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25/01/2017

Porto Alegre, 25 de janeiro de 2017.                                               Ano 11- N° 2.430

 

Embrapa apresenta sistema de monitoramento do leite a ministro interino da Agricultura

Em visita a Juiz de Fora - MG, nesta segunda-feira (23), onde participou do Encontro Regional da Agropecuária, o ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Eumar Novacki, esteve na Embrapa Gado de Leite. Novacki falou do plano "Agro +", que tem entre os objetivos desburocratizar as ações do setor agrícola nacional e investir em cadeias produtivas com potencial de crescimento. Com isso, o MAPA pretende aumentar a participação da agricultura brasileira no mercado internacional de 7% para 10% em cinco anos.

Segundo Novacki, um dos produtos com grande potencial é o leite. O Brasil é o quinto maior produtor mundial, mas atende basicamente ao mercado doméstico. No entanto, de acordo com o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, nos últimos 20 anos, o setor passou por uma grande revolução, investindo no aumento da qualidade e da produtividade. Uma das ações neste sentido é o Sistema de Monitoramento da Qualidade do Leite Brasileiro (SIMQL), que visa ampliar o conhecimento a respeito do leite nacional e estabelecer políticas para a melhoria da qualidade.

O SIMQL foi apresentado por Martins ao ministro interino durante sua visita à Embrapa. O Sistema reúne dados relativos à qualidade do produto, como contagem de células somáticas e contagem total de bactérias. "Trata-se de um software que já possui mais de 70 milhões de dados e fornece informações em tempo real sobre a composição do leite produzido nas diversas regiões do país", explicou Martins. Em breve, instituições públicas e privadas credenciadas poderão acessar o Sistema via computador, tablet ou celular.

O SIMQL permite ao usuário gerar informações em esfera macrorregional, microrregional e até mesmo municipal. Possibilita, ainda, comparar localidades entre si e identificar as regiões mais críticas, que demandam ações voltadas à melhoria de qualidade com maior urgência. A expectativa é que o Sistema possa otimizar a locação de recursos públicos e privados e os trabalhos de fiscalização, inspeção e fomento. O Sistema foi desenvolvido em 2016 pela Embrapa em conjunto com o MAPA por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA) e Secretaria de Integração e Mobilidade Social (SIMS). (Embrapa)

 

 
A cadeia láctea recuperou o otimismo e espera um ano melhor

A instabilidade preços dominou o setor lácteo mundial durante todo ano de 2016 e 2017 começa com algumas incertezas, dentre elas, Como a política comercial do governo Donald Trump afetará fortes compradores de lácteos, como a China? Mas as vacas continuam produzindo leite e é preciso ordenhá-las duas vezes ao dia (existem países que ordenham três vezes) e o produtor sabe muito bem dos sacrifícios. 

No Uruguai, apesar do endividamento de toda a cadeia láctea, estimado em US$ 300 milhões, o setor mostra mais otimismo este ano e pouco a pouco, começa a ver algumas luzes no horizonte, que esteve bastante sombrio no ano passado. A indústria de laticínios, ou pelo menos algumas indústrias, estão dando sinais de que falta leite no Uruguai e os produtores estão esperançosos de que os preços subam mais, para pelo menos, começar a recuperar as perdas de 2016. O Uruguai produz anualmente em torno de 2,3 bilhões de litros de leite; são 3.200 produtores que entregam leite para a indústria e 950 que fabricam queijo artesanal. "A impressão que se tem é que o produtor precisaria receber mais de 10 pesos por litro, para ganhar alguma coisa. 

Pelo menos hoje não estamos perdendo dinheiro, mas, também não estarmos recuperando nada do que perdemos", afirmou a El País o assessor do setor lácteo e secretário da Câmara Uruguaia de Produtos de Leite, Dario Jorcin. Entre suas fazendas e as que assessora, são mais de 2.500 vacas ordenhadas, diariamente. No ano passado o produtor tinha duas opções, perder dinheiro ou endividar-se. Na maioria das fazendas ocorreram as duas coisas. Jorcin disse ter a convicção de que está faltando leite no Uruguai. 

"Neste momento, pelo menos até antes da chuva, havia muitas fábricas pequenas buscando leite e pagando 9,50 e 9,60 pesos por litro, sem nunca chegar a 10", reconhece. Alguns produtores reivindicam à Conaprole, a maior indústria de laticínios do Uruguai, que comece a pagar 10 pesos em fevereiro, mas o certo é que em 2016 a indústria também esteve muito mal, com preços internacionais deprimidos, investimentos em curso e menor volume exportado. "Saíram do Uruguai duas importantes indústrias de laticínios - A Ecolat e a Schreiber Foods - no ano passado e que demandavam muito leite. Ficaram muitas fábricas pequenas que trabalhavam com 3.000 litros", explicou Jorcin. Do ponto de vista deste assessor e produtor, "A Indulacsa (Lactalis Uruguai) está precisando de leite, mas não paga muito mais". A boa notícia é que os investimentos continuam. 

"A Granja Pocha está construindo uma queijaria nova em Juan Lacaze para 200.000 litros e na primavera passada esteve captando quase 100.000", lembrou Jorcin, mostrando alguns exemplos de que será necessário mais leite. Mas, além do preço interno para que o produtor uruguaio receba 10 pesos por litro (e a isto precisa descontar o pagamento ao Fundo Leiteiro), sempre haverá a dependência dos preços internacionais. Pois, mesmo com a excelente temporada turística e as fábricas de queijo de Nueva Helvécia estejam vendendo bem, isto dura até fevereiro. E depois? Apesar da cadeia láctea uruguaia, Jorcín, e alguns assessores agrícolas inclusive autoridades do governo estar mais otimistas em relação ao ano passado, o setor sofreu golpes severos no ano passado, e continua "caído".

"O impulso que vinha nos três ou quatro anos anteriores, que todo mundo procurava novas áreas, e cresciam as fazendas, agora parou", reconheceu Jorcín. Hoje não existe capacidade de poupar e se não perde dinheiro, gasta tudo o que ganha. "A impressão que tenho é que em 2017 haverá mais leite do que em 2016, que foi muito ruim, mas não chegará aos níveis de 2014 e 2015", afirmou o secretário da Câmara Uruguaia de Produtores de Leite. (El País - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
Macro|Cepea: Agronegócio soma 19 milhões de pessoas ocupadas, metade dentro da porteira

Pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, revela que, atualmente, chega em cerca de 19 milhões o número de pessoas ocupadas no agronegócio brasileiro, com destaque para o segmento primário ("dentro da porteira"), com 9,09 milhões de trabalhadores ou quase metade do total. Agroindústria e serviços empregam, respectivamente, 4,12 milhões e 5,67 milhões de pessoas, enquanto, no segmento de insumos do agronegócio, estão outras 227,9 mil pessoas. Esses números referem-se ao ano de 2015 (dados mais recentes) e não incluem os trabalhadores que produzem exclusivamente para próprio consumo.
 
No segmento primário agrícola do agronegócio, destaca-se a quantidade expressiva de pessoas ocupadas no grupo "outras lavouras"*, de 2,9 milhões de trabalhadores, correspondentes à metade do total empregado, de 5,9 milhões. Outros 16% estão ligados a atividades com grãos e 12%, com café. No segmento primário da pecuária, por sua vez, a bovinocultura, de corte e leite, predomina no que diz respeito à quantidade de pessoas ocupadas, participando com 65% do total, de 3,16 milhões de trabalhadores.
 
Apesar do grande número de pessoas ocupadas no segmento primário do agronegócio, ainda é elevada a parcela sem carteira assinada neste segmento. Por outro lado, na indústria e nos insumos, os trabalhadores com carteira assinada representam a maioria do total. Considerando-se todos os segmentos do agronegócio, 36% dos empregados têm carteira assinada e 33% atuam por conta própria. Outros 15% estão como empregados sem carteira assinada e apenas 4%, como empregadores. Os demais 12% se distribuem entre as categorias de trabalhadores domésticos, familiares auxiliares ou militares.  
 
O estudo do Cepea aponta, ainda, que, no agronegócio, tem-se elevada concentração de pessoas que não chegaram a iniciar o ensino médio, somando quase 60% do total de pessoas ocupadas. Ao mesmo tempo, o percentual de pessoas com ensino superior completo no agronegócio se limita a 8,5%, frente a uma taxa de quase 17% para o mercado de trabalho brasileiro em geral. Esse quadro reflete principalmente os dados verificados no segmento primário, em que mais de 80% das pessoas ocupadas não iniciaram o ensino médio.
 
SALÁRIOS - Empregados** do agronegócio brasileiro recebem, em média, R$ 1.499 mensais, conforme dados de 2015. O segmento que mais remunera é o de insumos, que inclui a produção de fertilizantes, defensivos, rações, produtos veterinários e máquinas e equipamentos agrícolas, com rendimento médio mensal habitual de R$ 2.331 (para a mesma categoria de empregados*). O segmento primário, por sua vez, paga, em média, R$ 998 mensais na pecuária e R$ 891 por mês na agricultura, correspondendo aos menores salários entre os segmentos do agronegócio, ainda considerando-se os dados de 2015. Os empregados na área de serviços recebem R$ 2.019 por mês. Para os trabalhadores da indústria agrícola e pecuária, os salários são de R$ 1.663 e R$ 1.397, respectivamente. (Agrolink)
 

General Mills pede patente para criar produtos alternativos aos laticínios
A grande empresa de alimentos General Mills recentemente entrou com um pedido de patente nos Estados Unidos para um projeto que se concentra na criação de alternativas a laticínios a partir de vários feijões e leguminosas.A empresa afirmou que irá explorar opções de ingredientes à base de vegetais, como feijão fava, grão de bico, lentilha, feijão adzuki e outras leguminosas na criação de produtos como iogurte, maionese e leites vegetais.A General Mills divulgou que pretende testar vários métodos de hidratação e aquecimento de leguminosas, adição de um agente de acidificação (como vinagre), bem como aromatizantes para criar alternativas aos produtos lácteos animais e à base de soja."A proteína é um ingrediente que continua despertando interesse na saúde do consumidor e é necessária no mundo em desenvolvimento", afirma a aplicação antes de discutir as tendências dos consumidores em relação às alternativas sem laticínios, apontando razões éticas e ambientais, como também a intolerância à lactose. Esta não é a primeira vez em que a multinacional tem explorado opções sem leite. Em maio de 2016, a General Mills fez investimentos de US$ 18 milhões na companhia vegana Kite Hill, localizada na Califórnia, por meio de seu fundo de capital de risco, segundo a Veg News. (Fonte: Redação ANDA/Guialat)

 

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