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04/12/2019

Porto Alegre, 04 de dezembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.122

  Importações de lácteos crescem 22% em novembro; incremento do leite em pó desnatado foi de 136%

Segundo dados da última terça-feira (03/12) divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), a quantidade importada de leite (em litros equivalentes) no mês novembro aumentou 22% em relação a outubro, com 87,5 milhões de litros em equivalente leite importados. Comparando nov/19 com o mesmo mês do ano passado, a quantidade ficou 41% menor.

Já em relação à exportação, também houve um aumento no mês de novembro: os 10,9 milhões de litros em equivalente leite exportados pelo Brasil representaram um acréscimo de 24% em relação a out/19 e uma queda de 5% em relação a nov/18. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea, que, em novembro, apresentou um déficit de -77 milhões de litros no gráfico abaixo.

Gráfico 1. Saldo da balança comercial de lácteos no Brasil em equivalente leite (milhões de litros); elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do COMEXSTAT.

Os leites em pó representaram 57,2% das importações totais brasileiras em novembro, no entanto, em comparação com outubro, o volume importado de leite em pó integral diminuiu 4% e as importações de leite em pó desnatado tiveram um incremento de 136%.

Apesar da desvalorização do real frente ao dólar no último mês, o aumento da demanda pelo leite em pó nacionalmente, principalmente desnatado, e a desvalorização da gordura, aliados à baixa disponibilidade de produtos aqui no Brasil, tornaram os preços internacionais do produto interessantes, culminando no aumento da importação do produto.

Queda no volume importado de manteiga
Em novembro ocorreu a segunda queda seguida no volume importado de manteiga, sendo 22% menor ao volume internalizado em outubro. Em contrapartida, as importações de queijos aumentaram 4% e as de soro permaneceram praticamente constantes, variando apenas -0,3%. Na tabela 2, é possível observar as movimentações do comércio internacional de lácteos para o mês de novembro deste ano. (Milkpoint Mercado)

Tabela 2. Balança comercial láctea em outubro de 2019; elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do COMEXSTAT.

Mercado LTO 

A oferta de leite na União Europeia (UE) aumentou 1% em setembro, assim como no mês anterior. No acumulado do ano, até setembro, houve crescimento de 0,5%, em comparação com 2018. Alemanha, França e Holanda apresentaram novamente aumentos em setembro. Na Irlanda a produção ficou virtualmente inalterada no mês, findando o período de crescimento exponencial.  
 
Outras grandes regiões exportadoras mostraram desempenhos variados. A produção de leite na Argentina e nos Estados Unidos cresceu 1%. O volume caiu na Austrália 5%, na Nova Zelândia 1% e, no Uruguai 3%.
Em setembro, a taxa de crescimento conjunto das principais regiões exportadoras, incluindo a UE, foi levemente negativa, -0,1%.

Depois de alguns meses com leve aumento, o preço da manteiga ficou estabilizado, a partir da segunda quinzena de outubro. O mercado, no entanto, recuperou novamente no final de novembro, como resultado da boa demanda de manteiga, com vários destinos de exportação.

O mercado do leite em pó desnatado (SMP) permanece positivo. As cotações continuaram aumentando diante da firme demanda de países asiáticas, e oferta limitada.

Um pouco menos ativo está o mercado de leite em pó integral (WMP). As cotações acompanham a evolução do mercado da manteiga e do leite em pó desnatado. Ainda assim as cotações crescem desde a segunda quinzena de agosto. (LTO Nederland – Tradução livre: Terra Viva)

União vai ajudar Estado a rever benefícios fiscais

Nesta terça-feira (3), a Secretaria de Avaliação de Políticas Públicas, Planejamento, Energia e Loteria, vinculada ao Ministério da Economia, e o governo do Estado assinaram termo de cooperação técnica para avaliação das políticas de incentivo fiscal implementadas no Rio Grande do Sul. O documento foi assinado, em Brasília, com a presença do secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso, e do secretário de Avaliação de Políticas Públicas, Alexandre Manoel Angelo da Silva.

A parceria com o Rio Grande do Sul é a primeira firmada pelo Ministério da Economia. O plano de trabalho prevê entregas ao longo do ano de 2020, incluindo a avaliação econométrica de impacto dos benefícios estaduais de ICMS, um estudo comparativo dos benefícios de impostos federais e estaduais que são aplicados no Estado e um panorama macro fiscal do Estado considerando a estrutura de benefícios do ICMS.

Esse trabalho conjunto se soma às iniciativas iniciadas em janeiro, com destaque para a criação do Grupo Técnico de Avaliação Econômica do Incentivos. Entre os trabalhos já em elaboração, estão o diagnóstico das isenções, um panorama atual do Rio Grande do Sul comparado a outros Estados, a construção de indicadores de efetividade e redesenho das estratégias.

Segundo estimativas da Secretaria de Fazenda, as desonerações totais de ICMS somaram R$ 9,7 bilhões no ano de 2018. O fim dos incentivos, no entanto, não resultaria em aumento proporcional da arrecadação, já que esse valor engloba desonerações nacionais via Conselho Nacional de Política Fazendário (Confaz) - como as desonerações que incidem sobre a cesta básica -, a redução do Simples Nacional, compras de órgãos públicos e outros benefícios meramente operacionais.

Apenas uma parte, estimada em R$ 2,9 bilhões de créditos presumidos, é de efetivo incentivo econômico concedido, sendo que tais valores englobam também contratos assinados com prazo definido que não podem ser cancelados unilateralmente. Assim, decisões sobre as isenções devem ser tomadas com base em avaliações sobre a efetividade e eficácia desses benefícios. (Jornal do Comércio)

 
HackatAgro
Foram escolhidas as 15 startups que participarão, de 13 a 15 deste mês, do hackathon agro. O anúncio foi feito ontem, por representantes da Federação da Agricultura do Estado (Farsul) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do RS (Senar-RS), à frente da maratona tecnológica. As startups buscarão soluções em quatro áreas: custos de produção, segurança, comercialização e doenças invasoras e pragas. Gedeão Pereira, presidente da Farsul, diz que o papel da iniciativa é descobrir startups do agronegócio e ajudá-las a se desenvolver. (Zero Hora)

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