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21/12/2015

Porto Alegre, 21 de dezembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.172

 

  Conseleite indica queda do leite em 2015

Balanço anual divulgado na manhã desta segunda-feira (21/12) pelo Conselho Estadual do Leite (Conseleite) indica que 2015 foi de retração de preços e dificuldade ao produtor e à indústria. Em valores corrigidos pelo IPCA, o preço do litro do leite referência caiu 8,5% no último ano, passando de R$ 0,9286, em 2014, para R$ 0,8492, em 2015. A redução é ainda mais expressiva se levar em conta o valor de 2013, quando o leite valia R$ 0,9837. O presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, ponderou que a situação é ainda mais delicada em função do aumento expressivo de custos verificado ao longo deste ano, o que foi impulsionado pela valorização do dólar.

Em relação, especificamente, a dezembro de 2015, o Conseleite projeta leve queda de 1,33% no preço do leite. O preço de referência estimado para o leite padrão é de R$ 0,8405 frente ao consolidado de novembro, que ficou em R$ 0,8519. Os números refletem a tradicional redução de final de ano. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, anualmente o preço tende a cair nessa época do ano. "É quando o comércio está mais focado em comprar produtos festivos", pontuou.

A análise dos dados também permite constatar o aumento da produção de leite em pó nas indústrias do Rio Grande do Sul. Em 2015, o produto absorveu 35,23% do leite captado no Estado, valor que, em 2008, era de apenas 10%.  Por outro lado, houve uma redução da fatia de leite UHT, que passou de 60% (em 2008) para 49,4% (em 2015). "O leite em pó se pode estocar. Dá uma vida maior ao mercado", ponderou Rodrigues.

Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ - Novembro de 2015.

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)
 
A Tabela 2 mostra os valores projetados para o preço de referência no mês de dezembro de 2015, tanto do preço de referência do leite padrão quanto dos preços de referência acima e abaixo do leite padrão.
 

Tabela 2: Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ - Dezembro de 2015.
 

Legenda: Alexandre Guerra em reunião do Conseleite nesta segunda-feira (21/12)
Crédito: Carolina Jardine/ Divulgação


 
Reunião de associados debate cenário de 2016
Reunidos na sede do Sindilat na tarde desta segunda-feira (21/12), associados debateram as projeções de mercado para 2016 e os desafios a serem atingidos. Lideranças das principais indústrias de laticínios gaúchas avaliaram o impacto do aumento da carga tributária, de ICMS e do custo das embalagens nas finanças do próximo ano. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, pontuou a relevância de manter a competitividade dos laticínios para assegurar atividade em um ano que se avizinha com cenário de crise.

A reunião também marcou a aprovação de contas de 2015 e a previsão orçamentária de 2016. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, pontuou a agenda de feiras e eventos onde o Sindilat estará presente. O presidente Guerra ainda pontuou o avanço do projeto realizado em parceria com a Embrapa Clima Temperado pra avaliação de medidores de vasão, medida que foi alvo de encontro neste mês em Pelotas. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Rebanho leiteiro da Nova Zelândia encolhe com fim do "boom" do leite

O rebanho leiteiro da Nova Zelândia caiu pela primeira vez em uma década à medida que o fim do boom do leite levou os produtores a abater os animais para reduzir os custos de produção.

Os preços globais dos lácteos caíram em 65% em termos de dólar dos Estados Unidos entre fevereiro de 2014 e agosto de 2015, devido à maior oferta, às sanções às importações impostas pela Rússia e à menor demanda chinesa. Os preços aumentaram desde os baixos valores alcançados em agosto, mas continuam bem abaixo das médias de longo prazo.

O número de gados leiteiros da Nova Zelândia caiu para 6,4 milhões em junho, de acordo com dados oficiais, uma queda de cerca de 300.000 com relação ao ano anterior e a primeira redução anual desde 2005. Os dados foram divulgados à medida que o Reserve Bank of New Zealand alertou na terça-feira que metade dos produtores de leite do país teve perdas em 2014-15, levando o banco a emprestar ao setor 10% mais, para NZ$ 40 bilhões (US$ 27 bilhões). Quatro em cinco produtores deverão ter fluxos de caixa negativos em 2015-16.

O Banco Central está preocupado com a exposição dos bancos ao setor leiteiro, que passou por uma expansão rápida na última década à medida que os produtores buscaram suprir a crescente demanda por leite da China.

No mês passado, o RBNZ pediu aos cinco maiores credores ao setor que testassem a estabilidade de seus empréstimos ao setor de lácteos. Uma desvalorização do dólar neozelandês ajudou a amortecer as quedas afiadas nos preços dos lácteos, mas o RBNZ está falando para os principais bancos garantirem que estão fazendo provisões realistas para refletir um aumento esperado nos empréstimos causados pelos persistentes preços baixos dos lácteos.

 

O economista rural do ANZ Bank, Con Williams, disse que os produtores estavam reconfigurando seus negócios para reduzir os custos de produção, que envolveram abate de vacas de baixo desempenho e foco nas pastagens ao invés de nas rações. "Isso, combinado com uma forte redução em novas conversões para a produção leiteira [onde os produtores mudam seu foco de produção primário para produzir leite] levaram à queda nos números dos rebanhos".

O Ministério de Indústrias Primárias da Nova Zelândia disse na terça-feira que espera que a produção de leite caia em 7% em 2015-16. Porém, o Ministério previu que os preços se recuperarão no final de 2016 e no começo de 2017 à medida que a demanda aumenta.

A crise do setor leiteiro segue o forte desempenho da economia da Nova Zelândia nos últimos anos, que permitiu que o governo do primeiro ministro, John Key, equilibrasse seu orçamento em 2015.

Na terça-feira, o governo previu um déficit de orçamento de 0,2% do produto interno bruto. Porém, a expectativa é que haja períodos melhores, projetando uma recuperação no crescimento econômico para 2,4% em 2017, depois de cair em 2,1% em 2016 e 3,2% nesse ano. O Ministério de Indústrias Primárias disse que o crescimento nas exportações de carnes, lã, horticulturas e silvicultura compensarão pelos fracos preços dos lácteos, permitindo que as exportações agrícolas alcancem NZ$ 37,6 bilhões (US$ 25,41 bilhões) no final do ano que termina em junho de 2016, NZ$ 1,9 bilhão (US$ 1,28 bilhão) a mais do que no ano anterior. As informações são do The Financial Times.

Em 17/12/15 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,67599
1,47931 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)

Produtores uruguaios admitem desilusão nos negócios com a Venezuela

O presidente da Associação Nacional de Produtores de Leite (ANPL), Rodolfo Braga, disse que o negócio de lácteos à Venezuela "gerou expectativas no setor em um momento difícil", mas admitiu que a operação não foi como esperava.

"A realidade mostra que das 44 mil toneladas de leite em pó que foram distribuídas à Conaprole, foram exportadas 24 mil", e disse que dos US$ 90 milhões previstos "apenas receberam US$ 12 milhões".

Braga disse também que a situação preocupa os produtores, porque "havia certa tranquilidade de que essa operação estava avaliada pelo governo. No entanto, o dinheiro não chega e não haverá capacidade na indústria para alterar o preço ao produtor para alcançar uma rentabilidade mínima".

Além do negócio da Conaprole, o acordo incluiu a venda de queijos da Calcar, Pili e Claldy, onde já foram exportadas 4.275 toneladas - um terço do total - por US$ 21,8 milhões.

Braga disse que o setor leiteiro terá que reformular sua gestão econômica e produtiva com vistas ao próximo ano, como consequência da debilidade das margens do negócio e a expectativa de preço do leite enviado às indústria, que se verão reduzidos pela finalização do fundo de estabilização da Conaprole nos próximos meses.

Braga disse que o produto poderá continuar trabalhando, ainda que com uma margem crítica de rentabilidade, à medida que a capacidade do Banco da República (BROU) permita isso através do terceiro fundo leiteiro ou com outro tipo de assistência.

O dirigente admitiu que esse ano tem sido muito difícil pela adversidade climática, que incluiu uma seca importante e uma queda muito forte dos preços internacionais dos lácteos, assim como também o aumento pronunciado do dólar afetou os custos de produção e obrigou finalmente a recorrer ao novo fundo de financiamento para o setor.
Braga explicou que, como consequência, o setor tem que reprogramar-se com vistas ao próximo ano, sobretudo frente a uma nova realidade econômica do setor que tem que ter uma capacidade de pagamento ao futuro e de forma sustentável com a nova realidade de preço dos mercados.

Braga disse que o Uruguai é tomador de preços de um mercado ao qual exporta mais de 70% de sua produção, de forma que se espera com certa ansiedade que haja sinais positivas dos preços, que estão muito reduzidos. O dirigente advertiu que a ANPL fará as gestões necessárias para que o custo país incida o menos possível na produção.

No atual marco de dificuldades do setor leiteiro, é necessário considerar o endividamento que existe no setor. Por isso, os produtores serão obrigados a buscar uma maior produtividade, destacou o Braga. "Necessariamente terão que tratar de ser economicamente viáveis, há que maximizar os recursos e gerar economia onde for possível para ter uma equação econômica apropriada". (As informações são do El Observador.)

A partir de janeiro, Leite Dália terá selo em apoio ao Instituto do Câncer Infantil do RS
A partir do mês de janeiro de 2016, o consumidor que adquirir qualquer versão do Leite Dália estará contribuindo com o Instituto do Câncer Infantil (ICI) do RS. O acordo comercial entre a Dália Alimentos e a entidade foi assinado na terça-feira, dia 15 de dezembro, na nova sede do instituto, em Porto Alegre. O documento formaliza que parte do valor obtido com a compra de cada litro de Leite Dália seja revertido ao Instituto do Câncer Infantil. Fará parte da campanha toda linha de Leite Dália - integral, desnatado, semidesnatado e zero lactose - nas embalagens com as versões basic e edge (tampa rosca). Para sinalizar a campanha, cada caixinha estará identificada com o "Selo da Coragem", que representa a causa e a missão do ICI, através da imagem de um leão. O slogan é "Com o Pouquinho de Muitos Somamos Milhões." (Assessoria de Imprensa Dália Alimentos)
 

 

    

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