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11/10/2018

 

Porto Alegre, 11 de outubro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.838

Sindilat participa de evento sobre Logística Reversa de Embalagens


Crédito: Leticia Szczesny

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) participou, na tarde de quarta-feira (10/10), de evento promovido pela Associação de Logística Reversa de Embalagens (Aslore) para alertar sobre a importância de as empresas investirem na destinação correta de embalagens após o consumo. A série de palestras ocorreu no centro de eventos da Fiergs e tratou sobre as medidas impostas pela Lei 1235/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e prevê o cumprimento do Sistema de Logística Reversa (SLR). Segundo o presidente da Aslore, Marcos Oderich, o objetivo do SLR é, acima de tudo, preservar o ecossistema. "Nós queremos criar um outro momento com relação ao meio ambiente". 

De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a indústria láctea já investe em logística reversa de embalagens e colabora na preservação do meio ambiente. No entanto, ainda esbarra no alto custo de implementação do SLR. "Para que um maior número de setores aderisse ao sistema, seria necessária participação do governo federal e/ou estadual no sentido de possibilitar benefícios de subprodutos destes resíduos descartados", disse. A consultora do Sindilat, Letícia Vieira, também acompanhou as palestras.

A parceria com o poder público também foi exaltada pelo advogado da Felsberg Adovogados, Fabricio Solare. Segundo ele, a viabilidade econômica é essencial para que a lei seja implementada, assim como as ações empresariais, pois a multa pelo descumprimento do SLR vai de 5 mil a 5 milhões. O profissional lembra que as empresas devem atuar junto ao consumidor, criando pontos de descarte de embalagens, e  junto aos responsáveis pela reciclagem. "É preciso investir em melhorias nos produtos para que gerem menos resíduos", exemplifica,  ressaltando que é preciso conscientizar os compradores sobre a importância de separar os diferentes tipos de lixo. (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

 

Custo com sanidade é baixo, mas manejo inadequado pode resultar em prejuízo

Custos leite - Os gastos com sanidade animal têm participação relativamente pequena nos custos totais de propriedades pecuárias. Conforme o levantamento do projeto Campo Futuro da CNA, em parceria com Cepea, na "média Brasil" (composta por BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP), esse grupo de insumo representa cerca de 5% do COE (Custo Operacional Efetivo) do produtor de leite.
Os medicamentos utilizados para o controle parasitário, por sua vez, têm significativa participação dentro desse grupo de insumo, variando de 16% a 43% (Figura 1) dos custos totais com a sanidade dos rebanhos. Os ectoparasitas causam relevantes perdas econômicas à produção pecuária no Brasil, em especial a leiteira. Dentre esses parasitas, o que mais se destaca pela incidência e pelos prejuízos são os carrapatos - além de causadores da diminuição do desempenho produtivo dos animais, são transmissores de doenças, como a Tristeza Parasitária Bovina. Mesmo tendo um impacto econômico significativo, nota-se que o controle de carrapatos muitas vezes é negligenciado nas diversas regiões de produção leiteira do País. Ao longo dos anos, o desenvolvimento de medicamentos eficazes no controle dos carrapatos reduziu consideravelmente as perdas associadas ao parasita no campo. Porém, o uso inadequado desses produtos como única alternativa de controle traz novos problemas para a produção leiteira tropical. Dentre eles destaca-se o surgimento de populações resistentes aos produtos carrapaticidas e a presença de resíduo desses produtos no leite. Nesse sentido, é imprescindível que produtores utilizem carrapaticidas, mas de forma racional para evitar desperdícios e prejuízos tanto na fazenda quanto na cadeia como um todo. O controle estratégico se baseia na aplicação de medicamentos em função do ciclo de vida do carrapato, ao contrário do método tradicional, que prega a aplicação de carrapaticidas quando o rebanho apresenta alta carga parasitária. 

Com o auxílio de um técnico que conhece a biologia do parasita na região, o tratamento será realizado nas épocas ideias para o controle químico. O teste de sensibilidade do carrapato aos princípios ativos, oferecido gratuitamente pela Embrapa Gado de Leite, é fundamental para o sucesso do controle. Segundo cálculos do projeto Campo Futuro, o custo médio anual com carrapaticidas é de R$39,94 por vaca em lactação. Apesar de ser um desembolso baixo em relação a outros custos da fazenda, os prejuízos decorrentes do controle ineficiente podem aumentar muito esse valor. Com a chegada do período quente e úmido do ano, o produtor deve estar atento, uma vez que se inicia o momento ideal para controle estratégico das populações de carrapatos. (Cepea) 

 

"Trump vence 'batalha do leite' contra vizinhos"

Batalha do leite - "É como uma placa de táxi. Se você quiser criar gado de leite ou galinhas no Canadá, primeiro tem que adquirir uma espécie de franquia do governo - o que é quase impossível - ou gastar um bom dinheiro comprando licença e quotas de produção de quem já está no negócio. Para apenas uma vaca leiteira, por exemplo, o 'pedágio' para entrar no ramo custa 30 mil dólares canadenses (cerca de R$ 90 mil). E há pedágios semelhantes para galinhas poedeiras, frangos de corte e perus. Se no Brasil as placas de táxi sofreram enorme desvalorização após o advento dos aplicativos de transporte particular, no Canadá as licenças dos pecuaristas acabam de levar um duro golpe, após o país ceder à pressão do presidente norte-americano Donald Trump para desregulamentar o setor. O agricultor canadense Henry Holtmann estava tão otimista com o mercado leiteiro que esperava construir um novo espaço para alojar suas 550 vacas. Mas os planos terão que aguardar por causa do novo pacto comercial assinado pelo país com os EUA. O acordo, que inclui também o México, permitirá que os americanos enviem mais leite para o norte, quebrando a engrenagem do setor leiteiro canadense, gerenciado de forma a combinar precisamente a produção conforme a demanda.

"Isso não vai resolver os problemas dos Estados Unidos com o excesso de oferta de leite", afirma Holtmann, que representa a terceira geração da família de produtores de Rosser, Manitoba. Ele passará o inverno revisando o impacto do acordo comercial e avaliando se seus planos de expansão ainda valem a pena. "É um tapa na cara dos produtores canadenses que trabalham duro todo dia para manter a oferta", lamenta.

Vencedores e vencidos
Os produtores dizem que vão perder com o novo acordo, que dará aos Estados Unidos acesso facilitado ao mercado de produtos lácteos canadenses e vai acabar com o sistema de precificação do país. Esse sistema tem sido repetidamente atacado pelo presidente americano Donald Trump. O setor leiteiro era um dos últimos entraves para viabilizar um acordo de livre comércio entre os dois países e o primeiro-ministro Justin Trudeau havia jurado proteger o setor. Na segunda-feira (1º), Trudeau prometeu recompensar os agricultores para amortecer o golpe.

"É desapontador que eles tenham concordado com isso", lamentou David Wiens, vice-presidente da Associação de Produtores de Leite do Canadá, entidade baseada em Ottawa e que representa cerca de 12 mil produtores do país. "É uma grande vitória dos EUA e, consequentemente, para os canadenses é uma derrota". Como parte do acordo, o Canadá eliminará sua política denominada de "Classe 7", que torna o leite mais barato para as indústrias que compram de produtores domésticos os suprimentos de leite ultra-filtrado, um ingrediente concentrado usado para aumentar a quantidade de proteína em queijos e iogurtes. Enquanto o sistema ajuda a dar suporte a uma rede de processamento que está sendo construída no Canadá, os fazendeiros norte-americanos reclamam que ela efetivamente bloqueia as importações e derruba os preços mundiais do produto. Os EUA estão lutando com um excesso de leite e Trump disse, em abril, que o Canadá está tornando os negócios dos produtores americanos "muito difícil". As concessões canadenses impulsionarão a quantidade de leite, queijo e nata que os EUA conseguirem despachar sem tarifação para o país vizinho, incluindo um aumento das exportações de leite fluido para 50 mil toneladas no sexto ano de vigência do acordo, segundo informa o escritório de representação comercial dos EUA.

O Canadá também dará aos EUA mais acesso ao seu sistema de laticínios, gerenciado pela oferta, cotas e tarifas de importação. O país já havia desistido de interromper o seu lucrativo sistema em outras duas oportunidades de acordo, uma com a União Europeia e outra com países do Pacífico.

Compensações
Em discurso a jornalistas em Ottawa, a ministra de Relações Exteriores, Chrystia Freeland, confirmou que o Canadá vai oferecer compensações aos produtores porque "é a coisa mais justa a ser feita". O acordo encurtará investimentos no setor e deve segurar os planos de expansão de produtores e da indústria do setor, segundo Wiens. Com mais produtos norte-americanos nas prateleiras das lojas, a demanda pelos lácteos canadenses deve recuar, diz ele.

Do outro lado, os americanos estão bebendo cada vez menos leite e o consumo total diminuiu, ao passo que os consumidores buscam alternativas para o produto, como o leite de amêndoas. Ao mesmo tempo, a crescente demanda por manteiga e nata resultou em sobra de leite desnatado, que é descartado quando a gordura é removida. Em 2017, o Canadá importou US$ 368 milhões em produtos lácteos dos EUA, enquanto na via oposta da fronteira cruzaram somente US$ 116 milhões, um déficit de US$ 252 milhões. Ainda assim, os lácteos representam um pequena fatia dos US$ 500 bilhões em transações de bens entre os dois países anualmente. O Canadá possui um sistema que limita a oferta, por isso os produtores do país estão indo bem e os "consumidores não, porque estão pagando mais", diz Tom Vilsack, chefe executivo do conselho de exportação de produtos lácteos dos EUA. Nos Estados Unidos, a oferta não é limitada artificialmente, então os produtores produzem mais, o que "coloca o peso sobre o consumo e as exportações". Segundo Vilsack, ainda há muitos detalhes que devem ser examinados para determinar precisamente qual o impacto que esse acordo comercial terá agora e no futuro." (Gazeta do Povo) 

Fonterra reduz estimativa de preço ao produtor de leite para 2018/2019
Fonterra - A companhia de lácteos Fonterra, da Nova Zelândia, reduziu sua estimativa de preço ao produtor para a temporada 2018/2019, que começou em 1º de junho. A projeção foi cortada para um intervalo de 6,25 a 6,50 dólares neozelandeses (US$ 1 = 1,5431 dólar neozelandês) por quilo de leite em pó, de 6,75 dólares neozelandeses na estimativa anterior. A redução foi atribuída ao aumento da produção na Europa, nos EUA e na Argentina. A Fonterra disse também que pretende fazer pagamentos antecipados aos produtores usando o piso do intervalo, de 6,25 dólares neozelandeses, em vez do ponto médio. "Isso pode sugerir que a companhia vê riscos baixistas para sua projeção", disse o banco australiano Westpac. "Eu sei que é difícil para produtores quando os preços caem, mas é importante que eles tenham o quadro mais atualizado para tomar as melhores decisões para seus negócios", disse o CEO da Fonterra, Miles Hurrell. "Nós operamos em um mercado global extremamente volátil, então é muito difícil fornecer uma previsão exata para o preço ao produtor neste começo de temporada. Por exemplo, condições climáticas podem mudar de repente e isso pode ter um impacto significativo sobre a oferta global de leite." (Globo Rural)

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