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03/09/2015

         

 


 

Porto Alegre, 03 de setembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.099

 

   Sindilat e Embrapa assinam acordo para testar medidores

A Embrapa e o Sindilat assinaram nesta quinta-feira (3/9) termo de cooperação técnica para testar e avaliar novas metodologias para a coleta automática e equipamentos de vazão de leite no Estado. O projeto, que busca melhorar a qualidade da matéria-prima que chega até a indústria e a segurança no transporte, foi um dos assuntos discutidos durante o 1º Fórum Tecnológico do Leite, realizado na manhã desta quinta-feira na Expointer. 

  

Ao todo serão testados equipamentos de cinco empresas, sendo apenas uma delas brasileira, de Curitiba, para verificar se as tecnologias se adaptam ao sistema de inspeção do país. Os equipamentos serão avaliados na sede da Cosulati em Pelotas. As demais empresas testadas são de países da Europa, como Alemanha e Portugal. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, avalia que o acordo é muito importante pois permitirá qualificar tecnologicamente a indústria do leite. 

A Fabo Bombas, única representante brasileira a participar do debate em Esteio, destacou que os equipamentos da empresa foram construídos já conhecendo a realidade do produtor brasileiro. O coordenador técnico da Fabo, Luiz Otávio Machado, ressaltou que entre os benefícios estão informatização do processo de coleta do leite, o gerenciamento dos dados coletados e também a diminuição do tempo de coleta. 

Thiago Pinho, diretor-geral da Arsopi, de Portugal, apresentou o Coletor de Amostras nas versões automática para 20 frascos e também manual. Ele destacou que a empresa possui mais de 25 anos de experiência na implementação destes sistemas na Europa. "Nossos equipamentos possuem elevada precisão de medição de leite e atingem uma amostra representativa de 100% do volume coletado", salientou. 

Reynaldo Baptista Júnior, diretor geral da Bartec, empresa Alemã com 47 anos de operação, ressaltou que o sistema de medição e coleta representativa do Leite foi totalmente adaptado às condições brasileiras. "Estamos há mais de um ano desenvolvendo nossos equipamentos para a realidade local", disse. O executivo ainda garantiu que o equipamento elimina a interferência humana no processo e consequentemente aumenta a produtividade na coleta do produto. Além dos representantes de cada empresa, o 1º Fórum Tecnológico do Leite também contou com a participação do presidente do Sindilat-RS, Alexandre Guerra, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o Secretário da Agricultura Ernani Polo, o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, o superintendência do MAPA, Roberto Schroeder, o diretor-executivo de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Waldyr Stumpf Júnior, a pesquisadora da Embrapa Clima Temperado, Maira Zanela e o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Clenio Nailto Pillon. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
 
Tecnologia aliada ao aumento da produção

O futuro da atividade dos pequenos produtores de leite do Rio Grande do Sul esteve no centro da discussão
Crédito: Mauro Schaefer

O aumento da escala de produção é apontado como ponto fundamental para o futuro dos pequenos produtores de leite do Rio Grande do Sul. Conforme a Emater, 45% dos produtores entregam até 100 litros por dia, e 23%, até 50 litros. Para reverter esse quadro, a incorporação de tecnologia é considerada uma alternativa. O tema foi discutido ontem, na segunda edição do ciclo Debates Correio Rural, promovido na Casa do Correio do Povo/Grupo Record/RS no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. 

 
O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, destacou que o consumo per capita de leite no país é de 54 litros por ano. Porém, quando se leva em conta os derivados, esse número sobe para 178 litros. Mesmo assim, o total está distante do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 220 litros por ano, o que demonstra grande potencial para crescimento do consumo. "Se acrescêssemos 20 litros por pessoa ao ano, seja fluido ou nos produtos derivados, isso representaria 4 bilhões de litros, que é quase a produção do Rio Grande do Sul." 
 
Para o assistente técnico da Emater Jaime Ries, os números demonstram que a cadeia do leite possui importância não apenas econômica, mas social. No Rio Grande do Sul, 84 mil produtores estão vinculados à indústria. Os pequenos, com até 100 litros/dia, representam cerca de 12% do volume recebido pela indústria. "Hoje temos esse desafio de qualificar a produção, melhorar a qualidade, melhorar a escala de produção, mas trabalhando a atividade leiteira da forma mais inclusiva possível", afirma. Uma das questões é como motivar pequenos produtores para atingir produção maior com qualidade, frente a um cená- rio de dificuldades na sucessão. "A atividade do leite é penosa, requer muito esforço", avalia Ries. 
 
O diretor de Relações Institucionais da Braskem, João Ruy Freire, destacou que a cadeia do leite é longa e abrange diversos elos, incluindo aqueles que oferecem tecnologia com o objetivo de qualificar a produção. Uma das alternativas que podem ser aplicadas à atividade é o filme técnico para embalar pré-secado, que é derivado do feno. 
 
O diretor industrial da Extraplast, Rodrigo Gerling, observa que "a expansão das lavouras tem feito reduzir a área para plantio de pasto, isso está acontecendo bastante." Ao mesmo tempo, há a necessidade de aumentar a quantidade de animais nas propriedades. "Esse produto é um facilitador para atender a essa quantidade de alimento", destaca, referindo-se ao filme. No ramo de embalagens flexíveis para o leite, a Erplasti, de Montenegro, trabalha com a produção de filmes flexíveis de empacotamento. 
 
Segundo o presidente da empresa, Valdir Erthal, a maior parte da produção é distribuída no Paraná, porém também há clientes no Rio Grande do Sul e em São Paulo. A tecnologia de embalagens flexíveis vem ajudando a mudar a forma como o leite é consumido. A Plastrela, de Estrela, conquistou mercado produzindo filmes de sachê de pouche, no formato UHT, que permite conservar o produto até 120 dias fora da geladeira. "No passado se utilizava muito a embalagem 'barriga mole', que ficava refrigerada com validade de sete a dez dias", lembra o supervisor de vendas, Luciano Puccinelli. Esse produto caiu um pouco em desuso quando o consumidor resolveu procurar praticidade. "Com isso buscamos fora do mercado brasileiro tecnologia que concorresse com as embalagens acartonadas". 
 
O produto, segundo Puccinelli, tem custo até 50% menor, "deixando assim margem melhor para a indústria, podendo até remunerar melhor o produtor". O coordenador da Câmara Setorial do Leite da Secretaria de Agricultura, Danilo Gomes, destacou que o leite tem virado vilão, assim como foram, durante uma época, o ovo e a carne suína. "Existem restrições médicas, mas elas tem que ser trabalhadas com cuidado. Temos que fazer uma interação grande com os profissionais da saúde". 
 
O presidente da Comissão do Leite da Farsul, Jorge Rodrigues, destacou a necessidade de ampliar o portfólio de produtos da cadeia do leite. Outro ponto abordado por ele foi a dificuldade que as propriedades que produzem até 100 litros por dia têm para se manter. "Não adianta tirar um leite maravilhoso, com a sanidade total da vaca e não fazer o frio adequado. Começa aí o processo de qualidade". Para a analista técnica do Senar Márcia de Azevedo Rodrigues, a falta de genética do rebanho também preocupa. "Às vezes são rebanhos mistos, com vacas que produzem muito pouco", afirma. "E há produtores sem conhecimento de como criar uma boa terneira e melhorar a qualidade do leite sem aumentar o rebanho". (Correio do Povo)
 

Tentativa do Piratini de antecipar votação do tarifaço fracassa
O Palácio Piratini deu início, ontem, à tentativa de antecipar a votação do aumento de ICMS no Estado - e, na primeira rodada de negociações, fracassou. A estratégia para convencer a oposição é condicionar a ampliação do uso dos depósitos judiciais - defendida pelos adversários - à elevação da carga tributária. No início da tarde, o líder do governo na Assembleia, Alexandre Postal (PMDB), conversou com os deputados Pedro Ruas (PSOL), Juliano Roso (PC do B) e Adão Villaverde (PT) na cafeteria do plenário.

- Consultei os parlamentares sobre a antecipação de alguns projetos para a próxima semana. Infelizmente, disseram não - relatou Postal.

A condição para formalizar o acordo no Parlamento é contabilizar, no máximo, dois líderes de bancada contra a proposta. Como os três declararam que suas siglas não darão aval, a tentativa caiu por terra.

O texto do tarifaço tramita em regime de urgência, e sua aprovação é considerada fundamental pelo governo. O Piratini estima que poderá reforçar a arrecadação em R$ 1,9 bilhão a partir de 2016, sem contar o que é repassado às prefeituras, amenizando a crise nas finanças estaduais no longo prazo. A oposição discorda.

- Vai acabar penalizando a sociedade. Não é o que queremos - destacou Roso. (Zero Hora)
 

CAR
Apesar de estar sendo realizado há mais de um ano - inclusive com prorrogação do prazo -, o Cadastro Ambiental Rural (CAR) ainda gera dúvidas nos produtores. Até sobre itens simples, como a obrigatoriedade ou não do preenchimento. O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS), realiza oficinas no Pavilhão Internacional da Expointer.
O Rio Grande do Sul só cadastrou 3,26% da área. Amanhã, a secretária adjunta do Ambiente do Estado, Maria Patricia Mollmann, e o assessor do Sistema Farsul, Eduardo Condorelli, participam de debate, na Casa RBS, às 16h30min, que tem o CAR como tema. (Gisele Loeblein/Zero Hora)
 

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