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12/08/2015

 


 

Porto Alegre, 12 de agosto de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.083

 

  Sindilat marca presença no 1º Fórum Norte Gaúcho do Leite
 
Foi realizado nesta quarta-feira (12/8) o 1º Fórum Norte Gaúcho do Leite, no município de Sertão, no Alto Uruguai. O evento serviu para divulgar as boas práticas de produção, as novidades em pesquisa, gestão e mercado, dando ênfase a estratégias criativas e sustentáveis. Ao lado de mais de 400 produtores rurais, que lotaram o auditório do Centro Cultural 5 de Novembro, o Sindilat também marcou presença no evento.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, foi um dos palestrantes e abordou a situação dos cenários nacional e internacional do comércio de leite, em especial do leite em pó. No encontro, ele também aproveitou para ressaltar a importância da profissionalização dos produtores, para que a indústria possa ter um produto de alta qualidade. "Para isso é preciso trabalharmos com a sanidade, os equipamentos (refrigeradores de expansão direta) e os sólidos (proteína e gordura). Associado a isso, ainda temos as boas práticas de produção", afirmou o presidente.

Como ampliar a produtividade, para tornar a produção mais competitiva e auxiliar na conquista de novos mercados, foi outro tópico discutido por Guerra. Nesta questão, ele manifestou preocupação diante das medidas capitaneadas pelo governo do Estado do RS (um projeto de lei e um decreto), que afetam seriamente a competitividade do setor. 

Na programação do evento, o público formado basicamente de produtores, técnicos e estudantes acompanhou, além das palestras técnicas, uma mostra de trabalhos científicos e ouviu experiências de sucesso no setor. Foram abordados temas como o manejo de silagem, a importância econômica da atividade leiteira e a influência do melhoramento genético, além da nutrição, conforto animal e reprodução na produção de leite.

O 1º Fórum Norte Gaúcho do Leite é promovido pela Prefeitura de Sertão, Sindicato Rural, Emater/RS-Ascar, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Acisas, entre outras entidades. Além disso, conta com o patrocínio da Cooperativa Santa Clara, Tortuga, Queijaria Schneider, Metalúrgica Guiana, Resolpec, Sicredi Estação e Produtécnica. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 

 
Nova Zelândia quer intensificar parceria com o Brasil no agronegócio 

A secretária de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tatiana Palermo, e o enviado especial do governo da Nova Zelândia para Assuntos de Comércio em Agricultura, Mike Petersen, tiveram uma reunião para discutir potenciais parcerias na área agrícola entre o Brasil e aquele país. Entre os setores de interesses das duas economias, estão os lácteos, a carne, o vinho, a horticultura e a lã.

A autoridade neozelandesa convidou a ministra da Agricultura, Kátia Abreu para visitar o país até o final deste ano, a fim de avançar na cooperação entre os dois países. 

Também presente na reunião, realizada nessa segunda-¬feira (10), a embaixadora da Nova Zelândia, Caroline Bilkey, fez um convite ao Ministério da Agricultura para acompanhá¬la em uma visita às fazendas brasileiras que aplicam técnicas neozelandesas na produção de lácteos. (MAPA)


Foto: Antônio Araújo/Mapa

Desafios da inspeção de produtos de origem animal é tema de oficina em Brasília

Os desafios da inspeção de produtos de origem animal. Este é um dos principais temas da oficina do grupo de trabalho que debate a reestruturação do Serviço de Inspeção Brasileiro de Produtos de Origem Animal (Sisbi/POA). 

O encontro, promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), reúne representantes dos municípios, estados e da União. A oficina começou nesta terça (11) e vai até quinta--feira (13), na sede do IICA, em Brasília. Os participantes da oficina apontaram como principais desafios do setor a necessidade de adequar a frequência da fiscalização em estabelecimentos sob regime de inspeção periódica, de redistribuir os servidores e de atualizar as técnicas de inspeção. Eles defendem ainda a fiscalização com base em processos, com estimativa de risco; o apoio laboratorial; o controle de resíduos químicos; e mecanismos de autofinanciamento para a geração de recursos decorrentes de fiscalização dos produtos. 

O papel da empresa e o papel da fiscalização também foi debatido. O coordenador ¬geral de Inspeção do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa/Mapa), Rafael Olivieri Filipputti, fez palestra sobre a história e o contexto atual do Serviço de Inspeção Federal (SIF). "A grande capacidade de retirar os produtos de origem animal que são impróprios ao consumo humano da cadeia produtiva é um dos principais pontos positivos do nosso sistema", destacou. Exemplo disso, acrescentou, ocorreu em 2014, quando mais de 47 mil carcaças bovinas com tuberculose caseosa ou cisticercose viva foram apreendidas pelo SIF. A garantia da saúde pública, tanto dos produtos consumidos no Brasil quanto dos exportados, também foi um dos temas abordados por Filipputti. 

"O foco é não criar duas classes de consumidor. Somos uma referência de fonte de informação para adequar as ações de implementação de políticas públicas de defesa sanitária animal e de rastreabilidade", ressaltou. O representante do IICA no Brasil, Manuel Otero, também participou da oficina. "Queremos ser cada vez mais parceiros de vocês", disse. A oficina prossegue nesta quarta (12) e quinta (13). 

Observatório do mercado de lácteos da UE: situação do mercado de lácteos

A captação de leite na União Europeia (UE) aumentou em 2,7% em maio de 2015, comparado com o mesmo mês do ano anterior. As entregas totais de leite nos primeiros cinco meses de 2015 foram 0,2% maiores do que no mesmo período de 2014. No mesmo período de 5 meses, houve 2,5% mais leite em pó desnatado, +1,7% leite concentrado, +0,5% manteiga e creme e +0,2% queijos. Por outro lado, a produção contraiu para leite em pó integral (-13,4%), leite fluido (-2,7%) e leite fermentado (-2,6%).

A média ponderada do preço do leite ao produtor na UE caiu em maio em 2,5%, para 30,5 centavos de euro (33,17 centavos de dólar) por quilo, que é 19% a menos do que em maio de 2014 e 7% a menos do que a média dos últimos cinco anos. De acordo com estimativas dos Estados Membros, o preço médio do leite em junho de 2015 caiu em 0,4%, para 30,4 centavos de euro (33,06 centavos de dólar) por quilo.

Os preços do leite no mercado spot se recuperaram um pouco nas últimas semanas. Na Itália, o preço do leite no mercado spot aumentou entre as semanas 25 e 31 em 10% - de 33,5 centavos de euro (36,43 centavos de dólar) por quilo para 36,8 centavos de euro (40,02 centavos de dólar) por quilo - e está agora 7% menor do que no ano passado. Na Holanda, o preço do leite no mercado spot flutuou entre as semanas 24 e 30, resultando em um aumento de 2,3% - de - de 22 centavos de euro (23,92 centavos de dólar) por quilo para 22,5 centavos de euro (24,47 centavos de dólar) por quilo - significando uma redução de 43% comparado com o nível do ano anterior.

Os preços médios dos produtos lácteos na UE declinaram de maneira geral em junho, com a única exceção sendo o queijo emmental, que permaneceu estável. O soro de leite em pó registrou a maior queda (-14%), seguido por manteiga e leite em pó integral (-5%), leite em pó desnatado (-4%), queijo edam (-3%), cheddar e gouda (-2%).

No mercado mundial, os preços expressos em dólar dos Estados Unidos geralmente caíram nos últimos 15 dias de julho, exceto os preços de manteiga e cheddar, que ainda se beneficiam de uma forte demanda doméstica. As quedas nos preços foram particularmente fortes para o leite em pó. As quedas de preços na UE variaram de -2% para cheddar a -6% para leite em pó integral. Na Oceania, a queda mais forte ocorreu para o leite em pó integral (-12%) e leite em pó desnatado (-11%). A Oceania é a região mais competitiva para manteiga, leite em pó integral e cheddar e os Estados Unidos para leite em pó desnatado (apesar de essas três regiões serem muito próximas umas das outras para esse produto).

As exportações da UE nos primeiros cinco meses de 2015 melhoraram para leite em pó desnatado, manteiga/óleo de manteiga, leite condensado e soro de leite em pó. Dados negativos foram observados para leite em pó integral e queijo.

A UE aumentou as exportações de queijos para todos os destinos menos a Rússia. Até maio de 2015, os Estados Unidos foram de longe o maior mercado de exportações de queijos da UE, com 22% de aumento comparado com o ano anterior, seguidos por Japão (+58%). Suíça, Coreia do Sul e Arábia Saudita acompanharam esses dois países no ranking dos principais destinos para as exportações de queijos da UE. Arábia Saudita, Egito e Estados Unidos ainda foram os principais destinos para manteiga da UE no período de janeiro a maio, mostrando um aumento notável nos três casos comparado com o ano anterior. Argélia liderou o ranking das exportações de leite em pó desnatado da UE, apesar de, comparado com 2014, os volumes terem caído em 29%. O Egito foi o segundo maior mercado para leite em pó desnatado da UE nos primeiros cinco meses do ano (com um aumento de 69% com relação ao ano anterior). Com relação ao leite em pó integral da UE, os destinos de exportação continuaram muito similares aos do ano anterior, com Omã na primeira posição (+29% em maio), seguido por Argélia e Nigéria.

A Nova Zelândia aumentou suas exportações nos primeiros cinco meses de 2015 em 28% para leite em pó desnatado e 22% para queijos, enquanto os volumes de manteiga e leite em pó integral caíram em 11% e 7%, respectivamente. A alta demanda doméstica e os preços mantiveram baixas as exportações dos Estados Unidos de lácteos em 2015. Queijos e leite em pó desnatado - principais commodities exportadas nos Estados Unidos - caíram em 10% e 1%, respectivamente. Manteiga e leite em pó integral caíram em uma maior porcentagem (-73% e -25%), mas os volumes foram muito menores.

No lado da demanda, a China ainda é o principal importador mundial de lácteos (em equivalente em leite), apesar da redução observada para a maioria dos produtos nesse ano (janeiro-maio), que variou entre -54% para leite em pó integral até -4% para soro de leite. Estados Unidos, México e Egito mostraram fortes aumentos nas importações de manteiga (+228%, +99% e +60%, respectivamente). Japão, Estados Unidos, Coreia do Sul e México lideraram o ranking de importadores de queijos em 2015, com maiores volumes comparado com o ano anterior, enquanto a Rússia reduziu suas importações em 62%.

A produção de leite da Nova Zelândia aumentou em 11% em maio de 2015, comparado com o mesmo mês de 2014. Na estação completa de 2014-15 (junho de 2014 a maio de 2015), a produção de leite foi 2,8% maior do que os níveis de 2013-14. Os preços do leite caíram em maio de 2015 em 5,9%, significando uma redução de 42% em um ano.

A produção de leite na Austrália em maio de 2015 aumentou em 1,2% comparado com maio de 2014. Nos primeiros 11 meses de 2014-15 (julho de 2014 a junho de 2015), a produção de leite aumentou em 2,8%.

A produção de leite nos Estados Unidos aumentou em 0,7% em junho de 2015, significando um aumento acumulado de 1,6% no ano. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aumentou levemente sua projeção de oferta de leite em 2015, mas continua próximo de +1,35%. (Os dados são do Milk Market Observatory, traduzidos pela Equipe MilkPoint)

Diretor da Fonterra sugere mudanças drásticas no gDT

O Diretor Executivo da Fonterra, Theo Spierings, sugere que mudanças drásticas podem ser necessárias no globalDairyTrade (gDT) para dar suporte aos preços, que caíram abaixo de níveis sustentáveis.

Spierings comentou logo depois de outro colapso nos preços do gDT na última semana, quando bateram novos recordes de baixa na plataforma, convocando produtores e os políticos opositores para que o comércio no gDT seja suspenso temporariamente, ou então que a Fonterra retire a oferta de seus produtos.

Theo Spierings disse em entrevista a Lisa Owen que os preços baixos no globalDairyTrade ficaram "abaixo de um equilíbrio" e "decididamente não são sustentáveis".

Ele chegou a sugerir que a Fonterra deva considerar mudanças significativas no globalDairyTrade, lembrando que os valores eram inferiores aos preços de intervenção estabelecidos na Europa.

"Precisamos enxergar o momento dramático do globalDairyTrade, porque na Europa os governos estabeleceram um mínimo, que nós não temos isso. Assim precisamos encontrar solução quando a situação chega a esse ponto", disse.

Alguns agricultores, incluindo o Presidente da Federação dos Agricultores de Wiakato, Chris Lewis, pediram a Fonterra para suspender temporariamente do gDT, ou pelo menos suspender a participação da Fonterra, nele.

"É uma loucura, desprovido de qualquer sentido, manter o gDT operando nesse momento". Lewis lembrou que já existe um precedente, pois suspendemos o mercado da China, recentemente.

"Quem deveria ou poderia vender para sempre a matéria-prima de seus fornecedores ao preço menor que o custo de produção? A Fonterra em sua plataforma gDT está dizendo ao mundo que vende o leite de seus associados pela metade do custo de produção", disse.

O principal líder da Nova Zelândia, Winston Peters, também pediu a suspensão do globalDairyTrade e que o Governo abra linha de crédito para os agricultores. (interest.co.nz/Tradução Livre: Terra Viva)

 

Caravana busca alternativas
Comitiva gaúcha do setor leiteiro reúne-se hoje com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, em Brasília. No encontro, serão discutidas alternativas para proteger o setor leiteiro nacional, que enfrenta dificuldades de inserção no mercado externo e forte concorrência devido ao aumento da importação. Segundo dados da Secex, as exportações de leite em pó caíram 25,5% nos 7 primeiros meses de 2015 na comparação com 2014 e as importações do produto aumentaram 87,5%. "Precisamos de um esforço maior do governo federal para contribuir no reequilíbrio do setor lácteo", diz Alexandre Guerra, presidente do Sindilat. A entidade integra a comitiva. (Correio do Povo)
 
 

 

    

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