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07/12/2015

         

Porto Alegre, 07 de dezembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.162

 

 Sindilat e itt Nutrifor discutem parcerias

Representantes do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) reuniram-se, na última sexta-feira (04/12), com integrantes do Instituto Tecnológico em Alimentos para a Saúde (itt Nutrifor), da Unisinos, em São Leopoldo, para discutir futuras parcerias. O objetivo é investir no desenvolvimento de novas pesquisas no setor lácteo em geral, a fim de aprimorar a qualidade nos processos de produção de leite. 

A visita ao Instituto vem de encontro com a preocupação do Sindilat em desenvolver novas técnicas que auxiliem no crescimento do setor lácteo gaúcho. Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a ideia é trabalhar em prol da cadeia do leite e servir de intermediário entre o mercado e a academia. "Essa aproximação é fundamental para que possamos modernizar os nossos processos, avançar em alguns marcos regulatórios e auxiliar na idealização de novos produtos", destacou. 

A coordenadora do itt Nutrifor, Denize Righetto Ziegler, avaliou que o investimento em pesquisas no setor lácteo é um passo importante. "O estudo nessa área ainda é muito escasso. Nós, como universidade, estamos de braços abertos para mudar esse cenário", disse. Segundo a profissional, esse encontro foi fundamental para estreitar ainda mais as relações com o sindicato. "O Sindilat é um parceiro de muito tempo e foi fundamental na construção do instituto, colaborando desde o início", completou. 

Durante o encontro, os representantes do Sindilat puderam conhecer toda a estrutura do itt Nutrifor, cuja atuação está ligada ao desenvolvimento de novos alimentos, tecnologias e processos, estudos clínicos e nutricionais, segurança alimentar e análises de alimentos. (Assessoria de Imprensa Sindilat) 


Representantes do Sindilat e do itt Nutrifor durante encontro 
Crédito: Vinícios Sparremberger/Sindilat 
 
 
 
Mais tempo para a gestão da propriedade

Acostumada a acordar às 5h30min para a primeira ordenha do dia, a família Nólio, de Paraí, vive hoje uma nova realidade. Passados três meses desde a chegada do robô Lely Astronaut, importado da Holanda, ainda está reorganizando a rotina, que mudou completamente. Agora, todos têm mais tempo livre para outras atividades e para descansar. "Ainda estamos um pouco
'perdidos', tentando arrumar ocupação para essas horas que sobram", relata Ezequiel Nólio, de 34 anos, que ganhou três horas livres por dia. No sistema convencional de ordenha, o tambo era tocado por Ezequiel e a mãe, Sueli. O pai, Pedro Nólio, sempre cuidou mais da lavoura. "Era muito serviço para só duas pessoas", recorda o sucessor. Com 75 vacas, o acúmulo de tarefas se acentuava cada vez mais pela falta de mão de obra. Foi esta condição que motivou o investimento de R$ 1 milhão, entre máquina, acessórios e melhorias que foram necessárias na propriedade. "Vivíamos correndo contra o tempo. Agora, o relógio despertador
ficou no passado", brinca. Para ajustar o rebanho à capacidade do robô, a família descartou dez animais. A adaptação de apenas três das 65 vacas precisou de algumas semanas. A das demais durou poucos dias. O robô trabalha 24 horas por dia. O criador pode acompanhar todo o processo a distância, pelo celular. "Toda a vida do animal na propriedade fica registrada no sistema", destaca Ezequiel. O leite impróprio para consumo -- colostro ou alterado pelo uso de medicamentos -- é descartado automaticamente em um recipiente à parte.

"O trabalho braçal praticamente  acabou. Agora o trabalho que temos é fazer a gestão dos dados que o sistema apresenta", simplifica Ezequiel. Além da melhoria na qualidade de vida dos produtores, o novo equipamento já apresenta resultados no volume e qualidade da produção.  Com o aumento do número de ordenhas, a propriedade contabiliza incremento de 4 a 5 litros por vaca ao dia. Antes, com duas ordenhas diárias, a produção média era de 30 litros por vaca ao dia. Agora, com a média de três ordenhas por dia, a produção média por animal varia de 34 a 35 litros por dia. A meta é, em dois anos, chegar a uma produção média de 40 litros por vaca ao dia, atingindo produção de 2,4 mil litros de leite ao dia com 60 animais. 

Os testes feitos em laboratório também apresentam melhorias nos parâmetros que indicam qualidade -- contagem bacteriana e células somáticas. Estes resultados estão diretamente ligados à sanidade. Com o maior número de ordenhas por dia, as vacas apresentam menos problemas de saúde do úbere. O leite produzido pela propriedade é entregue à cooperativa Santa Clara, de Carlos Barbosa. O diretor industrial de Lácteos da Santa Clara, João Seibel, destaca a importância de ampliar a produtividade para diluir o custo do equipamento. Segundo
o técnico, o investimento é viável para médios produtores, com 60 a 200 vacas em lactação, que poderão aproveitar 100% da capacidade do robô. (Correio do Povo)

Mercado de ingredientes lácteos deve alcançar quase US$ 60 bilhões até 2020

Os ingredientes lácteos, incluindo leite em pó, soro de leite, lactose e caseína, deverão alcançar US$ 59,8 bilhões até 2020, com um crescimento anual de aproximadamente 5,6%, de acordo com um relatório recente. O mercado atualmente está em US$ 45,6 bilhões (dados de 2015), disse o MarketsandMarkets, em um relatório.

A analista do MarketsandMarkets, Shobhana Sekaran, disse que o leite em pó tem sido o ingrediente mais dominante no mercado, com 61% de participação em 2014. "Os leites em pó permitem o desenvolvimento em formulações de uma ampla gama de produtos nutricionais, funcionais e econômicos. Os leites em pó adicionam sabor e funcionalidade a biscoitos, pães, bolos, biscoitos e muffins. O realce do sabor ajuda a trazer um sabor único ao produto no momento de assar e aquecer". O mercado de ingredientes lácteos está atualmente sendo direcionado por um foco do consumidor em dietas saudáveis, especialmente à medida que a população começa a envelhecer, prevalecendo as questões de saúde.

"Uma população envelhecendo demanda alimentos nutricionais ao invés de alimentos comuns, o que direciona o mercado de ingredientes lácteos [na América do Norte]. Junto com isso, a demanda dos consumidores por alimentos nutritivos em esportes é muito alta na América do Norte, que também aumenta o mercado para ingredientes lácteos". O envelhecimento da população não é a única questão; as pessoas em todo o mundo estão agora mais focadas do que nunca em hábitos saudáveis de consumo e demandam alimentos diversificados. Os ingredientes lácteos estão sendo apoiados por isso, bem como por uma necessidade crescente de alimentos convenientes e bebidas lácteas.

Além da saúde, o MarketsandMarkets acredita que os níveis crescentes de renda disponível, particularmente na região da Ásia-Pacífico, ajudará o mercado a aumentar nos próximos cinco anos. "Com o aumento da população e o aumento das rendas, o uso de ingredientes lácteos deverá aumentar devido à demanda dos consumidores", disse Sekaran sobre essa região. "A Ásia-Pacífico é a região de mais rápido crescimento para os ingredientes lácteos devido à sua orientação crescente em direção aos alimentos ocidentais". Outros importantes direcionadores incluirão o crescimento nos setores de aplicação, inovações, pesquisa e desenvolvimento. Isso ajudará a expandir a aplicação do mercado de ingredientes e acelerará seu crescimento. 

Entretanto, o desafio para o crescimento no mercado de ingredientes lácteos é aumentar as alternativas lácteas, de acordo com o MarketsandMarkets. Produtos como a soja estão facilmente disponíveis e a um custo menor do que os lácteos. Outros fatores que poderiam frear o crescimento incluem o aumento nos consumidores afetados pela intolerância à lactose e às alergias alimentares. As companhias também estão adotando outras estratégias de crescimento, como lançamentos de novos produtos, aquisições, acordos e joint ventures para lidar com a maior demanda por ingredientes lácteos em mercados emergentes. Essas estratégias ajudaram as companhias a criar uma grande base de clientes e parceiros em importantes mercados.

Sekaran citou algumas das maiores inovações nos últimos anos, incluindo o lançamento pela Glanbia Nutritionals em abril de 2014 do New Whey Protein - Hydrovon 195, uma proteína para ser tomada pós-exercício físico para acelerar a recuperação e o reparo muscular, bem como o lançamento do PRONATIV em abril de 2013, pela Lactalis, uma proteína usada em aplicações para a saúde. (As informações são do Dairy Reporter)

 
 
Preços/UE
O produtor de leite da União Europeia (UE) recebeu no mês de outubro o valor médio de 30,5 €/100 kg em relação ao valor de setembro (1,9% mais). A elevação é pequena mas o que é realmente positivo foi que o preço subiu pela primeira vez, desde as baixas continuadas que são verificadas desde janeiro de 2014, ou seja 21 meses seguidos. Entretanto, é bom esperar para saber se foi apenas um leve aumento conjuntural, ou se foi iniciada uma mudança de tendências. Ao nível internacional, no último leilão da Fonterra realizado na semana passada, o preço médio teve aumento de 3,6%, depois de três eventos consecutivos em baixa. Na Espanha o preço em outubro também subiu. Passou de 30,4 centavos/litro em setembro, para 31 centavos/litro, em outubro. (Fonte da Notícia:Agrodigital - Tradução Livre: Terra Viva)

 

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