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15/01/2016

         

Porto Alegre, 15 de janeiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.186

 

  Relat projeta início das exportações para o primeiro semestre 

A empresa Relat projeta iniciar as exportações de soro de leite em pó ainda no primeiro semestre deste ano. Localizada no município de Estação, no RS, a Relat conseguiu no final de 2015 a homologação do Ministério da Agricultura (MAPA) para comercializar o produto aos países que integram a lista geral. Além disso, a empresa obteve, em dezembro de 2015, a Certificação da Qualidade ISO 22000, que é um importante reconhecimento de segurança e qualidade do produto.

Segundo o diretor-geral da Relat, Claudio Hausen de Souza, desde a autorização, o trabalho tem sido no intuito do início das exportações. "Temos grandes expectativas, especialmente com a abertura recente de mercados, como o chinês e russo", avalia. O diretor-geral aponta como mercados interessantes os países da América Latina, como Peru e Colômbia, e os do norte da África, como Argélia e Marrocos.

A empresa é líder na fabricação de soro de leite em pó na região sul do Brasil. Atualmente, a fábrica tem produzido na sua capacidade máxima, de 65 toneladas por dia do insumo. De acordo com Hausen, a ideia é ampliar as vendas por meio das exportações. Apesar de o câmbio estar favorável à exportação, o preço do soro internacionalmente segue baixo. Mesmo assim, a expectativa é de que os valores reajam nos próximos seis meses, valorizando a exportação do produto.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), Alexandre Guerra, uma das metas do sindicado, no ano passado, era o de abrir novos mercados e o de trabalhar para habilitar novas plantas. Para Guerra, esses movimentos proporcionam condições para novos mercados e diminuem a pressão nas negociações dentro do país. Isso permite que as indústrias possam ter um crescimento sustentável.

"A conquista da Habilitação para exportação e da certificação da ISO pela Relat premia o trabalho sério e diferenciado da nossa associada, o que é muito bom para toda a indústria gaúcha. É um reconhecimento da qualidade do produto gaúcho, neste caso específico da Relat com o soro em pó", pontua Guerra. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

Crédito: Divulgação/Relat
 
 
 
Planalto promove tarde de campo sobre bovinocultura de leite

A propriedade do agricultor Odair Ferencz, na Linha Sete de Setembro, interior do município de Planalto, recebeu ontem (13) mais de 70 produtores locais na Tarde de Campo sobre Bovinocultura de Leite. O evento, organizado pela Emater/RS-Ascar, em parceria com a Prefeitura, Secretaria Municipal da Agricultura, Laticínios Frizzo e Cooper A1, foi realizado com o objetivo de fomentar a atividade leiteira no município.

Há 43 anos, a família Ferencz vive na propriedade da Linha Sete de Setembro. A bovinocultura é o carro chefe da propriedade, atividade desenvolvida há mais de 11 anos. Dos 15 hectares da propriedade, oito são destinados à produção de leite. Hoje, são 24 animais em lactação. Em determinadas épocas, esse número sobe para 39 animais. A produção média mensal é de 18,8 mil litros de leite, podendo a chegar, no inverno, a 27 mil litros.

Cinco estações dividiram importantes temas apresentados durante a Tarde de Campo. A primeira estação tratou sobre melhoramento genético do rebanho leiteiro, tema apresentado pelo representante da TAG do Brasil, Eloir Cristiano Wieczyrski. Os benefícios da padronização genética foram elencados, como a seleção de animais superiores e a exclusão de doenças genéticas, o que garante a seleção de animais melhoradores.

O tema qualidade do leite foi abordado pelo médico veterinário da Laticínios Frizzo, Leonardo Sperandio. Segundo ele, a atividade é uma das mais atrasadas do setor agropecuário. Estamos atrasados para começar a mudar. A Normativa 62 está aí e é preocupante a situação de alguns produtores. O problema não é o volume, mas a qualidade do leite produzido. Pode produzir pouco, mas com qualidade. Todo grande já foi pequeno. Se nos considerarmos pequenos, devemos melhorar sempre, para permanecer na atividade, produzindo com qualidade, exclamou. O médico veterinário falou ainda sobre os procedimentos necessários ao bom manejo, para controle das Contagem de Células Somáticas (CCS) e da Contagem Bacteriana Total (CBT).

A estação sobre manejo e adubação de pastagens foi apresentada pelo técnico em agropecuária da Emater/RS-Ascar de Palmitinho, Alex Rubin. A produção de leite à base de pasto é um dos métodos mais eficientes para o pequeno produtor, de baixo custo e alta produtividade. A escolha das variedades e o manejo adequado garantem a produção de pasto o ano todo.

Conservação do solo e gestão ambiental foram assuntos trabalhados pelo assistente técnico regional de recursos naturais da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, Carlos Roberto Olczevski. Um solo fértil permite a produção de forrageiras e de milho para ração e para silagem, e é um fornecedor de água e nutrientes, afirmou Carlos, apontando que o bom manejo do solo depende da fertilidade química, física e biológica. No caso da fertilidade química, é preciso realizar a coleta e análise de solo antes da implantação de pastagem. O cuidado com o solo deve fazer parte do planejamento da propriedade, já que. a produtividade está diretamente ligada ao manejo do solo, enfatizou Olczevski.

Para encerrar, o técnico em agropecuária da Emater/RS-Ascar de Alpestre, Alencar dos Santos, explicou aos participantes sobre manejo de silagem e produção de feno. Os produtores acompanharam o trabalho das máquinas na produção de feno, conhecendo os benefícios deste complemento para a atividade leiteira. A Secretaria da Agricultura de Planalto adquiriu máquinas para produção de feno e está disponibilizando o maquinário aos produtores interessados. O trabalho ainda está em fase de experimentação, mas vem beneficiando os produtores de Planalto.

A Tarde de Campo contou com a participação do prefeito de Planalto, Antonio Carlos Damin, do vice-prefeito e secretário da Agricultura, Gabriel Olkoski, do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), João Kosvoski, do gerente do escritório regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, Francisco Frizzo, e do gerente do setor de bovinocultura de leite da Cooper A1, Egon Grings. (Fonte: Emater/RS)

 
 
Novo presidente da Argentina implementa subsídios ao setor de lácteos

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, tem estado ocupado desde que assumiu o cargo em 10 de dezembro de 2015. Nesse curto período, Macri pôs fim a tarifas de exportação, revisou a agência de estatísticas do país, substituiu o presidente do banco central, nomeou dois juízes da Suprema Corte e permitiu que o peso argentino flutuasse livremente - e essa foi apenas a primeira semana no cargo. 

A ação rápida, de acordo com o novo presidente, é para ajudar a dar um salto na economia da Argentina na esperança de lidar com a inflação de 25% anual do país, reduzir suas dívidas fiscais e lidar com a taxa de pobreza de 29%, de acordo com o Wall Street Journal. O presidente está vendo as exportações agrícolas como uma forma para alcançar esse objetivo.

Macri não parou por aí, entretanto. Na semana passada, ele reuniu-se com membros importantes da indústria de lácteos para assinar um novo compromisso de suporte aos produtores e promover a indústria. O acordo inclui provisões para pagamentos diretos a fazendas, além do acesso a empréstimos de menores custos para operações de lácteos com dificuldades - tudo visando aumentar as exportações de lácteos da Argentina em curto prazo. Especificamente, o acordo inclui um subsídio de 40 centavos de peso (0,0296 dólares) por litro de leite para os primeiros 3.000 litros produzidos por dia durante a primeira metade de 2016. Isso é equivalente a um aumento de 33% ou 36.000 pesos (US$ 2.665,03) ao mês por produtor.

Em um período em que os cofres mundiais de leite em pó estão estourando, outro país fornecendo novos subsídios aos produtores de leite sugere que não há um fim à vista para as tendências atuais. Embora essas sejam boas notícias para a indústria de lácteos da Argentina, esse último acordo pode desencadear discórdia em produtores de leite dos Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia. 

Em 14/01/15 - 1 Peso Argentino = US$ 0,07403
13,5083 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do Daily Dairy Report)

Desigualdade de renda na China já é das maiores 

A China comunista tem um dos níveis mais altos de desigualdade de renda no mundo, e o 1% de famílias mais ricas detém um terço da riqueza do país, diz um relatório da Universidade de Pequim. Os 25% mais pobres entre os lares chineses detém apenas 1% da riqueza total do país, segundo o estudo. O Coeficiente de Gini chinês referente à renda, uma medida amplamente usada para mensurar desigualdade, ficou em 0,49 em 2012, diz o estudo. O Banco Mundial considera que um coeficiente acima de 0,40 indica desigualdade de renda grave. Entre os 25 maiores países em população monitorados pelo Banco Mundial, só a África do Sul e o Brasil são mais elevados, com 0,63 e 0,53, respectivamente. O número dos EUA é 0,41, ao passo que o da Alemanha é 0,3. 

O estudo do Instituto de Pesquisas em Ciências Sociais da universidade provavelmente reforçará os apelos por uma tributação mais progressiva e por um aumento dos gastos com bem¬estar social no país nominalmente comunista. O Coeficiente de Gini chinês na década de 1980 era de cerca de 0,3. "Não há dúvida de que a diferença de renda está ficando cada vez maior", disse Zhou Xiaozheng, professor de sociologia na Universidade de Renmin, em Pequim. "Os pobres estão ficando mais pobres e os ricos, mais ricos". Embora a desigualdade de renda da China seja mais grave do que outros grandes países, a desigualdade de riqueza é pior nos EUA. O 1% de famílias americanas mais ricas detinha 42% de toda a riqueza nos EUA em 2012, segundo pesquisa de Emmanuel Saez, economista da Universidade da Califórnia, em Berkeley. 

Corrupção desenfreada e rendas não declaradas são obstáculos à formulação de estimativas sobre os níveis de renda e riqueza na China. Os números são substancialmente maiores do que as estimativas oficiais. A agência de estatísticas chinesa disse no ano passado que o Coeficiente de Gini no país havia caído ligeiramente, para 0,469 em 2014, de 0,477 em 2011. Outra estimativa, de economistas respeitados na Universidade do Sudoeste de Finanças e Economia, em Chengdu, apontam que o Coeficiente de Gini ficou em 0,61 em 2010. O mais recente relatório é baseado numa pesquisa envolvendo cerca de 15 mil famílias em 25 províncias. Por outro lado, o Relatório Hurun divulgou ontem que o número de milionários na China cresceu 8% em relação ao ano passado, para 3,14 milhões. De acordo com a Lista dos Chineses Mais Ricos (2015), do Hurun, existem 596 bilionários (em dólares) no país, mais do que nos EUA. 

O governo chinês comprometeu¬se em atacar a desigualdade. "Nós queremos fazer o bolo crescer continuamente e, ao mesmo tempo, assegurar que ele seja dividido corretamente. A sociedade chinesa mantém há muito tempo o lema: 'Não se preocupe com a quantidade, preocupe¬se que todos tenham a mesma quantidade', escreveu Xi Jinping, o presidente chinês, no "Diário do Povo", jornal que é porta¬voz do governo, em 2014. (Valor Econômico)

 
Exportações de orgânicos do Brasil cresceram 15% em 2015, diz entidade
As exportações de produtos orgânicos por 77 empresas brasileiras associadas ao Projeto Organics Brasil totalizaram US$ 160 milhões no ano passado. O resultado é um aumento de 15% em relação ao ano anterior. Segundo Ming Liu, coordenador-executivo da Organics, que trabalha para a promoção dos produtos orgânicos brasileiros no mercado internacional, a grande surpresa foi o surgimento da China como 4º maior mercado mundial de orgânicos em 2015, atrás apenas dos Estados Unidos, Alemanha e França. "Mas os Estados Unidos representam pouco mais do que metade do mercado global e continua sendo a referência em termos de lançamentos e inovação no setor", disse ele. O mercado global atingiu a marca de US$ 72 bilhões, com crescimento de 11,5% em comparação com 2014. (As informações são do Valor Econômico)

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