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21/03/2016

 

         

Porto Alegre, 21 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.229

 

    Embrapa apresenta resultados de testes para antibióticos
 
A Embrapa Gado de Leite, de Minas Gerais, divulgou pesquisa que quantifica a precisão e robustez dos resultados obtidos por meio de testes de triagem para detecção da presença de antibióticos em amostras de leite. O estudo, coordenado pelos professor e pesquisador Marcelo Bonnet, foi detalhado durante encontro realizado no Lanagro, no dia 16 de março, e que contou com a participação do Sindilat. A médica veterinária Letícia Vieira conferiu as novidades. Segundo ela, o estudo atesta que as marcas avaliadas estão dentro das condições brasileiras de aplicação, o que poderia viabilizar o uso desses testes de triagem em substituição aos confirmatórios, mesmo em caso de análises oficiais. Além de mais barato, o sistema permitiria ampliar em muito a capacidade de detecção de possíveis contaminações.  "Esta possibilidade se daria tendo em vista a enorme diminuição de casos de amostras positivas para presença de antibióticos fora dos limites permitidos em análises oficiais desde o ano 2000 até agora", pontua Letícia.
 
A pesquisa, intitulada "Ensaios comerciais de triagem de antibióticos em leite - Avaliação de desempenho e validação", avaliou os kits das marcas Charm Test, Delvotest e Beta Star, amplamente utilizados no país para controles de plataforma de recepção de leite cru resfriado das indústrias e postos de resfriamento do Brasil.  Os testes foram realizados em diversas realidades, inclusive fora dos padrões recomendados pelos fabricantes. 
 
Apesar de o estudo ter uma posição positiva em relação aos testes, foram indicadas diferenças em relação a sua robustez e outros parâmetros dos resultados, os quais foram remetidos ao Ministério da Agricultura. "Agora, caberá ao Mapa avaliar as possibilidades de aplicação destes tipos de testes e seus benefícios. As indústrias devem aguardar as definições e manter intensificados seus controles para garantir a segurança dos produtos fabricados, tendo em vista a importância de controlar a presença de antibióticos na matéria prima para a saúde pública", completou a veterinária do Sindilat, lembrando que a presença de antibióticos em alimentos é uma das hipóteses para explicar o aumento crescente da resistência das bactérias patogênicas aos antimicrobianos. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

 
  

Sindilat participa de oficina sobre seleção de mercados internacionais
 
Representantes do Sindilat participaram, no dia 16 de março, da oficina de inteligência comercial "Seleção de Mercados Internacionais", promovida pelo Centro Internacional de Negócios do Rio Grande do Sul (CIN-RS), na FIERGS. A capacitação teve como foco o uso de ferramentas de pesquisa e análise de dados de comércio exterior para a identificação de marcados-alvo para exportação. 
 
A partir de ferramentas gratuitas e on-line, a oficina elucidou estratégias para a identificação e seleção de mercados internacionais, além do planejamento e execução de pesquisas. Estiveram presentes no evento Darlan Palharini e Julia Bastiani. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Tecnologias a céu aberto
 
De hoje até quarta-feira, a principal mostra da agricultura familiar do Rio Grande Sul deve atrair mais de 80 mil pessoas à localidade de Rincão Del Rey, em Rio Pardo. Com 400 expositores, a Expoagro Afubra irá apresentar novidades em máquinas e biotecnologia para produção de grãos, leite, tabaco e hortaliças. Em 2015, a feira alcançou R$ 48 milhões em negócios. Neste ano, mesmo com preços valorizados do fumo, principal atividade na região, a expectativa é de que as vendas sejam mais tímidas.

- O que puxa os valores para cima são as máquinas. Mas sabemos que os produtores estão mais cautelosos em relação a investimentos - afirma Marco Antonio Dornelles, coordenador-geral da 16ª Expoagro Afubra.

Hoje, na cerimônia de abertura, o agravamento da crise instaurada no país deverá dominar os discursos de políticos e representantes do setor.

- Já tivemos anos de crise por causa da seca e o produtor veio à feira igual, buscar tecnologia e conhecimento. Agora não será diferente - analisa Dornelles.

A programação da feira, durante três dias, inclui ainda fóruns e debates sobre cultivo de oliveiras, produção integrada de tabaco e erva-mate, turismo rural e preservação do solo e dos recursos naturais. (Zero Hora)
 
 
Aquisição de leite recua 2,8% em 2015
 
A aquisição de leite em 2015 foi de 24,05 bilhões de litros. Houve queda de 2,8% em relação a 2014. Do total de leite adquirido, 92,4% teve origem em estabelecimentos sob inspeção federal; 6,9%, estadual e 0,7%, municipal. Minas Gerais foi responsável por 26,8% da aquisição de leite, seguida pelo Rio Grande do Sul com 14,5%.

Em relação a 2014, a queda da aquisição de leite ocorreu em 21 das 27 unidades da federação. Houve aumentos apenas em Pernambuco (6,1%), Rio de Janeiro (5,5%), São Paulo (3,3%), Santa Catarina (0,4%) e Rio Grande do Sul (1,7%).

Já no 4º trimestre de 2015, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção (Federal, Estadual ou Municipal) foi de 6,28 bilhões de litros. Houve queda de 3,9% em relação ao 4º trimestre de 2014 e aumento de 4,8% contra o 3º trimestre de 2015. A industrialização de leite no 4º trimestre de 2015 foi de 6,26 bilhões de litros, com queda de 4,0% relativamente ao mesmo período de 2014 e de aumento de 4,7% relativamente ao 3º trimestre de 2015. (Fonte: IBGE)
 
 
Governo da Argentina paga novos subsídios aos produtores de leite
 
O governo da Argentina oficializou na última quarta-feira (16) o pagamento de novas compensações para os produtores de leite. Por meio das resoluções 34 e 35 do Ministério de Produção, ordenou que sejam pagos quase 84 milhões de pesos (US$ 5,73 milhões).

Em janeiro, o presidente argentino, Mauricio Macri, anunciou subsídios de 40 centavos (2,72 centavos de dólar) por litro nos primeiros 3.000 litros produzidos durante janeiro, fevereiro e março. Para realizar os pagamentos, estão sendo consideradas as produções obtidas de outubro a dezembro de 2015.

Governo comprará leite
No início desse mês, o ministro da Agroindústria da Argentina, Ricardo Buryaile, anunciou que o Governo comprará o excesso de leite que o setor industrial tem para a exportação. A medida pretende melhorar os preços recebidos pelos produtores e dessa maneira, o governo espera também desativar um possível protesto do setor.

Estima-se que as usinas leiteiras se encontrem com excesso de estoques de 20.000 a 30.000 toneladas e que se trata, junto com a queda dos preços internacionais, de um dos fatores que impedem a melhora dos preços ao produtor. "Vamos intervir na compra direta de leite".

O Governo buscará um destino para colocar essa mercadoria e a operação não representaria nenhum custo, já que apenas atuaria para colocar os excedentes em algum mercado externo. Uma das possibilidades é usar o leite para pagar a dívida energética com a Venezuela.

 
Produção/UE

 
O secretário geral da Agricultura e Alimentação, Carlos Cabanas, informou ontem as organizações agrárias, cooperativas e indústrias integradas à INLAC (Entidade do setor lácteo espanhol), sobre as medidas anunciadas pela Comissão Europeia no Conselho de Ministros de Agricultura, realizada na terça-feira em Bruxelas, boa parte das quais similares às apresentadas pela Espanha.
 
Uma das medidas mais surpreendentes é a aplicação do artigo 222 da Organização Comum de Mercados Rurais que contempla a possibilidade de que cooperativas, organizações de produtores e entidades representativas, possam fazer negociações para limitar a produção de leite, por um período de seis meses. Cabanas também informou que ontem mesmo começaram os grupos de trabalho dentro da Comissão Europeia, para discutir os primeiros esboços que permitirão elaborar o projeto, e que deverão estar prontos em 15 dias. A medida faz parte da necessidade de abordar o principal fator desencadeante da crise do setor lácteo que é o forte desequilíbrio entre a oferta e a demanda, como consequência o aumento da produção registrado nos últimos anos em toda a União Europeia.
 
A INLAC se mostrou favorável em estudar a aplicação desta medida que uma vez em vigor poderá reequilibrar o setor. O Ministério se comprometeu a trabalhar com as entidades de classe sobre as possíveis modalidades de aplicação. Também se comprometeu a manter a INLAC informada dos trabalhos da Comissão Europeia, sobre as discussões sobre as modalidades de aplicação. (Agrodigital - Elaboração Terra Viva)
 
 
UE calibra oferta e quer avançar com Mercosul
 
De forma cautelosa, a União Europeia e o Mercosul cogitam finalmente trocar propostas para um acordo de livre comércio em abril. Pela primeira vez, nos últimos meses, há sintonia entre os dois blocos em torno do intercâmbio de ofertas. A proposta da UE cobriria aproximadamente 91,5% das exportações sul¬americanas, mas está sendo "recalibrada", segundo fontes em Bruxelas. O processo de consultas dos técnicos europeus com países¬membros do bloco deve se encerrar nos próximos dias. A ideia é fazer ajustes na oferta elaborada inicialmente. Trabalha¬se com a possibilidade de aproveitar uma visita oficial do chanceler do Uruguai (que exerce a presidência rotativa do Mercosul), Rodolfo Nin Novoa, a Bruxelas, no dia 8, para acertar a data de troca de ofertas. O compromisso dos dois blocos era fazer isso no último trimestre do ano passado, mas a UE ficou insatisfeita com o baixo nível de cobertura da proposta sul¬americana, que abrangia cerca de 87% de suas exportações. Essa cobertura foi considerada tímida demais para o atual padrão de acordos comerciais firmados ou atualmente em discussão pelos europeus.
 
Além da Parceria Transatlântica (com os Estados Unidos), eles apostam atualmente nas negociações de um tratado com Austrália e Nova Zelândia, estão quase fechando com Cingapura e querem revisar o acordo de livre comércio com o México. Um funcionário europeu ressalta que o quadro de técnicos em Bruxelas já anda sobrecarregado e não se pode gastar tempo com frentes de trabalho menos promissoras: "Com mil horas de negociação, podemos assinar o acordo com Austrália e Nova Zelândia, mas não saímos da primeira etapa com o Mercosul". Em novembro, ministros dos 28 países da UE decidiram manter as discussões com o bloco liderado pelo Brasil. No entanto, eles orientaram a comissária de Comércio, Cecilia Malmstrom, a sondar se o novo governo argentino de Mauricio Macri poderia melhorar sua disposição de abertura comercial, o que abriria caminho para uma oferta mais ambiciosa do Mercosul. Auxiliares de Macri rejeitaram mudar a proposta. O governo brasileiro, frisando todo o esforço feito nos últimos meses, também se negou a mexer na oferta costurada com os demais sócios e afirma que ela é apenas o início do processo de barganha. Ou seja, pode ser ampliada durante as negociações. 
 
Para os países do Mercosul, a cobertura maior da proposta europeia é vista com cautela, pois pode esconder cotas restritivas para produtos como carne bovina e açúcar. A UE tem interesse em produtos industriais, alguns bens agrícolas (laticínios, vinhos e azeites), no mercado de compras públicas e na abertura para a prestação de serviços. Nesse caso, são mencionados com frequência os entraves para a atuação de advogados e engenheiros no Brasil e em seus vizinhos. O acordo UE¬Mercosul é discutido há quase duas décadas e esteve relativamente perto de uma conclusão em 2004. (Valor Econômico)

 

Alta do leite deve durar até junho
O preço do leite aumentou neste ano nas prateleiras dos supermercados e deve continuar em alta até junho. Em Chapecó o aumento ao consumidor foi em média de 15 a 20%. Mas uma rede de supermercados informou que normalmente há um acréscimo no preço nesta época, pois é um período de maior demanda e menor oferta. O excesso de chuva no Sul e estiagem no Brasil Central acabaram reduzindo a produção. A indústria informa que, além disso, há outros fatores que pressionam o preço para cima, como a alta do milho, alta do preço da energia e alta do combustível. Portanto não deve ocorrer queda até junho, quando aumenta a produção de leite e haverá maior oferta de milho com a safrinha do Centro Oeste. (Laticínio.net)
 

 

    

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