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25/07/2018

Porto Alegre, 25 de julho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.785

Conexão Ciência apresenta os avanços do setor lácteo no Brasil

Avanços do setor lácteo - A produção brasileira de leite deve crescer de 2 a 2,5% em 2018, de acordo com estimativas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O avanço do setor lácteo nas últimas décadas no Brasil é o tema do programa Conexão Ciência, que vai ao ar nesta terça-feira (24) às 19h15 na TV NBR, do governo federal.

O entrevistado, Pedro Arcuri, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora, MG), fala sobre a busca constante pela melhoria da qualidade do leite, que integra os setores públicos e privados no desenvolvimento de ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação.

Ao longo de mais de quatro décadas, a Embrapa em parceria com outras instituições públicas como universidades, empresas estaduais e instituições privadas como empresas comerciais, instituições de ensino privado, órgãos de representação, entre outras, têm investido na entrega de soluções tecnológicas que vêm contribuindo para o melhor desempenho da cadeia produtiva de leite e lácteos. A visão do setor é tornar o Brasil um exportador global significativo de leite e produtos lácteos de valor agregado.

Entre os resultados obtidos em prol do setor produtivo, Arcuri destaca o Programa de Melhoramento Genético Animal para quatro das mais importantes raças leiteiras, Gir Leiteiro, Girolando, Holandesa e Guzerá; o controle estratégico de carrapatos de bovinos; o desenvolvimento de técnicas de reprodução e multiplicação de bovinos zebuínos leiteiros; e a geração das variedades melhoradas de capim-elefante (BRS Capiaçu e Kurumi) e capim-azevem (Ponteio e Integração).

Durante a entrevista, o chefe de P&D da Embrapa Gado de Leite fala também sobre as ferramentas para a gestão de propriedades leiteiras, entre as quais ressalta o Gisleite, sistema para o gerenciamento do desempenho produtivo dos animais e da propriedade de um modo geral, e o GEPleite - ferramenta informatizada para a gestão econômico-financeira da propriedade leiteira, desenvolvida em parceria com a Cooperativa Santa Clara do Rio Grande do Sul.

"Ideas for Milk": modelo para outras cadeias produtivas
Outra inovação em prol da pecuária leiteira é o evento "Ideas for Milk - desafios de startups", promovido pela Embrapa Gado de Leite desde 2016. Essa iniciativa aproxima empresas pequenas e criativas, chamadas de startups, com as indústrias tradicionais, fornecedores de ferramentas digitais e investidores interessados em ideias inovadoras, que possam virar produtos comerciais. "Trata-se de um ecossistema de inovação para a cadeia do leite, que tem resultado em parcerias e soluções digitais para a produção de leite com mais qualidade, além de processamento e distribuição de leite e lácteos com valores desejados pelos consumidores", explica o pesquisador. A iniciativa está sendo usada como modelo para outras cadeias produtivas, como a do café, por exemplo.

Agricultura 4.0: a pecuária leiteira na era digital
Arcuri destaca também a chamada Agricultura 4.0, que a cada ano tem ganhado mais espaço na agropecuária brasileira, do pequeno ao grande produtor, e gerado um grande impacto na produtividade, assegurando o equilíbrio nas três vertentes da sustentabilidade - social, econômica e ambiental. Segundo ele, a agricultura digital, voltada ao uso de grandes volumes de dados, automação e robótica, aprendizado de máquinas, precisão na aplicação de insumos, também está associada ao conceito do ecossistema de inovação. "A Embrapa Gado de Leite está utilizando parte das suas instalações físicas em áreas de teste de tecnologias digitais, para aumentar a produtividade e facilitar as atividades dos produtores rurais, tanto em esforço físico quanto em acesso a informações para tomar decisões com maior chance de acertos. Para isso, estamos permanentemente buscando novos parceiros para unirem as suas competências às da Embrapa, em todos os níveis", finaliza.

O Conexão Ciência é produzido em parceria pela Embrapa e a NBR e vai ao ar todas às terças-feiras na TV do Governo Federal, às 19h15. O programa também pode ser assistido pelo canal da NBR no Youtube. Saiba como sintonizar a NBR na página da EBC Serviços na internet. Assista aqui aos programas anteriores. (Página Rural)

 
 

Espanha - A possibilidade de vender leite cru desperta interesse dos pecuaristas

Leite cru/Espanha - A União dos Pequenos Agricultores e Pecuaristas (UPA) se posicionou a favor da venda direta de leite cru por parte das explorações pecuárias espanholas. A recente aprovação de um decreto que regula esta prática na Cataluña despertou o interesse de todo o setor e também certas dúvidas por parte dos consumidores. 

"Os pecuaristas podem gerenciar, sem nenhum problema, um produto sobre o qual existe um interesse crescente", afirmou Román Santalla, secretário da UPA. A regulamentação na Cataluña se faz "urgente", e na sua opinião, a aprovação de uma norma nacional que deixe claro o procedimento dos produtore e "dê garantias" aos consumidores.

Os produtores de leite vêm na venda do leite cru uma oportunidade para diversificar suas explorações e obter um preço justo pelo leite de primeira qualidade. As condições sanitárias das propriedades espanholas são excelentes, acima da média europeia, assegurando, diz a UPA, um leite cru que pode ser vendido sem problema e ser consumido sem medo, levando em conta sempre que é preciso ferver o leite e conservá-lo corretamente - um máximo de 72 horas depois da ordenha - para eliminar possíveis microrganismos.

"Os consumidores sabem que precisam lavar as verduras, cozinham bem a carne ou congelam o pescado para que seu consumo seja perfeitamente seguro. É possível e justo que o leite cru tenha um espaço no mercado espanhol, não vemos nenhum problema nisso", destacou Santalla.

A norma deve ser rigorosa no que se refere aos requisitos sanitários das fazendas que queiram comercializar o leite cru. "O objetivo principal é que os consumidores possam dispor de um produto saboroso, com grande potencial gastronômico e com todas as garantias sanitárias", afirma a UPA, concluindo: "É possível, justo e necessário regulamentar a venda direta de leite cru". (Agrodigital - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

UE - Pequenas reduções na produção de leite podem ter grande efeito no preço

Leite/UE - Faz dois anos, em 18 de julho de 2016, o Comissário Europeu de Agricultura, Phil Hogan, anunciou um programa de redução voluntária de produção de leite na União Europeia (UE). Um estudo realizado pela A.Fink-Kebler y A.Trouvé analisou o programa e chegou às seguintes conclusões:

- O programa voluntário de redução da produção foi um grande êxito, já que com uma pequena redução na produção, conseguiu um grande efeito direto nos preços;

- Os preços aumentaram de 25,68 centavos/quilo, em julho de 2016 para 34,16 centavos/quilo em julho de 2017;
- O programa revê uma alta participação de pecuaristas: 48.200 produtores de leite de 27 Estados Membros da UE participaram (aproximadamente 3% das fazendas leiteiras européias);
- O volume reduzido foi de 833.551 toneladas (aproximadamente 2% do volume de leite do mesmo período no ano anterior);
- Os 4 maiores países produtores de leite mostraram a maior participação no programa: Alemanha (232.300 toneladas), França (152.732 toneladas) e o Reino Unido (90.814 toneladas). No conjunto, os três países representam 57% do volume total de redução. A Holanda reduziu em 56.117 toneladas;
- A Irlanda teve o maior percentual de fazendas participantes (21%) e o volume de redução (4%).

O programa voluntário de redução do volume de leite da UE foi realizado entre outubro de 2016 e janeiro de 2017. Os pecuaristas tiveram a oportunidade de reduzir voluntariamente a produção em troca de uma compensação (14 centavos/quilo de leite reduzido em comparação com o mesmo período de 3 meses do ano anterior). (Agrodigital - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

EUA - O que as indústrias de leite vegetal não querem divulgar

Sem Lactose/EUA - Impulsionados pela inovação "leite sem lactose", a indústria de laticínios está desafiando o domínio dos leites vegetais, com as vendas de "leite sem lactose" nos Estaods Unidos (EUA) estarem perto de alcançar - e talvez mesmo ultrapassar - as vendas de leite de amêndoa. Em 2017, as vendas do leite sem lactose cresceram duas vezes mais rápido do que os leites vegetais (7%). O leite de amêndoa, que tem 75% do segmento de leite vegetais, cresceu 9,3%. Mas, as vendas de leite sem lactose cresceram 13% - quase o dobro da taxa de crescimento dos leites vegetais. Mantendo o crescimento atual, as vendas de leite sem lactose serão iguais às do leite de amêndoa em 2020.

Quatro elementos garantem o sucesso do leite sem lactose:

1 - Produto inovador

2 - Marketing

3 - Versatilidade

4 - Vantagem natural

Produto inovador
Fairlife é a marca de maior crescimento do leite sem lactose, 52%, em 2017, é a número um do segmento. Produzido por ultrafiltração, a marca oferece:

Maior teor de proteína (13 gr por 240ml contra 8 gr para o leite comum).
Sem Lactose.
Metade do açúcar do leite normal (6 gr, contra 12 gr).

A Fairlife foi lançada em 2015. Em 2017 suas vendas chegaram a US$ 228 milhões, apesar de vender a um preço 100% maior que o do leite normal, e ser de 50 a 60% mais cara que marcas de leite vegetal. Seu sucesso vem ajudando a impulsionar o crescimento do segmento sem lactose nos EUA. Mas mesmo a líder do mercado sem lactose, Hood Dairy Lactaid, está bem. As vendas da Hood Lactaid cresceram 4,9% em 2017, atingindo US$ 575 milhões.

Marketing
As indústria de laticínios estão trabalhando melhor no marketing para seus produtos sem lactose, chamando a atenção de pessoas que gostam da nutrição e o sabor proporcionados pelos lácteos. As indústrias de leite sem lactose estão criando uma plataforma mais ampla para o consumo de leite, exatamente momento em que a geração Millennial está sendo atraída para o leite integral, incluindo: Proteínas e Gorduras saudáveis. Nos rótulos surgem ingredientes naturais e "limpos".

Em grande parte, os Millennials estão impulsionando o aumento do interesse por leites sem lactose, especialmente para seus pais, que entendem ser o leite nutritivo e quererem que seus filhos tenham o sabor e a nutrição de lácteos autênticos. Eles também procuram evitar os incômodos estomacais que podem criar o leite integral, e então procuram os lácteos sem lactose.

Versatilidade
O leite de vaca tem a vantagem da versatilidade e pode ser usado em bebidas e na cozinha em uma ampla gama de receitas, bem mais fácil que os leites vegetais.

Vantagem Natural
A longa lista de ingredientes de leites sem lactose é muito maior em comparação com as de leites vegetais, que sempre são consideradas, para muitas pessoas, como produtos super processados e não muito natural. O leite é um ingrediente com a presença natural de suas vitaminas e minerais. O leite vegetal é adicionado de vitaminas e minerais, para ter de 10 a 15 ingredientes. Também qual seria o benefício de um produto "vegetal", que possui, apenas de 6 a 10% de ingredientes originais?

Quanto ao benefício digestivo - o maior impulsionador do crescimento de mercado de leite vegetal é o consumidor que acredita que o leite de vaca causa inchaço ou outro desconforto digestivo - o leite sem lactose oferece o mesmo benefício, retirando a vantagem competitiva dos leites vegetais. Entre um leite sem lactose e saboroso, mais e mais consumidores estão dispostos a escolher a nutrição natural do leite. O leite sem lactose está para o leite vegetal, assim como a manteiga está para a margarina - um é natural e o outro processado. E já se sabe o final dessa história. (Dairy Industries - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 
 


FRIO AQUECE CONSUMO DE LEITE
O frio das últimas semanas aqueceu o consumo de leite no Rio Grande do Sul, ajudando a elevar o valor de referência pago ao produtor. O preço do litro projetado pelo Conselho Estadual do Leite (Conseleite) para julho no Estado é de R$ 1,3080, aumento de 5,9% em relação ao consolidado no mês passado. Segundo o professor da Universidade de Passo Fundo (UPF) Eduardo Finamore, a alta no valor do alimento acompanha a tendência nacional e os dados ainda carregam reflexo da greve dos caminhoneiros que interrompeu a coleta em diversas praças do país. Além disso, as pastagens de inverno estão atrasadas em relação a 2017, o que impacta na captação. (Zero Hora) 

 

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