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09/08/2018

Porto Alegre, 09 de agosto de 2018                                              Ano 12 - N° 2.796

Leiteria é novidade do setor lácteo na Expointer 2018
   
As indústrias lácteas gaúchas uniram-se para levar um espaço de aconchego e sabores inusitados para a Expointer 2018. É a Leiteiria Sindilat, um projeto que chega ao Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, para oferecer aos visitantes da exposição um conceito diferenciado de alimentação, composto por lanches rápidos e saborosos com uma proposta que se assemelha a uma pâtisserie. No local, além do delicioso e tradicional leite com café, haverá um mix diferenciado de cappuccinos, cafés especiais, salgados e doces à base de leite e derivados. O espaço (localizado na Boulevard Quadra 46) vem complementar o projeto do PUB do Queijo, inaugurado em 2017 e que volta a Expointer este ano. A área do Sindilat também foi ampliada e agora conta com espaço vip, Palco  para Eventos e uma varanda para acomodar os visitantes na área externa.

Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a Leiteira foi uma forma de ampliar a gama de produtos lácteos apresentados durante a Expointer. "Essa ação surgiu da demanda dos próprios associados do Sindilat que queriam ampliar o espectro do projeto. A Leiteria soma-se ao Pub para atrair ainda mais público e demonstrar todas as potencialidades que os lácteos têm na gastronomia", pontua. No local, as famílias ainda terão a opção de adquirir produtos diretamente da indústria com destaque para queijos diferenciados e produtos de consumo rápido, como iogurtes, bebidas lácteas e achocolatados.

Diferente de 2017 quando o ingresso no PUB era cobrado em preço único, neste ano, o visitante tem livre acesso ao espaço, podendo escolher entre um lanche rápido ou o tradicional menu de degustação do PUB, que inclui mais de 50 tipos de queijos, embutidos, pães e pratos quentes. A operação ficará a cargo do Mule Bule e tem a assinatura da Storia Eventos.

Projeto Sustentável
Mais do que um espaço de gastronomia, a Leiteira Sindilat também é sinônimo de sustentabilidade. O local foi equipado com móveis de madeira reaproveitada e materiais recicláveis, dentro da lógica de responsabilidade do setor com ações de logística reversa, que prevê responsabilidade da indústria sobre os resíduos gerados após o consumo. A nova varanda será coberta por placas de energia solar para garantir abastecimento ao prédio sem custo ambiental, com um pergolado e estrutura sustentável. O conceito de reciclagem também está na decoração dos espaços, que será feita em pallets e madeira sustentável. As caixas de leite fornecidas pelos associados do Sindilat serão peças decorativas e de interação para as crianças no espaço Kids. "É um projeto que integra alimentação consciente, responsabilidade ambiental e conforto para bem receber quem visita a Expointer", reforça o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Região Sul é líder no controle de tuberculose

A região Sul do Brasil é líder no controle de tuberculose no país. Entre 2012 e 2017, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina sanearam 1.104, 1.519 e 769 focos, respectivamente. Os casos são resultado de uma ação rigorosa que inclui uma média anual de  240 mil testes no Rio Grande do Sul, 828 mil no Paraná e 165 mil em Santa Catarina. Infelizmente, o rigor do Sul não se reflete no resto do Brasil. O tema foi alvo de reunião da Aliança Láctea realizada nesta quinta-feira (9/8), na sede da Farsul, em Porto Alegre (RS). Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o controle traz um diferencial para a Região Sul na busca por mercado externo para os produtos lácteos.

"Isso não quer dizer que estamos infestados da doença. Mas que aqui se faz um controle que não existe em outras regiões", reforçou o diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, Inácio Kroetz.  Segundo ele, só os três estados do Sul utilizam mais testes do que todos o restante do território nacional. Além disso, entende-se que os exames realizados no Sul são mais rigorosos. Frente a essa realidade, os estados debatem estratégias de enfrentamento conjunto, que passam, inclusive, por reavaliar a vacinação dos rebanhos.

Segundo o gerente de saúde animal da Agência de Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura do Paraná, Rafael Dias, o Programa Nacional de Controle de Tuberculose enfrenta dificuldades para avançar no Brasil, principalmente pela baixa testagem em outras regiões do país. Um dos agravantes para esse quadro é o déficit da produção de antígenos para os exames. "O programa vive um momento crítico no país", reforçou. 

O assunto é de alta importância para a indústria láctea nacional, reforça Guerra. Ao lado de seus associados, o Sindilat desenvolve projeto intenso nos rebanhos leiteiros. "O controle da tuberculose e brucelose é essencial para assegurar a qualidade da nossa produção. E é prioridade para as indústrias", disse. 

FRETE - Durante a reunião da Aliança Láctea, o presidente do Sindilat ainda pontuou a importância de o grupo seguir debatendo a implementação de tabela de preços mínimos para o frete no país. "Temos que seguir discutindo esses projetos, que só criam insegurança para nossas indústrias. Não podemos desistir de lutar contra esse projeto", reforçou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Fotos: Carolina Jardine
Na foto: Inácio Kroetz - Reunião da Aliança Láctea

Documento base para fortalecer presença do agro no exterior é aprovado

Foi publicada nesta quarta-feira (8) no Diário Oficial da União que aprova o Documento Base da Estratégia para Abertura, Ampliação e Promoção no Mercado Internacional do Agronegócio Brasileiro. De acordo com a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, o texto constitui a primeira fase da elaboração da estratégia que visa criar política pública estruturada com esse objetivo. O documento tem contribuições de segmentos do setor produtivo e de entidades do agronegócio brasileiro, de unidades administrativas e de empresas públicas. O objetivo é fortalecer a presença do setor agropecuário brasileiro no cenário internacional, abrindo novos mercados, aumentando as exportações para os mercados importadores, ampliando o rol de empresas exportadoras e diversificando a pauta de produtos, estimulando a agregação de valor e a captação de investimentos estrangeiros.

O documento base está sob avaliação de Comissão de Especialistas, constituída por representantes de órgãos e entidades governamentais, envolvendo a Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, e secretarias dos demais ministérios envolvidos nas atividades de comércio internacional, além da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX-Brasil), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária ( Embrapa), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para consolidação das diretrizes. necessárias à ampliação da participação brasileira no mercado internacional. A Comissão de Especialistas elaborará projeto de documento final a ser submetido à consulta pública, oportunidade em que a sociedade civil poderá participar, interagir, apresentar sugestões e se fazer representar. A publicação da minuta de projeto para fins de consulta pública poderá ocorrer até o início do próximo mês, para avaliação de contribuições, em outubro, e publicação do documento final, até novembro. As sugestões vão contribuir para a evolução e aperfeiçoamento da estratégia que deverá nortear a política de negociações internacionais do agronegócio brasileiro até 2022. (As informações são do Mapa)

Não se deixe enganar: a gordura presente no leite e derivados faz muito bem à saúde!

Leite e derivados - As pesquisas mais recentes na área de nutrição humana mostram que os médicos e nutricionistas que condenam o consumo de lácteos e carne estão errados. Inclusive, trinta anos depois da capa que anunciava "Colesterol: e agora, as más notícias", a Revista Time dá o braço a torcer face às evidências que se acumularam nas últimas décadas e recomenda: "Coma Manteiga". O que os cientistas descobriram é que, enquanto a gordura trans industrializada (gordura parcialmente hidrogenada) pode aumentar os níveis de colesterol e se acumular nas artérias, a gordura trans presente nos lácteos pode trazer vários benefícios para a saúde, desde a prevenção da formação de tumores até a redução da porcentagem de gordura corporal.

A gordura trans industrializada é produzida a partir da hidrogenação parcial de óleos vegetais, diminuindo o seu potencial de rancificação e, com isso, aumentando a validade dos produtos. O grande problema é que o consumo desses alimentos leva a um aumento nos níveis corporais de triglicérides e do "colesterol ruim", o LDL, predispondo a ocorrência de problemas cardíacos. Já o consumo da gordura láctea, apesar de também aumentar os níveis de LDL, aumenta o HDL, chamado bom colesterol. O HDL remove o LDL que pode se acumular nas paredes arteriais. Aumentar tanto o HDL quanto o LDL faz da gordura saturada um "lava-jato cardíaco", impedindo a formação das placas adiposas nos vasos. Além disso, cientistas agora sabem que há dois tipos de partículas de LDL: algumas são pequenas e densas e outras são grandes e esponjosas. As grandes parecem ser, em sua maioria, inofensivas, e são elas que aumentam com a ingestão de gordura saturada. Por outro lado, a ingestão de carboidratos parece aumentar as partículas pequenas, que parecem estar ligadas à doença cardíaca, por se aderirem às paredes das artérias.

Outro ponto de extrema relevância é que a gordura trans dos lácteos é produzida a partir de uma reconfiguração dos ácidos graxos insaturados feita pelas bactérias presentes no rúmen das vacas. O produto final, que é transferido para o leite e carne dos bovinos, inclui o ácido linoleico conjugado (CLA) e o ácido vaccênico (VA), ambos comprovadamente benéficos para a saúde. Pesquisas realizadas nos últimos 30 anos sugerem que as fontes naturais de gordura trans estão associadas com benefícios para a saúde de humanos e animais. A primeira delas, concluída no meio da década de 1980 por Michael Pariza e colaboradores, e publicada no American Journal of Clinical Nutrition, mostrou efeitos anticarcinogênicos relacionados, mais tarde, ao CLA. Desde essa primeira pesquisa, inúmeros estudos com o CLA e o VA vêm demonstrando vários efeitos anti-câncer em animais, incluindo a inibição do desenvolvimento de tumores e a prevenção das metástases.

Estudos sobre a composição da massa corporal mostram que o CLA tem um efeito positivo na redução da porcentagem de gordura e aumento da massa magra. Acredita-se que o CLA age de forma direta, reduzindo o acúmulo de gordura no tecido adiposo, e, possivelmente, de forma indireta, agindo sobre os hormônios envolvidos com o metabolismo lipídico (leptina e adiponectina). Outra linha importante de pesquisa tem mostrado o potencial do CLA como imuno modulador, o que pode ajudar a desvendar sua influência na prevenção do câncer, dos problemas cardíacos e sobre a porcentagem de gordura corporal. O CLA estimula a produção de mediadores anti-inflamatórios, conhecidos como citocinas, reduzindo os sinais de inflamação. Esse efeito foi identificado tanto em estudos com animais quanto com humanos. O direcionamento do sistema imune no sentido anti-inflamatório pode explicar o papel do CLA na prevenção dos carcinomas, ganho de peso e arteriosclerose. Flávia Fontes é médica veterinária, D.Sc. Nutrição Animal, editora-chefe da Revista Leite Integral e do movimento #bebamaisleite e diretora científica da ABRALEITE. (Beba Mais Leite)

Custo de produção tem deflação de -0,30% em julho
ICPLeite/Embrapa - Após um período de explosão de preços ocorrida no mês de junho, como resultado da greve dos caminhoneiros, o Índice de Custo de Produção de Leite - ICPLeite/ Embrapa registrou, no mês de julho, uma deflação de -0,30%.  Neste mês, a maior queda verificada foi a do grupo Concentrado, que variou -1,95%. A Mão de Obra também teve queda de -1,30%. O terceiro grupo a apresentar queda foi o de Energia e combustível, que foi de -0,35%. O grupo Qualidade do Leite registrou o maior aumento do mês, que foi de 5,44%, seguido pelo grupo Sal mineral, 3,71%. O grupo Produção e Compra de volumosos teve alta de 1,86% e Sanidade teve elevação de preços de 1,45%. O grupo Reprodução não apresentou variação de preços este mês. Por apresentar o maior peso na ponderação, essa deflação contribuiu para a contenção de mais um aumento expressivo do índice. Mais informações. (Embrapa)

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