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26/10/2018

 

Porto Alegre, 26 de outubro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.847

Relação de troca piora com queda no preço do leite e alta nos custos

Preços do leite - As quedas de preços do leite na indústria e no mercado consumidor iniciadas em agosto refletiram no preço pago ao produtor nesse último mês. Em setembro, os produtores receberam R$1,59 por litro de leite, redução de 4,4% em relação a agosto, na média nacional. 

Apesar desse valor estar acima dos preços reais pagos no mesmo mês do ano passado, na média de janeiro a setembro, os preços de 2018 estão 6% abaixo dos valores de 2017. Entretanto, a expectativa é que as esperadas quedas no preço do leite até o final deste ano, devido ao fim da entressafra, sejam em menor magnitude que no ano anterior. Além dos fatores já citados na Nota de Conjuntura de Setembro (oferta interna estável, menor volume de importação e custos de produção em alta), o leite UHT no atacado no mercado de São Paulo já reduziu a intensidade de queda dos preços. Após cair 13% na média diária de agosto, em setembro os preços recuaram 6%, enquanto nas duas semanas de outubro os preços caíram 1,5%, em relação ao mês anterior.

 

O custo de produção de leite continua em alta. O ICPLeite, medido pela Embrapa, registrou aumento de 0,68% em setembro. O grupo que conteve uma maior alta do índice foi o concentrado, que registrou deflação no mês devido à redução no preço do milho. Por outro lado, o grupo de produção de volumosos foi o principal responsável pela alta no custo, com a valorização do dólar impactando os insumos para produção de silagem (sementes, defensivos e adubos). Nesse cenário, a relação de troca ao produtor de leite, medida pela quantidade de leite necessária para aquisição de 60kg de concentrado voltou a subir, encerrando setembro em 34,4 litros, contra 32,95 litros registrados em agosto. Considerando que essa relação foi de 45 litros em março desse ano, a situação atual do produtor está mais favorável que no início de 2018, mas ainda acima dos valores registrados nos meses de setembro de 2016 (32 litros) e de 2017 (32,5 litros). No mercado de grãos, a safra 2017/2018 foi finalizada com expressiva queda na produção de milho (- 17%) e novo recorde na soja (+ 5%). Mesmo com essa queda na produção de milho, a relação estoque/consumo interno está em nível satisfatório (22%). 

Nesse contexto, o preço do grão caiu quase 12% nos últimos 60 dias, chegando a R$37,11 a saca de 60Kg no último dia 11 (Cepea). A preocupação maior no momento é com a disponibilidade de soja no mercado interno. A relação estoque/consumo está em críticos 1% para o grão e 5% para o farelo, devido principalmente ao elevado fluxo de exportações, fazendo que com os preços internos estejam mais firmes, atingindo a cotação de R$1.445,64 por tonelada do farelo no dia 11/10 no Paraná (Deral-PR). As importações de leite em pó, apesar de registrarem volumes maiores nos últimos três meses, em relação aos mesmos meses do ano anterior, estão ainda 27% menores no acumulado do ano. Enquanto a média de janeiro a setembro de 2017 foi de 9,6 mil toneladas de leite em pó internalizadas, em 2018 esse valor é de 7,0 mil toneladas. Com a redução nos preços internos do leite, a competitividade do produto importado deve continuar reduzida, mesmo com a recente valorização do real de 11% nos últimos 30 dias. Por fim, vale mencionar os dados da Pesquisa Pecuária Municipal divulgados recentemente pelo IBGE que registraram queda de 0,5% na produção total de leite

em 2017. Como a produção inspecionada cresceu 5% no mesmo período, tem-se que a produção de leite informal reduziu quase 13% no ano passado, ficando em 27% do total de leite produzido no País. O número de vacas ordenhadas caiu expressivos 13,3%. A produtividade média por vaca aumentou 14,7%, atingindo quase 2 mil litros/vaca/ano, na média nacional. Destaque para a região Sul, que registrou produtividade média de 3.285 litros / vaca em 2017. (Embrapa)

 

Leite: preço médio no RS atinge o maior valor da série histórica

O preço médio do leite pago ao produtor gaúcho em 2018 é o maior da série histórica do Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite (Conseleite). De janeiro a outubro, com valores mensais corrigidos pela inflação, a média é de R$ 1,13. O comentarista Benedito Rosa analisa o atual cenário da pecuária leiteira no Brasil e projeta tendências para as cotações em 2019. Assista a reportagem na íntegra (Canal Rural) 

Tetra Pak foca em embalagens sustentáveis, energia renovável e sustentabilidade

A fabricante de embalagens e processamento Tetra Pak lançou seu 20º relatório anual de sustentabilidade que oferece uma visão abrangente da empresa e como ela protege "alimentos, pessoas e futuros" nesse âmbito. As 'bolsas Tetra Pak' são um método líder de embalagens ecológicas para produtos lácteos e outras bebidas. A empresa prioriza os esforços de sustentabilidade e trabalha constantemente para melhorar suas atividades de desenvolvimento, fornecimento, fabricação e transporte.

 

Comprometimento com 100% de energia renovável
Em 2017, a Tetra Pak disse que reduziu o impacto climático geral em 13%, apesar do aumento de 19% nas embalagens vendidas. A empresa também teve suas metas de redução do impacto climático aprovadas pela iniciativa Science Based Targets (SBT) em 2016, tornando-se a primeira empresa em embalagens de alimentos a obter essa aprovação. Sob o SBT, a Tetra Pak se comprometeu a reduzir suas emissões operacionais de gases de efeito estufa em 42% até 2030 e em 58% até 2040, a partir de seus níveis de 2015.

"As metas baseadas na ciência nos permitiram alinhar nossos objetivos climáticos ao nível de descarbonização necessário para manter o aumento da temperatura global abaixo de 2°C, olhar além de nossos compromissos existentes e definir um curso de ação até 2040".  As fábricas da Tetra Pak na Suécia, Dinamarca, Finlândia e África do Sul atingiram 100% de energia renovável em 2017, resultando em cerca de 20% dos principais locais da empresa agora com 100% de energia renovável.

Mario Abreu, vice-presidente de sustentabilidade da Tetra Pak, também analisou o recente movimento de proibição de plásticos e viu grandes empresas como a Starbucks e a McDonald's eliminarem canudos descartáveis de plástico e substituí-los por opções mais ecológicas.

"Sabemos que devemos fazer parte dessa conversa porque, embora seja uma quantia pequena, utilizamos o plástico em nossos produtos", disse Abreu. "Embora ainda estejamos trabalhando em como exatamente a Tetra Pak contribuirá para resolver esse problema a longo prazo, já garantimos nosso apoio à nova estratégia de plásticos da UE e assumimos o compromisso de desenvolver um canudo de papel até o final de 2018". Vantagens da energia renovável e bebidas longa vida
A estratégia de redução de carbono depende da energia renovável, comprovada em 2016, quando a Tetra Pak se comprometeu com o RE100 a fornecer 100% de eletricidade renovável até 2030. O relatório revela que a empresa já atingiu 50% de eletricidade renovável nos dois anos seguintes.

Para isso, a Tetra Pak adquiriu Certificados Internacionais de Energia Renovável (I-RECs), que é "um padrão internacional para emissão, rastreamento e resgate de certificados de energia renovável (RECs) em países onde os sistemas de rastreamento para RECs ainda não existem". Eles também investem em energia solar e têm sete instalações de painéis solares em instalações em todo o mundo, e compartilharam que, até 2019, toda a eletricidade da empresa consumida nos EUA será de fontes renováveis.

A Tetra Evero, a primeira garrafa cartonada asséptica do mundo, foi lançada na América do Norte em 2017 como uma solução de embalagem para bebidas longa vida que podem ser armazenadas por até um ano sem refrigeração. Elimina a necessidade de transporte refrigerado e é a embalagem ideal para bebidas enviadas para ajudar no alívio de desastres naturais. O relatório detalhou seu sucesso em parcerias com seus clientes de bebidas para ajudar vítimas de furacões nos EUA desde o seu lançamento. Dennis Jonsson, presidente e CEO da Tetra Pak, disse: "os alimentos em uma embalagem da Tetra Pak podem ser transportados e armazenados por vários meses, sem a necessidade de refrigeração ou conservantes. Isso melhora significativamente o acesso a alimentos para pessoas em todo o mundo e agimos para garantir que esse potencial seja cumprido". (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Começa em novembro etapa de vacinação contra febre aftosa 
No próximo dia 1 de novembro, a maior parte dos estados brasileiros vai iniciar a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa. Desta vez, serão imunizados os animais com até 24 meses. Apenas o Acre, Espírito Santo, Paraná e parte de Roraima (reservas indígenas Raposa Serra do Sol e São Marcos) vacinarão todo o rebanho (jovens e adultos). (Jornal do Comércio) 

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