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24/11/2015

         

Porto Alegre, 24 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.153

 

  Preço do leite registra tendência de estabilidade em novembro no RS
 
O preço do leite padrão deve apresentar tendência de estabilidade no Rio Grande do Sul neste mês de novembro. Dados divulgados hoje (24/11) na reunião do Conselho Paritário do Leite (Conseleite), realizada na Farsul, indicam que o valor projetado para o mês é de R$ 0,8454 o litro, 1,03% maior do que o consolidado do mês de outubro, que ficou em R$ 0,8367.
 

De acordo o professor da Universidade de Passo Fundo (UPF) Eduardo Finamore, que apresentou o estudo, o resultado do mês de outubro teve alta de 1,94% acima do que foi projetado, que inicialmente estava previsto em R$ 0,8208 o litro. 
 
Pesquisador Eduardo Finamore apresenta os dados do Conseleite 
Crédito: Divulgação/Sindilat 
 

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, que também presidiu a reunião, a leve elevação no preço se deve a uma parte da margem do aumento de custos, como nos combustíveis e na energia, que a indústria repassou ao produto final. Ao mesmo tempo, está impactado pela retração provocada pelas condições climáticas, com o excesso de chuvas, registradas neste ano. "Houve elevação de custos em função dos gastos maiores com a produção e pela recuperação dos prejuízos provocados pelas condições climáticas", afirmou Guerra.  (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Isolamento digital contribui para o êxodo rural

O Rio Grande do Sul tem hoje, conforme o último censo do IBGE, realizado em 2010, 336 mil jovens vivendo no meio rural o equivalente a apenas 12,73% de toda a população do Estado na faixa etária de 15 a 29 anos. Esse número vem encolhendo e, de acordo com pesquisadores ligados ao campo, um dos fatores que contribui e pode agravar o êxodo nos próximos anos é o isolamento em plena era digital.

- Sem acesso à internet, eles se sentem inferiorizados. Esse é, com certeza, um dos motivos que tem levado os jovens a deixarem o campo - lamenta Josiane Einloft, diretora e coordenadora da Juventude Rural da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS).

De acordo com Josiane, as novas gerações - que poderiam garantir a sucessão nas propriedades familiares - não desejam apenas acessar as redes sociais, mas também baixar aplicativos que possam ajudar no gerenciamento da produção e realizar pesquisas sobre manejo e equipamentos. Afinal, diferentemente de seus pais, esses jovens exigem respostas mais práticas e rápidas para as suas dúvidas.

Pesquisador lamenta ausência de políticas públicas para o setor
Para o professor Marcelo Antonio Conterato, do programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Rural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a diminuição do número de jovens no campo também está relacionada com a queda na taxa de fecundidade. Conterato lembra que, nos anos 1970, no país, as mulheres que viviam no meio rural tinham, em média, 7,7 filhos, quase três vezes mais do que atualmente. O professor, no entanto, reconhece que a qualidade (ou a falta de) nos serviços de comunicação interfere na decisão dos jovens de migrar ou permanecer em seus locais de residência.

- É inadmissível que, em pleno século 21, na sociedade da informação, boa parte de quem vive no meio rural esteja desconectado. Os jovens que vivem no campo têm o mínimo de informação e conseguem comparar as realidades. Então, muitos acabam optando por se mudar para centros urbanos médios, que têm uma estrutura de serviços mais abrangente e consolidada. No final dos anos 1990, bastava que a TV tivesse bom sinal. Hoje em dia, isso não é mais suficiente - explica.

Na avaliação de Conterato, que também coordena o bacharelado à distância em Desenvolvimento Rural, é lamentável a ausência de políticas públicas que estimulem a melhoria da prestação de serviços de comunicação no campo. Segundo ele, a maioria das ações são voltadas para a produção, o que "se justifica, mas não tem estancado o êxodo rural". (Zero Hora)

 
Faeg reivindica melhorias na comercialização com laticínios
 
Dando continuidade às discussões que visam buscar melhorias em relação às condições atuais de comercialização do leite em Goiás, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, se reuniu com mais de 50 produtores, representantes de vários municípios goianos, durante encontro da Comissão de Pecuária de Leite da entidade, realizado na última semana. Na ocasião, os presentes avaliaram a mais recente ação do grupo. Com a ajuda da Faeg, os Sindicatos Rurais (SRs) encaminharam um documento para os laticínios, cooperativas e/ou associações solicitando a adequação nos prazos de pagamento, bem como a entrega da nota fiscal de venda do leite no ato da entrega.

Em continuidade, foi retomado um dos principais problemas que afligem o lado dos agropecuaristas de leite: a informalidade das indústrias de processamento em relação ao pagamento do leite comprado dos produtores. Os produtores se dispuseram a relatar as principais condições, tanto climáticas quanto de custos de produção, para que a Faeg possa ter em mãos as informações necessárias a fim de conhecer e compreender a real situação em cada canto do estado.

Ao destacar as condições da cadeia leiteira, José Mário, que também é presidente do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem em Rural em Goiás (Senar Goiás), fez questão de ressaltar que o leite é o único produto que ainda se encontra numa situação diferenciada dos demais produtos agropecuários. "Ele é o único que, em relação ao pagamento, recebe com prazos girando em torno de 45 a 55 dias. Outro problema que dificulta ainda mais a situação é o fato de que não há o repasse de um documento fiscal formal no momento de entrega do leite às indústrias", informa Schreiner.

Para o presidente, esses problemas já vêm a muito deixando os produtores de cabeça quente, porém, atualmente, estão sendo agravados por fatores como a alta no custo de produção e o clima, com a falta de chuvas. E justamente sobre esse aumento nos custos de produção que Schreiner orientou os produtores a pensarem na redução de custos como uma alternativa em tempos de recessão econômica. "Os produtores decidiram que irão realizar a seleção dos melhores animais a fim de reduzir o consumo da ração, que ultimamente tem se apresentado com um custo bastante alto", relata o presidente.

Mercado
A situação do mercado financeiro também esteve em pauta no decorrer do evento. O gerente de Assuntos Técnicos e Econômicos da Faeg, Edson Alves, comentou que houve, de outubro em relação a setembro, um aumento significativo das importações de leite. Mas acrescenta que isso, logicamente, é oriundo de produtos que já tinham sido comercializados há 5 ou 6 meses antes e que está impactando agora. "Não tivemos chuvas significativas ao ponto de gerar um grande excedente de leite. E registrou-se recuperação de 3% dos preços dos derivados lácteos nos últimos 15 dias como, por exemplo, no caso do longa vida. Então, não vemos justificativas para quedas expressivas de preços aos produtores nesse momento", acrescenta. (As informações são da Faeg)

 
Produção de leite na Europa continua forte em setembro

A captação de leite na Zona do Euro em setembro excedeu os níveis do ano anterior em 3,2%. A produção nas 27 nações da União Europeia (UE-28) que reportaram dados preliminares (a Espanha não reportou) totalizou 11,67 milhões de toneladas. Isso traz as captações até agora nesse ano nesses 27 países para um aumento de 2,2% com relação aos primeiros nove meses de 2014.

Os preços dos produtos lácteos no final do ano passado aumentaram e os produtores em locais como Holanda e Irlanda responderam de forma entusiasmada. A produção de leite aumentou, preparando o terreno para rígidas multas por excederem as cotas e para uma menor produção de leite no começo desse ano. Agora que as "algemas" das cotas não existem mais, o leite está jorrando nesses países novamente. A produção em setembro na Irlanda aumentou 15,9% com relação ao ano anterior e as captações na Holanda aumentaram 9,3% com relação ao ano anterior.

 

Apesar de as nações que são maiores produtoras de leite não terem registrado aumentos tão dramáticos, elas reportaram também uma produção maior e os ganhos com relação ao ano anterior estão acelerando. Na Alemanha, a produção em setembro foi 3% maior do que no ano anterior, 2,7% a mais que em agosto. As captações na França se mantiveram estáveis com relação ao ano anterior em julho e agosto, mas aumentaram 1,5% em setembro. Desde o fim da cota, a produção de leite na Europa totalizou 3,4% a mais do que no ano anterior.

Se o crescimento continuar em ritmo lento na Alemanha e na França e em ritmo acelerado em locais como Holanda, Irlanda, Dinamarca e Bélgica, a produção de leite na Europa deverá ultrapassar as melhoras modestas na demanda global, o que poderá pesar nos mercados mundiais. "Os preços ainda não estão restringindo o fluxo de leite". (As informações são do Daily Dairy Report)

 
Aftosa
Termina no próximo dia 30 a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa no Estado. Nessa fase, devem ser imunizados animais com até 24 meses de idade. Na região central, 130 mil de um total de 340 mil bovinos e bubalinos já foram imunizados conforme a Secretaria da Agricultura. Pecuaristas do Pronaf ou do Pecfam com até 30 exemplares recebem as doses gratuitamente. (Zero Hora)

 

 

    

 

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