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11/12/2015

         

Porto Alegre, 11 de dezembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.166

 

   Sindilat entrega prêmios em noite de comemoração

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) recebeu, nesta quinta-feira (10/12), autoridades, lideranças do setor, parlamentares, associados e imprensa para seu tradicional jantar de confraternização. Com a presença do governador José Ivo Sartori, dos secretários de Estado Maria Helena Sartori, Ernani Polo e Tarcísio Minetto e deputados a solenidade foi marcada por emoção e entrega de prêmios e homenagens. Na ocasião, o Sindilat anunciou os vencedores do 1º Prêmio Sindilat de Jornalismo e do troféu Destaque 2015, que homenageou personalidades e instituições que atuam em prol do agronegócio.

No jantar, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, ressaltou as conquistas e dificuldades do sindicato ao longo do ano. No âmbito estadual, citou a Lei do Leite, projeto construído em parceria com entidades do setor, e o enfrentamento de momentos adversos como a greve dos caminhoneiros e o projeto de lei que previa redução de 30% dos créditos presumidos. "Essa medida foi essencial para manter a competitividade do produto gaúcho", destacou Guerra. 

Em Brasília, encampou o projeto de lei que permite o uso de créditos de PIS/COFINS para ações de qualificação da produção leiteira. "O setor lácteo viveu um ano de margem ajustadas e muito trabalho para manter-se vivo em meio à crise anunciada", avaliou o presidente do Sindilat. Com o objetivo de assegurar a qualidade do produto e mostrar  a seriedade da cadeia produtiva, o Sindilat concretizou, no segundo semestre, um projeto de pesquisa inédito de avaliação do desempenho de medidores de vazão e a coleta automática de amostras de leite. Os estudos que estão sendo operacionalizados pela Embrapa Clima Temperado com apoio da Cosulati, em Capão do Leão, terão os seus primeiros resultados já no início de 2016.

Homenageada com o Troféu Destaque 2015, na categoria Responsabilidade Social, a secretária de Políticas Sociais e primeira-dama, Maria Helena Sartori, agradeceu a parceria do Sindilat em relevantes ações sociais desenvolvidas ao longo do ano. Além da doação de 25 mil litros de leite a hospitais e instituições do Estado no dia Estadual do Leite, esteve ao lado do governo nas arrecadações de mantimentos para os atingidos durante as enchentes de Porto Alegre. Aproveitou a oportunidade para agradecer mais uma doação feita pelo Sindilat, desta vez de mil unidades de achocolatados, que serão repassadas à Fundação de Proteção Especial do RS. Em seu pronunciamento, o governador José Ivo Sartori fez coro ao discurso da primeira dama reforçando a solidariedade das indústrias lácteas gaúchas. E pediu apoio dos presentes para que se envolvam em ações sociais seguindo o exemplo dado pelo Sindilat. 

No Prêmio Destaques 2015, além da primeira dama, outras oito personalidades do setor público e privado receberam a distinção por terem se destacado em suas áreas de atuação ao longo do ano. Foram reconhecidos com o prêmio:

Destaque Agronegócio Nacional: 
Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu. 

Destaque Agronegócio Estadual:
Secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo

Destaque Setor Público
Secretário de Desenvolvimento Rural, Tarcísio Minetto

Destaque Inovação
Sociedade Educacional Três de Maio - SETREM

Destaque Responsabilidade Social
Secretária de Políticas Sociais, Maria Helena Sartori

Destaque Pesquisa
Embrapa Clima Temperado 

Destaque Industrial
Cooperativa Languiru

Destaque Personalidade 
Empresário Zildo De Marchi 

Destaque Servidor Público
Fiscal federal agropecuário do MAPA, Ana Lucia Stepan 
(Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
 
Divulgados vencedores do 1º Prêmio Sindilat de Jornalismo
 
A festa de comemoração do Sindilat ainda foi marcada pela entrega do 1º Prêmio Sindilat de Jornalismo. O objetivo foi reconher os melhores trabalhos produzidos pela mídia especializada no setor lácteo. O primeiro colocado em cada categoria recebeu, além do troféu, um Iphone 6. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, aproveitou para destacar o empenho de todos os profissionais na cobertura diária do setor. 
 
Conheça os vencedores: 
 
Impresso
1º lugar: Cleidi Pereira / Zero Hora (RS) - Foco no futuro do Leite
2º lugar: Danton Jr e Bruna Karpinski / Correio do Povo (RS) - Robô substitui mão de obra na ordenha
3º lugar: Bruna Karpinski / Correio do Povo (RS) -  Queijo com identidade serrana
 
Eletrônico
1º lugar: Dulciana Sachetti/RBSTV Santa Rosa (RS) - Modelo Confinamento Free Stall: tecnologia leiteira garantindo a sucessão familiar no campo 
2º lugar: Marcelo Kielling / Rádio Diário-Diário da Manhã (RS) - Produtividade e os Desafios da produção leiteira no RS
3º lugar: Bruna Essig/ Canal Rural (RS) - Chuva traz impactos à produção de leite
 
Fotografia
1º lugar: Diogo Zanatta / Zero Hora (RS) - Para não deixar furo
2º lugar: Diogo Zanatta/ Zero Hora (RS) - Qualidade Remunerada 
3º lugar: Tarsila Pereira/Correio do Povo (RS) - Produtores de leite protestam contra a crise
 
On Line
1º lugar: Ângela Prestes/ Destaque Rural  (RS) -  Compost Barn - Mais Produtividade e Conforto 
2º lugar: Carlos Guimarães Filho/Gazeta do Povo (PR) - Campos Gerais, onde o leite e a soja se encontram 
3º lugar: Bruna Essig/ Canal Rural (RS) - Mapa investe R$ 387 milhões na cadeia do leite 
 (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

PIB AGRO/CEPEA: Agronegócio pode ter leve queda em 2015

Nem o agronegócio resiste à crise econômico-política instalada no País. No acumulado de janeiro a setembro deste ano, o PIB do setor recuou 0,51%, sinalizando para queda anual de 0,7% em 2015 em relação a 2014, conforme cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. A divulgação de dados oficiais referentes aos meses mais recentes pode alterar ligeiramente este resultado. O movimento baixista ocorre tanto na agricultura quanto na pecuária, que caem a taxas semelhantes: 0,49% e 0,54%, respectivamente, até setembro.

As retrações mais expressivas ocorrem no segmento industrial (queda de 1,31%, até setembro), mas os resultados dos segmentos primário e de serviços relacionados ao agronegócio também recuam: 0,30% e 0,64%, respectivamente, no acumulado até setembro. O único segmento do agronegócio que cresceu neste período foi o de insumos, 1,22%, puxado pela forte alta dos preços de fertilizantes decorrente do câmbio. Em contrapartida, o volume importado diminuiu 13% na comparação de janeiro a outubro de 2015 e o mesmo período de 2014, segundo dados da Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos).

No segmento "dentro da porteira" do setor agrícola, os preços médios (agregado dos produtos considerados no cálculo do PIB) estão 4,08% menores que na média de jan-set/2014, ao passo que a produção das mesmas culturas pode ter expansão anual de 4,4%. No balanço, registra estabilidade. Já a renda do segmento primário da pecuária tem sido pressionada pelos menores volumes de produção, uma vez que, em preços, o cenário é de alta no comparativo com 2014. O resultado era negativo em 0,55% até setembro.

Na agroindústria, os piores cenários foram registrados para o etanol e produtos têxteis-vestuaristas. A indústria de base agrícola vai acumulando retração de 1,25% e a pecuária, de 1,7%.

Na avaliação da equipe Cepea, o câmbio segue positivo para as exportações, mas a desvalorização do Real não tem sido suficiente para compensar a forte queda dos preços internacionais. De janeiro a setembro, os preços de exportação do agronegócio, em Reais, estiveram 6% abaixo dos observados no mesmo período de 2014.

Para 2016, a maior preocupação dos produtores está relacionada ao crédito. A liberação dos recursos do Plano Safra 2015/16 está atrasada e os produtores têm enfrentado dificuldade na contratação de empréstimos a juros subsidiados previstos no Plano Plurianual Agrícola. Conforme instituições bancárias, a queda nos depósitos à vista e na poupança, ao lado das exigências crescentes de garantias, têm limitado o atendimento à demanda de financiamento rural. Conforme pesquisadores do Cepea, são preocupantes as informações de que o crédito para investimento estaria sofrendo forte queda, podendo comprometer o crescimento em 2016 e, talvez, por mais anos.

"A agropecuária brasileira é movida essencialmente por tecnologia, que alcança os produtores rurais por meio de novos insumos (sementes e melhoria genética animal, agroquímicos, maquinários etc.) e novas práticas agronômicas e administrativas capazes de enfrentar ou mitigar os contínuos desafios ligados ao clima e à incidência maior de pragas e doenças e à volatilidade dos mercados. São fatores que tornam o segmento bastante intensivo no uso de crédito. O prolongamento da crise econômica e política tem grande potencial de atingir o processo de crescimento do agronegócio brasileiro ao reduzir o volume e aumentar o custo do crédito e de outros instrumentos de política agrícola (seguro e apoio à comercialização, pesquisa e extensão), dado o constrangimento fiscal", avalia o professor Geraldo Barros, coordenador do Cepea.

Nas perspectivas do Cepea, a economia doméstica deve permanecer em nível recessivo em 2016, com menores níveis de emprego e salário real. No cenário externo, principal alavanca do agronegócio brasileiro, as perspectivas também trazem preocupação. O dólar deverá seguir em elevação ao mesmo tempo em que os juros norte-americanos deverão dar um primeiro salto depois de anos seguidos de estagnação em níveis baixíssimos. A isso se soma o crescimento mundial mais lento, principalmente da China. Os pesquisadores acrescentam ainda o cenário de preços de commodities estagnados ou em queda.

"A válvula de escape para o Brasil será uma alta ainda maior do dólar no mercado interno, compensando a evolução dos preços internacionais. Entretanto, o recrudescimento da inflação poderá levar as autoridades monetárias a avançar na elevação dos juros e nas intervenções no mercado cambial, em prejuízo do agronegócio (mesmo considerando-se o contrapeso do impacto sobre os preços nos insumos)", comenta Geraldo Barros.

No balanço, dizem os pesquisadores, não há como não antever um ano de 2016 difícil para o agronegócio e também para os demais setores da economia. O agronegócio ficará à mercê de como se consumarem os fatores de incerteza (clima, pragas e doenças, dólar, preços internacionais) que definirão em que direção o PIB do setor vai se mover em relação à baixa taxa observada no ano que termina. Independentemente dessa direção, a mudança não deve ser expressiva, antecipam. (As informações são do Cepea)

Dália Alimentos apresenta nova era na atividade leiteira
 

Uma nova era na atividade leiteira, em que máquinas desempenham a função do homem na realização da ordenha, já é realidade na Dália Alimentos. Na última quinta-feira, dia 10 de dezembro, a cooperativa inaugurou um projeto único na América Latina onde robôs são os responsáveis pela ordenha dos animais.

Pioneiro e inovador em sua concepção, o projeto associativo possui 16 produtores de leite associados e recebeu investimento de R$ 5 milhões, financiados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que é vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. O projeto inaugurado está localizado na comunidade de Linha Tigrinho Baixo, em uma área com 13 hectares no município de Nova Bréscia. Outros três encontram-se em fase de construção nos municípios de Roca Sales, Arroio do Meio e Candelária.

Durante a inauguração, os olhares do público - mesclado entre delegados, suplentes, conselheiros, direção, comunidade local, regional e estadual, lideranças e autoridades, associados e familiares - estiveram voltados para as instalações do empreendimento. O pavilhão central, dividido em pista de alimentação, área de camas e sala de espera, tem capacidade para 262 animais. No momento encontram-se alojados 115 animais em lactação e 66 vacas secas e novilhas. A produção atual é de 2,5 mil litros, com estimativa de atingir 6,5 mil litros em sua capacidade máxima.

Totalmente automatizado, o projeto opera com três robôs da marca DeLaval, importados da Suécia, os quais realizam a ordenha das vacas 24 horas por dia, sete dias por semana. Cancelas, que são abertas conforme diagnostico de um chip acoplado em cada animal, determinam a direção de cada vaca. Desta forma, elas sabem o momento exato de ordenhar ou se alimentar. (Assessoria de Imprensa Dália)

 
Descerramento da placa alusiva à inauguração 
Foto: Carina Marques

Balança comercial de lácteos: importações de leite em pó caem 50% em novembro

A balança comercial de produtos lácteos teve um déficit de 371 toneladas em novembro, volume 25 vezes menor que o apresentado em outubro. Em valores, a balança de lácteos voltou a ter saldo positivo: enquanto em outubro houve um saldo negativo de US$12,6 milhões, em novembro houve um superávit de US$14,3 milhões.

Tabela 1 - Exportações e importações por categoria de produto

Fonte: MDIC

Novamente, o maior volume das exportações foi de leite em pó integral, com pouco mais de 5.800 toneladas exportadas a um preço médio de US$5.417/ton, com grande parte do volume destinado ao mercado venezuelano.

As importações de leite em pó, tanto integral quanto desnatado, tiveram origem majoritariamente da Argentina (48,8%), seguido por Uruguai (46,8%) e Estados Unidos (4,4%). Desde julho deste ano, Uruguai e Argentina tem mantido praticamente as mesmas participações nas importações brasileiras de leite em pó.


 
Analisando as quantidades em equivalente-leite (a quantidade de leite utilizada para a fabricação de cada produto), a quantidade importada foi de 81,6 milhões de litros em novembro, baixa de 41,8% em relação a outubro. Por outro lado, as exportações em equivalente-leite tiveram alta de 15%, totalizando 66,7 milhões de litros.

De janeiro a novembro deste ano, o déficit acumulado da balança comercial de lácteos em equivalente-leite é de cerca de 496 milhões de litros, mais do que o triplo do déficit apresentado ao longo do ano inteiro de 2014, que foi de 159 milhões de litros. O gráfico 2 a seguir apresenta este cenário, mostrando o histórico mensal do saldo da balança de lácteos 2014 x 2015. (A matéria é da Equipe MilkPoint, a partir de dados do MDIC)

 

 
Seapi entrega 40 veículos
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) entrega 40 veículos para inspetorias veterinárias municipais utilizarem em ações de defesa sanitária animal e vegetal, hoje. São dez caminhonetes Mitsubishi L200 tracionadas e 30 veículos Renault Sandero, adquiridos com recursos federais, em convê- nio com o Ministério da Agricultura. O secretário Ernani Polo disse que "aparelhar e dar condições aos servidores para realizar ações em defesa agropecuária é uma meta a ser perseguida constantemente". (Correio do Povo)
 

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