevista para a Nova Zelândia é de quase estabilidade, pois é pouco provável ultrapassar as produções recordes das últimas temporadas.
 
A demanda global por produtos lácteos deve continuar, e de acordo com a Organização Mundial para Alimentação e Agricultura (FAO) o crescimento será de 2,1% ao ano para produtos frescos e de 1,5% para produtos processados. Assim sendo, a expectativa é de que os preços mundiais dos produtos lácteos permaneçam firmes pelo menos até o final do primeiro semestre 2020, uma vez que as possibilidades de aumento da produção são pequenas. (AHDB - Tradução livre: Terra Viva)

Fabricantes de alimentos terão de abolir gordura trans em 2023

A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu fixar regras para reduzir o uso de gorduras trans em alimentos industrializados e preparados em estabelecimentos comerciais no país. A redução será feita de forma gradual, até a proibição total do seu uso a partir de 2023. A proposta foi aprovada por unanimidade pela diretoria da Anvisa, durante reunião realizada ontem, em Brasília.

De acordo com a Anvisa, a implantação de norma será feita em três etapas. Na primeira, a agência impôs o limite de 2% de presença de gorduras trans em óleos refinados a partir de 1º de julho de 2021.
A partir dessa data, entra em vigor a restrição de gordura trans industrial para os demais alimentos vendidos no atacado e no varejo, também com limite de 2%. Essa restrição valerá até 1º de janeiro de 2023, mas não será considerada para alimentos usados como matérias-primas para as fabricantes.

Na última fase do plano, a gordura parcialmente hidrogenada, que é fonte principal de gordura trans industrial, será banida dos alimentos a partir de 1º de janeiro de 2023.

As gorduras trans também podem ser encontradas de forma natural nos alimentos derivados de animais ruminantes, como carnes, banhas e queijos, mas neste caso, as concentrações são consideradas baixas e adequadas para o consumo. A maior preocupação da Anvisa é com os produtos industrializados.

A gordura trans é considerada nociva à saúde por favorecer para o surgimento de problemas cardiovasculares. Pode ser encontradas em margarinas, biscoitos, lanches prontos, bolos, sorvetes, chocolates, pratos congelados entre outros alimentos industrializados. E também está presente em frituras vendidas em serviços de alimentação e vendedores ambulantes. 

Existem evidências científicas de que quando o consumo desse ingrediente supera 1% do valor energético total da alimentação de uma pessoa, aumenta o risco de surgimento de doenças cardiovasculares. Segundo a Anvisa, estimativas de 2010 apontam para um consumo geral de 1,8% de gordura trans pela população brasileira.

Ainda de acordo com a agência reguladora, estima-se que o consumo excessivo de gordura trans foi responsável por 18.576 mortes por doenças do coração no Brasil em 2010. (As informações são do Valor Econômico)

Nova taxa sobre exportações pode levar Argentina a perder mercado para o Brasil

As decisões do governo argentino deste fim de semana de elevar as taxas sobre as exportações agropecuárias e de suspender temporariamente os registros de exportação do setor a partir de hoje podem minar a competitividade do segmento no País e, dessa forma, beneficiar as exportações do agronegócio brasileiro, sobretudo no médio a longo prazo, segundo analistas.

As exportações dos produtores argentinos, que pagavam 4 pesos por dólar embarcado, passam agora a ser cobradas por uma nova taxa de até 12%. Como a soja e seus derivados já pagavam alíquota fixa específica de 18%, as exportações do grão pagarão agora 30% no total. No caso do milho e do trigo, a alíquota irá a 12% e, no caso da farinha de trigo, a 9%. À imprensa local, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, argumentou que a medida "atualiza" as "retenciones", já que o peso argentino se desvalorizou ante o dólar.

 

A decisão ocorre em um momento em que os produtores argentinos estão plantando a safra 2019/20 de soja e milho e colhendo a de trigo. Como a medida já era esperada, os produtores vinham antecipando as vendas ao exterior, que estão três vezes maiores do que um ano atrás, segundo dados da Bolsa de Comércio de Rosário.

Para Nery Ribas, diretor da NR Consultoria, a medida terá impacto na competitividade da soja e do milho do país vizinho nas próximas safras. "Já para nós, é interessante." Para ele, a medida pode levar os produtores argentinos a reduzirem gastos com os tratos culturais desta safra, com possíveis reflexos na colheita.

No caso do trigo, a taxa pode dificultar as vendas ao Brasil, pois o país terá que competir com outras origens, beneficiadas pela cota de 750 mil toneladas isenta de tarifa, lembrou Christian Saigh, vice-presidente do Sindustrigo/SP. (As informações são do Valor Econômico)

Produção/Austrália

A produção de leite da Austrália voltará a cair em 2020 e chegará ao menor nível em 25 anos de acordo com o último relatório divulgado pelo escritório de Canberra do USDA -Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. 
A produção de leite chegará em 8,4 milhões de toneladas, com queda de 2% em relação a 2019. A retração é explicada pela persistente seca em várias regiões do país que eleva os custos da alimentação e da água, e também reduz o tamanho dos rebanhos leiteiros, com o abate de vacas de leite.
 
A taxa de produção de leite no próximo ano será muito menor do que a registrada em 2019. Prognósticos de maiores precipitações e bom crescimento de pastagens em regiões produtoras podem ser traduzidas em maior produção. Apesar de menor produção de leite, o USDA espera que a oferta de leite fluido, bem como de queijo se mantenham, embora a oferta de manteiga e leite em pó seja reduzida.
Um dos aspectos positivos destacados pelo relatório do USDA é que o preço ao produtor é recorde, o que é muito importante para que superem os problemas de liquidez.
 
A combinação de oferta de leite reduzida e capacidade industrial ociosa levou a uma grande concorrência pelo leite produzido. Este aumento no preço do leite ao produtor está impactando nas margens da indústrias, e algumas companhias já anunciaram menores lucros. (Blasina y Asociados - Tradução livre: Terra Viva)

Consumo das famílias deve retomar nível pré-crise em 2020, diz FGV
Este fim de ano deve marcar uma retomada mais acelerada no ritmo de consumo das famílias brasileiras e, no primeiro semestre de 2020, essa demanda deve voltar ao patamar registrado no período anterior à recessão econômica. A estimativa é do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação GetúlioVargas (Ibre/FGV). Silvia Matos, economista e coordenadora do Boletim Macro do Ibre/FGV, explica que o consumo das famílias deve avançar 1,1% neste quarto trimestre, em comparação com os três meses anteriores. Caso confirmado, esse indicador estará apenas 1% abaixo do pico histórico, atingido no quarto trimestre de 2014. Durante seminário na FGV, a economista destacou que, novamente, o consumo das famílias crescerá acima do PIB, algo recorrente desde que o País saiu da recessão. O desempenho mais forte neste fim de ano tem influência da liberação de recursos do FGTS, por essa razão Silvia pondera que o ritmo previsto para este quarto trimestre não deve se manter, afinal o desemprego segue alto e a inflação dos alimentos gera perdas no poder de compra. Para 2020, Ibre/FGV acredita em elevação de 2,6% no consumo das famílias, o que pode representar o melhor resultado do indicador desde 2017, quando o avanço foi de 3,6%.  (As informações são do SA Varejo)

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *