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26/08/2019

Porto Alegre, 26 de agosto de 2019                                              Ano 13 - N° 3.052

  RS pede implementação de PEP para derivados lácteos
 
Lideranças do setor lácteo reuniram-se para pedir ao governo federal ajustes na legislação do Programa de Escoamento da Produção (PEP) para incluir a comercialização de leite UHT e derivados, como o queijo. O regulamento em vigor prevê apenas escoamento de leite cru, o que praticamente inviabiliza a efetividade da ferramenta. O pleito consta de documento que será entregue à ministra Tereza Cristina nesta quinta-feira (29/08), quando deverá visitar a 42ª Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Entendendo a urgência de medidas que viabilizem a manutenção de milhares de produtores no campo, ainda pede-se a compra emergencial de 30 mil toneladas de leite em pó e 200 milhões de litros de leite UHT. O oficio foi assinado pela Secretaria da Agricultura, Sindilat, Conseleite, Farsul, Ocergs, Fecoagro e Fetag.

Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, que concedeu coletiva nesta segunda-feira (26/8), na Expointer, é essencial que o governo se sensibilize com a situação do setor produtivo, principalmente após a assinatura do acordo com a União Europeia, que expõe o mercado nacional aos produtos importados. "Sabemos da importância estratégica do livre comércio, mas precisamos estar preparados para enfrentar esse novo cenário. Em diversos países do mundo, os governos concedem benefícios ao setor lácteo que inexistem no Brasil. Precisamos de apoio e, por isso, faremos essa conversa com a ministra em Esteio".

Sobre as potencialidades do mercado chinês, que recentemente abriu as portas aos lácteos brasileiros, o presidente do Sindilat acredita que ainda há muito trabalho a ser feito. "O primeiro é buscar competitividade. Para ingressar no mercado chinês, o Brasil precisará operar com margens menores em um primeiro momento". Segundo cálculos do Sindilat, para viabilizar exportações, o Brasil precisaria reduzir o preço de exportação da tonelada de leite em pó dos atuais US$ 3.100 para algo próximo de US$ 2.900, uma redução de cerca de 6%. "A China compra tradicionalmente da Nova Zelândia dentro do valor de mercado. Não irá substituir fornecedores sem uma boa vantagem comercial", ponderou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Para conseguir essa redução, estima ele, o preço pago pelo litro de leite também precisaria diminuir cerca de 30% sem, contudo, atingir a rentabilidade dos tambos. "Os produtores precisam ser mais competitivos, produzir em maior escala e com menores custos. Este foi o caminho trilhado pelas grandes nações exportadoras de leite no mundo e será o rumo que o Brasil terá que tomar se quiser aproveitar esses novos mercados". E completou: "Sem fazer o dever de casa será inviável aproveitar as oportunidades que se abrem e, por outro lado, seremos impactados pelas aquisições da Europa".
 
Lançado 5º Prêmio Sindilat de Jornalismo
O Sindilat também lançou, durante a Expointer, o 5º Prêmio Sindilat de Jornalismo. O objetivo é valorizar o trabalho da imprensa que cobre o setor lácteo gaúcho. As inscrições iniciam-se nesta segunda-feira (26/08) e vão até 25/10. Os vencedores serão conhecidos na festa de fim de ano do Sindilat, ainda em data a ser agendada no mês de dezembro. Neste ano, a cerimônia ainda marcará os 50 anos de atividade do sindicato.
 
SINDILAT NA EXPOINTER
O Sindilat participa da Expointer 2019 com o projeto PUB do Queijo e Leiteria, espaço gastronômico localizado no Boulevard do Parque de Exposições Assis Brasil. Nesta exposição, a operação conta com o apoio de TetraPak, Sicoob, Sicredi, FPT, Xalingo, Projeto Ovos RS/Asgav e Lumix. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Na foto: Alexandre Guerra, presidente Sindilat

Crédito: Carolina Jardine

 

 Brasil precisa de mais eficiência para acessar mercado chinês

Apesar da recente liberação do mercado chinês para produtos lácteos brasileiros, o Brasil precisa ter uniformidade de produção e qualidade constante para acessar esses novos clientes. A posição foi defendida pelo chefe do serviço de inspeção federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Leonardo Isolan, durante debate do Circuito de Gestão e Inovação no Agronegócio, realizado neste sábado (24/8), no Auditório da Administração do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). Para ele, o fato de a China, maior importador de lácteos do mundo, ter habilitado 24 estabelecimentos brasileiros para a exportação também faz com que outros países comecem a olhar para o Brasil. "Não podemos ser amadores, precisamos ser profissionais. Se uma empresa não atender aos padrões, prejudica todas as outras", alertou Isolan, alertando que é preciso estar atento às mudanças na regulamentação, principalmente no que se refere às Instruções Normativas do Leite (INs 76 e 77). O encontro foi promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) juntamente com a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Estado e I-UMA.

Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, as novas normativas do leite são um facilitador para a exportação, mas cabe ao setor cumprir as exigências do Ministério da Agricultura para estar apto à exportação. "Ainda somos um país muito mais importador do que exportador. Isso ocorre porque não somos competitivos", frisou.

Presente na abertura do encontro, o secretário da Agricultura, Covatti Filho, reforçou que a inserção do Brasil no mercado chinês é uma boa notícia para o setor, mas é fundamental que as empresas busquem pela qualidade do produto, o que começa dentro das propriedades, através do manejo e sanidade dos animais. "A nossa expectativa é muito positiva, mas é necessário que haja um esforço de toda a cadeia", disse. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Stephany Franco
 
 

Oficina de harmonização de queijos e vinhos garante experiência saborosa

Abrindo o calendário de atividades do Pub do Queijo na Expointer 2019, a oficina de harmonização de queijos e vinhos proporcionou uma experiência saborosa e cheia de informação aos participantes. As oficinas, que são gratuitas, ocorrem até 31 de agosto, a partir das 18h30, no estande do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), localizado na Boulevard, quadra 46, dentro do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS).

Comandada pelo sommelier Felipe Loureiro, a oficina de queijos e vinhos recebeu um grupo de curiosos que buscavam entender um pouco mais sobre a harmonização e as potencialidades de cada produto. "Esse tipo de oficina permite que o consumidor tenha acesso a informações que muitas vezes são distorcidas como, por exemplo, de que queijos só podem ser consumidos com vinho tinto", pontuou.

Durante a oficina foram degustados queijos do tipo ricota, colonial, gran formagio e gorgonzola, que ficam muito bem harmonizados com os vinhos gewurztramier, merlot e naturalle tinto, respectivamente. "Depois de mostrar as harmonizações perfeitas, fiz algumas brincadeiras com o pessoal, servindo vinho em copo de chope e degustando queijos e vinhos "trocados" para entenderem algumas questões gustativas", ressaltou o sommelier. "A experiência foi muito divertida e repleta de informações que a maioria das pessoas desconhecem. É importante participar e ter a mente aberta, visto que muitos têm preconceito do vinho tinto, usando-o apenas em sobremesas", refletiu o analista financeiro Luis Cláudio Soares, participante do evento.

Para quem desejar uma experiência ainda mais divertida, o espaço oferece, logo após as oficinas de harmonização, uma degustação às cegas de queijos especiais produzidos no Estado. "A brincadeira visa mostrar aos participantes que existe uma infinidade de queijos e com sabores totalmente diferentes. Ou seja, é possível achar um tipo de queijo para harmonizar com cada bebida", disse o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, estendendo o convite a todos os visitantes da Expointer. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 


Crédito: Stephany Franco

Leite/UR 

A captação de leite em julho foi estimada em 165,3 milhões de litros, valor 5% menor do que junho. No primeiro semestre a captação foi 7,4% abaixo da registrada no mesmo período de um ano atrás. No acumulado de 12 meses (agosto de 2018 a julho de 2019) a coleta de leite pelas indústrias está 2% menor em relação ao período imediatamente anterior. (Inale - Tradução livre: Terra Viva)
  

 
QR Codes 
A Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) estima que mais de 80% dos varejistas pretendem adotar aplicativos e QR Codes como meios de pagamento nos próximos 12 meses. A quantidade de pessoas que fazem compras por meio de QR Codes aumentou: em 2018, elas nem apareciam no ranking, agora já somam 17%. O estudo também mostrou que 27% dos estabelecimentos ouvidos aceitam pagamentos por meio de apps. “O QR Code e as moedas virtuais serão utilizadas não só para pagamento. O QR Code do futuro será integrada com a mídia offline e online, adwords, boletos, código de barra. A vantagem dessas mudanças são inúmeras, mas a padronização e unificação dessas informações serão grandes diferenciais juntamente com a segurança via criptografia”, destaca o CEO da Codeby, Fellipe Guimarães. Ainda sim, o período é de adaptação tanto para o lojista quanto para o consumidor. Para o Chief Operating Officer da Codeby, Victor Santos, a tecnologia NFC pode substituir os pagamentos por cartões de bancos. “O pagamento via NFC precisa ser validado por biometria ou senha para funcionar, quando encostado na máquina leitora, por isso, traz certa segurança ao consumidor. Mas, de qualquer forma, é um processo de adaptação, ainda existe um esforço no Brasil para distribuir máquinas que aceitam este meio de pagamento, por exemplo”, complementa Santos. De acordo com o estudo da aceleradora Liga Ventures, em 2017, o Brasil registrava 115 jovens empresas atuando no varejo 4.0. Em 2018, o número aumentou para 180, o que corresponde a uma alta de 56%. O varejo 4.0 é uma tendência que aos poucos vêm se instalando no mercado brasileiro. “Já é possível encontrar lojas autônomas, ou seja, sem funcionário. Você entra, selecione seu produto, paga e vai embora. O que antes era improvável hoje já é uma possibilidade, pagamento via NFC, QR Code, lojas sem estoque etc”, ressalta Guimarães. (Newtrade)
 

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