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23/12/2015

 

         

Porto Alegre, 23 de dezembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.174

 

  A Produção de leite na Europa cresce, pesando sobre os mercados

A produção de leite na Europa continua subindo. Em outubro, foram 12,4 milhões de toneladas, 4,7% a mais (551.000 toneladas) em relação a um ano atrás, de acordo com a Eurostat. Muito deste crescimento veio da Irlanda (+117.000 toneladas, 27%); Holanda (+116.000 toneladas, 11%; e Alemanha (+84.000 toneladas, 3%). A captação na Holanda teve ouro crescimento em novembro (+135.000 toneladas, 14%).

No recente trabalho do US Dairy Council "Global Market Outlook" foi destacado que a Irlanda e a Holanda juntas, produzem mais leite que a Nova Zelândia. Assim sendo, o crescimento de dois dígitos da produção dos dois países do norte da Europa, cria significativo volume de estoques exportáveis.

O sistema de cotas vigorou no primeiro trimestre de 2015 na Europa e os produtores eram penalizados com multas. Desde então, no entanto, a produção tem crescimento rapidamente: Entre abril e outubro, a captação cresceu 2,9% em relação ao último ano, e 8,4%, em relação a dois anos atrás.

Mesmo diante da fraqueza do mercado global as principais indústrias europeias continuaram pagando os produtores mais de €30/100 kg, [R$ 1,37/litro] - um nível suficiente para muitos que estão encontrando preços de alimentação animal e combustíveis nos menores preços em seis anos. Na realidade, o preço do leite ao produtor aumentou ligeiramente, desde o último verão, garantindo processamento pleno em novas plantas.



Com mais leite do que o necessário, muito do excedente é transformado em leite em pó desnatado (SMP) e manteiga. Entre abril de setembro, a produção europeia de SMP cresceu 7,3% e a de manteiga 3,9%, quando comprada com 2014. Parte deste crescimento de produção está fazendo aumentar os estoques, incluindo os programas de intervenção governamental.

As compras públicas de intervenção foram retomadas no último mês, à razão de 1.710 toneladas de SMP por semana - elevando os estoques para 30.353 toneladas em 13 de dezembro. Atualmente o preço de intervenção é de US$ 1.847/tonelada, muito perto do valor comercial do SMP.

Estão saindo de 3.000 a 4.000 toneladas de SMP dos estoques do Programa de Ajuda ao Armazenamento Privado (PSA) por mês, apenas duas vezes mais são acolhidos, fazendo os estoques privados crescerem. Embora a contribuição da Irlanda para os excedentes deva desacelerar nos próximos meses, quando o país entrará no período de baixa temporada, a previsão é de que a produção de leite na União Europeia (UE) continuará se expandindo em 2016. A maioria das projeções apontam para algo em torno de 0,8% e 1,2% a mais que em 2015.

O crescimento deverá manter-se forte, especialmente na Irlanda. A agência de desenvolvimento agroalimentar da Irlanda, Teagasc, projeta expansão de 7% na produção de irlandesa, em 2016. Com o excesso de leite nos mercados globais, o superávit europeu pesará sobre os preços das commodities mundiais no próximo ano. Isto irá manter a pressão competitiva sobre os exportadores norte-americanos em 2016. O USDEC projeta a manutenção das condições dos mercados globais de lácteos, com preços oscilando em níveis abaixo dos verificados nos últimos cinco anos. (USDEC/Tradução Livre: Terra Viva)
 
 
GO: falta de chuva pode acarretar prejuízo de R$ 448 mi em Goiás, diz Faeg

A falta de chuva tem afetado prejudicialmente as plantações de soja e outras culturas nos municípios do centro-norte de Goiás. De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), a estimativa de perda chega a 20% nessas regiões e um total de 4,2% em todo o estado. Em valor, a previsão é cerca de R$ 448 milhões em prejuízos em Goiás. Preocupada com essa situação, a entidade convocou uma reunião emergencial, que acontece nesta terça-feira (22) às 9h30 da manhã, na cidade de Porangatu. Na ocasião, estarão presentes os produtores dos municípios afetados e representantes do setor, que juntos devem buscar medidas e soluções diante do grave problema.

Para o presidente da Faeg, José Mário Schreiner, a preocupação da Federação vem ao encontro dos graves problemas no que diz respeito a falta de chuva nessas regiões, seguidas pelas consequências do fenômeno El Niño. "Convocamos essa reunião durante um período de extrema preocupação tanto para a Faeg, quanto para os produtores rurais, principais afetados nessa situação. Nosso maior objetivo é discutir os efeitos negativos perante esses problemas e buscar mediadas emergências para que mais produtores não sejam tão afetados", destaca.

O presidente lembra, que Goiás enfrenta o terceiro ano consecutivo com problemas climáticos, com chuvas bem abaixo da média esperada. "E esse ano, as consequências para o Norte do estado, foram maiores. Com isso, muitos municípios estão sendo castigados por uma forte seca e um período longo de estiagem". Segundo Schreiner, esses fatores, prejudicam gradativamente a agricultura e a pecuária do estado.

A reunião também servirá para levantar informações sobre as principais culturas afetadas, além de discutir medidas como por exemplo, a importância do seguro rural, perante essas situações. Todos estão convidados para participarem e levantar novas soluções para diminuir os danos da agricultura e agropecuária de Goiás. (As informações são da FAEG)

Ligeira alta nos preços dos lácteos no mercado internacional

No leilão de número 154 da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado na segunda quinzena de dezembro, os produtos lácteos terminaram cotados, em média, em US$2,5 mil por tonelada.

Em relação ao evento anterior, houve aumento de 1,6%. Foi a segunda alta consecutiva. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o preço médio caiu 5,8%. No caso do leite em pó, o preço médio ficou em US$2,3 mil por tonelada, uma alta de 2,0% frente ao leilão da primeira quinzena de dezembro.

Neste cenário de aumento da produção de leite na Europa, Oceania e Estados Unidos e de demanda desaquecida, principalmente por parte da China, as empresas participantes vem ajustando a oferta de produtos lácteos nos leilões, o que tem dado sustentação as cotações de alguma maneira. Porém, a expectativa no mercado internacional é de uma maior movimentação a partir de meados de 2016. (Scot Consultoria)

Palmitinho desenvolve programa de incentivo à atividade leiteira

Com a proposta de incentivar e desenvolver a cadeia produtiva de leite no município de Palmitinho a Emater/RS-Ascar, em parceria com a Prefeitura e a Associação dos Produtores de Leite de Palmitinho (Aprolpal), lançaram em 2013 o Programa Mais Pasto Mais Renda. Após realizar capacitações aos produtores, na manhã de ontem (21), foi feita a entrega do calcário, adubo e da ureia para correção e melhoramento do solo aos agricultores familiares dispostos a implantar ou recuperar um hectare de pastagem perene.

O objetivo do Mais Pasto Mais Renda é incentivar a implantação de pastagem perene para produção de leite, assim como o uso de adubação em pastagens, ampliar a produção de pasto por área e, consequentemente, aumentar a renda da unidade de produção familiar. Os produtores receberam os insumos conforme análise de solo, seguindo um critério técnico, levando em conta o solo e a pastagem a ser implantada ou recuperada.

"O Mais Pasto Mais Renda é um Programa que utiliza recursos do Estado e do município e contempla agricultores familiares com interesse de implantar ou recuperar um hectare de pastagem perene. O Programa fornece insumos conforme a necessidade de cada solo, calculado por análise, para correção e melhoramento da fertilidade do solo", explicou o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Jeferson Vidal Figueiredo.

Ao todo, são 168 famílias de agricultores beneficiadas com o Programa. A aquisição das 1,2 mil toneladas de calcário foi realizada com 50% do recurso do Estado e outros 50% subsidiados pela Prefeitura, um total de R$ 120 mil. O adubo e a ureia foram adquiridos com recursos do Estado, 80%, e do município, 20%, uma soma de R$ 170 mil.

O ato de entrega dos insumos contou com a presença prefeito de Palmitinho, Luis Carlos Panosso, do secretário Municipal da Agricultura, Leandro Albarello, do gerente adjunto do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, Mario Coelho da Silva, e demais lideranças locais. (Fonte: Emater/RS)

Conseleite/GO

Em busca de uma maior transparência na publicação dos preços reais de leite praticados no mercado goiano, e de soluções conjuntas para os principais gargalos relacionados ao setor lácteo, a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), juntamente com o Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Goiás (Sindleite) e produtores dos quatro cantos do estado, retoma as discussões relacionadas à criação do Conseleite, uma associação civil que reúne, de forma paritária, produtores de leite de Goiás e as indústrias de laticínios que processam a matéria-prima.

Desde o ano de 1998 a Federação tenta implantar em Goiás um conselho para a área do leite, com base nas delimitações do Conseleite do estado do Paraná, porém, naquele período, as indústrias goianas não se mostraram favoráveis à criação. Como a manutenção do conselho requeria um custo mensal, o gerente de Assuntos Técnicos e Econômicos da Faeg, Edson Alves, explica que na época a Federação chegou a oferecer o pagamento de parte desse valor e o restante ficaria a cargo das indústrias, mas nada foi acertado e o diálogo acabou estagnado. Com a retomada das discussões, o futuro Conseleite de Goiás seguirá, como supracitado, boa parte das configurações do Conselho do Paraná. Sob essa perspectiva, utilizará uma metodologia de cálculo desenvolvida pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), sendo que a nível goiano poderá ser executada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) ou pela Universidade Federal de Goiás (UGF). (FAEG)

AL adia votação do PL 414
Por falta de quórum, a Assembleia Legislativa não votou ontem o projeto de lei (PL) 414, que prevê regras para a coleta e transporte de leite no Estado. A apreciação ficou para a próxima semana e poderá ocorrer nos dias 28, 29 ou 30, em sessão extraordinária que será convocada pelo governo. Esta é a segunda vez que a votação da proposta é adiada. "A política é a arte de negocia- ção", disse o deputado Gabriel Souza, responsável por articular o PL com as entidades ligadas ao setor lácteo. O parlamentar vai solicitar preferência e se disse confiante de que o texto será votado ainda em 2015. (Correio do Povo)
 

 

    

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