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03/12/2018

 

Porto Alegre, 03 de dezembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.871

Conhecidas as três agtechs vencedoras da competição Ideas for Milk

O Sindilat foi um dos patrocinadores e avaliadores dos sete projetos de inovação finalistas do Ideas for Milk, evento que reuniu no Espaço Cubo, em São Paulo, empreendedores à frente de suas agtechs. O desafio das startups voltado à busca de soluções para o setor lácteo é realizado pela Embrapa Gado de Leite e começou em Juiz de Fora (MG) com diversas palestras e maratonas de aprendizado sobre a cadeia do leite.

O projeto que conquistou o primeiro lugar no Desafio das Startups foi o do jovem empreendedor e zootecnista Cristian Martins. À frente da OnFarm, de Pirassununga (SP), desenvolveu um kit de tecnologia para identificar as principais bactérias causadoras da mastite, doença que afeta cerca de 10% da população de vacas em período de lactação. A agtech, lançada há apenas 3 meses durante o Interlete (Uberaba/MG), apresentou as ferramentas que permitem a detecção da doença na própria fazenda e com diagnóstico em 24 horas: o SmartKit, com todos os materiais necessários para a aplicação dos testes; o SmartLab, uma espécie de cabine portátil; e o OnFarmApp, aplicativo de gestão que controla todas as etapas da análise. De acordo com o sócio-fundador da OnFarm, a solução está sendo aplicada em diversas fazendas atualmente.

A 2ª colocação no Desafio das Startups foi conquistada pela gaúcha Cowmed (Santa Maria/RS), que idealizou uma coleira com chip capaz de medir os principais parâmetros comportamentais dos animais (tempo de ruminação ou ócio, de forma individual e coletivamente). Os dados são enviados para um servidor virtual e capturados pelo sistema de Inteligência Artificial denominado VIC. A ferramenta analisa os animais e faz alertas aos produtores sobre períodos importantes, como cio, melhor momento para a inseminação, doenças e outras alterações no rebanho. De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que acompanhou as avaliações in loco, a inovação apresentada pela Cowmed se mostra viável. "A solução pode ser aplicada de imediato nas propriedades", pontuou Palharini. O sócio-fundador da agtech, Leonardo Guedes, que participou pela segunda vez do desafio, afirma que a competição focada em pecuária de precisão deixou sua contribuição para a inovação nacional no setor leiteiro.

A Z2S Sistemas Automáticos, pré-incubada da Agência de Inovação Tecnológica da Universidade de Passo Fundo (UPF), tirou o 3º lugar na competição, apresentando um sistema automático de limpeza de ordenhadeiras canalizadas. A solução possui três sistemas que podem ser usados individualmente ou integrados. Com alguns toques, a limpeza é realizada de forma automática e inclui controle e monitoramento de temperatura e dosagem dos produtos químicos. A invenção do engenheiro eletricista e eletrônico Elias Sgarbossa nasceu de uma demanda pessoal: vindo de família com propriedade leiteira, sempre percebeu o tempo gasto no processo de limpeza dos equipamentos. Foi quando decidiu levar o 'problema' para o curso de conclusão da Faculdade de Engenharia Elétrica da UPF. "A solução reduz consideravelmente a Contagem de Bacteriana Total do leite, algo que pode ser visualizado nas análises do leite cru antes e pós uso do sistema, ficando somente dúvidas em relação ao investimento necessário, já que é possível alcançar os índices apresentados com as boas práticas de produção", explica Darlan Palharini, lembrando que o sistema fará com que o produtor possa dedicar mais tempo para outras atividades na propriedade rural. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Foto: Angela Balen
 
 
 
Mudanças provocam apreensão 

As novas regras para produção e padrão de qualidade do leite cru foram publicadas na sexta- feira, no Diário Oficial da União, pelo Ministério da Agricultura (Mapa). As instruções normativas (INs) 76, 77 e 78 entram em vigor em 180 dias. Alguns itens não contemplaram pleitos das entidades, que puderam fazer sugestões ao Mapa enquanto as minutas ficaram em consulta pública, entre abril e junho deste ano. Há receio de que parte dos produtores não consiga se adequar no prazo estabelecido. Uma das alterações fixadas na IN 77, que revogou a IN 62, de 2011, refere-se à temperatura do leite cru refrigerado no ato de sua recepção pelo estabelecimento, que passou de 10 graus Celsius para 7. A indústria tinha reivindicado que a temperatura ficasse em 9 graus, mas isso será admitido apenas excepcionalmente. "Entendemos que a exigência dos 7 graus, em termos de qualidade, será positiva, mas isso exigirá mudanças profundas no campo e em todo o sistema de coleta do leite", avalia a veterinária e consultora em Qualidade do Sindilat, Letícia Vieira. Para ela, os laticínios terão que reformular rotas e talvez investir em mais caminhões, para fazer com que o leite chegue mais rapidamente à indústria.

 Isso sugere que poderá haver exclusão de produtores que residem distante dos laticínios e dos que ainda utilizam sistemas antigos de resfriamento. A professora de Medicina Veterinária da Unijuí Denize Fraga comenta que as publicações geraram apreensão no Noroeste gaúcho. "Muitos produtores vão ter que comprar novos resfriadores, mas isso não se resolve do dia para a noite e exige investimentos", observa. Outra regra que causou estranheza entre os laticínios é a que estabeleceu que o leite cru refrigerado deve apresentar limite máximo para Contagem Padrão em Placas de até 900 mil unidades formadoras de colônia por mililitro antes do processamento. "Esse padrão, para a indústria, ainda é desconhecido", diz Letícia, ao informar que o Sindilat já iniciou uma pesquisa para avaliar se este padrão é compatível com a realidade, já que o controle não era rotina na indústria. Em relação à qualidade do leite cru refrigerado foi mantida a contagem bacteriana máxima de 300 mil unidades por ml e 500 mil células somáticas por ml. O Mapa, por sua vez, alega que as novas normas permitirão "avanço significativo nos índices de qualidade, aumento da produtividade leiteira, oferta de alimentos mais seguros à população e queda de barreiras comerciais para exportação". (Correio do Povo) 

 

Tabela do frete

O futuro ministro de Infraestrutura do governo Jair Bolsonaro, Tarcísio Freitas, disse ontem que "nesse momento, é importante" manter a tabela de preço mínimo do frete rodoviário. Segundo ele, o frete mínimo é importante "para prestigiar essa categoria que é tão importante para nós e, a partir daí, vamos começar a trabalhar outras pautas", disse Freitas. Ele acrescentou que a "solução definitiva" para a categoria virá "com crescimento econômico e a geração de demanda", quando haverá "um novo reequilíbrio do mercado". Freitas falou após solenidade do Programa de Parcerias de Investimentos. (Valor Econômico)

No radar
Pecuaristas do Estado com bovinos e bubalinos de até 24 meses ganharam mais tempo para imunizar os animais. Na sexta-feira, o Ministério da Agricultura confirmou a prorrogação até o dia 10. A ampliação se deu por conta da falta de doses nas revendas credenciadas. As agropecuárias do Estado montaram lista de produtores que ainda precisam fazer a imunização para adquirir somente a quantidade solicitada (informações no site agricultura.rs.gov.br/aftosa). (Zero Hora)


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