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21/12/2018

Porto Alegre, 21 de dezembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.885

  Quais serão os primeiros desafios de Covatti Filho na Secretaria da Agricultura

 
 
São dois temas extremamente sensíveis os primeiros desafios que o novo secretário da Agricultura, o deputado federal Covatti Filho (PP-RS), confirmado na sexta-feira (21), terá pela frente no comando da pasta. 
 
A definição sobre a retirada ou a manutenção da vacina contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul será um deles. O Estado já solicitou ao Ministério da Agricultura a realização de auditoria no primeiro trimestre de 2019. Essa inspeção é uma espécie de checklist, que dirá se os gaúchos têm ou não condições de deixar de realizar a imunização com segurança.
 
A pressa em definir um caminho veio depois que os paranaenses decidiram suspender a vacinação já no próximo ano. Com isso, o Rio Grande do Sul ficaria isolado em relação aos outros dois Estados do Sul (Santa Catarina já é livre da doença sem vacinação).
 
 O fim da imunização é visto com cautela entre os produtores do RS, embora todos reconheçam a necessidade de se fazer uma avaliação, uma vez que os paranaenses já deram o primeiro passo em busca da mudança do status sanitário.
 
Outro assunto ainda mais espinhoso é relacionado ao agrotóxico 2,4-D. Laudos da Secretaria da Agricultura comprovaram que em 52 de 53 amostras analisadas havia resíduos do herbicida utilizado em lavouras de soja. O produto tem provocado perdas – na Campanha, em média, de 40% – em parreiras, em oliveiras e outras culturas e está no centro de investigação do Ministério Público Estadual.
 
Reeleito para o segundo mandato como deputado federal, Covatti Filho tem 31 anos, nasceu em Frederico Westphalen e é filho de políticos: da deputada reeleita Silvana Covatti e do ex-deputado federal Vilson Covatti. Na coletiva de anúncio da nomeação, ele falou ainda sobre outro problema que deve pautar as ações da pasta: a crise no leite. 
 
– Nosso canal será de diálogo – afirmou.
 
Presidente da Federação da Agricultura, Gedeão Pereira avalia como positiva a escolha do progressista para o comando da secretaria da Agricultura.
 
– É um nome bem-vindo. Terá desafios importantes pela frente, principalmente na área de agroquímicos e de aftosa  opina o dirigente.
 
Sobre a unificação da Secretaria do Desenvolvimento Rural, o governador eleito Eduardo Leite (PSDB) afirmou que "não há redução do tamanho da política pública" voltada ao segmento. (Zero Hora)
 
 
Mercado futuro de lácteos estreia na Argentina com 50 mil litros negociados
 
O mercado de futuros lácteos foi lançado pela Secretaria Nacional do Agronegócio em meados do mês passado na Argentina. Embora algumas questões sobre o funcionamento do mercado futuro tenham sido levantadas, fontes da indústria indicaram que no primeiro dia, 25.000 litros foram operados para março de 2019 a 9,70 pesos (US$ 0,25) por litro e 25.000 litros para abril de 2019 a 9,85 pesos (US$ 0,26). O total negociado na primeira rodada foi de 50.000 litros.
 
"Sempre que um novo produto é listado, o primeiro dia de operações é sempre mais cauteloso, o mercado está olhando para o seu movimento, como ele começa e está esperando pelos preços de referência", disseram eles. "Temos que esperar até sexta-feira, o último dia da semana", acrescentaram. Segundo fontes da Secretaria de Agricultura, a cobertura funcionará como "uma ferramenta para minimizar o risco econômico gerado pela volatilidade dos preços".
 
"Um produtor será capaz de saber quanto valerá o litro de leite em abril ou dezembro do ano que vem, como acontece com os grãos", disse o secretário de Agricultura, Luis Miguel Etchevehere, em uma apresentação na qual ele foi acompanhado por seu gabinete e autoridades de Matba, Rofex e Comissão Nacional de Valores Mobiliários (CNV).
 
A verdade é que é cedo demais para fazer um balanço, ou entender que essa será a tendência do preço do leite para os próximos meses, mas serve para ver os primeiros movimentos de um mercado que tem como objetivo servir de cobertura e referência para preços futuros. Há especialmente expectativas de que apareçam as primeiras operações em dólares que - se presume - serão as dominantes. (As informações são do La Nación, traduzidas e adaptadas pela Equipe Milkpoint)
 
 
SDR investiu R$930 milhões
 
A Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) investiu, de 2015 a 2018, R$ 930 milhões em políticas públicas voltadas à agricultura familiar, pescadores artesanais, indígenas, quilombolas e famílias assentadas. Diante deste resultado e do trabalho em andamento, o secretário Tarcísio Minetto manifestou o desejo de ver a manutenção da pasta no futuro governo, ontem, em entrevista coletiva. “Dada a diversidade do público atendido por nossas políticas seria interessante manter a estrutura atual e um olhar diferenciado para os pequenos produtores”, defendeu. 
 
Caso o novo governo, de Eduardo Leite, opte pela fusão da SDR com a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Minetto não descarta a possibilidade de paralisação de programas e convênios, mesmo que por um período curto, até que seja ajustada toda a burocracia de transferência para outra pasta. O custo operacional da SDR, que tem 208 funcionários (sendo 49 com cargos em comissão), gira em torno de R$ 12 milhões ao ano. Por ter uma alinhamento com políticas federais, como as ações de combate à pobreza extrema, a SDR captou grande parte dos recursos aplicados pelo Ministério do Desenvolvimento Social no Rio Grande do Sul. São R$ 202 milhões de convênios federais em execução. De 2015 a 2018, a maior fatia do orçamento da SDR, de R$ 678,6 milhões, foi aplicada em assistência técnica e extensão rural e social por meio da Emater. 
 
O presidente da Emater, Iberê de Mesquita Orsi, diz que, mesmo que 450 funcionários tenham sido desligados da instituição no período, “não diminuiu em nada o serviço prestado”. (Correio do Povo)
 

ENXUTA, MAS EFICIENTE
Vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural, a Emater muda de mãos em fusão com a Agricultura. Presente em 494 municípios, o órgão presta extensão rural e assistência técnica a cerca de 230 mil famílias, contando com 2,16 mil funcionários. Dentro da redução de custos, houve duas etapas de desligamento incentivado. No total, a redução foi de 450 pessoas. “Mas não se diminuiu em nada o serviço. Inclusive, não houve redução no campo”, afirma o presidente Iberê Orsi. (Zero Hora)
 

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