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31/03/2016

         

Porto Alegre, 31 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.236

 

    Perspectivas do mercado lácteo - Europa

A produção e o processamento de leite na Europa continuam fortes, refletindo nos preços. Em janeiro de 2016 a produção foi 5,6% maior que a de janeiro de 2015 de acordo com a Eurostat. Os 5 países membros que apresentaram taxas de crescimento maiores foram: Luxemburgo acima de 20%; Irlanda pouco menos de 20%; Bélgica ligeiramente maior que 17%; Chipre pouco menos de 17%; e Holanda próximo a 16%. Os primeiros dados apontam para um forte crescimento da produção também em fevereiro, talvez mais que no mês anterior. Na primeira quinzena de março a produção de leite na Alemanha iniciou, com certo atraso, o aumento sazonal, que deveria ter começado em fevereiro.

 

Os feriados religiosos de março, reduziram os horários padrões de operação em muitas indústrias. O Reino Unido, está entre os principais mercados de produtos lácteos da Irlanda. O lançamento, na semana passada, pelo governo britânico do Guia Eatwell, [Guia Alimentar para o país], causou protestos generalizados e preocupação aos produtores e processados de laticínios, da Irlanda e do Reino Unido. O referido guia recomenda reduzir o consumo de lácteos de 15% para 8% na dieta da população. A variação da produção de leite na Europa Oriental em janeiro de 2016, em relação ao mesmo mês de 2015 foi: Bulgária (-6%); República Checa, + 14%; Estônia, + 2%; e Croácia -2%. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)
 
  
 
Kátia Abreu propõe isenção de PIS/COFINS para importação de milho

A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) enviou ao Ministério da Fazenda proposta de isenção de 9,25% do PIS/COFINS sobre a importação de milho. Segundo ela, a medida é necessária devido ao aumento das exportações brasileiras do grão. Por isso, há necessidade de incentivar a importação para abastecer o mercado interno já que o milho é a base na alimentação dos animais de produção. No acumulado de 2016, o preço do milho subiu mais de 35% no mercado interno, conforme o indicador Esalq/BM&Bovespa. 

Kátia Abreu salienta que a incidência de PIS/COFINS nas importações onera o custo do grão e tem reflexo na formação de preços regionais. Diante disso, considera importante a isenção desses tributos como forma de melhorar o equilíbrio na rentabilidade das cadeias produtivas. 

O secretário de Política Agrícola do Mapa, André Nassar, reforça a proposta da ministra e disse que a medida não causaria perda de arrecadação tributária significativa, pois os volumes importados são muito pequenos. "Sugerimos que a isenção seja temporária, por seis meses", acrescentou. Para ele, a proposta aliviaria de imediato as indústrias do Sul.

Entre analistas de mercado, a expectativa é que a oferta doméstica de milho comece a aumentar no próximo mês, com o avanço da colheita da safra de verão. Mas o maior alívio só deve vir no segundo semestre, quando a colheita da safra de inverno, a safrinha, estará concluída. (As informações são do Mapa e do jornal Valor Econômico)

Rótulos de alimentos terão que informar lactose e caseína e medida valerá a partir de 2019

Fabricantes de alimentos precisam indicar a presença de lactose e caseína na embalagem de seus produtos. É o que decidiram nesta quarta-feira, 30, os parlamentares da Câmara dos Deputados, em plenário. Como o projeto original sofreu alterações, o texto será reencaminhado para análise no Senado. Caso seja validada, a medida começa a valer apenas a partir de 2019. 

O texto original tinha origem na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, onde tramitou em caráter terminativo, em 2014, e contemplava apenas a lactose. A inclusão da caseína foi proposta pelo deputado Alberto Fraga (DEM-DF), que avaliou que este também é um elemento alergênico. A principal justificativas do projeto é evitar problemas de saúde causados pela ingestão dessas substâncias.

Uma das preocupações seria a elevada ocorrência de casos de intolerância à lactose no Brasil. Hoje, o deputado Ságuas Moraes (PT-MT), que é pediatra, disse que a intolerância à lactose e à caseína tem se desenvolvido mesmo em crianças e que a informação no rótulo é importante. Atualmente, esse tipo de exigência já existe para o glúten, uma proteína presente na aveia, trigo, cevada, malte e centeio. 

Na matéria aprovada nesta quarta, também fica estabelecida a proibição do uso de gordura vegetal hidrogenada, conhecido como gordura trans, na composição de alimentos destinados a consumo humano, nacionais ou importados. Essa proibição não alcança alimentos de origem animal que contenham esse tipo de gordura. Entre os malefícios associados à gordura trans estão o aumento do colesterol LDL no sangue. (As informações são do Estadão)

 

Preços de grãos caem ao patamar de 2006

O dólar ainda forte em comparação a outras moedas e relações entre ofertas e demandas globais em geral confortáveis levaram os preços da maior parte das principais commodities agrícolas negociadas pelo Brasil no exterior a perderem um pouco mais de sustentação entre janeiro e março. De acordo com cálculos do Valor Data baseados nas médias trimestrais dos contratos futuros de segunda posição de entrega negociados nas bolsas de Chicago (soja, milho e trigo) e Nova York (açúcar, algodão, cacau, café e suco de laranja), a maior erosão afeta os mercado de milho e trigo. Nos dois casos, é o pior primeiro trimestre em uma década. Na soja, a média de preços do trimestre que chega ao fim é a mais baixa para um intervalo de janeiro a março desde 2007, ao passo que açúcar, café e algodão registram as menores médias desde o primeiro trimestre de 2009.

O suco fecha o período com o pior resultado desde o ano de 2013, e a exceção é o cacau, que tem o melhor primeiro trimestre desde 2011. Nos mercados nos quais o Brasil se destaca como grande exportador (soja, milho, açúcar, café e suco de laranja), o câmbio tem compensado pelo menos parte das perdas dos produtores com os preços internacionais ¬ até porque o dólar e os preços nos EUA costumam caminhar em direções opostas, o que ajuda a manter a competitividade dos produtos americanos. Mas, como a relação entre dólar e real carrega consigo uma grossa camada de gordura gerada pela crise política emanada de Brasília, essa "compensação" já foi maior, uma vez que a moeda brasileira ganhou fôlego nas últimas semanas com a expectativa de impedimento da presidente Dilma.

Mas esse relativo fortalecimento da moeda brasileira nas últimas semanas, ainda que em meio a uma forte volatilidade, também ofereceu maior sustentação particularmente às cotações de açúcar e café, mercados nos quais o peso do Brasil no mercado global é maior que nos grãos, por exemplo. Essa influência foi gritante em março (este balanço foi fechado no dia 30), quando a cotação média do dólar caiu para R$ 3,71 (Ptax), 6,6% abaixo da média de fevereiro. Com esse impulso, as incertezas em relação à oferta brasileira geradas pelo clima e a expectativa de produção menor que a demanda global nas safras internacionais 2015/16 e 2016/17, em Nova York o preço médio do açúcar subiu 15,65%. Já o café registrou alta de 6,74% na comparação.

Não fosse por isso, o açúcar não teria registrado elevação de 0,70% na bolsa de Nova York no primeiro trimestre, sobre o mesmo intervalo de 2015, e a retração média do café teria superado os 21,92% registrados. Na comparação entre os primeiros trimestres, apesar da valorização do real neste mês de março, a alta do dólar sobre a moeda brasileira chega a 36,15%, segundo cálculos do Valor Data. Nos três primeiros meses deste ano em relação a igual período do ano passado, também registram quedas na bolsa de Nova York o suco de laranja (0,91%) e o algodão (4,02%). Apenas o cacau aparece com elevação (2,3%), graças a problemas com a oferta no oeste da África. Em Chicago, a soja cai 11,36%, o trigo recua 10,04% e o milho apresenta baixa de 6,46%. (Valor Econômico)

 
 

Reações ao "fico" de Kátia
Dirigentes ligados às entidades do setor rural do Rio Grande do Sul comentaram a decisão da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, de permanecer no cargo, contrariando orientação do PMDB, ontem. "É uma pessoa de decisões próprias", afirmou o presidente da Farsul, Carlos Sperotto, definindo como "lógica" a atitude de Kátia. Já o presidente da AprosojaRS, Décio Teixeira, acredita que, diante do cenário de crise seria necessário "mudar todo o governo". Entretanto, Kátia deixou claro que permanece tanto no governo quanto no PMDB em mensagens publicadas em sua conta no Twitter, durante a tarde. (Correio do Povo)
 

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