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07/11/2018

 

Porto Alegre, 07 de novembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.854

Brasil produz mais leite em pó e importa menos
 

Leite em pó - Na América do Sul a produção de leite continua crescendo e o excedente não encontra destino. Em relação ao leite em pó integral, o Brasil produz mais desse produto dependendo cada vez menos das importações.

Essa situação levou a Argentina a vender menos desse produto para o Brasil e está buscando novos mercados, por exemplo a Argélia, que paga preços significativamente menores. O Uruguai não está alheio a esse processo e também encontra na Argélia um destino importante para seus produtos lácteos. A produção de leite continua aumentando no continente e o excesso não tem mercado. Paralelamente muitos produtores de leite continuam sofrendo com os custos operacionais de seus estabelecimentos, enquanto que os preços do leite ao produtor encontram-se em níveis relativamente baixos, informou o portal especializado CLAL News.

Brasil compra menos leite em pó
Os preços de exportação do leite em pó integral diminuíram ligeiramente na América do Sul. A maioria das fábricas que secam leite trabalham com sua capacidade máxima, enquanto que a produção de leite continua aumentando. O Brasil produz leite em pó integral suficiente e isso o libera de importações da Argentina. O resultado é que a Argentina tem que exportar mais desse produto para fora do Mercosul, e países como Argélia estão acostumados com preços mais baixos do que os pagos pelo Brasil. A produção de leite em pó desnatado está limitada, e é dedicada a atender os contratos já firmados. A demanda do Brasil é forte, mas, a disponibilidade escassa. A consequência é um ligeiro aumento nos preços de exportação.

Queda das exportações uruguaias para o Brasil
As exportações gerais do Uruguai para o Brasil entre janeiro e outubro deste ano totalizaram US$ 1.022 milhões, 8,7% menos em relação a igual período de 2017, não obstante continue sendo, o segundo principal cliente do Uruguai, atrás apenas da China. O setor lácteo é o terceiro em vendas para o Brasil, com destaque para o leite em pó. Como a Argentina, o Uruguai também vem diversificando seu mercado e a Argélia está tendo destaque nessa estratégia.

Marcos Soto e a Consultora CSC destacaram em outubro que "a diversificação de mercados é fundamental para mitigar os riscos de exposição a mercados pontuais", e que é "interessante" a "irrupção e confirmação da Argélia como destino relevante". A Argélia, que desbancou o Brasil, se consolida como o principal destino das vendas de lácteos ao exterior, com participação de 27%. Depois vem o Brasil com 25%, a Rússia (10%), Cuba (6,55%), a China (6,5%), e o México (6,25%). (TodoElCampo - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

Mercado global de commodities lácteas obriga Westland Milk rever preço ao produtor

Preços/NZ - O declínio nos preços globais das commodities lácteas, especialmente a manteiga, forçou a diretoria da Westland Milk Products a reduzir a faixa de pagamento prevista para a temporada 2018-19 para NZ$ 6,10/kgMS, [R$ 1,18/litro], a NZ$ 6,50/kgMS, [R$ 1,26/litro], (anteriormente em NZ$ 6,50/kgMS, [R$ 1,26/litro], a NZ$ 6,90/kgMS, [R$ 1,33/litro]).

O presidente do conselho, Pete Morrison, disse que os fatores responsáveis pela revisão estão, em grande parte, foram de controle da Westland, sendo, primordialmente, as forças do mercado internacional e uma crescente oferta de leite.

Alguns fatores internos
"Ironicamente, tivemos um bom começo de temporada. Mas, a produção no período de pico foi maior do que o previsto, e com uma duração maior que a normal. Se, em um primeiro momento possa parecer positivo para a cooperativa, a realidade é que, durante o pico, nossa capacidade de processamento foi direcionada á fabricação de leite em pó, para que pudéssemos captar todo o aumento da produção de leite. Isso significou fabricação menor dos produtos de alto valor agregado, como Fórmulas infantis, que dão um melhor retorno".

"A Westland tem uma estratégia de negócio promissora, com foco em produtos especializados produzidos com leites especiais como o A2, alimentação somente em pastagens, e ambientalmente sustentáveis. A demanda por nosso leite Ten Star Premium Standard (10SPS) é elevada e proporciona bom rendimento. Temos grande interesse no mercado internacional e a demanda prevista supera a oferta. Precisamos de mais produtores acionistas para converter para esse padrão o mais rápido possível. Esse tipo de produto proporcionará retornos muito melhores e provavelmente não será afetado pelos movimentos internacionais de preços das commodities", completou Morrison. (interest.co.nz - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

 UE - Há uma lacuna entre os custos de produção e o preço do leite ao produtor

Produção x Custos - Existe uma lacuna entre o custo de produção e o preço ao produtor em países como França, Alemanha, Dinamarca, Bélgica, Luxemburgo e Holanda, conforme dados divulgados em 10 de outubro de 2018. Os resultados dos últimos cálculos dos custos nesses seis países europeus mostram objetivamente, em termos econômicos, que a atividade dos produtores de leite está em um cenário sombrio: Os custos de produção e os preços dentro da porteira estão se distanciando cada vez mais. Mesmo nos chamados "anos dourados", ou seja, entre as crises dos produtos lácteos, os preços estão permanentemente abaixo dos custos de produção. De acordo com o último estudo feito pelo Bureau de Sociologia Rural e Agricultura (BAL) - Qual o custo de produção de leite? - a média dos custos de produção de leite nos últimos cinco anos nos seis países europeus variou entre € 0,41 e € 0,46 por quilo de leite produzido. No entanto, o preço ao produtor no mesmo período teve variação média entre € 0,32 e € 0,35 por quilo de leite. "Os produtores de leite europeus estão vivendo constantemente no vermelho, todos os meses", diz a autora do estudo, Karin Jürgens, acertando em cheio. "Se o dilema não for resolvido, será cada vez mais difícil para os produtores de leite - tanto grandes, quanto pequenos - continuarem produzindo leite na Europa".

Em 2017, o custo de produção nos seis países, incluindo a remuneração e a média dos investimentos líquidos foi significativamente maior que o preço do leite ao produtor, variando de € 0,4339/kg (Alemanha), e € 0,4889/kg (Luxemburgo).
E mesmo sem levar em conta os investimentos líquidos necessários, o déficit do custo médio ao longo dos cinco anos é significativo, variando de 14% (Dinamarca) a 27% (Bélgica e França).
 
 
 
Comparação dos custos de produção (em azul) e dos investimentos líquidos (em cinza) com o preço pago aos produtores (em vermelho): os preços não cobrem os custos de produção Para Erwin Schöpges, produtor de leite em Amel no leste da Bélgica e presidente da Comissão Europeia de Leite (EMB) o quadro confirma a situação crônica de tensão entre os produtores. "Nós produtores de leite nem mesmo recuperamos nossos custos de produção - esquecemos a remuneração pelo nosso trabalho". Em princípio, os produtores de leite recebem aquilo que os laticínios estão dispostos a ceder, explica Schöpges. "Mantemos nossas fazendas vivas graças à renda complementar obtida de outras atividades fora da agricultura".
Os produtores de leite europeus também esperam que os custos aumentem no próximo inverno devido à escassez de alimentos provocada pela seca. "Tempos difíceis estão à nossa frente, com os preços do leite permanecendo em baixos níveis", diz o presidente da entidade europeia que representa os produtores de leite. O estudo sobre os custos de produção também foi apresentado aos especialistas do Observatório do Mercado Lácteo (MMO) da Comissão Europeia. "Eles notaram o balanço negativo da produção de leite, mas, não houve manifestação em relação ao desequilíbrio na cadeia de abastecimento", declarou o Presidente da EMB, desapontado com as reações dos participantes (ou melhor, a falta de reação deles)".
 
"Cabe agora aos formadores de políticas da União Europeia (UE) ter vontade de incluir um mecanismo eficaz contra crises na futura Política Agrícola Comum (PAC)". Cálculo baseado em dados da UE e abordagem para uma remuneração justa do trabalho
O atual estudo BAL foi com base em dados representativos da Comissão Europeia, reconhecidos e comparáveis em toda UE. O cálculo dos custos do trabalho é com base em normas salariais dos diferentes países. Leva em conta o nível de formação e de qualificação dos trabalhadores, bem como os salários dos dirigentes das fazendas agrícolas do país. As ajudas recebidas são deduzidas dos custos totais e os investimentos líquidos são adicionados. (EMB - Tradução livre: www.terraviva.com.br)
 
 
 
SÃO PAULO - Doação de leite em pó beneficia 75 mil pessoas no estado
Doação leite em pó - Cerca de 118 toneladas de leite em pó serão doadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a 75 mil pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, no estado de São Paulo. A ação é resultado de parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que compra produtos da agricultura familiar para doação simultânea. O leite foi adquirido de 31 cooperativas de pequenos produtores do Rio Grande do Sul. A operação beneficiou mais de 1.900 produtores gaúchos de leite em pó em diversos municípios do estado. Os itens ficaram armazenados na unidade da Companhia em Canoas e foram transportados para a Unidade Armazenadora de Bernardino de Campos, em São Paulo. As doações serão destinadas à Federação das Associações de Pais e Amigos de Excepcionais (Apaes), que ficarão responsáveis pela retirada e distribuição do produto. Ao todo, serão contempladas cerca de 170 instituições localizadas nos municípios de Araçatuba, Batatis, Catanduva, Jaú, Lençóis Paulista, Martinópolis, Nova Odessa, Pirassununga, Santa Cruz do Rio Pardo, Taquarituba, Tupã e Várzea Paulista. O Programa executado pela Conab oferece a agricultores familiares, por meio de suas cooperativas e associações, a garantia de compra de sua produção por preços remuneradores, gerando renda e inclusão social no meio rural. Ao mesmo tempo, também auxilia na segurança alimentar e nutricional em todo o país. (Conab)

 

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