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17/11/2016

 

Porto Alegre, 17 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.392

 

​  Fórum Itinerante do Leite chega a Porto Alegre

 
O Fórum Itinerante do Leite será realizado pela primeira vez em Porto Alegre e busca debater e a competitividade do leite produzido nas diferentes regiões do Rio Grande do Sul. O evento ocorre durante o V Congresso e Feira Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios (AVISULAT), no dia 24/11, no Centro de Eventos da Fiergs, a partir das 8h45min. Com realização do Sindilat, Fetag, Farsul, Seapi, Mapa, Emater e apoio do Fundesa, a 3ª edição dá continuidade ao ciclo iniciado em Ijuí (RS), no primeiro semestre deste ano. Entusiasmado com a repercussão dos fóruns anteriores, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, acredita que a iniciativa é muito importante para o alinhamento das questões com as indústrias, agricultores e universidade acerca do setor lácteo.
 Na ocasião, a Emater vai apresentar o seu programa de Gestão Sustentável da Propriedade Rural, visto que muitos agricultores sentem a necessidade de obter mais assistência técnica na administração de suas propriedades rurais. Além disso, será lançado o livro 1º Fórum Estadual do Leite, que tem como pauta a Lei do Leite, sancionada pelo governador José Ivo Sartori em junho deste ano. As mudanças provocadas pela medida aumentaram a responsabilidade de produtores, indústrias e transportadores de leite sobre a qualidade do produto que chega aos consumidores.
 
Confira a programação completa:
 3º Fórum Estadual do leite
- 08:45 - Abertura
- 09:00 - Relato dos Fóruns Itinerantes
- 09:10 - Lançamento do Livro 1º Fórum Estadual do Leite
- 09:20 - Apresentação do Programa de Gestão Sustentável da Propriedade Rural - Emater-RS/SDR
- 10:00 - Relato de produtores - Como ter sucesso com o leite na pequena propriedade rural
- 10:40 - Apresentação Leitec - Senar
- 11:10 - Case de produtores assistidos
- 11:50 - Mesa redonda: Programa Emater/RS e Senar
- 12:30 - EncerramentoFórum Itinerante do Leite chega a Porto Alegre
(Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

 
Francês aceita pagar mais por leite do país para 'salvar' setor
Os consumidores nem sempre querem pagar mais barato por um produto. Na França, foram eles que fixaram o preço final do litro de leite - superior ao geralmente praticado - de uma marca que acaba de entrar no mercado e já enfrenta falta no estoque.

O objetivo é garantir uma renda adequada aos produtores de leite franceses - que têm enfrentado uma crise decorrente da queda das cotações no mercado -, assegurando a perenidade do setor no país.

Além do preço, os consumidores definiram todo o processo produtivo: desde o tipo de alimentação das vacas, sem organismos geneticamente modificados, até a embalagem, onde letras garrafais indicam que "este leite paga ao seu produtor o preço justo".

A marca surgiu com um questionário na internet, respondido por quase 7 mil pessoas. A partir do preço médio do litro do leite longa vida, de € 0,69 (R$ 2,60), cada escolha do internauta - como produção 100% francesa, período de pastagem, remuneração dos produtores e até a possibilidade de eles tirarem férias - ia aumentando o valor final do produto, fixado em € 0,99 (cerca de R$ 3,70).

Desse total, os produtores responsáveis pelo fornecimento da matéria- prima - ligados a uma cooperativa na região de Lyon - receberão € 0,39 por litro, quase o dobro do que obtinham exportando o leite cru para laticínios da Itália. Isso totaliza € 390 por mil litros, bem acima dos € 290, em média, que a francesa Lactalis, líder mundial do setor, aceitou pagar na França em um acordo arrancado a fórceps em agosto, com intermediação do governo, após vários protestos dos produtores. Eles exigiam o alinhamento dos preços da Lactalis aos de outras indústrias.

 

A "marca do consumidor", como é chamada, reúne 50 produtores da Cooperativa Bresse Val-de-Saône, nas proximidades de Lyon, no leste da França. O produto é envasado por um laticínio de médio porte, o LSDH, da região do Vale do Loire. Lançado em outubro nos supermercados Carrefour em Paris e Lyon, é vendido desde novembro nas 5,6 mil lojas da varejista em todo o país.

O leite já está em falta em mil lojas, informa o Carrefour, acrescentando que 500 mil caixas foram vendidas em três semanas, algo atípico para um produto que não teve publicidade.

A demanda de 1,8 milhão de litros ultrapassou amplamente a previsão inicial de 1 milhão de litros, afirma Nicolas Chabanne, co-fundador da "marca do consumidor". Por isso, mais produtores vão se juntar em breve à iniciativa. Outras redes de supermercado também deverão vender esse leite até o início de 2017.

"O consumidor quer assumir o controle sobre os produtos que adquire e, ao mesmo tempo, dar um sentido às suas compras", diz Chabanne. Ele já havia criado na França, em 2014, a marca "caras quebradas", de frutas e legumes "feios", jogados fora em razão do visual e por terem dimensões diferentes das habituais.

Para Chabanne, não se trata de "caridade" com os produtores de leite. "Se fosse só esse aspecto, a marca poderia não dar certo. É a primeira vez que o consumidor define o processo produtivo e dispõe de todas as informações a respeito." A previsão de faturamento em 2017 é de € 1 milhão.

Vários dos 50 produtores ligados à "marca do consumidor" beiravam a falência. "Íamos desaparecer. Agora vamos pagar as contas atrasadas e conseguir ter um salário", afirma Martial Darbon, presidente da cooperativa.

A crise do leite na Europa se agravou em 2015 com o fim do sistema de cotas de produção que vigorou por 31 anos. Isso provocou excesso de oferta de leite no continente, derrubando as cotações aos produtores. Na França, os preços recuaram quase 23% desde 2014, antes do fim do sistema de cotas.

A iniciativa deve ser levada a outros países, incluindo o Brasil, por meio de uma parceria em estudo com a fabricante de embalagens sueca Tetra Pak, diz Chabanne. A marca também prepara o lançamento de outros produtos nos mesmos moldes do leite, como um suco de maçã. Segundo ele, produtores da Alsácia estão arrancando suas macieiras em razão de prejuízos.

"É o consumidor quem paga. Ele tem o poder absoluto", diz Chabanne. Não é por acaso que o nome oficial da marca é "Quem é o patrão?". (As informações são do Valor Econômico)

Simplificar para crescer

Quem não é a favor da simplificação de processos e procedimentos? Todos convivemos diariamente com entraves que nos prejudicam, seja para alugar um imóvel, abrir uma empresa etc. Isto mantém uma paralisia de serviços, que repercute na economia. No meio rural, essa realidade também impacta. Segundo dados do Ministério da Agricultura, cerca de R$ 1 bilhão deixam de ser arrecadados por ano devido ao excesso de burocracia. Para mudar esta realidade, o Mapa criou o Plano Agro+, voltado à simplificação de serviços ao produtor rural. Aqui no Estado, estamos lançando o nosso modelo, nos mesmos moldes, chamado Agro+ RS. Queremos agilizar ações que signifiquem encurtamento de prazos para fortalecer a economia que vem do campo e ajuda o Rio Grande a crescer.

Após consultar entidades representativas das cadeias produtivas, um grupo técnico da Secretaria da Agricultura selecionou propostas para dar mais agilidade a procedimentos. O Agro+ RS visa estabelecer um programa mais simples para quem produz, que nos permita competir com mais vigor no mercado, o que representará mais negócios e recursos girando em nossa economia.

Não é de hoje que o agro é a mola propulsora do Produto Interno Bruto e pode ser muito mais. Vamos inovar conferindo mais agilidade e eficiência ao agronegócio, destravando ações que envolvem demandas do campo.

Legislações ultrapassadas e falta de clareza em determinadas normas trazem paralisia a processos e isto têm de ser revisto. O serviço público pode ser mais eficaz também para auxiliar o produtor, que precisa de serviços simplificados para crescer. Já avançamos com o projeto de lei que cria o marco regulatório das florestas plantadas e no decreto que simplifica regras para irrigação.

O agronegócio representa cerca de 40% do PIB gaúcho e, sendo favorecido na simplificação de processos que envolvem até interpretações de leis do século passado, será alçado a produzir mais e melhor. É claro que ser ágil não significa deixar de lado o rigor da lei ou a preocupação com a sustentabilidade. São pontos que, em um mundo moderno, andam juntos necessariamente. Estamos agindo para mudar, para fazer o campo e o Estado se desenvolverem economicamente. E o Agro+ RS é isto. Simplificar para crescer. (Ernani Polo, Secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação/Zero Hora)

 

Enfermidades animais em pauta na AVISULAT 
Nos próximos dias 22 a 24 de novembro, será realizada a quinta edição do Congresso e Feira Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios (AVISULAT), no Centro de Eventos da FIERGS. No dia 22, destaca-se a palestra da Dra. Monique Eloit, Diretora Geral da Organização Mundial da Saúde Animal, com o tema "Estratégias Globais de Enfrentamento de Enfermidades", às 14h.  É a primeira vez que a Organização Mundial da Saúde Animal, entidade que está relacionada com os objetivos e ações desenvolvidas pelo Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), vem ao Estado com este nível de representação. A programação completa, além das Palestras Magnas, está disponível no site: www.avisulat.com.br. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

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