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14/10/2019

Porto Alegre, 14 de outubro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.086

   Leite/Europa

A produção de leite na Europa Ocidental continua o declínio sazonal, estando, agora, bem abaixo do pico da primavera. A boa notícia é que os dois maiores países produtores, Alemanha e França, na última semana, apresentaram resultados melhores do que o verificado no mesmo período do ano passado. Em um ano tão irregular, a expectativa é de que o último trimestre do ano consiga reverter as taxas de produção negativas apresentadas no primeiro semestre. A Comissão Europeia projeta crescimento de 0,5% no volume de leite da União Europeia em 2019, em relação ao ano passado. 

Recente incêndio em uma fábrica de produtos químicos na região da Normandia, França, provocou a suspensão da coleta de leite de várias fazendas, e está sendo avaliado o impacto que pode ter causado no abastecimento de água e na produção de alimentos da região.
 
 
 
A demanda por queijos para clientes europeus e exportação continua muito boa. Os estoques de queijos para cura estão abaixo do que é considerado um nível ideal, pois estão sendo utilizados para atender os contratos já firmados. Os fabricantes procuram manter os bons clientes na UE, e atender os crescentes pedidos de exportação.  

É importante manter a posição da Europa Ocidental como um exportador comprometido em cumprir contratos assinados. Pedidos para novas compras não estão sendo aceitos. O esforço dos fabricantes para cumprir as obrigações já assumidas, ajuda a manter os preços firmes.

No Leste Europeu, a Lituânia reduziu tanto o preço ao produtor inviabilizando a continuidade de algumas pequenas e médias fazendas leiteiras. A seca reduziu a disponibilidade de alimentos e o que existe é muito caro. Assim, muitos produtores venderam vacas para arrecadar dinheiro e também reduzir o custo com a compra de alimentos para os animais. Muitas vacas foram vendidas para produtores de leite poloneses, país onde registrou, recentemente, aumento consistente da produção de leite. O rebanho leiteiro da Polônia vem crescendo. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

Produção/AR 

Um boletim do Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (OCLA) destacou que nos últimos anos o processo de concentração da produção em unidades maiores é contínuo e ficou mais acelerado.
 
Segundo o OCLA, as fazendas que produzem menos de 2.000 litros diários de leite, que representam 50,7% das unidades produtivas, fornecem somente 16% do leite total, e no outro extremo, as fazendas com mais de 10.000 litros diários, que correspondem a apenas 4% das unidades produtoras, entregam 23,4% do leite.
 
 
 
As 410 fazendas do estrato de mais de 10.000 litros que produzem em média 17.747 litros diários, são responsáveis pela mesma quantidade de leite de 6.133 propriedades menores que produzem menos de 3.000 litros diários (2.829 menos de 1.000 litros; 2.389 entre 1.001 e 2.000 litros; e 915 entre 2.001 e 3.000 litros, diários).

Tamanho (litros de produção diária) não é sinônimo de produtividade e eficiência – lembra o boletim – mas, podemos observar que a escala de produção permitirá conseguir faturamento líquido total que atendam às necessidades empresariais.

“Uma fazenda com 1.500 litros diários, ou seja, 45.000 litros mensais, que tenha um faturamento líquido de 2 pesos por litro de leite, consegue uma renda mensal de 90.000 pesos mensais, valor similar ao salário bruto de um empregado semi-qualificado de uma indústria”, comparou o boletim. (Campo Litoral – Tradução livre: Terra Viva)

Exportações/UR 

O Brasil foi o principal comprador de lácteos do Uruguai em setembro, desbancando a Argélia que liderou a demanda em agosto. 

Os pedidos de exportação para o Brasil totalizaram 5.115 toneladas, representando 29% do total. Em valor foram US$ 14,5 milhões.

Em segundo lugar (subindo em relação ao ranking de agosto) ficou a Rússia, que comprou 3.364 toneladas por US$ 13,9 milhões.

A Argélia caiu para o terceiro lugar, com 2.025 toneladas de produtos a US$ 6,5 milhões.

No quarto posto ficou a China, comprando 1.520 toneladas de lácteos, que custaram US$ 4,6 milhões.

A Argélia continua na liderança no acumulado do ano
A Argélia mantém o posto principal na compra de lácteos uruguaios. No acumulado, de janeiro a setembro, receberam 24% das exportações do Uruguai, que somaram 39.269,6 toneladas, gerando US$ 123,3 milhões em divisas.

Em segundo lugar, muito perto, vem o Brasil que representa 23% de participação do mercado. Compraram 37.684 toneladas por US$ 111,5 milhões.

No terceiro lugar encontra-se a Rússia (12% de participação) com 20.200 toneladas ao custo de US$ 77,3 milhões. Depois vem Cuba com 9.347 toneladas, e gastos de US$ 28,7 milhões

A China fica em quinto lugar em volume com envio de 9.266 toneladas, no valor de US$ 22,6 milhões.

Em comparação com 2018, o destaque vai para o crescimento das compras pela Rússia. As exportações para esse destino subiram 79% em volume e 70% em valores. (ON24 – Tradução livre: Terra Viva)

 
 
Kantar: lácteos se destacam nas lancheiras das crianças
Segundo estudo da Kantar, cereais matinais, bebidas lácteas e iogurtes foram as categorias que mais se destacaram nas lancheiras entre julho de 2018 e junho de 2019, representando 24,5% de importância do consumo. A escolha está ligada à necessidade de saudabilidade em pelo menos 41% das ocasiões de compras feitas semanalmente para crianças de até 12 anos, e aumentou em comparação com o período de julho de 2017 a junho de 2018, quando representou 37%. A pesquisa foi feita nas regiões metropolitanas da Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro, Grande Fortaleza e Grande Curitiba, bem como nas cidades de Recife, Salvador e Porto Alegre. (As informações são da Kantar)

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