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24/03/2016

         

Porto Alegre, 24 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.232

 

    Expoagro 2016: Parcela apresenta "Os Caminhos do Leite"

"O Caminho do leite é o planejamento da propriedade rural, utilizando diferentes espécies de pastagens, e equilibrando a dieta com silagem e ração para, assim, atingir ótimos resultados zootécnicos em produção, reprodução e qualidade do leite", destacou o engenheiro agrícola e coordenador da parcela de Bovinocultura de Leite da Emater/RS-Ascar na Expoagro Afubra, Diego Barden dos Santos.

O espaço, organizado em parceria entre a Emater/RS-Ascar e a Embrapa, traz o enfoque do planejamento forrageiro, e apresenta informações sobre os períodos de crescimento das pastagens. Para tanto, áreas demonstrativas foram implantadas com amostras de Giggs, Tifton 85, Hermárthria, Capim Elefante e BRS Kurumi, sendo todas pastagens perenes, que possibilitam maior tempo de pastejo. Além disso, a Embrapa apresenta outras forrageiras como leguminosas de inverno e alguns materiais anuais, pastagens que possibilitam alimentação para o gado em outros períodos do ano.

Um dos destaques da unidade demonstrativa é a produção de silagem. O estande visa a orientar o público visitante sobre a importância de qualificar a produção de silagem, uma vez que esta é uma fonte de energia para os animais quando a pastagem não é suficiente em quantidade e qualidade. "Além de ser uma alternativa mais econômica para o produtor rural", observa Santos. Segundo o engenheiro agrícola, a base da alimentação deve ser o pasto. "Estimulamos a utilização da silagem como complemento alimentar a pastagem. Quando de qualidade, ou seja, feita com a planta inteira, utilizando as folhas e o grão do milho, a silagem garante a energia que os animais precisam para a produção do leite, sem prejuízos a nutrição dos mesmos", destaca o extensionista.

A escolha correta do ponto de corte da silagem também contribui para determinar o maior ou menor rendimento de energia do alimento. Quanto mais verde o milho estiver, menos energia ele terá, quanto mais seco o milho estiver maior a quantidade de fibra. Por isso, o ponto ideal para corte de silagem é quando o milho estiver com 35% de matéria seca. Para identificar o ponto de corte é necessário observar a quantidade de umidade no grão de milho, a "linha do leite" precisa estar na metade do grão.

Santos, destaca também que o processo de ensilagem é muito eficiente para conservar alimentos e manter suas características quando bem executado. "A silagem de qualidade apresenta uma grande quantidade de grãos, colhidos no período adequado, ou seja, quando o milho está em estagio farináceo", finaliza o extensionista. Outro fator importante é a compactação da silagem, que também necessita de atenção do produtor rural, já que é a ausência de ar que permite a conservação da mesma. (Emater - RS)
 
  

EUA: Walmart construirá planta de processamento de leite em Indiana

A maior rede varejista dos Estados Unidos, Walmart, anunciou planos de estabelecer uma planta de processamento de leite em Fort Wayne, Indiana, uma medida que criará mais de 200 empregos, do processamento do leite ao transporte. O Walmart disse que o salário médio inicial para posições na nova planta, que deverá estar operacional em 2017, será de mais de US$ 19 por hora.

Com a construção devendo começar no verão americano desse ano, o Walmart construirá uma planta de processamento de leite de mais de 23 mil metros quadrados. A planta utilizará as tecnologias mais modernas para produzir o leite Great Value e Member's Mark, puro e com chocolate, para mais de 600 lojas do Walmart e localizações do Sam's Club em Indiana, Illinois, Michigan, Ohio e norte de Kentucky.

"Ao operar nossa própria planta e trabalhar diretamente com a cadeia de fornecimento de lácteos no meio-oeste, reduziremos mais os custos operacionais e passaremos essas economias a nossos clientes, de forma que eles possam economizar", disse Tony Airoso, vice-presidente sênior de estratégias de compras para o Walmart U.S. O Walmart disse também que operar sua própria planta acelerará a entrega de leite às lojas e estenderá o prazo de validade.

O anúncio foi feito logo depois do anúncio da estratégia de lácteos de Indiana 2015, comissionada pelo Departamento de Agricultura do Estado de Indiana (ISDA, sigla em inglês), para impulsionar a indústria do estado aumentando o volume de processamento de lácteos e criando oportunidades de mercado para expansão da produção de leite. "Essas são ótimas notícias para Indiana e não somente afirmam que nossa estratégia de lácteos está funcionando, mas também, que o clima de nossos negócios e a localização geográfica estão conduzindo a um desenvolvimento econômico na indústria agrícola", disse o diretor da ISDA, Ted McKinney.

Com mais de 1.200 fazendas leiteiras no Estado, Indiana produziu mais de 1,81 bilhão de quilos de leite no ano passado. Indiana contabilizou em 2015 aproximadamente 184.000 vacas leiteiras, que produziram em média 27,6 quilos de leite por dia, representando quase 2% da produção total de leite dos Estados Unidos. O Walmart emprega mais de 38.000 associados em Indiana e opera dez centros de distribuição no estado. No ano fiscal de 2015, o Walmart gastou US$ 1,7 bilhão com fornecedores de Indiana. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Uruguai: setor leiteiro pede ajuda ao governo e indústria de lácteos ganha acesso a empréstimo

O setor leiteiro do Uruguai está pedindo assistência urgente. Os produtores aproveitaram a Expoactiva 2016 para expor seus problemas. Os produtores de leite uruguaios disseram que estão trabalhando com perdas, porque o custo de produção é de US$ 0,25 por litro, enquanto o mercado paga US$ 0,16 e US$ 0,24 por litro de leite. O déficit no primeiro semestre pode alcançar US$ 79 milhões em 4.507 fazendas leiteiras registradas em todo o país.

O relatório apresentado às autoridades descreve que o número de animais leiteiros ultrapassa 710.000 cabeças e que a produção anual enviada à indústria é de 2 milhões de litros. O presidente da Associação Nacional de Produtores de Leite, Rodolfo Braga, disse que o setor "vive um momento bem complicado, de forma que é necessário tomar medidas para que não haja sequelas irreversíveis".

Os produtores pediram aos prefeitos uma redução geral de 30% no Imposto de Contribuição Imobiliária Rural durante 2016 para produtores leiteiros com perfil familiar que tenham propriedades de até 500 hectares. "Isso daria uma mão ao produtor ao menos por um ano para atender à conjuntura, porque atualmente o país está perdendo produtores e está enviando gado holandês aos frigoríficos em quantidades maiores do que o normal". Eles reconhecem que o contexto internacional "não é favorável, porque os lácteos tiveram uma baixa, mas também é necessário tomar medidas internas, como baixar os custos de energia e dos combustíveis".

O vice-secretário de Economia e Finanças, Pablo Ferreri, disse que o Poder Executivo tem gerado respostas para o setor. "Basta recordar que há poucas semanas entrou em vigência o fundo leiteiro, por US$ 78,8 milhões, para colaborar com o setor leiteiro e também está sendo enviado um projeto de lei ao Parlamento para gerar empréstimos vantajosos para as indústrias de lácteos que exportaram à Venezuela com condições muito favoráveis".

Ferreri recordou que o Poder Executivo estará habilitando a possibilidade, se o Parlamento votar, de empréstimos de US$ 66 milhões com três anos de graça, onde os juros nesse período são absorvidos pelo governo. No caso, as companhias de lácteos do Uruguai, Conaprole, Claldy, Pili e Calcar terão a garantia do Estado em um empréstimo que os bancos concederão devido à dívida que a Venezuela não pagou pela compra de produtos lácteos uruguaios.

O projeto de lei incluiu garantia ou títulos solidários para as empresas Calcar, Claldy, Conaprole e Pili. O prazo de financiamento não poderá exceder seis anos e o período de graça não poderá ser superior a três anos.

O Poder Executivo se encarregará dos custos dos juros gerados pelos créditos outorgados pelas instituições financeiras, que não poderão exceder o equivalente a uma taxa de 4,5% em dólares americanos sobre um valor máximo de US$ 66 milhões, que é o saldo não pago pelas exportações de lácteos à Venezuela. (As informações são do El País Digital e do El Observador)

União Europeia: políticos pedem novamente rotulagem do país de origem de carne e leite

Os membros do Parlamento da União Europeia (UE) reiteraram seu suporte àrotulagem do país de origem de carnes e leite em uma resolução votada na última terça-feira (22). A rotulagem ajudaria a manter a confiança dos consumidores nos produtos alimentícios tornando a cadeia de fornecimento de alimentos mais transparente, argumentaram eles.

Os membros do Parlamento disseram que essa rotulagem se tornaria obrigatória para carnes de bovinos, suínos, ovinos, caprinos, frango, leite (e leite usado como ingrediente em produtos lácteos), para alimentos não processados, produtos com ingredientes únicos e para ingredientes que compõem mais de 50% do alimento.

Os membros do Parlamento destacam que, de acordo com uma pesquisa do Eurobarometer de 2013:

- 84% dos cidadãos da UE consideram necessário indicar a origem do leite;
- 88% consideram que essa rotulagem é necessária para carnes;
- mais de 90% consideram essa rotulagem importante para alimentos processados.

Os membros do Parlamento disseram também que a "indicação obrigatória da origem do leite, vendido como leite ou usado como ingrediente em produtos lácteos, é uma medida útil para proteger a qualidade dos produtos lácteos, combater fraude de alimentos e proteger empregos no setor, que está entrando em uma crise severa". A proposta será agora votada pelo Parlamento durante sessões de plenário nos meses de abril ou maio. (As informações são do The Cattle Site, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Gordura Trans

Qual a melhor forma de atuação regulatória sobre uso de gordura trans industrial em alimentos? Este é o tema da Audiência Pública que ocorrerá no dia 28 de março, na sede da Anvisa, em Brasília. A reunião foi aprovada pela Diretoria Colegiada da Agência em razão da crescente demanda da sociedade para a adoção de medidas regulatórias mais efetivas para redução dessa gordura nos produtos.

O objetivo da Diretoria é obter informações adicionais sobre o uso de gordura trans industrial em alimentos e ampliar o conhecimento sobre o impacto das diferentes alternativas regulatórias disponíveis. A Audiência é aberta ao público. Especialmente, aqueles envolvidos na produção e uso da gordura e suas alternativas tecnológicas em alimentos em pesquisas sobre o consumo e os efeitos na saúde da substância e na avaliação da efetividade de diferentes medidas regulatórias sobre o tema. Os interessados em comparecer à Audiência Pública devem solicitar sua inscrição, informando o nome, a instituição que representam e o telefone de contato, por meio do e-mail: geare@anvisa.gov.br. (Anvisa)

Pobreza

Entre 2014 e 2015, o número de pessoas em situação de pobreza na América Latina cresceu de 168 milhões para 175 milhões, o que representa 29,2% da população total. Já o número de pessoas em situação de indigência, ou extrema pobreza, passou de 70 milhões para 75 milhões (12,4%).

O relatório Panorama Social da América Latina 2015, divulgado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), registrou uma redução importante nas taxas de pobreza no Brasil. Segundo Laís Abramo, diretora da Divisão de Desenvolvimento Social da instituição, mais de 2 milhões e 750 mil brasileiros saíram das linhas de pobreza e extrema pobreza em 2014. "Essa diminuição foi mais acentuada entre os indigentes, e isso mostra, justamente, a eficácia e a importância dos programas de combate à extrema pobreza que existem atualmente no Brasil. (Monitor Mercantil)
 

PMES Lácteas 
A troca de experiências e conhecimento entre pequenos e médios produtores de lácteos da América Latina será a tônica da terceira edição do Encontro Latino-Americano para as Pequenas e Médias Empresas Lácteas (PMES Lácteas), que ocorrerá de 27 a 29 de abril de 2016 no Fundaparque, em Bento Gonçalves (RS). Pela primeira vez, o evento, organizado pela Associação das Pequenas Empresas de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil/RS) e do Portal Lechero, do Uruguai, se realizará no Brasil. Conforme a coordenadora do evento, Cecilia Agradi, a Apil decidiu trazer o encontro para o Brasil com o objetivo de oferecer aos interessados a possibilidade de criar oportunidades para a troca de experiências, conhecimentos e negócios para a cadeia do leite em geral. "As pequenas e médias empresas lácteas, em particular, têm requisitos específicos, questões próprias e uma ampla gama de oportunidades para se identificar e tornar-se sustentável ao longo do tempo, assim como melhorar a produtividade e a competitividade", explica. Durante o evento, os participantes poderão discutir os problemas e realidades das pequenas e médias empresas de lacticínios de países latino-americanos. (Agrolink)

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