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14/11/2018

 

Porto Alegre, 14 de novembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.859

Queda do consumo faz população diminuir compra de itens básicos como leite UHT

A aura de indefinição que rondou o país por causa das eleições e das incertezas da economia retraiu o consumo dos brasileiros no primeiro semestre de 2018 em comparação com os seis primeiros meses do ano passado. E mais do que isso: vários itens básicos deixaram de ser comprados no período analisado - importante ressaltar que os produtos podem ter sido estocados ou adquiridos menos de uma vez a cada seis meses, indicando uma redução na frequência de compra.

De acordo com dados apurados pela Kantar Worldpanel, que monitora semanalmente 11.300 lares em todo o país, quase 440.000 domicílios deixaram de comprar papel higiênico no período estudado - queda de 0,8% de penetração. O creme dental, que registrou declínio de 1,1% também em penetração, deixou de entrar em mais de 600.000 lares.

Entre os alimentos, destaque negativo para o extrato de tomate, não sendo comprado por mais de 1,2 milhão domicílios no período estudado, e para a farinha de trigo, que não entrou na despensa de mais de um milhão de lares. Leite pasteurizado e leite UHT também  registraram variações negativas. Confira a tabela abaixo: (As informações são da Kantar Worldpanel)

MAIS UM PASSO PARA A RETIRADA DA VACINA

Técnicos da superintendência do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul realizaram ontem nova auditoria para avaliar o sistema de defesa. A ação é parte do processo para a retirada da vacina contra a febre aftosa. A imunização tem mantido o rebanho bovino e bubalino livre da doença o último foco no Estado foi em 2001, mas também inviabiliza a entrada em alguns mercados. A vistoria de agora, em caso de avaliação positiva, serviria para embasar a vinda de técnicos de Brasília, etapa necessária para o Estado receber autorização para deixar de vacinar. Recentemente, paranaenses receberam o aval, e a projeção é de que já não realizem a segunda etapa da vacinação em 2019.

- Estamos buscando um fato novo. Sem sinal claro de que ocorreu evolução no plano de ação, eles sequer vêm - explica Bernardo Todeschini, superintendente do ministério no Estado.

No final do ano passado, outra auditoria apontou a necessidade de ajustes e foi montado plano de ação.

- Com parecer positivo agora, a gente pode pedir auditoria específica - reforça Antonio de Quadros Ferreira Neto, diretor do departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura.

Tanto ele quanto Todeschini avaliam ser possível acompanhar o passo do Paraná. Aliás, a decisão dos paranaenses certamente criou pressão para que os gaúchos busquem a evolução do status sanitário, uma vez que o Estado ficaria isolado dos demais da Região Sul - Santa Catarina hoje é o único livre da doença sem vacinação.

O Ministério da Agricultura montou plano nacional para a retirada total da vacina. O Brasil foi dividido em cinco blocos, com os três Estados do Sul no grupo cinco, com previsão de fim da vacinação em 2021. No ano passado, a secretaria gaúcha sinalizou, no entanto, vontade de antecipar o calendário.

Quatro temas centrais foram avaliados na auditoria concluída ontem, os mesmos do roteiro de Brasília e do modelo da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). Dentro deles, 43 itens recebem pontuação de um a cinco.

- Penso que é um esforço que deve ser o foco do sistema de saúde animal hoje - avalia o superintendente do ministério. (Zero Hora)

Perspectivas do USDA sobre o mercado lácteo da Europa - Relatório 45 de 08/11/2018

Leite/Europa - Dados oficiais na Alemanha relatam que o declínio sazonal da produção de leite parece ter sido revertido na última semana. Acredita-se que a produção aumentou 1% em relação à semana anterior. O declínio deverá ser retomado, talvez ainda nesta semana. No entanto, o fornecimento de leite está ficando mais restrito. Muitas indústrias de laticínios ficariam satisfeitas se mais leite fosse captado. A União Europeia (UE) continua com esforços para melhorar o comércio de lácteos com outros países. Esta semana o Comitê de Comércio Internacional do Parlamento Europeu votou a favor da ratificação dos acordos UE-Japão e UE-Singapura. A aprovação final pelo Parlamento Europeu é esperada para o próximo mês.

De modo contrário estão sendo as negociações entre a UE, a Nova Zelândia e a Austrália, que apenas começaram as algumas conversas, mas, aguardam o estabelecimento de agendas.

A produção de queijo na UE aumentou 1,8% entre janeiro e agosto deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado conforme dados da Eurostat. Entre os principais países produtores as variações percentuais da comparação anual acumulada, e do mês de agosto de 2018 em relação a agosto de 2017 são, respectivamente: Alemanha, (+1%, -0,6%); França (-0,9%, -2,7%); Itália (+6,2%, +3,1%); e Holanda (+1,1%, -2,8%).

Variações percentuais idênticas em países do Leste Europeu foram: Polônia (+2,6%, -1,1%); República Checa (+2,6%, +0,7%); Hungria (-0,8%, +3,4%); Bulgária (+8,9%, -1,1%); e Romênia (+3,6%, +1,1%). (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

NO RADAR
O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, confirmou visita ao Estado na próxima semana. Segundo documento enviado à superintendência regional, ele chega dia 20 e retorna no dia 23. Ainda não há detalhamento da agenda. (Zero Hora)
 

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