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26/12/2018

Porto Alegre, 26 de dezembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.886

  Decreto que estabelecia restrições à comercialização de fatiados é revogado

O governador em exercício, deputado Marlon Santos, revogou, nesta segunda-feira, o Decreto nº 53.304, de 2016, que determinava regras restritivas à comercialização de frios e carnes a granel. A resolução entrou em vigor em 2018, para que os estabelecimentos e comerciantes tivessem um período de adaptação. 

Entre as normas instituídas pelo decreto estavam a climatização específica nos locais de venda e o fatiamento dos produtos na frente dos clientes em algumas categorias de alvará. 

A revogação do decreto foi editada por solicitação do governador em exercício, com o argumento de que as restrições previstas ampliavam o custo para adequação do comércio de fatiados e carnes a granel e favoreciam a venda de embutidos e carnes embaladas a vácuo em ambientes controlados. Com a revogação, segundo ele, são beneficiados principalmente os pequenos produtores. (Jornal do Comércio)
 
 

LEITE/CEPEA: ano se encerra com preço em queda

Os preços do leite pagos ao produtor encerram 2018 registrando a quarta queda consecutiva – o movimento de baixa foi iniciado em setembro em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. A “Média Brasil” líquida de dezembro (referente à captação de novembro) fechou dezembro a R$ 1,2344/litro, redução de 13 centavos ou de 9,4% em relação ao mês anterior.

A baixa no campo esteve atrelada à desvalorização do leite spot e do UHT verificadas em novembro – vale lembrar que a movimentação desses derivados num mês influencia o valor do leite ao produtor a ser negociado no mês seguinte. Nesse sentido, da primeira para a segunda quinzena de novembro, a média do leite spot em Minas Gerais recuou 8,4%.

No caso do UHT negociado entre indústrias e atacado do estado de São Paulo, o preço caiu 14,8% (ou 37 centavos) de outubro para novembro. Atacados e varejos forçaram a desvalorização do leite UHT, numa tentativa de aquecer a demanda em novembro. Além disso, os preços também têm sido influenciados por certa especulação de agentes.

A percepção dos agentes é de que a produção está se elevando consideravelmente, mas os volumes amostrados pelo Cepea de outubro para novembro indicam crescimento controlado, estabilidade e até mesmo redução em algumas regiões. Essa limitação da oferta, por sua vez, se deve ao aumento dos custos de produção. Nos últimos meses, houve alta nos preços de importantes insumos da atividade, como a ração (como milho e farelo de soja), sal mineral, combustíveis e adubos.

Segundo colaboradores, os volumes negociados no mercado spot entre novembro e dezembro foram menores, o que, inclusive, influenciou uma elevação nos valores nesta última quinzena do ano. Além disso, não há estoques consideráveis de leite UHT, já que as indústrias têm como estratégia processar outros lácteos.

O movimento de desvalorização do leite ao produtor deve se manter em janeiro. No entanto, as recentes altas das cotações do spot e do UHT devem influenciar os preços no campo e podem, dependendo dos volumes de produção, segurar a intensidade da queda. A expectativa é de que os valores iniciem o ano acima dos patamares observados no começo de 2018, mas abaixo dos negociados em janeiro de 2017. (Por Natália Grigol, do CEPEA-ESALQ, USP)

Brasil é responsável por cerca de 7% do leite produzido no mundo

A posição do Brasil no cenário da produção de leite mostra uma performance competitiva no mercado internacional. Um estudo lançado nesta quinta-feira (20) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revelou que o país é responsável por cerca de 7% do leite produzido no mundo e é o quinto maior produtor mundial.

O compêndio Pecuária Leiteira: Análise dos Custos de Produção e da Rentabilidade nos Anos de 2014 a 2017 traz dados recolhidos em diversas localidades dos principais estados produtores: Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, Santa Catarina, São Paulo, Rondônia, Ceará e Rio Grande do Norte.

Segundo o documento, Minas Gerais é o maior estado produtor, com 27% da produção nacional, seguido dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás, Santa Catarina, São Paulo e Bahia, todos com média anual superior a um bilhão de litros.

Ainda de acordo com a publicação, a captação de leite é menor entre abril e junho, porém, praticamente constante durante todo o ano. “O produtor, ao tomar a decisão de captar, conhece os impactos do escoamento, do mercado, os custos de produção e o comportamento dos preços do leite e insumos utilizados no processo produtivo”, explica o superintendente de Informações do Agronegócio da Conab, Cleverton Santana.

Com relação ao comportamento dos preços recebidos pelos produtores, no período analisado, o predomínio de preços acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido em números-índices, indica que houve mais perdas do que ganhos reais. “Em geral, os produtores do Rio Grande do Norte, de Minas Gerais e de São Paulo recebem preços melhores do que os das demais Unidades da Federação”, afirma Cleverton. “De acordo com nossa análise, isso ocorre em função das condições de oferta e consumo em cada um desses estados, sendo que os menores preços recebidos foram dos produtores de Rondônia”.

As análises completas do estudo do leite podem ser obtidas no Portal da Conab. CLIQUE AQUI para acessar o compêndio. (Agrolink)

 

Encontro marcado
O deputado federal Covatti Filho (PP-RS) aproveita a brecha entre Natal e Ano-Novo para conversar com a deputada Tereza Cristina (DEM-MS). Ela assume em janeiro o Ministério da Agricultura. Ele, a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul. Os dois, colegas de Frente Parlamentar da Agropecuária, encontram-se hoje em Brasília. Na pauta, assuntos como a possibilidade de o Estado retirar a vacinação contra a febre aftosa - pedido para a realização da auditoria já foi encaminhado. Outro ponto a ser debatido é o Funrural. O prazo para adesão ao Programa de Regularização Tributária Rural termina no dia 31. (Zero Hora)

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