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05/04/2016

         

Porto Alegre, 05 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.239

 

   China está de portas abertas para produtos alimentícios brasileiros 

As potencialidades do mercado chinês para os produtos alimentícios brasileiros foram abordadas durante palestra do advogado e CEO da China Invest, Thomaz Machado, realizada na tarde desta terça-feira (5/4) na Asgav.  Segundo ele, há falta de produto para atender ao mercado chinês, que está aberto às importações de itens com valor agregado. O principal entrave, cita ele, é o desconhecimento dos chineses quanto às potencialidades da produção nacional e dos brasileiros em relação às demandas chinesas. E citou o leite em pó, principalmente as fórmulas infantis, como um grande filão a ser aproveitado pelos laticínios brasileiros. "Uma lata de leite em pó custa mais de US$ 40 nas prateleiras da China", exemplificou.

O empresário ainda falou sobre o projeto The Best of Brazil, que é um espaço de 1.000 m² onde estão expostos produtos alimentícios e congelados fabricados no Brasil e que constituem em uma espécie de entreposto para aquisições pelas redes chinesas. O essencial, pontua Machado, é abrir canais de vendas que coloquem o produto acabado do Brasil nas gôndolas da China, independendo da amplitude do negócio.  "Vender para uma cidade já é uma grande conquista", frisou.

Presente ao encontro, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, pontuou dificuldades nas negociações com as comitivas chinesas que vêm constantemente ao Brasil. "Geralmente são criadas barreiras e eles sempre querem saber como podemos abrir nosso mercado para os produtos deles".  Acompanhando o debate, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, destacou o trabalho realizado na definição de marcos regulatórios no setor lácteo, seguindo o caminho da avicultura e da suinocultura. 

A aproximação entre o mercado gaúcho e os importadores chineses é fomentada pelo governo do Estado e foi intermediada pela Secretaria de Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais. Segundo o assessor técnico da Sedai, Leonardo Gaffrée, o cenário de câmbio desvalorizado é ideal para potencializar ganhos no exterior e desviar produção em tempos de crise. 
 
A China se desenvolveu agressivamente nos últimos 20 anos. Até 2013, explicou Machado, a China não pensava em importação.  A partir de então, começaram a planejar as compras e, hoje, a política de governo é tornar-se o maior importador do mundo. "E eles estão se preparando para isso. Baixaram o imposto de importação e têm um total de 1,3 bilhão de pessoas", pontuou, lembrando que 40% da população pertence à classe média o que, em breve, deve chegar a 60%. Outro aspecto importante diz respeito ao perfil do consumidor chinês. Machado citou que o consumidor tem o conceito de que o importado é sempre melhor do que o produto fabricado no mercado interno o que, em um primeiro momento, favorece muito países como o Brasil. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
 

    
 
Embrapa/Gisleite: ferramenta que possibilita a gestão da produção será utilizada no Mato Grosso do Sul

Uma nova ferramenta de tecnologia da informação que possibilita a gestão daprodução leiteira, denominada Gisleite (Gestão Informatizada de Sistemas de Produção de Leite), desenvolvida pela equipe da Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora, MG) será utilizada pelos técnicos da Agraer, em parceria com os produtores rurais do Estado. Esse avanço que pretende tecnificar e profissionalizar a cadeia produtiva do leite no Mato Grosso do Sul é fruto da parceria entre Embrapa Agropecuária Oeste, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Agraer e Sepaf/MS e que agora conta com novo parceiro: Embrapa Gado de Leite.

Os passos iniciais da implantação do Gisleite, foram realizados nos entre 29 e 31 de março, quando 55 extensionistas rurais da Agraer, representando todas as regiões do Estado participaram da capacitação presencial, realizada nos laboratórios de informática da Unigran. O treinamento foi ministrado por três empregados da Embrapa Gado de Leite, que vieram a Dourados para explicar as formas de uso do Gisleite e esclarecer a importância dos feedbacks dos usuários para otimização das atualizações do Programa, conforme as necessidades locais.

A utilização do Gisleite é um passo importante para a organização da cadeia produtiva do leite no Estado. "Essa nova conquista beneficia a bovinocultura do leite, pois possibilita a utilização de um programa que faz a organização das informações zootécnicas do rebanho (sanidade, reprodução e nutrição animal), além disso, o Gisleite também possibilita um acompanhamento da qualidade do leite e a análise de dados econômicos da propriedade", explica o Superintende de Desenvolvimento Rural da Sepaf, Edwin Baur.

O Gisleite objetiva apresentar ao produtor um panorama geral de desempenho técnico econômico da sua propriedade, por meio de informações obtidas de registros coletados na propriedade. "O Gisleite possibilita análise das estratégias de manejo, controle dos custos de produção e melhor utilização dos recursos utilizados e dos investimentos feitos na propriedade. Ele contribui ainda com a melhoria da produtividade do sistema de produção e da sustentabilidade da atividade leiteira pelo produtor", disse o pesquisador da Embrapa Gado de Leite e coordenador da equipe que desenvolveu o Gisleite, Cláudio Napólis Costa.

Cláudio explica ainda que o Gisleite auxilia o produtor no registro das atividades que caracterizam o manejo do rebanho e a obtenção dos indicadores zootécnicos e da qualidade do leite, essenciais para a melhoria da rentabilidade econômica da propriedade. "O programa ainda disponibiliza aos usuários relatórios de manejo das atividades de rotina do rebanho e relatórios gerenciais, econômicos e de rastreabilidade, entre outros", finaliza ele.

Para o Gestor de Desenvolvimento Rural da Agraer, Arnaldo Santiago, essa parceria com a Embrapa e outras instituições, que está viabilizando a implantação do Gisleite no MS, estabelece credibilidade e agrega valor a cadeia produtiva do leite no Estado, que deve alcançar novos patamares sustentáveis e economicamente viáveis.

Cluster Embrapa - O Chefe Adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agropecuária Oeste, Auro Akio Otsubo, comemora a implantação do Gisleite no Mato Grosso do Sul. Para ele, esse resultado serve como um importante incentivo para os trabalhos de transferência de tecnologia da Unidade, pois mesmo não dispondo de expertises em determinados temas a Unidade busca estabelecer parcerias com outras do Sistema Embrapa que detém o conhecimento necessário e viabilizando as trocas de experiências entre os pesquisadores, que nesse caso, são de Juiz de Fora (MG), onde fica a Embrapa Gado de Leite, com os extensionistas rurais da Agraer.

"Como uma Unidade da Embrapa, a Embrapa Agropecuária Oeste, pertencente à categoria de Centro Ecorregional, o nosso papel consiste em buscar soluções tecnológicas para diversos temas de importância para o desenvolvimento regional com o apoio do Sistema Embrapa e estamos trabalhando nesse sentido", explicou Auro.  (As informações são da Embrapa Agropecuária Oeste)

 
 
 
Conselho Regional de Medicina Veterinária lança aplicativo para consulta à legislação
Com o intuito de auxiliar os médicos veterinários e zootecnistas no acesso à legislação pertinente a profissão, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) lança aplicativo para consulta. As versões para IOS e Android já estão disponíveis nas lojas da Apple (App Store) e da Google (Play Store).

O objetivo é facilitar a pesquisa para usuários de tablets e smartphones. Até então, a consulta só poderia ser realizada acessando o portal do CRMV-SP (crmvsp.gov.br), que até o momento não possui campo de busca alfanumérica.

Para usar o aplicativo só é preciso ficar online uma vez. Basta se conectar à internet, acessar sua loja de aplicativos, buscar CRMV-SP, baixar o programa e sincronizar o conteúdo. Depois disso, para fazer as pesquisas não é necessário estar conectado. Ao usuário do aplicativo será permitido ainda "favoritar" conteúdos e receber notificações sobre novas resoluções, leis, portarias, decretos e normas referentes à Medicina Veterinária e a Zootecnia. Está disponível também informações sobre o Manual de Responsabilidade Técnica. (As informações são do CRMV-SP)

   
 
 
Acordo comercial entre Mercosul e África Austral entra em vigor e busca ampliar negociações

A presidenta Dilma Rousseff promulgou o acordo de comércio preferencial entre o Mercosul e a União Aduaneira da África Austral (Sacu). Com isso, já está em vigor o tratado que permite descontos tarifários aos países dos dois blocos na importação de produtos como costela suína, miúdos bovinos e pescados. Além do Brasil, o acordo envolve Argentina, Uruguai, Paraguai, África do Sul, Namíbia, Botsuana e Lesoto.

O decreto de promulgação do acordo foi publicado nesta segunda-feira no Diário Oficial da União. O tratado vem sendo discutido desde 2008 e prevê a criação de uma área de livre comércio entre os dois blocos. Para o diretor do Departamento de Acesso a Mercados e Competitividade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), João Rossi, é imprescindível ampliar as negociações, a fim de incluir produtos como lácteos, carne de frango, frutas e alimentos processados. "O Brasil tem apenas 4,4% de participação nas importações totais da África do Sul no setor agropecuário, um mercado que importou US$ 6,7 bilhões em 2014", assinala Rossi.

O acordo deverá incorporar temas como investimentos, compras governamentais e medidas sanitárias e fitossanitárias, contribuindo para a expansão do comércio mundial e o desenvolvimento social e econômico desses países. (As informações são do Mapa)

 
 

Decreto que regulamenta a Lei do Leite é finalizado
Representantes do setor lácteo e da Secretaria da Agricultura (Seapi) finalizaram, na manhã desta terça-feira (5/4), o texto do decreto que regulamentará a Lei do Leite. O prazo fixado para concluir o processo termina nesta quarta-feira (6/4). Presente no encontro, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) foi um dos colaboradores ao propor diversos dos ajustes acatados pelo corpo técnico da Seapi. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, esteve presente na reunião e destacou como principais avanços a regularização do transvase e a mudança no sistema de responsabilização dos transportadores. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

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