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19/08/2016

Porto Alegre, 19 de agosto de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.335

 

  Quantidade de água 

As embalagens e os rótulos de produtos alimentícios poderão ter de informar de forma clara e facilmente legível a quantidade total de água empregada no processo de produção, somando todas as etapas. É o que prevê o Projeto de Lei 5290/16, do deputado João Derly (Rede-RS), em tramitação na Câmara.

"Com o projeto temos por objetivo conscientizar os consumidores de que suas escolhas têm consequências", disse. "Espera-se que as pessoas aprendam a balancear seu consumo, privilegiando, quando possível, alimentos com menos água empregada na sua produção", completou. "Trabalha-se atualmente com um conceito chamado de 'pegada hídrica', que no caso de produtos agropecuários e industriais é a quantidade de água empregada em sua produção, somando todas as etapas", explica Derly. O parlamentar comparou a quantidade de água necessária para produzir alguns gêneros alimentícios corriqueiros: a produção de um quilo de tomate, por exemplo, consome 214 litros de água; um quilo de batata consome 287 litros; um quilo de banana, 790 litros; de arroz, 2.497 litros; de carne de frango, 4.325 litros e um quilo de carne bovina requer para a sua produção 15.415 litros de água. "Alguns alimentos consomem uma quantidade extremamente desproporcionada de água e são, consequentemente, menos sustentáveis", afirma.

Tramitação
De caráter conclusivo, a proposta será analisada pelas comissões de Defesa do Consumidor; de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços e; de Constituição e Justiça e de Cidadania.
ÍNTEGRA DA PROPOSTA:
PL-5290/2016
Reportagem - Lara Haje
Edição - Natalia Doederlein. (Agência Câmara)
 

 
Pesquisa britânica aponta que leite hidrata mais do que água

A maioria das pessoas já ouviu falar que deve beber oito copos de água por dia para se manter hidratado, mas surpreendentemente há poucos dados que suportam esse conselho. O novo "índice de hidratação de bebidas" fornece sugestões baseadas em evidências sobre como se hidratar de forma mais eficaz. O índice foi desenvolvido por um estudo britânico publicado em dezembro que avaliou quanto tempo 13 bebidas comuns continuam no corpo após serem consumidas.

"Nos últimos 25 anos, fizemos muitos estudos sobre reidratação após exercícios", disse o especialista em hidratação da Universidade Loughborough, Ronald J. Maughan, autor do estudo. "Pensamos que estava na hora de avaliar a hidratação em consumidores típicos que não estão se exercitando".

O índice de hidratação foi modelado após o conhecido índice glicêmico, que mede como o corpo responde ao teor de carboidrato de diferentes alimentos. O princípio que guiou esse novo índice de hidratação é que alguns fluidos duram mais tempo em seu corpo do que outros, fornecendo mais hidratação. Até porque, se você bebe um copo de água e imediatamente excreta metade dessa quantidade em sua urina, não absorveu 200 mililitros, mas apenas 100.

O estudo britânico determinou o índice de hidratação de 13 bebidas comuns tendo como participantes 72 homens na faixa dos 20 anos, bebendo um pouco de água como bebida padrão. A quantidade de água que permanece no corpo das pessoas duas horas depois - isto é, que não é eliminada pela urina - foi classificada como escore 1,0. Todas as outras bebidas foram avaliadas de forma similar e, então, classificadas em comparação à agua. Escores maiores que 1,0 indicaram que mais da bebida permaneceu no corpo comparado com a água, enquanto escores menores que 1,0 indicaram maior taxa de excreção do que a da água.

Os resultados mostraram que quatro bebidas - solução oral de reidratação, como Pedialyte; leite desnatado; leite integral e suco de laranja - tiveram um índice de hidratação significativamente maior do que a água. Os três primeiros tiveram escores de 1,5, com o suco de laranja ficando um pouco melhor do que a água, em 1,1. As soluções de hidratação oral são especificamente formuladas para combater desidratação séria, como resultante de diarreia crônica.

Por que o leite é tão eficiente na hidratação? "Normalmente, quando você bebe, os rins recebem um sinal para se livrar da água extra produzindo mais urina", disse Maughan. "Entretanto, quando as bebidas contêm nutrientes e eletrólitos, como sódio e potássio, como o leite, o estômago esvazia mais lentamente, com um efeito menos dramático nos rins".

Talvez surpreendentemente, as bebidas contendo quantidades moderadas de cafeína e álcool ou altos níveis de açúcar tiveram índices de hidratação iguais aos da água. Em outras palavras, o café e a cerveja não desidratam, apesar das crenças que dizem isso. O estudo também mostrou que o consumo regular de refrigerante pode hidratar tão bem quanto a água, apesar de o refrigerante conter açúcar e a maioria dos especialistas em esporte e nutrição não recomendar essa bebida para hidratação. "É verdade que a cafeína é diurética, mas não na concentração encontrada na maioria das bebidas cafeinadas".

O estudo foi financiado pelo Instituto de Hidratação da Europa, que é apoiado por fundos da Coca-Cola Co., que vende refrigerantes, chá gelado, suco de laranja, água engarrafada e bebidas esportivas. Maughan disse que a Coca-Cola não se envolveu em nenhuma parte do estudo e que não escolheu os produtos usados. Ele disse que o estudo foi baseado em experiências de mais de 35 anos.

O índice de hidratação pode ser útil quando se toma decisões sobre quais bebidas consumir e quando. Por exemplo, se você está fazendo uma longa viagem e não terá acesso a fluidos (ou a banheiros), é mais inteligente beber leite com seu índice de hidratação do que água ou café gelado, apesar de o leite ter mais calorias do que a água.

Embora desidratação severa seja raro, exceto após exercícios pesados, ambientes extremos e doenças, estudos mostraram que o calor e a desidratação podem contribuir para aumentar as taxas de mortalidade durante o clima quente. "A mortalidade aumenta bastante durante ondas de calor, principalmente porque as pessoas não bebem o suficiente para compensar suas maiores perdas de fluidos". (As informações são do blog Well, do The New York Times, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Nestlé 

A Nestlé apresenta os resultados globais no primeiro semestre e o Brasil tem bom desempenho. Para o País, a companhia reportou um avanço entre 4% e 6% nas vendas dos seis primeiros meses do ano, impulsionado pelos laticínios e pela linha Nescafé Dolce Gusto.

A Nestlé também informou ter realizado aumento "seletivo" dos preços no período no País. Já no resultado global, a Nestlé registrou queda 8,9% no lucro líquido do primeiro semestre deste ano, para 4,1 bilhões de francos suíços (US$ 4,18 bilhões), na comparação anual. A receita da companhia avançou 0,7% de janeiro a junho, para 43,2 bilhões de francos suíços, em relação aos seis primeiros meses de 2015. Segundo a companhia, o aumento na receita foi beneficiado por um crescimento orgânico de 3,5% no período, ajudado pelas vendas robustas na América do Norte. Já o recuo no lucro foi atribuído a impostos diferidos não recorrentes. "Enquanto continuamos a responder aos desafios na China, tivemos um bom desempenho nos EUA, Europa, Sudeste Asiático e América Latina e prevemos que isso continue na segunda metade do ano", disse o presidente Paul Bulcke em comunicado. (Supermercado Moderno)

Expectativas 

O forte aumento no percentual dos preços na última licitação da cooperativa Fonterra da Nova Zelândia de terça-feira - depois de dois eventos com preços em alta - constitui "uma reação de mercado muito positiva, assinala uma tendência e obriga os compradores a observarem mais o mercado", destacou a El Observador o diretor da Conaprole, Miguel Bidegain.

Explicou que as indústrias venderam parte de suas produções futuras e isto significa um tempo maior para conseguir melhorar os preços. A Conaprole fechou negócios para o mês de outubro, e "nossa maior preocupação é obter os melhores preços no menor tempo possível". Por outro lado, a referência que se tem para a recuperação da rentabilidade dos produtores é um preço internacional de leite em pó integral entre US$ 3.000 e US$ 3.200/tonelada, prevista para o final do ano ou começo de 2017. Entretanto, essa referência poderá vir agora com a evolução dos preços observada na última licitação quando chegou a US$ 2.695/tonelada, afirmou o gerente do Instituto Nacional de La Leche (Inale), Gabriel Bagnato em declarações ao programa Tiempo de Cambio da rádio Rural. Com alguma elevação a mais poderia chegar ao nível de preços de transferência para o produtor mais próxima aos custos de produção, que ronda entre US$ 0,25 a US$ 0,26/litro. O produtor recebe esse valor para o leite. As últimas elevações alimentam a esperança de que o preço do leite em pó integral chegando a US$ 3.200/tonelada permitirá o pagamento de US$ 0,30, melhorando as expectativas. Bagnato explicou que a indústria em geral vendeu entre três e cinco meses na frente. Mas, o importante é analisar as tendências que terminam direcionando o mercado para cima ou para baixo. Lembrou que no leilão anterior da Fonterra a elevação do leite em pó integral foi de 10%, e agora quase 19%. A expectativa é quanto à permanência dessa tendência nas próximas licitações. Trata-se dos primeiros sinais de recuperação do mercado internacional de lácteos diante da retração na oferta e incremento da demanda. Consultado sobre a situação do Brasil, que ganhou protagonismo como principal mercado dos lácteos uruguaios, Bagnato explicou que existe uma retração na demanda interna diante das dificuldades econômicas. No entanto, explicou, essa perda foi amplamente superada pela queda de 5% na produção, o que estabelece um cenário propício para exportações do Uruguai e da Argentina para o país do Norte. (El Observador - Tradução livre: Terra Viva)

Leite spot 

No mercado spot, ou seja, o leite comercializado entre as indústrias, os preços do leite caíram na primeira quinzena de agosto. Segundo pesquisa realizada quinzenalmente pela Scot Consultoria, em Minas Gerais e em São Paulo, os preços médios ficaram em R$1,84 por litro, considerando o preço do leite posto na plataforma.

Para uma comparação, em julho os valores chegaram a R$2,20 por litro. Na região Sul, os preços variaram de R$1,65 a R$1,75 por litro na segunda metade de julho. No atacado, considerando a média de todos os produtos pesquisados, os preços dos lácteos também tiveram queda. A queda foi de 0,9% na primeira quinzena de agosto, em relação à segunda metade do mês de julho. O preço do leite longa vida caiu 3,8% no período e ficou cotado, em média, em R$3,34 o litro nas indústrias. As quedas nos preços do leite no mercado spot e no atacado pressionam para baixo também as cotações do leite ao produtor. Para saber mais sobre o mercado de leite, custos de produção, clima, preços dos lácteos no atacado e varejo e expectativas para a cadeia assine o Relatório de Mercado de Leite da Scot Consultoria. (Scot Consultoria)
 

Pacote para desburocratizar o agronegócio brasileiro
O Ministério da Agricultura irá apresentar, na próxima semana um programa com pelo menos 60 medidas para tentar desburocratizar o agronegócio brasileiro. Segundo o ministro Blairo Maggi, o pacote deverá trazer economia de R$ 1 bilhão para o setor. Em visita ontem à cidade de Guaxupé, em Minas Gerais, Maggi afirmou que quando chegou ao ministério encontrou "leis em excesso, normativas, muitas delas sem nenhuma importância" e criou um grupo para tomar medidas para a desburocratização. Segundo o ministro, foram ouvidas mais de 650 demandas dos setores produtivos para se chegar às 60 medidas prioritárias. O anúncio deverá ser feito na quarta-feira no Palácio do Planalto. (Zero Hora)

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