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17/12/2015

         

Porto Alegre, 17 de dezembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.170

 

Testes com medidores começam em janeiro

O projeto "Metodologia de Coleta de Automática de Amostras de Leite", desenvolvido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) em parceria com a Embrapa Clima Temperado e Cosulati, começará a fase de testes em janeiro de 2016 e deve contribuir para um avanço significativo na qualidade da produção estadual. Segundo o chefe geral da Embrapa Clima Temperado, Clenio Pillon, o RS tem totais condições para expandir sua produção, conquistar mercados e ser líder nacional em qualidade. "Estamos dando a largada nesse projeto que é uma conquista do Estado. Vai colocar o RS na posição de referência que ele merece. Com ele, temos condições de dar garantias de forma absoluta à sociedade. O Rio Grande do Sul tem todas as condições de alavancar a produção de leite e ser o maior exportador do Brasil. Temos base genética, produção, qualidade, tecnologia e conhecimento para isso", pontuou, durante abertura de workshop realizado na nesta quinta-feira (17/12), em Capão do Leão.

Pioneiro, o programa deve iniciar os testes em janeiro com equipamentos de cinco empresas (Bartec, Fabbo Bombas, Arsopi, Gea Equipamentos e Gimenez) e traçar um comparativo com os resultados obtidos pelo sistema convencional de amostras (manual), a coleta por um técnico da Embrapa e a coleta automática de leite. A expectativa é que mais de 20 mil amostras de leite sejam coletadas nos próximos 15 meses. Em seguida, os dados serão tabulados de forma a avaliar o impacto do sistema de coleta automático - alguns desenvolvidos por multinacionais -  frente às condições de estradas, diferentes volumes, variações sazonais e verificar possíveis ajustes a serem promovidos nos equipamentos para que, então, ele seja promovido junto ao setor industrial. "É importante verificar como esses equipamentos podem ser utilizados na realidade das propriedades gaúchas que têm entrega em volumes bem menores do que as da Europa, Argentina e Uruguai. Depois vamos tentar uma articulação por isenção que viabilize sua instalação em larga escala pelas empresas", pontuou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, que, ao lado de uma comitiva de autoridades e jornalistas, acompanhou roteiro de coleta por propriedades em Capão do Leão.

Segundo a pesquisadora em Qualidade do Leite da Embrapa Clima Temperado, Maira Zanela, o projeto significa uma mudança no formato da pesquisa, uma vez que adota um modelo de parceria com o setor produtivo.  A especialista explicou que o sistema prevê a coleta automática sem interferência humana. Os equipamentos fornecem, em tempo real, dados como volume de leite, temperatura, hora de coleta, dados do produtor, do transportador e da indústria. Alguns deles ainda dispõem de GPS acoplado que permitem georreferenciar o processo, o que indica o local exato das propriedades e trava qualquer tipo de captação fora de rota.  "É uma forma de qualificar o processo de rastreabilidade para conquistar novos mercados", ressaltou Guerra. 

Maira acrescenta que, com os resultados dos testes, será possível verificar quais as indicações do sistema para a realidade brasileira, como captação mínima, número de produtores por linha e diâmetro de mangueira de caminhão. Desses apontamentos, resultarão recomendações que poderão ser utilizadas pelas empresas na hora de aderir ao sistema de amostras e controle de vasão automatizada. "Temos que ver como esses equipamentos funcionam na nossa realidade e possíveis adequações necessárias", pontuou o secretário Ernani Polo, lembrando dos avanços esperados com a implementação da Lei do Leite, que intensificará a fiscalização de toda a cadeia produtiva.  "São vários processos que precisam ser monitorados para que o leite que sai bom dos tetos da vaca chegue perfeito ao consumidor. Reconhecemos a importância econômica e social do setor. A economia de diversos municípios está ligada à renda do leite", completou.

O vice-presidente do Sindilat e diretor da Cosulati, Raul Amaral, pontuou o pioneirismo dos testes e a ação do sindicato, mas lembrou que ainda há muito trabalho pela frente. "É um grande programa que o Sindilat e a Embrapa oferecem à cadeia do leite", frisou. 

Presente na solenidade, o deputado Gabriel Souza destacou a força do setor e se disse curioso em ver o sistema funcionando. Veterinário, o parlamentar fez questão de participar do workshop e de manifestar apoio ao setor na votação da Lei do Leite. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Créditos: Carolina Jardine
 

 
 
Dia do Leite na Escola movimenta colégio de Porto Alegre

A terceira edição do "Dia do Leite na Escola", realizada nesta terça-feira (15/12), movimentou o colégio Ildefonso Gomes, no bairro Santana, em Porto Alegre. Cerca de 60 crianças, entre 6 e 12 anos, participaram das atividades promovidas pela Secretaria da Agricultura (Seapi) com apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat). Através de apresentações lúdicas, o projeto mostra todo o processo de produção do leite, desde o produtor até chegar na prateleira do supermercado. 

Além de contribuir com informações sobre a cadeira produtiva do leite, a oficina esclarece as principais dúvidas dos estudantes. "A cada encontro, vemos a importância dessa ação. As crianças aproveitam para tirar todas as dúvidas, desde a diferença entre os tipos de leite até como é feita a ordenha", destaca Liskettelen Pedroso Lorscheiter, estudante de Medicina Veterinária e uma das responsáveis por interagir com as crianças. 

Escolas interessadas em participar do projeto devem entrar em contato com a equipe do Dia do Leite na Escola por meio do email fundoleite@agricultura.rs.gov.br ou pelo telefone (51) 3288-6305 e solicitar a realização da oficina. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Seapi/Divulgação

Exportações do Rio Grande do Sul avançaram 24,8% em novembro

As exportações do Rio Grande do Sul cresceram 24,8% em novembro, na comparação com o mesmo mês de 2014, e totalizaram US$ 1,31 bilhão. A principal contribuição veio dos produtos básicos (commodities), que registraram avanço de 307% devido à demanda elevada por soja da China. Por sua vez, o setor industrial gaúcho respondeu por 81,6% de tudo que o Estado embarcou e aumentou em 9,2% suas vendas no período, somando US$ 1,07 bilhão.

Este foi apenas o segundo crescimento nessa base de comparação desde março. O outro havia sido em setembro, quando houve a contabilização de uma plataforma de petróleo e gás como exportação. "Tivemos uma notícia animadora vinda da Argentina, que anunciou a retirada das barreiras à importação a partir do início do ano que vem. A taxa de câmbio também deverá ajudar", afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor José Müller, ao avaliar a balança comercial.

De um total de 23 segmentos fabris que realizaram embarques, oito cresceram, oito caíram e sete se mantiveram estáveis. As categorias com as maiores contribuições positivas foram celulose e papel (313,3%), madeira (300%) e alimentos (12,5%). Já produtos químicos (-10,3%) e máquinas e equipamentos (-7,5%) sofreram as quedas mais significativas.

Em relação aos parceiros comerciais de novembro, em relação a igual mês do ano passado, a China ficou em primeiro lugar (US$ 173,8 milhões), elevação de 181%, com a soja como produto mais solicitado. A segunda posição do ranking ficou com a Argentina (US$ 125,3 milhões), que aumentou em 24,3% as encomendas e recebeu principalmente veículos automotores. Na sequência vieram os EUA (US$ 93,0 milhões), ao expandirem em 15,3% seus pedidos, basicamente tabaco não-manufaturado.

Ainda nessa base de comparação, as importações totais gaúchas caíram 40,5%, somando US$ 841 milhões - o menor valor registrado desde 2006. Com exceção de combustíveis e lubrificantes (6,3%), todas as categorias de uso tiveram diminuições. Aproximadamente 75% da queda é explicada pelos bens intermediários (-47,8%), que estão diretamente atrelados à fraca dinâmica industrial. Além disso, a desvalorização da taxa de câmbio e o pessimismo dos empresários em relação ao futuro ajudam a explicar o resultado.

Entre janeiro e novembro, as exportações retraíram 5,4%, enquanto a indústria recuou 8,2%. Coque e derivados de petróleo (-82,4%), tabaco (-14,5%), couro e calçados (-13,4%), produtos químicos (-10,4%) e produtos alimentícios (-7,5%) lideraram as perdas.

Agronegócio gerou 64% das vendas externas do Estado
Do total das exportações gaúchas, o agronegócio respondeu por 64,64%, ou US$ 845 milhões. O volume de produtos do setor embarcados no mês passado alcançou 1,418 milhão de toneladas. Os dados são do Ministério de Desenvolvimento e Comércio Exterior e foram compilados pela Federação da Agricultura (Farsul).

A receita de exportação do agronegócio em novembro teve um crescimento de 46,51% com relação ao mesmo período do ano passado. A alta foi puxada pela soja em grãos, cujos embarques foram de 550 mil toneladas - elevação de 911%. Com isso, o valor exportado desse produto aumentou 744%, alcançando US$ 207 milhões, apesar da queda no preço pago pela commodity.

No acumulado de 2015 o Estado exportou US$ 10,990 bilhões em mercadorias do agronegócio, queda de 3,57% ante igual intervalo de 2014. Nesse caso, a alta no volume não foi suficiente para compensar a redução no valor. A China é o principal destino das vendas do agronegócio gaúcho, com 38% do total de 2015. Atrás estão Vietnã (3,7%), EUA (3,7%) e Coreia do Sul (3,6%). (Jornal do Comércio)

Produção alta de leite na UE afeta recuperação de preços, diz Rabobank 

O crescimento da produção de leite na União Europeia, reflexo do fim do regime de cotas no bloco, deve afetar a recuperação dos preços internacionais de lácteos, de acordo com relatório do banco holandês Rabobank sobre o quarto trimestre deste ano. Conforme o estudo, os preços internacionais dos lácteos se estabilizaram no quarto trimestre deste ano, mas não mostraram sinais de recuperação. O crescimento da produção da matéria¬-prima desacelerou em regiões exportadoras de lácteos, mas não o suficiente para evitar um pequeno aumento no excedente exportável, segundo o relatório. 

Para reduzir esse excedente num cenário de fracas importações da China e da Rússia, os exportadores tiveram de vender produtos em mercados que pagam menos, conforme a instituição. Mas o banco espera que "travas" à produção de leite sejam postas em prática nas regiões exportadoras no primeiro semestre de 2016, embora de forma menos dramática e menos uniforme do que se imaginava há alguns meses. Isso porque a pressão nas margens na UE parece agora insuficiente para impedir o aumento da produção na região no primeiro semestre. Ao mesmo tempo, diz o banco, preços mais baixos e alguma melhora na renda devem promover aumento nas compras em regiões deficitárias. 

Na análise do Rabobank, essa dinâmica irá levar a uma redução gradual dos estoques excedente no decorrer do primeiro semestre de 2016, e os estoques devem se aproximar de níveis normais em meados do ano. Nesse cenário, afirma o banco, a recuperação deve ser adiada e a expectativa é de uma trajetória de preços mais fraca do que o esperado há alguns meses. O banco destaca que a produção de leite na Europa -- onde o regime de cotas chegou ao fim em abril deste ano -- continua a crescer de forma expressiva. Nos sete meses desde o fim das cotas, as entregas de leite cresceram 2,5% na comparação anual (alta de 2,2 milhões de toneladas). (Valor Econômico)

 
 
 
Exportação de lácteos aumentou em novembro
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em novembro o Brasil exportou US$37,1 milhões em produtos lácteos. Na comparação com outubro, o faturamento aumentou 12,7%. O volume embarcado também cresceu. Passou de 7,5 mil toneladas em setembro para 8,7 mil toneladas em novembro de 2015. O produto mais exportado foi o leite em pó, que somou 7,6 mil toneladas e US$34,5 milhões em faturamento. Os principais compradores, em valor, foram a Venezuela, os Emirados Árabes e a Arábia Saudita, nesta sequência de importância. Na comparação com igual período de 2014, tanto o volume como o faturamento tiveram incremento de 31,5% e 23,9%, respectivamente. O início da safra no país, junto ao dólar valorizado na comparação com igual período do ano passado, são fatores que colaboram para o cenário. (Scot Consultoria)
 

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