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27/08/2019

Porto Alegre, 27 de agosto de 2019                                              Ano 13 - N° 3.053

  Grupo de Trabalho do Leite debate avanços do setor no RS

Faltando dois dias para a agenda da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, na Expointer, em Esteio, o Grupo de Trabalho do Leite da Assembleia Legislativa (AL) discutiu os avanços e impactos do setor lácteo desde o início do ano no Rio Grande do Sul. As Instruções Normativas (INs) 76 e 77, que regulamentam o padrão mínimo de qualidade, conservação, acondicionamento e transporte do leite, em todo o País, desde 30 de maio, foi um dos pontos altos debatidos pela mesa. 

Conforme o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, a regra de transição das INs garante que produtores ainda não sejam excluídos em caso da contagem bacteriana (até no máximo 300 mil ufc/ml) e do grau de resfriamento (7ºc) não estejam de acordo com as instruções. "O produtor tem cinco meses para se adaptar dentro da indústria onde trabalha, mas é necessário que se adeque às regras de imediato no caso de troca de empresa de laticínios", explicou. De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, o produtor que ingressar em uma nova indústria e não estiver adaptado aos padrões não terá seu leite captado pela empresa.

Para o presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do RS (Gadolando), Marcos Tang, é necessária uma aproximação das entidades, universidades e cooperativas em prol do setor lácteo. "O produtor de leite é a favor da qualidade, precisamos dar condição para ter essa qualidade. Porém, hoje em dia, o produtor não quer mais entregar o seu leite, ele quer vender", afirmou. 
 
Exportação para a China

No mês de julho, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou a abertura do mercado chinês, maior importador de lácteos do mundo, para à compra de derivados do leite. Das 24 indústrias habilitadas a exportar, seis são gaúchas. Segundo Palharini, a abertura facilita na oferta de produtos lácteos de maior qualidade. "A exportação para a china coloca o Brasil na linha de frente do setor lácteo mundial. Assim, aumentaremos nossa representatividade frente a outras potências econômicas", destacou. 

O encontro do Grupo de Trabalho do Leite foi comandado pelo presidente da sessão, deputado Zé Nunes e aconteceu na Casa da AL, localizada no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. (Assessoria de imprensa Sindilat)


Crédito: Letícia Breda 

 

Harmonização de queijos e cervejas de jeito fácil é promovida pelo Pub do Queijo

Abrir a mente para novas sensações. Esse foi o pedido do sommelier Felipe Loureiro, ao iniciar a harmonização de queijos e cervejas no Pub do Queijo. A oficina, que reuniu 10 pessoas, ocorreu na noite desse domingo (25/8), durante a Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil.

Os participantes provaram três tipos de queijos com quatro cervejas diferentes. Ricota, provolone defumado e parmesão foram testados com cervejas pilsen, witbear de limão siciliano com coentro, pale ale e apa. "A ricota é leve, o provolone é mais estruturado e o parmesão é mais maturado e salgado", explicou Loureiro. O segredo, segundo o especialista, é combinar cervejas com teor alto de lúpulo com queijos com alto teor de sal. Já os queijos menos salgados podem ser harmonizados com cervejas intermediárias e os queijos muito suaves vão bem com cervejas com baixo lúpulo, como a pilsen.

Conforme explicou Loureiro, é importante lembrar que cada pessoa tem suas memórias olfativas e gustativas. Por isso, a experiência de cada um é única. Além disso, ele destacou que qualquer cerveja é boa se quem a comprou gosta da bebida. "Se você curtiu uma cerveja de três reais, se divirta! Vocês são os donos da memória do paladar de vocês", pontuou.

Presente no evento, a estudante Laura Berrutti afirmou que a experiência foi muito proveitosa. "Agora, quero levar esses conhecimentos para a minha casa, para harmonizar com os meus amigos e familiares", destacou.

SINDILAT NA EXPOINTER
O Sindilat participa da Expointer 2019 com o projeto PUB do Queijo e Leiteria, espaço gastronômico localizado no Boulevard do Parque de Exposições Assis Brasil. Nesta exposição, a operação conta com o apoio de TetraPak, Sicoob, Sicredi, FPT, Xalingo, Projeto Ovos RS/Asgav e Lumix. (Assessoria de imprensa Sindilat)


Crédito: Vitorya Paulo 


Tendências

Nos mercados maduros, a demanda por leite caiu a uma taxa de 2% na América do Norte e 3% na Europa na última década, revelou o Rabobank. O leite simplesmente não conseguiu se reinventar.

De acordo com o relatório RaboResearch "Making Milk Cool Again" lançado em agosto, apesar do declínio na popularidade nos Estados Unidos, o leite continua sendo um produto crucial para os varejistas, já que os compradores de alimentos que compra leite, acabam comprado outros que não estavam procurando. O mercado de leite fluido no varejo, em 2018, foi avaliado em US$ 135 bilhões, segundo o Euromonitor, crescendo em dólares, nos Estados Unidos, apenas 1,7% ao ano, nos últimos dez anos. Enquanto isso, na Ásia-Pacífico, o leite tem taxa de crescimento de 7%, e os consumidores vêem o leite como uma fonte acessível de nutrição.   
 
O Rabobank destaca fatores que reduzem as margens do leite, incluindo a guerra de preços no varejo, as altas taxas de vendas de marca própria, e o crescimento da concorrência por alternativas ao leite procedentes de plantas. Junto a isso, as dificuldades em justificar investimentos e marketing e inovação. Novas plantas são construídas com qualidades diferenciadas, incluindo ultra-filtração, e shelf-life estendidas (ESL).

Nos mercados em desenvolvimento existem oportunidades para o leite UHT e nos mercados desenvolvidos para leites diferenciados e premium, com sustentabilidade e qualidade.

Desde o início de 2000 o valor agregado a produtos lácteos fluidos possuem diferentes atributos, como enriquecidos com proteína, ou sem lactose, bem como a diferenciação nos estilos de produção, orgânicos ou leite produzido por vacas que pastam, tornam-se cada mais populares, diz o Rabobank. Essa categoria apresentou crescimento global no varejo de 7,2% entre 2008 e 2018, em comparação com outros leites frescos, que cresceram apenas 0,01%.
 
 
 
Os atributos das embalagens e vida de prateleira encontrados nos leites UHT e ESL contribuíram para o crescimento nos mercados em desenvolvimento e margens mais saudáveis nos mercados desenvolvidos. Os leites UHT e ESL representam atualmente um terço de todas as vendas globais de leite fluido. A demanda global de varejo por leites convencionais UHT e ESL aumentou 2% ao ano nos últimos 10 anos, principalmente impulsionada pela demanda, particularmente nos mercados em desenvolvimento, onde o leite UHT é a oferta dominante.

O relatório afirma que as oportunidades para o setor de leite estão voltadas para as demandas dos consumidores por saúde e bem-estar, oferecendo leites produzidos sob vários sistemas de produção que tratam do bem-estar animal e preocupações com a sustentabilidade, bem como formatos de embalagens com vida útil que proporcione funcionalidade e conveniência. (Dairy Global - Tradução livre: Terra Viva)
 
Exportação de lácteos para a China é tema de debate na Expointer
A abertura do mercado Chinês, maior importador de lácteos do mundo, para a compra de derivados do leite foi o assunto discutido no primeiro Circuito de Gestão e Inovação no Agronegócio, realizado durante a 42ª Expointer. CLIQUE AQUI para assistir a entrevista do Presidente do Sindilat, alexandre Guerra. (Revista A Granja)

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