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29/07/2019

Porto Alegre, 29 de julho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.032

  Afinal, queijo engorda?

Chefe do Departamento de Tecnologia e Ciências dos Alimentos da UFSM dá dicas de como manter uma dieta saudável com a inclusão de produtos lácteos 

Responde: Neila Richards, chefe do Departamento de Tecnologia e Ciências dos Alimentos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Nenhum alimento individualmente engorda ou emagrece, depende de como ele é inserido na dieta alimentar. Até porque a gordura é necessária, além de conter ácidos graxos essenciais, faz o transporte das vitaminas A, D, E e K. 
As gorduras presentes nos queijos são as naturais do leite, formadas por ácidos graxos com efeitos benéficos sobre a saúde. Os fatores que levam à obesidade são complexos, mas o excesso de energia consumida durante um longo período pode levar ao ganho de peso, ou seja, certos hábitos alimentares estão associados a um maior risco de obesidade por seu alto teor de energia. 
Uma dieta saudável inclui alguns produtos lácteos, sendo que o consumo em quantidades moderadas de queijo não aumenta risco de obesidade. A gordura do leite tem ácido graxo oleico (18 carbonos e 1 dupla ligação), que é um protetor contra a aterogênese (depósito de gordura nas artérias).  

Pessoas que consomem no mínimo três porções diárias de produtos lácteos (incluindo leite integral) tendem a ter melhor saúde cardiovascular, além da redução da gordura abdominal. Os franceses têm o hábito de comer queijo em todas as refeições e sofrem menos problemas de sobrepeso. O queijo ajuda a acelerar o metabolismo e a reduzir o risco de obesidade. 
O fato de o queijo ser mais amarelo não significa que tenha mais gordura. Na fabricação de alguns queijos (por exemplo, prato e chedar), o corante urucum é adicionado. Além disso, alguns têm sua massa semicozida ou cozida, portanto, recebem calor durante a elaboração, intensificando a coloração amarela. 

Alguns queijos brancos, como muçarela de búfala, mascarpone, cream cheese e gorgonzola têm muito mais gordura do que os de tipo prato e o colonial.

Em quantidades equilibradas, nenhum alimento faz mal ao organismo. (Zero Hora)

                  

 
Projeções/FAO
 
A produção mundial de leite deverá crescer 1,7% por ano nos próximo dez anos (atingindo 981 milhões de toneladas em 2028), mais rápido do que a maior parte dos outros produtos agrícolas.
Ao contrário do que passou nos últimos dez anos, o crescimento previsto dos plantéis (1,2% por ano) é superior à média da produtividade (0,4%), e o rebanho de vacas leiteiras deverá aumentar mais rapidamente nos países onde a produtividade é baixa.
Assim, na Índia e no Paquistão, dois grandes produtores de leite, serão responsáveis por mais da metade do crescimento da produção mundial nos próximo dez anos e por mais de 30% da produção mundial em 2028. A produção da União Europeia, segundo produtor mundial, deverá crescer mais lentamente do que a média mundial, porque ela é pouco exportadora e a demanda interna terá aumento muito pequeno.
O leite é um produto muito perecível, que deve ser transformado rapidamente, logo após a captação. Ele não pode ser estoque, por mais que poucas dias. Assim, o essencial da produção de leite é consumida na forma de produtos frescos, que não são transformados. O consumo mundial desses produtos deverá crescer nos decorrer dos próximos dez anos, em decorrência da forte demanda proporcionada pelo aumento da renda e o crescimento da população nos países em desenvolvimento. De acordo com as projeções, o consumo mundial per capita de produtos lácteos frescos aumentará 1% por ano, no próximo decênio, ou seja, um pouco mais rápido do que o aumento registrado no decênio anterior, como efeito da elevação da renda por habitante, em particular na Índia. Na Europa e América do Norte, a demanda por produtos lácteos frescos terá recuo, mas, a tendência será de consolidar o consumo da matéria gorda do leite. Nessas duas regiões o segundo produto lácteo na ordem de preferência é o queijo, cujo consumo deverá aumentar no período estudado.
 

 
O comércio mundial de leite ocorrerá, principalmente, com produtos industrializados. A China tem um pequeno consumo por habitante, mas, é o maior importador mundial de produtos lácteos, especialmente de leite em pó integral. O Japão, a Rússia, o México, o Oriente Médio, e o Norte da África serão os outros grandes importadores líquidos de produtos lácteos. Os acordos comerciais internacionais (PTPGP, AECG e o acordo preferencial entre o Japão e a União Europeia) dispõem de capítulos específicos para os produtos lácteos (como os contingenciamentos tarifários) que favorecem as transações comerciais.
Desde 2015, o preço da manteiga ultrapassa substancialmente o do leite em pó desnatado. Essa evolução reflete a demanda internacional, mais forte para as matérias gordas do leite do que pelos outros constituintes sólidos do leite, e isto constituirá uma característica estrutural do setor nos próximos dez anos.
A evolução do ambiente comercial poderá trazer modificações sensíveis no comércio de produtos lácteos. O Brexit, por exemplo, poderá incidir sobre quantidades consideráveis de queijo e outros produtos lácteos que, atualmente são comercializados entre a União Europeia e o Reino Unido, enquanto que o Acordo Canadá-Estados Unidos-México (ACEUM) deverá repercutir sobre o fluxo comercial na América do Norte.
Até o momento, os principais países consumidores, Índia e Paquistão, têm pouca presença no comércio mundial. Se eles se envolvessem mais no comércio, poderia haver um impacto significativo nos mercados internacionais. (FAO - Tradução livre: Terra Viva)
 
 
 
Lácteos/AR 
 
A situação dos produtores de leite melhorou sensivelmente nos últimos meses e isto é muito bom, e um ato de justiça para aqueles ficaram em pé depois de uma longuíssima crise de rentabilidade que durou vários anos.
Como se dá essa recuperação? Um dos modos de ver é medir a participação do primeiro elo da cadeia sobre o valor médio final do litro de leite ao consumidor. Nesse exercício se nota claramente que a recuperação das margens ao produtor não foi dividida entre os elos. Houve perda pelas indústrias de laticínios, com pouca repercussão no setor comercial e no Estado, que, pouco ou nada, perderam.
Os dados frios surgem da análise mensal realizada pelo Instituto Argentino de Professores Universitários de Custos (IAPUCo) publicados pelo Observatório da Cadeia Láctea (OCLA). As conclusões são nossas, mas, são muito evidentes. Vejamos o gráfico.
 
 
A participação do produtor no valor final apresenta os valores máximos da série disponível (67 meses, desde dezembro de 2013). Isto é, um percentual exato de 36%. Se o valor final de todo o leite fosse 1 dólar por litro, o produtor iria ficar com 36 centavos. Em dezembro de 2015, quando assumiu o atual governo, havia atingido o mínimo. Estava em 22,4%.
É uma boa notícia a recuperação da participação do produtor, ainda que a mesma tenha custado sangue, suor e lágrimas (muitas fazendas de leite foram fechadas, com suas histórias, e maior concentração do negócio). Mas o que tem de importante neste novo relatório da OCLA é o dado de que agora é a indústria de laticínios (o segundo elo da cadeia) que carrega todo o peso dessa situação: dos 4 pontos percentuais ganho pelo produtor em 2019, as fábricas perderam 3 pontos, e o setor comercial apenas 1%.
A participação da indústria sobre o valor final do leite, a rigor, passou de 26,5% em janeiro deste ano, para 23,3% em junho passado. No caso do comércio, sua participação caiu de 25,3% para 24,5%, quase nada.
E quem não faz nada diante da crise evidente da cadeia produtiva é o Estado em todas as suas variantes. Os impostos saíram de 16,2% para 16,3% do valor final do litro de leite. Inalterados. Em dezembro de 2015, quando assumiu este governo, o percentual do Estado era de 15,8%. (Bichos de campo - Tradução livre: Terra)
 

Iogurte para o esporte
 Voltado para um público apaixonado por esportes, a linha X-Protein da Piá está com um desempenho 15% acima do que havia sido projetado em seu lançamento, ocorrido em agosto de 2018. 
Comercializado nos sabores de morango, açaí com guaraná e banana, os iogurtes X-Protein são produzidos sem gordura, sem lactose e sem açúcar. "O sucesso da linha X-Protein é resultado do investimento em pesquisa e desenvolvimento, que trouxe um produto de qualidade superior e das ações de vendas realizadas no Litoral durante o verão e junto aos principais clientes do RS", destaca o gerente de marketing da Cooperativa, Tiago Haugg. 
A Piá também buscou novas ações para tornar a linha X-Protein conhecida, como degustação nas melhores academias e junto aos principais influenciadores digitais da Região Sul do país. (Zero Hora - Insider2 Comunicação) 
 

 

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