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04/04/2016

         

Porto Alegre, 04 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.238

 

   Reforma administrativa: Mapa corta 220 cargos, 4 secretarias e reduz em 52% contratos e convênios

Com a fusão ao Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) cortou 220 cargos comissionados, reduziu quatro secretarias e gerou economia de R$ 183,3 milhões em contratos e convênios. A medida faz parte da reforma administrativa do Estado e contribui para o esforço fiscal do governo federal.

Na última sexta-feira (1), a Presidência da República publicou no Diário Oficial da União o Decreto 8.701, que aprova a nova estrutura regimental e o quadro demonstrativo dos cargos em comissão e das funções de confiança do Mapa, após fusão com o MPA. O Mapa é a primeira pasta a entregar sua reestruturação.

O decreto complementa o trabalho que já vinha sendo feito pelo ministério, que desde 2 de outubro de 2015 - quando foi editada a Medida Provisória que promoveu a fusão das duas pastas -, vem trabalhando para concluir a reestruturação e incorporar novas atribuições, cargos e estrutura do MPA.

O Mapa fundiu a Secretarias de Mobilidade Social com a Secretaria do Produtor Rural e Cooperativismo e criou a Secretaria de Pesca e Aquicultura, eliminado quatro secretarias do extinto MPA. A medida contribui para a meta do governo federal de reduzir 30 secretarias nacionais em toda a Esplanada.

À época da fusão, em outubro, a Pesca contava com 1.150 funcionários, entre cargos de confiança, terceirizados e servidores de carreira. Em três meses, antes mesmo da publicação do decreto presidencial, o Mapa reduziu em 41% a força de trabalho daquela pasta, gerando economia de R$ 6,286 milhões em três meses. Em novembro, o Mapa ainda analisou todos os contratos e convênios e reduziu mais de 57% desses contratos e gerou economia de R$ 183,3 milhões.

Em um esforço para enxugar a máquina estatal e cortar gastos, promoveu a fusão das estruturas físicas da Pesca com a Agricultura. Entregou, por exemplo, o prédio em Brasília onde funcionava a sede do MPA. O edifício tem 18 andares e representava custo anual de aproximadamente R$ 10 milhões. Nos 27 estados, unificou 80% das Superintendências da Pesca com as Superintendências Federais da Agricultura, o que vai gerar economia na ordem de R$ 29 milhões ao ano.

Desde a posse da ministra, a modernização da gestão tem sido uma meta perseguida com obstinação. Todos os cortes apresentados pelo decreto número 8.701 foram elaborado pelo Mapa e acatados na íntegra pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. "Continuaremos persistindo na eficiência da gestão do Mapa e lutando contra os desperdícios de recursos públicos", afirmou Kátia Abreu. (As informações são do Mapa)

    
Desoneração/AR 

A Administração Federal de Arrecadação Pública (Afip, em espanhol) publicou nesta sexta-feira no Boletim Oficial a Resolução 3858 através da qual foi oficializado a ajuda para os produtores de leite anunciada pelo ministro da Agroindústria, Ricardo Buryaile, na quarta-feira.

Concretamente, trata-se do conceito da retenção de Imposto de Valor Agregado (IVA) que a Afip irá aplicar para a compra e venda de leite fluido bovino, sem processar. Alíquota que é de 6%, por 120 dias será reduzida para 1%.
O benefício abrange todo o produtor de leite que esteja inscrito no IVA e será aplicado aos pagamentos que serão efetuados a partir do dia 2 de abril, mesmo que se refira a operações realizadas anteriormente.

Mais dinheiro
Esta ajuda da Afip faz parte do pacote de medidas anunciado na quarta-feira por Buryaile. Segundo o ministro, esta queda de 5% na alíquota do IVA corresponde a 15 centavos no preço que a indústria paga aos produtores.
Lácteos - Novas medidas continuarão a ser avaliadas
A este valor serão somados os 40 centavos de subsídios concedidos pelo Governo Nacional a cada produtor, e outros 10 centavos das Províncias, formando uma compensação total de 65 centavos e que em estará em vigor até maio. A redução da Afip deverá durar pelo menos dois meses mais. (Agrovoz - Tradução Livre: Terra Viva)

Censo do leite

Conhecer a realidade do setor leiteiro e buscar soluções para que as cooperativas ampliem e fortaleçam sua relação com os produtores e com o mercado consumidor. Estes são os objetivos do Sistema OCB e da Embrapa Gado de Leite ao realizarem o segundo Censo do Cooperativismo de Leite. As entidades assinaram no início deste mês, um acordo de cooperação que visa à realização da pesquisa, cujos questionários começam a ser enviados às cooperativas a partir da próxima semana.

Último levantamento- No último levantamento, realizado em 2003, as cooperativas eram responsáveis pela captação de 40% da produção de leite no Brasil, reunindo mais de 151 mil produtores associados. Entretanto, desde o primeiro levantamento o mercado de lácteos tem passado por mudanças, por isso, diante dos novos cenários, a Câmara de Leite do Sistema OCB deliberou que, decorridos 12 anos, este trabalho deveria ser feito novamente, abordando os seguintes temas:
- Participação das cooperativas no mercado de leite;
- Perfil dos associados;
- Negócios e modelos;
- Serviços e assistência técnica;
- Visão de futuro. (Paraná Cooperativo)

Subsídios/UE

Keith Woodford diz que é um equívoco dizer que a indústria europeia sobrevive apenas por causa dos subsídios. 
Na elaboração de um projeto de longo prazo para o setor lácteo da Nova Zelândia, é preciso responder as seguintes perguntas:
- O que acontecerá na China?
- O que acontecerá com os preços do petróleo?
- O que ocorrerá na América?
- O que ocorrerá na Europa?

Neste artigo vou me concentrar na Europa.
A necessidade de derrubar alguns mitos
Para entender a essência das mudanças que ocorrem no setor lácteo Europeu, é preciso derrubar alguns mitos. O mito dominante é que a indústria europeia só sobrevive por causa dos subsídios.
A realidade é que a Europa compete no mercado mundial, livre de subsídios às exportações, na maior parte dos últimos dez anos. A assinatura da eliminação dos subsídios à exportação na OMC em dezembro de 2015, que foi comemorada pela Fonterra e DCANZ (Indústrias de laticínios da Austrália e Nova Zelândia) em suas declarações à imprensa, foi um acordo simplesmente para ratificar procedimentos já existentes.
Olhando de outra perspectiva a agricultura europeia possui grandes subsídios internos. Tanto é verdade que alguns países europeus, principalmente os mais pobres, ainda têm subsídios à produção. Para o setor lácteo, esses subsídios chegam a 0,8 bilhões de euros, que parece muito. Mas, isto significa apenas NZ 0,11/KMS, [R$ 0,02/litro]. Dentro do setor é um valor trivial. De qualquer forma esses subsídios não são aplicados nos principais países exportadores da Europa, exceto na França.
Além do mais, a Europa não tem proteção tarifária do seu mercado interno, e não existe expectativa de mudança. Simplesmente, por uma questão de segurança alimentar e regional, a União Europeia (UE) não se permite ser dependente de países de fora do bloco em alimentos básicos. E nós, da Nova Zelândia não temos nenhuma influência para mudar isso. Não importa o que façamos em relação à Europa. Qualquer discurso seria para o público da própria Nova Zelândia.
 
Alinhamento com os preços internacionais
Apesar de tarifas de proteção, os preços aos produtores europeus, agora, estão alinhados aos preços internacionais. Na nova Europa, sem cotas, e com a indústria tendo excedentes de produção em seu próprio mercado, é inevitável que o alinhamento ocorra.
É importante ressalvar que existe uma defasagem no sistema, e até as cotações internacionais chegarem às fazendas, demora um pouco, é o que estamos vendo agora. Da mesma forma, a recuperação dos preços internacionais, por vezes, leva algum tempo para chegar ao produtor. Também é bom lembrar que os chamados preços internacionais, como os estabelecidos no gDT, são apenas para commodities.
Os produtores europeus, assim como a Cooperativa Dairy Tatua da Nova Zelândia, são protegidos das flutuações do gDT. Isto é conseguido com o apoio em produtos de maior valor agregado.
Além disso, fora a Irlanda, todo o sistema de produção de leite europeu é de 12 meses. Estes sistemas podem levar a maiores custos de produção, mas, contribuem para um menor custo de processamento. A melhor utilização da infraestrutura, pode, então, realimentar preços mais elevados nas fazendas. (interest.co.nz - Tradução livre: Terra Viva)
 
 

Fetag pede esclarecimento
O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, junto com as federações de SC e PR, vai solicitar esclarecimentos à Contag sobre declaração do secretário de administração e finanças da entidade, Aristides Santos. Na última sexta, o dirigente convocou a ocupar gabinetes e propriedades de parlamentares ruralistas caso a regularização de terras não avance. "Não comungamos com o que ele disse", afirmou Silva. O presidente da Contag, Alberto Broch, avalia que a declaração foi "no calor da emoção". (Correio do Povo)

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