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03/09/2019

Porto Alegre, 03 de setembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.058

  GDT 03/09/2019

 
(Fonte: GDT, adaptado pelo Sindilat)

 

Preços/AR

Logo após a recuperação do preço do leite durante o primeiro semestre de 2019, o fim de agosto mostra uma situação menos favorável. Segundo cálculo do Siglea, o preço do litro de leite em julho foi de AR$ 15,50/litro, o que refletiu em uma desaceleração do aumento que vinha recebendo o produto nos meses anteriores” afirma Diego Curat, integrante da Consultora AZ Group. 

“Junho e julho foram bons meses para o produtor de leite, com preços razoáveis do leite, sem elevação de custos, mas, nos últimos dias a situação mudou”, acrescentou. Curat observa que em grande parte da província de Buenos Aires as pastagens de inverno produziram menos do que o esperado, em decorrência da seca. Essas fazendas tiveram que aumentar a quantidade de alimentos balanceados para as vacas, um insumo que representa grandes aumentos de custos.

Elevação de custos
Na equação econômica do produtor também influi o aumento estabelecido para os empregados rurais, de 23% para agosto e de 28% para outubro. Também tem impacto a forma de pagamento do leite em um contexto de inflação em alta, como atualmente: É preciso receber o mais cedo possível porque não está fácil conseguir financiamento para compra de insumos.

“É bem pouco provável que o preço do leite acompanhe os aumentos de custos dos últimos dias, porque o consumo interno está travado pela recessão econômica – adianta Curat – o que se traduzirá em redução das margens”.

Os fatores descritos fazem com que se chegue à primavera (quando há maior produção de leite) com preços estabilizados em pesos, queda de mais de 25% em dólares, e aumento dos custos. (La Nación – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Importações China/AR

A corrida chinesa pela importação de lácteos continuou em julho: +14,8% em quantidade e +16,2% em valor, em comparação com o mesmo período de 2018. Estas cifras confirma a “fome” produtos lácteos de Pequim. 

Nos primeiros sete meses de 2019, em particular, as importações totais da China aumentaram 11,8% em quantidade e 13% em valor. Mais marcante ainda é o crescimento das importações calculadas em equivalente leite (EM), com aceleração de 25,9% entre janeiro de julho. No mesmo período de 2018, o crescimento foi bem mais contido, 4,43%.

A China absorveu uma grande quantidade de leite em pó integral (+26,6% em quantidade de 17% em valor), leite e creme (+38,9% em quantidade e 27,8% em valor), leite em pó desnatado (+29,2% em quantidade e 43,6% em valor) e leite infantil (+16,4% em quantidade e +19,2% em valor).

O mês de julho sorriu para as exportações da União Europeia (UE), que ganharam terreno nos segmentos de leite infantil (possuindo 74% da cota de mercado), na exportação de leite e creme (+87,9%), e na venda de leite em pó desnatado (+41,7%).

As tensões internacionais vinculadas à guerra comercial entre China e Estados Unidos penalizaram, significativamente, as exportações estadunidenses. Entre janeiro e julho deste ano, as vendas caíram 53,1% em quantidade, e 41,3% em valor.

Os outros atores comerciais relevantes que se beneficiaram pelas compras de Pequim foram: Nova Zelândia (+23,2% em quantidade de 17,7% em valor); UE (+22,3% em quantidade e 11,2% em valor) e Austrália (+27,5% em quantidade e 20,9% em valor). (ON24 – Tradução livre: Terra Viva)

Afinal, quais são as mudanças e tendências que impactam consumo no Brasil e no mundo?

Durante o evento Kantar Talks, a Kantar apresentou mudanças e tendências que impactam o mercado no Brasil e no mundo, fornecendo diretrizes para que as empresas possam crescer, adaptando suas estratégias e campanhas de comunicação.

Em um cenário global onde a transformação constante é a única certeza, o relatório Energias Globais, da Kantar – realizado em 26 países, por meio de 34.000 entrevistas - evidenciou as 8 principais tendências que se tornam cada vez mais importantes para o consumidor. A primeira delas é a preocupação com a responsabilidade – tanto social, quanto ambiental -, seguida pela busca incessante por experiências positivas, bem-estar físico e espiritual, conexões humanas mais relevantes, fluxos flexíveis e simplicidade. Para completar, o consumidor atual também deseja preservar sua identidade, que é única e foge de estereótipos, e ter proteção, seja física, digital, ambiental ou financeira.

“Parece complexo e é, mas para crescer e se manter no topo as empresas devem ter conhecimento sobre esses conceitos, a fim de atender as necessidades do consumidor, que se refletem na interação com as marcas e principalmente nas decisões de compra”, comenta Sonia Bueno, Presidente Brasil da Kantar.

Essas novas tendências criam um consumidor “multi”, ou seja, que se abre para novas perspectivas, tem mais opções de marcas e busca canais específicos para sua compra. Ele procura o que lhe proporciona experiências mais valiosas, faz trocas, explora novas marcas e categorias e abandona antigas, frequenta menos vezes o ponto de venda. E tudo isso faz surgir novos nichos de mercado. “Antes buscava-se alimentos menos calóricos, enquanto hoje também há uma busca por segmentos como “sem glúten” e “sem lactose”, o que significa uma oportunidade e um desafio para as empresas”, afirma Elen Wedemann, Managing Director da Kantar, divisão Worldpanel.

Segundo ela, atualmente existe mais dificuldade para as megamarcas crescerem, seja por penetração ou frequência. “Para essas marcas conseguirem crescer ainda mais é necessário que elas usem diferentes canais e atentem-se que a decisão de compra é uma combinação de ocasião, benefício, necessidade e experiência”, completa Elen.

Como as marcas podem crescer e se manter no topo
A disrupção tornou-se a palavra do momento e algo vital para as empresas crescerem e se manterem no topo, mas de nada adianta se essa diferenciação não trouxer um valor real para o consumidor. O ranking BrandZ da Kantar, que mensura o valor das marcas há 14 anos, detectou que, na comparação entre os rankings de 2006 e 2019, oito diferentes empresas aparecem entre as 10 maiores – quase todas de tecnologia.

“As mudanças nos hábitos de consumo, produtos, mídia e tecnologia ditam quem atinge e quem se mantém no topo. Está muito difícil crescer e mais difícil ainda é manter o crescimento”, garante Valkiria Garré, CEO da Kantar, divisão Insights. Segundo ela, entre 2006 e 2019, entre as 100 maiores marcas do mundo, 52 mudaram, ou seja, mais da metade.

O segredo para o sucesso está na combinação de três itens básicos: relevância, diferenciação e conhecimento. É fundamental que as empresas encontrem as necessidades dos seus consumidores para que possam ir além de onde já estão estabelecidas, foquem em nichos de mercado, personalizem seus produtos e serviços, cheguem mais facilmente ao consumidor e adotem novos modelos de negócios. Atualmente, as marcas só crescem se conseguirem se diferenciar, mas o principal é continuar nesse movimento.

Para nortear as marcas, a Kantar definiu, em parceria com o IRG - Institute of Real Growth - 7 pilares: ter uma visão mais ampla do mercado, ter múltiplos modelos de negócios, evoluir as experiências do consumidor, reescrever suas culturas, agilizar a organização, usar o lado direito do cérebro (combinando a análise de dados com a criatividade) e ter um crescimento humanizado. (As informações são da Kantar)

 
Importações/UR 
O Uruguai mantém a importação de leite firme. Em agosto ingressaram no país 138.321 litros de leite UHT, majoritariamente do Brasil. A Parmalat é a empresa que importou a maior quantidade do país vizinho, 123.009 litros.  Os 15.312 litros chegaram da Argentina. De janeiro a agosto deste ano as importações de leite UHT totalizaram 703.124 litros. Vieram do Brasil, 482.325 litros. (Blasina y Asociados – Tradução livre: Terra Viva)

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