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23/02/2017

Porto Alegre, 23 de fevereiro de 2017.                                               Ano 11- N° 2.448

 

Leite/América do Sul

Na Argentina, nas duas últimas semanas, chuvas fortes atingiram as principais bacias leiteiras, incluindo áreas já anteriormente afetadas da província de Santa Fe. Como resultado, o volume de leite continua caindo, ocorrendo escassez de suprimentos para as necessidades da indústria. Com o reinício das aulas em poucas semanas, a demanda de engarrafadores deve aumentar rapidamente. A expectativa é de que a oferta ficará apertada em curto prazo. Com esta previsão, algumas indústrias estão se concentrando na produção de queijo, em vez de outros lácteos. No Uruguai, a produção está em queda principalmente em decorrência das elevadas temperaturas do verão e barro em muitas bacias leiteiras. Os componentes do leite também estão sazonalmente em queda. No entanto, o suprimento está compatível com a produção de queijo. Por outro lado, o volume de creme é insuficiente para manteiga e outros produtos à base de matéria gorda. De acordo com o Instituto Nacional do Leite (INALE), em dezembro.

O volume de leite enviado para as fábricas foi de 164,8 milhões de litros, 7,4% abaixo do mês anterior, e 4,6% menor do que o volume de um ano atrás. De janeiro a dezembro de 2016 as plataformas das indústrias receberam 1.773 milhões de litros de leite, representando queda de 10,2% em relação ao mesmo período de 2015. No Brasil, a produção de leite está sazonalmente baixa em muitas regiões em decorrência da instabilidade das condições climáticas. Os níveis de matéria gorda e proteína do leite estão baixos. Em consequência, a captação de leite e o fornecimento de manteiga são insuficientes para cobrir a forte demanda das fábricas. Ainda assim, os produtores de leite brasileiros estão concentrados em melhorar a produção doméstica para depender menos de importações. De fato, recentemente uma cooperativa brasileira ampliou sua capacidade de processar mais leite e creme. Os pedidos de leite engarrafado/UHT das instituições educacionais melhoraram, pois, a maioria das escolas estão refazendo os estoques depois das férias de verão. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 

 
Leite/Europa

A produção de leite na Europa Ocidental nas primeiras semanas de janeiro foi menor do que a do mesmo período do ano passado, de acordo com muitas fontes. Isto foi especialmente observado na Alemanha, França, Reino Unido e Suécia. As temperaturas mais baixas em 2017 foram fatores significativos. O Parlamento da União Europeia votou a favor da aprovação do Tratado Comercial e Econômico com o Canadá (CETA). Isto significa, em linhas gerais, que a União Europeia (UE) libera ao Canadá acesso ilimitado ao mercado lácteo do bloco. Em troca, o Canadá eliminará determinadas tarifas sobre alguns produtos lácteos da UE, que por sua vez não terá acesso ilimitado ao mercado canadense, embora seja maior do que o acesso atual. O acordo entrará em vigor em abril de 2017, ou o mais rapidamente possível, desde que todas as etapas internas, de ambos os lados, tenham sido observadas e concluídas. 

O tratado é provisório. Isto significa que deve ser ratificado pelas autoridades e parlamentos nacionais e regionais, o que é esperado que ocorra. Para reduzir a poluição por fosfato e atender os requisitos da Comissão Europeia (CE), a Holanda apresentou um plano que significa reduzir em 100.000 o número de vacas do plantel do país. A CE agora aprovou e aceitou o plano. A CE decidiu encerrar o programa de armazenamento privado subsidiado de produtos lácteos no final de fevereiro. O programa teve como objetivo colocar em estoque produtos lácteos excedentes no mercado. Até o final de dezembro foram estocadas 151 milhões de libras, [68.495 toneladas], de leite em pó desnatado e 59 milhões de libras, [26.762 toneladas], de manteiga. A produção de leite na Rússia em dezembro de 2016 caiu 76% em relação à produção de novembro. A produção total de 2016 foi 0,24% menor do que a verificada em 2015, que tinha crescido 0,16% em relação à produção de 2014. O preço do leite ao produtor russo em dezembro subiu 1,76% quando comparado com o valor de novembro. Mas, a média anual dos preços do leite ao produtor em 2016 caiu 3,7% em relação à média de 2015. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
 
 
Uruguai: Conaprole financiará custos de reservas forrageiras aos produtores de leite

Nesta semana, a Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole) definirá um financiamento especial para os seus produtores voltado para compra dos insumos necessários para realizar reservas forrageiras, disse o diretor da Conaprole, José Alpuin.

Ele disse que é necessário aproveitar a boa colheita do milho para silagem, mas que isso exige um consumo significativo de combustível, algo que o produtor não está em condições econômicas de arcar no momento pela "asfixia financeira que lhe afeta".

Esses recursos que a Conaprole financiará em seis meses vai permitir que os produtores de leite levantem a colheita, já que para explorá-la como reservas para o outono e inverno, um custo significativo será exigido, disse Alpuin. 

Quanto aos mercados, observa-se que o Brasil continua sendo um dos mercados prioritários para o Uruguai, podendo gerar uma maior chance de exportações em breve (se for considerado que o abastecimento de produtos lácteos exportados da Argentina vai diminuir, afetado pelas enchentes, disse Alpuin).

Também é verdade que o Brasil está produzindo leite em bons níveis, mas é evidente que deixou em aberto essa possibilidade mencionada, disse o gerente. Ao Brasil é exportado principalmente leite em pó.

A Conaprole está exportando - como normalmente é feito - principalmente para mercados como o Brasil que, junto com Rússia, Argélia e Cuba são os principais em uma ampla gama de mais de 60 países, disse Alpuin. (As informações são do El Observador, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

 
Inesperadamente a Fonterra não alterou o preço do leite ao produtor
De acordo com a Lei de Reestruturação da Indústria de Laticínios da Nova Zelândia, a Fonterra precisa divulgar, trimestralmente, o preço do leite ao produtor. Ontem a cooperativa se limitou a confirmar a previsão anunciada em novembro de NZ$ 6,00/kgMS. Combinado com a bonificação por ação para 2017, que está prevista entre 50 e 60 centavos, o pagamento total aos produtores chegará ao final da temporada entre NZ$ 6,50 e NZ$ 6,60/kgMS. O presidente da Fonterra, John Wilson disse que a cooperativa está confiante de que esta previsão está em nível adequado, depois do aumento de 75 centavos ocorrido em novembro do ano passado. "As perspectivas globais permanecem positivas. Desde novembro, o mercado mundial das commodities lácteas encontra-se relativamente equilibrado e esperamos que os preços globais continuem nesse patamar, ou até aumente gradualmente na segunda metade da temporada - conforme a visão da maioria dos analistas globais", disse Wilson. A Fonterra também anunciou que irá aumentar a Taxa de Adiantamento Mensal para os agricultores. Em março a taxa será de NZ$ 4,85/kgMS. "A confiança no mercado global de lácteos nesta fase da temporada, combinada com a força de nossa Cooperativa, nos habilita a aumentar as Taxas de Adiantamento além do que normalmente faríamos nesta época do ano", acrescentou Wilson. O relatório da Fonterra de fevereiro diz que a coleta de leite da cooperativa na Nova Zelândia está dando sinais de recuperação. Inicialmente a expectativa é de que haveria queda de 7% nesta temporada. No entanto houve revaliação, e agora a projeção é de que a queda seja de 5% em relação à temporada passada. (Interest.co.nz - Tradução livre: Terra Viva)
 

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