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17/05/2017

Porto Alegre, 17 de maio de 2017.                                               Ano 11- N° 2.501

 

  Alta de lácteos reduz competitividade da importação

Pela quinta vez seguida, o índice de preços dos lácteos negociados na plataforma Global Dairy Trade (GDT) registrou alta ontem. A cotação média dos lácteos no leilão ¬ que acontece quinzenalmente e é referência para os preços no mercado internacional ¬ subiu mais 3,2% na comparação com o pregão anterior, para US$ 3.313 por tonelada. A principal razão para a valorização recente é a redução na produção de matéria¬prima na Europa, após um período de aumento na oferta, segundo analistas. O preço do leite em pó integral registrou alta de 1,3%, para US$ 3.312 por tonelada no leilão de ontem. Com isso, a cotação voltou aos patamares históricos de US$ 3.300 no mercado internacional. As cotações do leite em pó desnatado, por sua vez, subiram 1%, para US$ 1.998 por tonelada, segundo dados da plataforma. Outro produto que registrou alta no pregão foi a manteiga, reflexo da escassez de oferta de gorduras lácteas no mercado mundial e da demanda crescente. 

A valorização foi de 11,2%, e a tonelada alcançou US$ 5.479. No caso da gordura láctea anidra, a alta foi de 8,2%, para US$ 6.631 por tonelada. Valter Galan, analista da MilkPoint, afirma que a Europa tem reduzido a produção de leite após uma elevação da oferta, que derrubou os preços. Esse fator tem dado sustentação às cotações, apesar dos estoques elevados de leite em pó desnatado no continente europeu, da demanda chinesa ainda hesitante e da produção crescente de leite nos Estados Unidos. Segundo ele, nesse ambiente de preços internacionais mais altos, as importações de lácteos perdem competitividade. E isso já se refletiu nas quantidades adquiridas no exterior pelo Brasil em abril passado. "Os volumes estão caindo porque está menos competitivo e há pouca oferta de leite no Mercosul", diz. O Brasil importa lácteos sobretudo de Argentina e Uruguai. Em abril, as importações brasileiras caíram 41% na comparação com o mesmo mês de 2016, para 100 milhões de litros equivalente¬leite, conforme dados da Secex, elaborados pela MilkPoint. Em março, já haviam sido 15% menores. Entre janeiro e abril, ainda há alta, de 17%, sobre o mesmo intervalo de 2016, para 503 milhões de litros equivalente¬leite. Diante do atual cenário global, não é possível dizer que o preço internacional dos lácteos "tenha fôlego para subir muito mais", observa Galan, acrescentando que as safras da Nova Zelândia e da Argentina começam em junho. (Valor Econômico)
 

 
Lácteos/NZ

A renda dos produtores de leite da Nova Zelândia aumentou no primeiro trimestre, puxada pelos produtos lácteos industrializados de um lado, e de outro, a queda no preço de insumos como petróleo e carvão. O índice dos produtores de leite subiu 1,4% no primeiro semestre, e atingiram crescimento anual de 4,1%, diz o Statistics New Zealand. O preço pago ao produtor, o PPI, subiu 0,8% no trimestre e 4,2% no ano. O Índice GDT dos preços subiu cerca de 112% desde a acentuada baixa de agosto de 2015, e está agora em seu mais alto nível desde junho de 2014, incluindo o leilão da noite passada.

A previsão da Fonterra para pagamento ao produtor nesta temporada é de NZ$ 6/kgMS, e a diretoria da cooperativa tem uma reunião marcada neste mês, quando deve anunciar as projeções dos pagamentos para a temporada de 2017/18. Em março de 2017 o preço do leite ao produtor, e os produtos lácteos industrializados aumentaram 49% e 22%, respectivamente. As indústrias pagaram 43% a mais, em um ano, pelo combustível, principalmente pela elevação nas cotações do óleo cru, disse Sarah Williams, gerente do departamento de preços e negócios. Isso mostra uma recuperação a partir de 2016, quando as indústrias pagavam o menor valor, em 13 anos, pelo combustível. (NZ Herald - Tradução livre: Terra Viva)

Seapi e Embrapa integram pesquisas

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) decidiu ontem que criará um Sistema Integrado de Pesquisa em parceria com as unidades da Embrapa. A ideia é readequar a pesquisa gaúcha, já que no final de 2016 foi extinta a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro). A proposta surgiu durante uma reunião, em Porto Alegre, com as chefias da Embrapa do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. "Vamos unificar forças, integrar áreas que atuam nos mesmos focos, misturar nossos pesquisadores com o pessoal da Embrapa. 

A nossa ideia converge com os objetivos da Embrapa", explica o secretário Ernani Polo. "O importante é entregar o melhor produto para quem está no campo", complementa. Ficou definido que, em 30 dias, a Seapi irá compartilhar com a Embrapa todas as informações sobre a estrutura de pesquisa que o Estado possui. A partir deste mapeamento e da consolidação da integração, Polo diz que será possível decidir qual parte da estrutura pertencente à antiga Fepagro o Estado vai querer manter ativa. "Hoje, temos cerca de 15 centros com trabalhos de pesquisa. Vamos deixar aqueles que são necessários e que vão produzir trabalhos importantes para o desenvolvimento agropecuário", promete. (Correio do Povo) 

Comitê cuidará de ações prévias à declaração do Brasil como livre de aftosa com vacinação

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) criou um comitê para preparar as ações destinadas a marcar a declaração do Brasil como país livre da febre aftosa com vacinação. A previsão é que o anúncio seja feito durante a reunião anual da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), marcada para maio de 2018, em Paris.

A certificação oficial pela OIE de que todo o território nacional é livre da doença, com vacinação, deve contribuir para ampliar e abrir novos mercados internacionais às carnes brasileiras. A primeira reunião do comitê do Mapa deverá ser realizada nas próximas semanas. Entre as suas atividades, está a elaboração de logomarca da Certificação do Brasil pela OIE. O comitê organizador foi criado por meio de portaria assinada pelo ministro Blairo Maggi e publicada na edição da última sexta-feira (12) do Diário Oficial da União.

Na reunião deste ano da OIE, que vai ocorrer entre 21 e 26 deste mês, em Paris, será tratada a ação global para reduzir a ameaça da resistência aos agentes antimicrobianos, além das expectativas de adesão do setor privado aos programas internacionais de saúde animal e desenvolvimento da pecuária. (As informações são do Mapa)

Intenção de consumo das famílias cresce na comparação anual

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 77,7 pontos em maio de 2017, em uma escala de 0 a 200. O aumento de 11,1% em relação ao mesmo período do ano passado é a terceira variação positiva consecutiva, fato que não ocorria desde 2012. Na comparação com abril, o indicador apresentou leve queda de 0,2%. "A confiança das famílias segue em trajetória positiva apesar da pequena queda mensal nos meses de abril e maio. A melhora nas expectativas das famílias se dá, principalmente, pelas notícias favoráveis à retomada da economia, como a desaceleração da inflação, a queda dos juros e a liberação de recursos de contas inativas do FGTS", aponta Juliana Serapio, assessora econômica da CNC, em nota.

EMPREGO
Ainda que acima da zona de indiferença (100 pontos), com 108,5 pontos, o componente Emprego Atual teve pequena queda de 0,1% em relação a abril. Na comparação anual, no entanto, teve elevação de 8,4%. O percentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego atual é de 31,8%, ante 31,6% em abril. A preocupação das famílias em relação ao mercado de trabalho aparece no componente Perspectiva Profissional. Com 98,8 pontos, o subitem apresentou queda de 1,6% na comparação mensal. Em relação a maio do ano passado, teve aumento de 6,3%.

CONSUMO
O componente Nível de Consumo Atual teve variação anual positiva de 16,6% e aumento de 1,9% ante abril. Mesmo assim, a maior parte das famílias declarou estar com o nível de consumo menor do que o do ano passado (60,2%, ante 60,87% em abril). O item Perspectiva de Consumo registrou aumento de 0,5% em relação a abril e de 28,2% ante o mesmo período de 2016, a nona variação anual positiva desde agosto de 2014.

CRÉDITO RESTRITO
De acordo com a CNC, o crédito, ainda restrito e caro para os consumidores, impactou os resultados dos componentes ligados às compras a prazo. Apesar de o item Acesso ao Crédito, com 70 pontos, ter apresentado queda de 0,1% na comparação mensal, teve aumento de 5,3% em relação a maio de 2016. Para o ano de 2017, a CNC manteve a sua previsão anterior de crescimento das vendas no varejo ampliado (1,5% em relação a 2016). Para que setor retome um ritmo de crescimento mais intenso nos próximos meses, ainda são necessárias perspectivas mais favoráveis no que diz respeito à velocidade de queda dos juros, o que provocaria impactos positivos no mercado de trabalho, destacou a CNC. (Diário do Comércio)

 

 
Agronegócio ajuda a recuperar o emprego, diz Novacki
O ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, que visitou nesta segunda-feira (15), a Expoagro Dourados, em Mato Grosso do Sul, disse que fomentar o agronegócio ajudará o país a recuperar mais rapidamente o emprego, já que o setor é responsável por uma a cada três vagas do mercado de trabalho. A importância do setor, lembrou, se revela também na fatia que tem no Produto Interno Bruto (PIB) do país, chegando a quase 23%. Novacki lembrou o desafio a que se propôs o Mapa de aumentar a participação do agronegócio brasileiro no mundo dos atuais 6,9% para 10% em cinco anos. "É uma meta ousada, mas possível", afirmou, durante reunião com produtores rurais da região. O ministro interino viajou acompanhado do secretário de Mobilidade Social, José Dória. (As informações são do Mapa)
 

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