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Produtores de leite lotam auditório para discutir INs 76 e 77 em Santo Cristo

Com casa cheia, a cidade de Santo Cristo recebeu a reunião que debate a adequação às Instruções Normativas do Leite (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As novas regras estabelecem mudanças quanto à produção, coleta e armazenagem do leite cru e estão em vigor desde 30 de maio. O evento foi realizado na tarde desta quinta-feira (13), no Centro Cultural José Paulino Stein, e contou com mais de 500 pessoas. O encontro, que percorre o interior do Estado, tem a finalidade de esclarecer todas as dúvidas da cadeia produtiva sobre as exigências do Mapa, que visam a acabar com a concorrência desleal e aumentar a qualidade do leite.

Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, é essencial que o setor lácteo saiba que as INs vieram para, acima de tudo, qualificar o produto. Palharini, que abriu o encontro, falou também sobre o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) e exemplificou os casos em que o produtor poderá ser indenizado pelo fundo, ressaltando a importância da contribuição. ”Atualmente, o leite é a cadeia produtiva que mais arrecada para o Fundesa”, conta.

A médica veterinária do Mapa Milene Cé sinalizou que as INs 76 e 77 se complementam e lembrou que de nada vale o leite sair da propriedade com qualidade se a mesma for perdida durante o transporte até a plataforma. “As normas preveem uma coleta mensal do silo das empresas para verificar a contagem bacteriana e a temperatura”, afirmou. A interrupção das coletas poderá ocorrer após três meses consecutivos de resultados da média geométrica de três meses fora do padrão.

Sobre programa Mais Leite Saudável, que possui mais de 30 mil produtores beneficiados, e o Plano de Qualificação de Fornecedores, previsto na Instrução Normativa 77, falou o médico veterinário do Mapa Roberto Lucena. Ele explicou sobre assistência técnica e gerencial, educação sanitária, melhoramento genético e explicou o que fazer para que os padrões exigidos sejam atendidos.
A médica veterinária da Secretaria de Agricultura do Estado Karla Pivato apresentou os principais pontos da Lei do Leite. A estudante de agropecuária e estagiária da cooperativa Coopermil de Santa Rosa Carolina Finger, falou sobre sucessão familiar, a busca por especialização e a inserção dos jovens na atividade leiteira. “Se as novas regras dizem que existe uma forma de deixar o leite melhor, é necessário alterar o manejo da ordenha dentro das propriedades”, enfatizou.

O chefe do escritório municipal da Emater Vanderlei Newhaus apresentou dados sobre o uso de energia fotovoltaica e citou alguns projetos apoiados pela instituição na região. “A Emater incentiva o uso dessa energia limpa na atividade do campo”, declara. Na oportunidade, a empresa HCC Engenharia expôs aos participantes algumas informações sobre o alto custo da energia elétrica e ressaltou que a energia solar, com o tempo, torna-se mais lucrativa.

Ao final do encontro, houve uma mesa redonda para responder as perguntas de todos os participantes que acompanharam o evento, presencialmente ou através do Facebook do Sindilat. A reunião, promovida pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), Secretaria da Agricultura, Sindilat, Apil, Famurs, Sistema Farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, CRMV/RS e Prefeitura Municipal de Santo Cristo, ocorrerá, ainda, nas cidades de Frederico Westphalen (18/6) e Palmeira das Missões (19/6).

Foto: Stephany Franco

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