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17/02/2016

Porto Alegre, 17 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.206

 

     Sindilat apoia FIEMA Brasil 2016

Reforçando o compromisso social e a preocupação com o meio ambiente, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) estará presente durante a 7ª edição da FIEMA Brasil, um dos mais expressivos encontros que sobre gestão ambiental do país. "Além de um espaço para novos negócios, a FIEMA é um importante encontro para difundir o conhecimento, possibilitando o acesso as mais novas soluções e tecnologias sustentáveis. Nosso apoio busca garantir e incentivar o desenvolvimento do setor lácteo gaúcho de forma sustentável", destaca o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.  

O presidente da FIEMA Brasil 2016, Jones Favreto, reforça a importância da parceria. "A FIEMA é referência em inovação, informação, tecnologia e também em boas oportunidades de negócios. Essa realidade só é possível graças ao apoio de parceiros relevantes como o Sindilat que está a frente de inúmeras ações em benefício ao setor lácteo do Estado. Com a parceria do Sindilat podemos oferecer a expositores e visitantes um encontro realmente diferenciado e assertivo", disse. 

Realizada bienalmente, a Feira de Negócios e Tecnologia em Resíduos, Águas, Efluentes e Energia será realizada entre os dias 05 e 07 de abril no Parque de Eventos em Bento Gonçalves/ RS. Segundo a organização, a expectativa é receber cerca de 200 expositores com as principais novidades em equipamentos, produtos e serviços que possam auxiliar na inclusão da responsabilidade ambiental na gestão estratégica das organizações. Simultaneamente a feira, ocorre uma intensa programação voltada ao conhecimento como congressos e seminários. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
  
 
Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida em Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprovou e divulgou os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em janeiro de 2016, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. Os valores de referência indicados nesta resolução correspondem à matéria-prima leite denominada Leite CONSELEITE IN62, que se refere ao leite analisado que contém 3% de gordura, 2,9% de proteína, 600 mil uc/ml de células somáticas e 600 mil uc/ml de contagem bacteriana. 

    

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Fevereiro de 2016 é de R$ 1,8371/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleite.com.br/conseleite. (Fonte: Conseleite/PR) 

Legenda oculta na publicidade

As campanhas que foram ao ar neste ano precisaram de um toque final extra. Uma nova lei de acessibilidade, que entrou em vigor no dia 3 de janeiro deste ano, exige que os filmes publicitários transmitidos pelos canais abertos tenham o recurso de legenda oculta, conhecido como "closed caption", capaz de tornar a peça compreensível para os deficientes auditivos. A exigência provocou uma corrida entre os anunciantes para se adaptar e trouxe um novo mercado para produtoras e empresas de "streaming", que distribuem os vídeos às emissoras de TV. Desde 2006, as emissoras de TV estão sujeitas a cumprir normas para tornar seu conteúdo mais acessível. Um cronograma definido pelo governo determina que elas insiram recursos de legenda oculta, audiodescrição e Língua Brasileira de Sinais (Libras) gradativamente. 

Uma lei adicional, promulgada em 2015 e vá- lida a partir deste ano, estendeu a regra ao conteúdo publicitário. Até então, poucos anunciantes inseriam legenda nos seus comerciais. O recurso, em geral, estava nas campanhas do governo, de alguns bancos e poucas marcas, como Havaianas. Agora, as empresas correram para se adaptar. "Antes, tínhamos 10% a 15% dos anunciantes que pediam para colocar legenda no vídeo. Neste ano, se inverteu: 80% dos clientes estão solicitando", disse Fábio Bran catelli, diretor da A+V Zarpa, empresa de distribuição de vídeos. A concorrente Adstream, que distribui 3,5 mil vídeos por mês no País, também sentiu um aquecimento da demanda. Em 2014, a companhia inseria legenda oculta em cerca de 10 filmes por mês. 

Só janeiro, foram 116 inserções, segundo o CEO da Adstream, Celso Vergeiro. A empresa está investindo para montar uma nova estação de trabalho para fazer apenas legenda oculta. O custo estimado dos equipamentos e do treinamento dos operadoras é de cerca de R$ 80 mil. "A receita com a legenda oculta era insignificante para a empresa. Achamos que poderá ser até 30% do nosso faturamento até o fim do ano", disse Vergeiro. Na Adstream, a inserção das legendas custa cerca de R$ 750 por filme. As empresas estão correndo para fechar contratos com grandes anunciantes. Nivea e JBS, por exemplo, já fecharam contratos para inserir legendas. Produtoras e companhias especializadas em comunicação acessível também devem disputar esse mercado. A Steno, que faz tradução simultânea em libras em eventos e adaptação de conteúdo televisivo, como o Jornal Nacional e o Big Brother, da Rede Globo, tenta ganhar clientes. Os anunciantes são favoráveis à adaptação do conteúdo, segundo a Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap). Com a medida, as marcas ampliam o canal de comunicação com quase 10 milhões de brasileiros com deficiência auditiva, conforme dados de 2010 do IBGE. (Jornal do Comércio)

Não é o R$ 1,5/litro ao produtor...

Repercutiu bastante o artigo aqui publicado na semana passada ("Setor lácteo projeta aumentos de preços expressivos ao longo de 2016"), com muitos comentários (alguns bastante críticos e outros esperançosos) sobre os patamares de preços ao produtor projetados para 2016, muitas sinalizações de que a atividade de produção de leite está, efetivamente, num momento bastante crítico (seja pela alta de custos ou pelo nível de preços), e muitas observações indicando que indústrias e supermercados têm ficado com a maior parte da remuneração distribuída na cadeia leiteira nacional.

Sem a pretensão de solucionar todos os pontos ou mesmo dirimir todas as aflições do setor, acessamos nosso extenso banco de informações para agregar um pouco mais de tempero na discussão.

Distribuição dos valores ao longo da cadeia láctea
O gráfico 1 atualiza a análise de distribuição dos valores ao longo da cadeia para um mix de derivados lácteos contendo leite UHT, queijos e leite em pó.

Gráfico 1. Distribuição de valores ao longo da cadeia láctea:
 

Dois pontos são bem claros no gráfico:
• Em 2015, o produtor foi o elo que mais perdeu em valor recebido ao longo da cadeia, tendo visto sua participação cair de 38,3% para 36,6%;

•No mesmo ano, indústria e varejo aumentaram, na mesma proporção, a sua participação (+0,8% em 2015).

Analisando um horizonte mais longo (desde 2010), verifica-se, no entanto, que a indústria perde sistematicamente participação na absorção de valor na cadeia (-7,3%), e basicamente esta participação é transferida para o varejo (que ganha, no período, 7,7% do valor total aferido). Nada mais óbvio do que esta transferência da indústria ao varejo - enquanto as 4 maiores redes varejistas do mercado detém 65% do faturamento do setor, as 12 maiores indústrias lácteas compram somente cerca de 38% da produção nacional. É um setor muito pulverizado negociando com um elo cada vez mais concentrado.

Preços ao produtor e competitividade da atividade leiteira
O valor médio Brasil apurado pelo Cepea para os preços brutos do leite pagos em janeiro/2016 (R$ 1,0615/litro) é 14,2% maior que o valor de janeiro de 2015. Numa realidade de inflação oficial de cerca de 10,5%, isto significa que o produtor está "ganhando" da inflação. Correto? Não. A inflação do produtor de leite é bem maior do que o número oficial. Farelo de soja está, em média, 25% mais caro do que em 2015 e o milho aumentou cerca de 50%! O concentrado, que representa 35 a 40% do custo de produção está mais do que 40% mais caro e o cenário de preços para o restante de 2016 não indica melhoria (baixa!) significativa. Além dele temos a variação dos salários (quase 11,5%, por conta do ajuste do salário mínimo), sem falar de energia e insumos dolarizados.

Assim, se o cenário de 2015 foi de insumos estáveis e preços de leite em baixa, 2016 entra com preços de leite mais elevados mais insumos muito mais caros. Em ambos os caso, a oferta (produção de leite) é bastante comprometida.

Até onde vão os preços do leite?
Claramente este ano teremos dois limitadores aos aumentos de preços do leite: 

• Demanda interna: a economia brasileira deve repetir o pífio desempenho de 2015 e o consumo de lácteos tende a seguir patinando. Fortes (acima da inflação) aumentos de preços tendem a não se sustentar na ponta final, ainda que isto não tenha acontecido até este momento;

• Importações: apesar da desvalorização de nossa moeda e das tarifas de importação, hoje o leite importado é bastante competitivo quando comparado ao leite local e o viés do nosso mercado para 2016 é muito mais importador do que exportador.

Como já comentou o nosso amigo e blogueiro Wagner Beskow, são muitas e extremamente complexas as variáveis que influenciam o mercado lácteo brasileiro. Monitorá-las, tentar antecipá-las e entender seu impacto no nosso dia a dia é o nosso grande desafio. (Valter Bertini Galan/Milkpoint)

O bolo a dividir

Crescimento deficiente da economia do país impõe uma readequação planejada dos gastos públicos para preservar avanços na área social Demagogia, oportunismo e mistificações diversas campeiam no debate político em tomo da necessidade de contenção dos gastos públicos, em particular daqueles destinados aos programas sociais. Pela tese mais encontradiça,aponta-se queajustes orçamentários porão em risco - ou propositalmente eliminarão - iniciativas de redistribuição de renda e combate à pobreza. Sem negar que haja sacrifícios pela frente, cumpre refutar tal argumento. O aparato de seguridade e os direitos instituídos pela Constituição de 1988 decerto constituem conquistas civilizatórias e alicerces do período mais pleno dedemocracia no país. Justamente para preservar tais avanços, é imperativo adequá-los aos recursos disponíveis para seu financiamento. 

Despesas com previdência e assistência social, educação, saúde e amparo ao trabalhador consomem hoje, nas três esferas de governo, cerca de19% do PIB - vale dizer, da renda de todos os brasileiros. Esses desembolsos ficavam em tomo de 13% no início da década passada.Como processo inexorável de envelhecimento da população, os encargos passam por uma escalada que se tomará cada vez mais aguda nos próximos anos. A trajetória seria menos alarmante se desfrutássemos de crescimento econômico acelerado, capaz de, simultaneamente, ampliar a arrecadação tributária e reduzir a clientela das ações assistenciais.A realidade, porém, é bem outra. 

As mais recentes estimativas do FMI evidenciam o desempenho insuficiente do pais. Entre 1996 e 2015, o PIB global mais que duplicou, e o dos emergentes quase triplicou; o brasileiro cresceu na casa dos 70%. No ano passado, o PIB per capita nacional caiu de US$ 16,2 mil para US$ 15,7 mil. Evidencia-se nos resultados o peso de uma máquina estatal que absorve em tributos mais de um terço da renda das famílias e empresas; cujo endividamento, elevado e crescente, demanda juros que deprimem os investimentos.  Sem um equacionamento gradual e planejado dos gastos, portanto, a política sodal está fadada a sofrer um ajuste, mais doloroso, imposto pelas leis da escassez - uma disputa caótica por verbas entre escolas, hospitais, aposentados e desempregados. (Folha de São Paulo)

 
 
 

Fundo Tecnológico
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) definiu os focos prioritários na atuação do Fundo Tecnológico ­ BNDES Funtec durante este ano, com orçamento disponível de R$ 100 milhões. De acordo com o banco, o apoio do BNDES Funtec será destinado em especial a projetos ligados à urbanização, segurança alimentar, envelhecimento da população, escassez de recursos naturais e mudanças climáticas. O BNDES Funtec é composto de partes do lucro do banco. São apoiados, com recursos não reembolsáveis, projetos estratégicos de inovação, executados por instituições de ciência e tecnologia (ICTs) em parceria com empresas. As ICTs poderão apresentar propostas em três datas­limite ao longo do ano, sendo que a primeira encerra­se em 29 de abril. (Valor Econômico)
 

 

    

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