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21/09/2016

 

Porto Alegre, 21 de setembro de 2016.                                               Ano 10- N° 2.355

 

  Alexandre Guerra assume o Conseleite
O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, assumiu a presidência do Conseleite/RS em substituição ao diretor da Farsul Jorge Rodrigues, que agora responde pela vice-presidência. A transmissão do cargo, que já estava prevista desde a eleição em 2014, foi realizada em almoço na sede da Farsul nesta quarta-feira (21/9). Segundo ele, a expectativa é manter o trabalho que vem sendo realizado junto ao colegiado com o objetivo de dar ao setor subsídios para entender as dinâmicas de produção láctea do Rio Grande do Sul. Ao assumir, relatou as dificuldades enfrentadas pelo setor com as altas importações de lácteos dos países do Prata. 

No encontro desta quarta-feira, o Conseleite deliberou por adotar ações junto ao governo federal para solicitar redução das importações de lácteos e pela abertura de linhas para aquisições governamentais de leite em pó que ajudem a reequilibrar o mercado. Guerra ainda relatou trabalho realizado durante a Expointer, quando o Sindilat apresentou ao ministro Blairo Maggi argumentação sobre a necessidade de criação de cotas para limitar o ingresso de leite uruguaio no Brasil. "A pauta foi encaminhada e estamos em contato como o ministro Blairo Maggi para ajustar esse mercado", pontuou.
 
Queda do preço

No encontro, a equipe da UPF apresentou levantamento referente ao preço de referência do leite no mês setembro. Segundo dados do Conseleite, a projeção é de R$ 1,0054 por litro, queda de 14,29% em relação ao consolidado do mês anterior (R$ 1,1731 em agosto). Entre julho e setembro, a redução do preço do leite soma 23,85%. "No mês, o leite UHT caiu 22,45%, o que puxou a tendência de queda do preço do leite no Rio Grande do Sul uma vez que tem peso importante no mix de produtos", pontuou o professor da UPF Eduardo Belisário Finamore.  

Guerra pontua que os dados de setembro refletem a retomada da produção no campo, já que, após meses de baixa captação, os animais voltaram a produzir a pleno no Rio Grande do Sul. O vice-presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, pontuou que há algumas questões que precisam ser olhadas mais de perto no setor. "A situação é muito crítica porque estamos com preço muito abaixo do que deveria. É verdade que há mais oferta no mercado, mas o produtor está em uma apreensão grande". Segundo ele, a dúvida é "quem vai resistir nesse mercado." Presente ao encontro, o assessor de Política Agrícola da Fetag, Márcio Langer, alegou que produtores investiram em adubação e ração para elevar a produção nos últimos meses e essa queda de preço será um balde de água fria no campo. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
    
Alexandre Guerra
Crédito: Carolina Jardine
 
 
 
 
Sindilat investe em mercados do Oriente
Consciente que a maior estabilidade no mercado interno depende de expansão das exportações, o setor lácteo gaúcho participa neste mês de missão à Ásia. A comitiva, organizada pelo Ministério da Agricultura, conta com o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini. A proposta é enxergar potencialidades, sejam elas em gigantes como China, sejam em nações menores, mas promissoras, como Coreia do Sul, Vietnã, Myanmar e Tailândia.

- É um mercado estratégico e que deve contribuir para escoar uma boa parcela do excedente de leite do mercado brasileiro - destaca o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.

Uma das grandes oportunidades da indústria láctea é Hong Kong, região considerada a porta de acesso ao mercado asiático. Mais flexível e sensível às investidas brasileiras do que outros países, o varejo de Hong Kong é potencial consumidor de queijos e fórmulas infantis brasileiras.

- Mesmo que o leite não faça parte da dieta diária, é um desafio interessante quando nos defrontamos com 3,5 bilhões de pessoas - pontua Palharini, lembrando que o principal motivo para esse consumo retraído é o preço que os derivados chegam ao consumidor final. Basta ir ao supermercado para ver as potencialidades, explica o secretário-executivo do sindicato.

As lojas estão concentradas em três redes supermercadistas e chama atenção a quantidade de itens importados. Hong Kong consome produtos vindos basicamente de Nova Zelândia, França, EUA e Suíça, mas não dispõem de produtos como queijo lanche e mussarela com preços competitivos. O que se vê nas gôndolas são queijos mais sofisticados e caros, conta o executivo, indicando um novo e potencial nicho a ser explorado. É preciso estudar o custo, a logística e as quantidades mínimas que podem ser enviadas para Hong Kong.

Com relação às fórmulas infantis, a oportunidade está nos altos preços dos rótulos. Além da aquisição estar limitada a quatro latas de 800g por consumidor, o preço é de US$ 32, ou seja, cerca de R$ 100. No Brasil, o valor médio do produto ficaria em R$ 36, praticamente um terço do praticado em Hong Kong. (Zero Hora)

 
 
Agro+ Gaúcho recebe sugestões de setores produtivos

O programa Agro+Gaúcho recebe, até o dia 3 de outubro, sugestões de diferentes setores do agronegócio gaúcho para desburocratização dos processos no Rio Grande do Sul. A proposta, capitaneada pelo secretário da Agricultura, Ernani Polo, foi apresentada na manhã desta quarta-feira (21/9) em reunião com líderes de diversas cadeias produtivas. O Sindilat estava presente e foi representado pelo seu diretor secretário, Renato Kreimeier, e pelo secretário-executivo, Darlan Palharini. Kreimeier parabenizou Polo pela iniciativa que, segundo ele, está em consonância com o lugar de destaque que o agronegócio gaúcho conquistou.

As equipes da Seapi já estão trabalhando para compilar algumas sugestões internas de desburocratização. Um grupo técnico foi formado para o enfrentamento das questões e conta com o expertise dos servidores Ildara Vargas, Fernando Groff e Rafael Lima. A ideia é que a atuação desse colegiado seja permanente para eliminar distorções e entraves que limitem a expansão do setor. Após o recebimento dos formulários das entidades, serão avaliadas as solicitações com vista a dar o start no programa no dia 23 de novembro com boa parte das demandas viáveis já implementadas. "O governo federal recebeu 300 demandas e 60 já foram anunciadas no próprio lançamento do projeto", citou Polo, referindo-se ao programa homônimo implementado pelo ministro Blairo Maggi.

Segundo Polo, o programa gaúcho será implementado em três fases. A primeira visa implementar as medidas de resolução imediata e a segunda e a terceira ocorrerão em 60 e 120 dias, respectivamente. "Há muitas questões técnicas e setores sensíveis. Vamos fazer o máximo de esforço possível para que a legislação fique mais simples", salientou o secretário. As demandas que não forem de competência da Seapi serão redirecionadas para o governo federal, conforme acerto feito em recente viagem das equipes a Brasília.  "O setor se transformou muito nos últimos anos. Precisamos contar com a colaboração de todos porque precisamos avançar, e o Estado precisa crescer". 

Líderes do agronegócio solicitaram um novo encontro para que cada segmento possa expor suas demandas oralmente. A Seapi ficou de avaliar o pleito e agendar, assim que possível, uma data para a nova reunião. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Crédito: Carolina Jardine
 

 
 
Preço médio de lácteos registra pequena alta em leilão internacional
Depois de ter subido mais de 34% em quatro leilões, o leite em pó integral registrou leve queda no pregão da plataforma Global Dairy Trade (GDT) realizado ontem (20). O preço do produto, que havia alcançado US$ 2.793 por tonelada no pregão do dia 6 de setembro caiu 0,2%, para US$ 2.782, conforme dados publicados pela plataforma GDT. O leite em pó desnatado subiu 3%, para US$ 2.293 por tonelada, e a manteiga, 3,6%, para US$ 3.892 por tonelada. Na média de todos os produtos lácteos negociados no leilão, que acontece quinzenalmente, a alta foi de 1,7% sobre o pregão anterior, para US$ 2.795. Os preços dos produtos negociados na plataforma são referência para o mercado internacional de lácteos.

O comportamento dos preços do leite em pó integral no leilão confirma o que vem dizendo os analistas. Apesar das altas expressivas registradas recentemente não é possível dizer se a recuperação terá fôlego ou se a valorização é pontual. A avaliação é de que existe um ajuste no lado da oferta. Entre as principais razões está a queda na produção de leite na União Europeia após um crescimento ininterrupto entre abril de 2015 e maio deste ano. Esse incremento foi estimulado pelo fim do sistema de cotas de produção na UE. Há ainda redução na oferta de leite da Argentina em decorrência de problemas climáticos e da alta dos custos devido ao aumento dos preços dos grãos para a alimentação do rebanho. Informações de que a China estaria voltando ao mercado de lácteos para comprar também deram sustentação aos preços até o leilão passado. Não, há, porém, números mais recentes disponíveis. Entre janeiro e julho, as importações de leite em pó (integral e desnatado) do país somaram 446 mil toneladas, 15,6% sobre igual período de 2015, conforme dados da aduana do país citados pela consultoria MilkPoint. Valter Galan, analista da consultoria, observa que o ritmo de avanço no acumulado do ano desacelerou. Há ainda comentários no mercado sobre queda de produção de leite na China, reflexo de preços baixos, menor demanda e problemas climáticos. (As informações são do jornal Valor Econômico e GDT)

 
 

Inflação emagrecida
O recuo nos preços dos alimentos foi decisivo para a desaceleração da inflação na Capital na segunda semana de setembro, pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), apurado pela Fundação Getulio Vargas. A variação da taxa foi de 0,28%, ante 0,44% no início do mês. Os alimentos (-0,14%) foram a classe de despesa com maior queda, puxados por batata inglesa (-20,49%), leite longa vida (-5,69%), carne moída (-4,41%), cebola (-26,86%) e queijo muçarela (-7,31%). (Zero Hora)


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