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30/08/2019

Porto Alegre, 30 de agosto de 2019                                              Ano 13 - N° 3.056

  Ministra recebe demandas do setor lácteo gaúcho na Expointer

Ao receber documento com demandas do setor leiteiro gaúcho nesta quinta-feira (29/8), a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, sinalizou que irá encaminhar a pauta e dar continuidade a ações que visem atender aos pleitos do setor. A entrega ocorreu durante almoço na casa da Fasul, na Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, trata-se de um primeiro passo para marcar posição do setor. "Esperamos que, a partir da formalização, o governo federal possa dar atenção necessária às nossas demandas", disse Guerra.

O documento, assinado por lideranças e entidades do setor e entregue por deputados da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, pede ajuste que viabilize o uso do Programa de Escoamento da Produção (PEP) pelo setor leiteiro e de medidas de curto prazo que possam tirar o produto excedente do mercado. Para Guerra, o PEP é fundamental para que a produção do Rio Grande do Sul possa chegar a novos mercados de maneira competitiva.

Agora, o setor leiteiro fica na expectativa por uma agenda em particular com a ministra para apresentar de forma mais ampla as necessidades e justificar a importância do PEP. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Foto: Divulgação

 

Expointer: Último final de semana para participar da degustação às cegas e oficinas de harmonização no Pub do Queijo
Este final de semana na Expointer será a última oportunidade para o público participar de uma brincadeira que virou sucesso no Parque Assis Brasil: a degustação às cegas de 30 diferentes tipos de queijos produzidos no Rio Grande do Sul, além das oficinas de harmonização com a presença de chefs.
A degustação às cegas é uma iniciativa que valoriza as diferenças entre os queijos gaúchos e destaca as potencialidades de sabor e gastronomia entre eles. “É uma forma de mostrar que cada queijo pode ser um produto totalmente diferente, dependendo do preparo, maturação e do uso que o consumidor faz dele. O Pub do Queijo é um projeto de gastronomia conceito, onde nosso foco é oferecer novas experiências”, explica o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini.
A degustação às cegas ocorre nesta sexta-feira (30) e sábado (31), às 18h30min, no espaço localizado na Rua Boulevard, quadra 46 do Parque Assis Brasil. Na sequência da degustação, os visitantes da Expointer poderão acompanhar oficinas de harmonização de queijo e cervejas. 

Esta é a terceira vez consecutiva que o Pub do Queijo marca presença na Expointer, com uma operação localizada na área central do parque, próximo às principais atrações da feira. Neste ano, além dos tradicionais pratos à base de queijos, tábuas de frios e iguarias, o espaço agrega novas proteínas, integrando ao menu cortes nobres de gado, suínos e aves. “Estamos mostrando ao consumidor a importância de casar o queijo com outros pratos da culinária”, pontua o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.

Sindilat na Expointer
O Sindilat participa da Expointer 2019 com o projeto PUB do Queijo e Leiteria, espaço gastronômico localizado no Boulevard do Parque de Exposições Assis Brasil. Nesta exposição, a operação conta com o patrocínio de TetraPak, Sicoob, Sicredi, FPT, Xalingo, Projeto Ovos RS/Asgav e Lumix. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 


Crédito: Carolina Jardine

LEITE/CEPEA: "Média Brasil" registra queda de quase 6 centavos em agosto

Pelo segundo mês consecutivo, os preços do leite recebido por produtores registraram queda. Segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a “Média Brasil” líquida de agosto, referente à captação de julho, fechou a R$ 1,3466/litro, recuo de 4,25% frente ao mês anterior (ou de quase 6 centavos/litro), em termos reais (deflação pelo IPCA de julho/19). As cotações do leite no campo iniciaram o movimento de baixa em julho, mas a queda acumulada nesses dois meses já é de 12%, em termos reais.

Esse cenário tem sido atrelado à pressão das indústrias, que tiveram suas margens espremidas no primeiro semestre, por conta dos altos preços da matéria-prima e das fracas negociações dos lácteos. Enquanto o preço do leite no campo acumulou consecutivas altas até junho, influenciados pela oferta limitada e pela grande concorrência entre laticínios, o repasse dessa valorização aos derivados foi dificultado, devido à estagnação econômica e ao consequente consumo enfraquecido.

Até o momento, o comportamento do mercado lácteo está bastante semelhante ao de 2017, com preços elevados no primeiro semestre, em decorrência da oferta reduzida de matéria-prima, e queda brusca na segunda metade do ano, após a recuperação do volume de leite (safra do Sul). Contudo, a diferença entre esses anos parece estar centrada no fôlego da recuperação da produção. A saída de produtores da atividade nos últimos anos e a grande insegurança em realizar investimentos de longo prazo frente às incertezas no curto prazo devem prejudicar a captação em 2019. Além disso, a safra do Sul foi menor neste ano porque as forrageiras de inverno foram prejudicadas pelo clima desfavorável.

Assim, os agentes entrevistados pelo Cepea afirmam que a oferta continuou limitada em agosto. Para assegurar a matéria-prima, diminuir a ociosidade não planejada (que se traduz em custos) e manter seus shares de mercado, as indústrias continuam atuando com concorrência acirrada, o que impulsionou as cotações no mercado spot na primeira e segunda quinzenas de agosto.

Em Minas Gerais, onde se concentra o maior volume negociado no mercado spot, a média de agosto (R$ 1,55/litro) ficou 16% maior que a de julho, em termos reais. Esse cenário pode atenuar o movimento de queda em setembro ou até mesmo gerar condições de estabilidade. (As informações são do Cepea Esalq/USP)

Consumo/AR 

Segundo o Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (OCLA), no primeiro semestre o consumo de produtos lácteos caiu 9%. Quais foram os produtos mais prejudicados? Com dados das indústrias, o OCLA informou que as vendas do setor no primeiro semestre do ano caíram 12% em volume de produtos elaborados e 9,1% em litros equivalente leite.

Os itens com maior queda foram os de maior valor agregado e/ou unitários, tais como leites não refrigerados (UHT), aromatizados, iogurtes, flãs e queijos processados.

Segundo o Balanço Lácteo, os dados de junho de 2019 permitem extrapolar o consumo anualizado de 182 litros de leite per capita, o que representa queda de 4,3% em relação aos 190 litros de leite per capita registrados em 2018. (Portalechero – Tradução livre: Terra Viva)

 
EUA está perdendo o 'boom' da demanda chinesa por lácteos devido à guerra comercial
Os produtores de leite dos Estados Unidos, que já enfrentam queda no consumo de leite e preços baixos, estão perdendo um raro ‘boom’ de demanda graças à guerra comercial de Donald Trump com a China. O consumo de lácteos está aumentando na China, onde os consumidores estão consumindo mais pizzas, escolhem mais queijos para acompanhar vinhos e bebem mais leite. Os EUA estão perdendo para fornecedores rivais por causa da disputa comercial, disse John Wilson, diretor de marketing de fluido da Dairy Farmers of America. As exportações de lácteos dos EUA para a China caíram 54% no primeiro semestre de 2019 devido às retaliações tarifárias, de acordo com Alan Levitt, vice-presidente do Conselho de Exportação de Lácteos dos EUA. As relações precisam ser normalizadas para que os EUA possam voltar a competir com a Nova Zelândia e a União Europeia, disse Wilson. A queda das exportações para a China é o mais recente golpe para a indústria de laticínios americana, que esteve em queda livre nos últimos anos. Os americanos estão bebendo 40% menos leite do que em 1975, e os preços sofreram uma queda. A desaceleração tem sido um golpe quase fatal para grandes empresas como a Dean Foods Co., a maior companhia de lácteos dos Estados Unidos que viu suas ações caírem mais de 70% este ano. (As informações são do Bloomberg, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

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