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28/04/2017

 

Porto Alegre, 28 de abril de 2017.                                               Ano 11- N° 2.489

 

Espanha: fazenda experimental de produção leiteira abre na Catalunha

Uma nova fazenda experimental foi inaugurada na Espanha. A Monells Cattle Farm (EVAM) do IRTA está localizada em Monells (Girona). O IRTA é um Instituto de Pesquisa de propriedade do Governo da Catalunha. A EVAM pretende ser uma ferramenta para servir aos interesses da indústria e da região catalã, e ser uma plataforma de pesquisa, experimentação e transferência.

Objetivos do EVAM
A fazenda combina conhecimentos de climatologia, agronomia, produção de plantas, manejo de água e excrementos, manejo de animais, melhoramento genético e reprodutivo e bem-estar e saúde animal, para melhorar a competitividade e a sustentabilidade em toda a indústria leiteira. O objetivo da EVAM é que a indústria leiteira se beneficie da aplicação de novas ferramentas para melhoramento genético e de saúde, novos modelos alimentares, manejo de animais, melhora na eficiência produtiva e redução do impacto ambiental. A fazenda também trabalhará com a indústria para desenvolver novas tecnologias para ajudar a criar e comercializar produtos lácteos.

Expansão possível
O projeto envolveu um investimento de 2,4 milhões de euros (US$ 2,61 milhões) em edifícios e equipamentos, aos quais contribuíram igualmente o Conselho Provincial de Girona, o Fundo Regional de Desenvolvimento Europeu (FEDER), o Ministério da Economia e Competitividade e o IRTA. A fazenda tem atualmente 60 vacas, mas expandirá para até 120. A EVAM baseia-se num conceito de pesquisa abrangente, à medida que procura integrar todos os elementos que influenciam a produção de leite, desde a produção de forragens até a gestão de excrementos, a informação aos consumidores e ao público em geral.

Assistência à indústria de lácteos
Os serviços da EVAM deverão ajudar a indústria de lácteos de várias maneiras. O objetivo é avaliar, testar e aplicar novas ferramentas, estratégias, técnicas e produtos, para melhorar a eficiência e a sustentabilidade das fazendas. A EVAM também divulgará novas melhorias no manejo de campo, no manuseio de animais e seus excrementos e nas últimas tecnologias aplicadas à obtenção de produtos lácteos.

Será também um ponto de encontro para dialogar com as diferentes partes interessadas, para promover projetos de pesquisa, desenvolvimento e transferência de projetos do produtor ao consumidor. A fazenda deverá ser uma instalação onde novos produtores e empreendedores na indústria de lácteos são treinados nos aspectos técnicos da produção agrícola e do processo de produção de lácteos. A EVAM também interagirá com o público para explicar elementos da produção de leite.

EVAM - enfrentando três desafios:
1. Pesquisa direcionada à geração de novos conhecimentos, para ajudar a resolver os desafios tecnológicos e de inovação na indústria;

2. Transferência de resultados, para contribuir para a melhoria da competitividade da indústria, visando aumentar a eficiência produtiva, a saúde e o bem-estar dos animais, bem como na qualidade, diferencial e valor agregado dos lácteos e derivados;

3. Informar ao público sobre o processo produtivo do leite e seu tratamento até seu consumo, mediante a implementação de ações informativas e promocionais proativas.

Em 27/04/17 - 1 Euro = US$ 1,09101
0,916462,61 Euro = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 
Ministério pede R$ 192,5 bi para Plano Safra 2017/18

Se depender do Ministério da Agricultura, o próximo Plano Safra 2017/18 vai ofertar um volume global de crédito rural da ordem de R$ 192,5 bilhões à agricultura empresarial, e os juros das linhas ficarão entre 6,5% a 10,5% ao ano. O montante ¬ que ainda precisa ser aprovado pela área econômica do governo e vem sendo negociado com a equipe do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles ¬ é 4,8% superior ao total de recursos disponibilizados no atual ciclo, o 2016/17. Esse aumento, proposto pela Pasta comandada Blairo Maggi, pode ser considerado modesto tendo em vista a evolução recente do pacote oferecido pelo governo para o plantio da safra. Mas não deixa de ser robusto levando¬se em conta a crise econômica. 

 

Até o Plano Safra 2016/17 ¬ ainda em vigor e que se encerra no dia 30 de junho ¬, o governo vinha anunciando planos com recursos normalmente 20% superiores aos do ciclo anterior. O Plano 2016/17 foi o primeiro em décadas a trazer um número menor que o da temporada anterior (R$ 183,8 bilhões). Em 2015/16, foram ofertados R$ 187,7 bilhões. Maggi disse ontem que dentro de duas semanas Fazenda e Agricultura deverão definir o esqueleto central do próximo plano para lança-lo até fim de maio. As condições que serão definidas entrarão em vigor em 1º de julho. Ainda que Agricultura defenda um corte dos juros, técnicos da Fazenda defendem que os juros continuem nos atuais patamares, entre 8,5% e 12% ao ano. Atrelar esses juros à Selic, como queria a equipe econômica inicialmente, está cada vez mais distante. "Resolvemos propor um limite de recursos que não fosse tão superior ao da safra passada, mesmo porque vemos que a demanda por crédito não deve aumentar muito", disse ao Valor o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller. 

Nessa configuração desenhada pelo Ministério da Agricultura, os recursos para custeio e comercialização ¬ que sempre concentram a maior parte da demanda de agricultores e pecuaristas por financiamento bancário ¬ contará com R$ 152,6 bilhões em 2017/18, uma alta de 2% em relação ao atual ciclo. E juros de 7,5% ao ano, abaixo dos atuais 9,5% ao ano, como já mostrou o Valor. Por outro lado, a tendência de recuperação dos investimentos no campo, marcante na safra 2016/17, levou o ministério a propor um incremento expressivo de 18% para as linhas de crédito destinadas a essa finalidade no ciclo 2017/18, o que significa R$ 40,2 bilhões. Nesse bojo, o Moderfrota, voltado para maquinário agrícola, ficaria com R$ 9 bilhões, mesmo patamar da atual temporada, após aportes adicionais feitos pelo governo diante de uma demanda aquecida por esses financiamentos que superou os R$ 5 bilhões iniciais. 

 
Outra linha de crédito para investimento que o Ministério da Agricultura pretende ampliar é o Programa de Crédito para Armazenagem (PCA). Nesta safra, foram disponibilizados R$ 1,4 bilhão. O objetivo é elevar para R$ 1,8 bilhão no ciclo 2017/18. Em outra frente, a política de incentivar as operações de crédito rural a partir das captações de Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), título isento de Imposto de Renda, continua. Dentro desse plano, os financiamentos com base nas LCAs alcançam R$ 27 bilhões, com destaque para as operações com taxa controlada, que contarão com R$ 13,6 bilhões contra R$ 9 bilhões da temporada passada. (Valor econômico) 

Captação do primeiro trimestre segue para números positivos

Produção/Uruguai - Depois que o Inale revisar para mais os volumes da captação de leite em janeiro e fevereiro de 2017, e publicar os dados de março, a tendência da persistente retração mês a mês, verificada desde julho de 2015, deverá será interrompida, mostrando mudança de rumos. 

De concreto, a produção nas fábricas em janeiro deste ano totalizou 152,5 milhões e cresceu 2,3% em relação a igual mês do ano anterior, o mesmo ocorrendo em fevereiro, com o volume de 116,6 milhões de litros (+1,5%). A tendência de alta foi suspensa em março, mas, com retração de apenas 0,9%, que representou 126,1 milhões de litros. Não obstante, o trimestre janeiro-março encerrou com captação acumulada de 39,5s milhões de litros, um crescimento interanual de 1%. Tudo isto indica que em abril voltará a superar o volume do ano passado, quando houve excesso de chuvas, e o volume atingiu apenas 117,9 milhões de litros de leite, representando queda de 15% em relação a 2015. (Tardaguila - Tradução livre: Terra Viva)

 

 

 
Alta do preço do leite no mercado spot em abril
No mercado spot, ou seja, o leite comercializado entre as indústrias, os preços subiram na primeira quinzena de abril.
 Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, os negócios ocorreram, em média, em R$1,579 por litro, posto na plataforma. Os maiores valores chegaram a R$1,60 por litro. Houve alta de 3,4% na comparação com a quinzena anterior.
 Em Minas Gerais e em Goiás, os preços médios ficaram em R$1,575 e R$1,415 por litro, respectivamente. A produção nacional em queda aumenta a concorrência por matéria-prima pelos laticínios. Em curto e médio prazos, a expectativa é de alta do leite no mercado spot. Porém, os incrementos deverão ser menores na comparação com as quinzenas anteriores. Algumas indústrias já falam em manutenção das cotações no mercado spot. Apesar da produção caindo, alguns fatores chamam a atenção e podem limitar as altas também para o produtor em curto e médio prazo. São eles: as importações em alta, a produção aumentando no Sul do país a partir de abril/maio e a demanda interna patinando. (A Scot Consultoria)
 

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